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O Troll estava em um dia calmo e bom, ele acordou, comeu, transou, caçou, comeu uma outra vez e agora também queria refazer a terceira ação uma segunda vez. Infelizmente sua tarde foi interrompida por alguma criatura desagradável.

O monstro estava em pé no meio da terra em que vivia comendo um pedaço de carne crua quando algo incomum aconteceu. Uma espécie de graveto com ponta de pedra atravessou sua comida, no galho tinha um cipó que foi puxado por quem tinha atirado aquela coisa.

O Troll viu a carne se afastando até subir por uma árvore. Lá pode enxergar alguma criatura verde pequena por trás das folhas.

Ela estava comendo sua comida!

“Uuuurgh!” Gemeu com raiva, ele mesmo tinha conseguido aquela carne e agora algum bicho estúpido estava pegando dele.

O monstro gritou de raiva, o que não chamou a atenção de nenhum de seus iguais, uma vez que eles estavam gritando o tempo todo por diferentes motivos.

Qualquer que fosse o animal que roubou sua comida, ele saltou de um galho para outro entrando fundo na floresta. Isso, o troll não permitiria e com raiva correu também para dentro da selva.

Viu no topo de uma árvore não muito distante aquele que o incomodava. Era pequeno e verde, mas o monstro achou incomum o ver no alto, pois até onde lembrava (e era um grande feito lembrar disso com um cérebro tão subdesenvolvido) aquele tipo de bicho vivia embaixo da terra.

Deixou esses pensamentos de lado com muita facilidade. Não ligava se uma coisa da terra tava no alto, a única coisa importante é que ele iria matar esse bicho, apenas isso.

Ah! E recuperar sua carne, já estava esquecendo. Isso, no entanto, não importava tanto quanto matar o ladrão.

O maldito no topo da árvore se virou e manteu a carne na boca. Pegou alguma arma estranha que ele tinha e pegou algo em suas costas para botar nela. Logo atirou e quase imediatamente o troll sentiu um daqueles gravetos estranhos com ponta de pedra atravessar o seu ombro.

Quase sem acreditar, ele tirou aquilo e viu seu machucado se fechar. Jogou o objeto no chão e logo gritou de raiva. Estava apenas mais motivado a matar aquela bicho da terra e iria levar seu corpo morto para casa onde iam arrancar sua pele.

Sua presa não se abalou com o grito e voltou a saltar entre os galhos, o que o troll não ficou quieto vendo. Correu atrás do monstro com ódio em cada passo. Às vezes árvores ficavam em seu caminho, então ele simplesmente as quebrava ao meio e seguia em frente.

Nunca perdia o ladrão de vista, parecia até que este não queria ser perdido, porém o troll não era capaz o bastante para perceber esse detalhe.

Em dado momento, sentiu um de seus pés se prender em algo e ele acabou caindo no chão. Seu rosto foi direto para um grupo de pedras bem afiadas e posicionadas. Muitas furaram os lados de seu rosto e uma atravessou um olho.

O grande monstro se apoiou nos próprios braços e olhou para trás. Sua perna estava enroscada em um cipó que tinha cada lado preso em uma árvore. Era impossível que aquilo estivesse ali antes, cipós vinham de cima e não de baixo. Alguém havia colocado lá junto das pedras. Teria sido a criatura pequena? 

O Troll olhou para cima e lá viu o bicho que estava lhe dando raiva. Pulando e balançando os braços como se fosse uma daquelas coisas peludas que vivem invadindo suas terras e roubando as suas coisas. Retirou as pedras enfiadas em sua carne e rosnou.

O que aquele monstrinho queria?! Era lhe deixar com mais raiva!? Estava conseguindo!!!

“AAAAAAAARGH.” Foi o som que sua boca fez enquanto ele se levantava e voltava a correr atrás de sua presa.

Criatura esta que não aparentava ter medo, tanto que pegou com uma mão a carne de sua boca cheia de cuspe e jogou diretamente no rosto de troll.

O grande monstro não aguentava mais, precisava sentir os ossos daquele infeliz se quebrando sob suas mãos. Acelerou a sua corrida tentando chegar mais perto e isso só fez o outro pular mais alto. Foi estranho quando o outro saltou dos galhos para o chão e parou.

Ficou ali parado em frente a alguns arbustos colocados um em cima do outro. O troll obviamente não parou pra pensar em como aquilo era estranho, ele apenas correu mais rápido, munido da felicidade de estar perto de pegar seu alvo.

E quando o monstrinho estava no alcance de seus braços, ele se agachou e rolou pelo chão fazendo com que o troll passasse direto pelos arbustos.

O grande monstro percebeu que estava no alto de um barranco e caiu rolando pela terra, batendo em galhos, pedras, mais galhos e outras pedras muito afiadas que ele tinha certeza que não deviam estar ali.

Quando chegou a um terreno no chão que não fizesse seu corpo gordo rolar, se viu cercado por árvores como em qualquer outro lugar da floresta, porém não sozinho. Em sua frente, outro monstro.

Este tinha o corpo de uma criatura marrom e gorda no chão, daquelas bem gostosas de comer. Parece que tinha acabado de caçar e estava tirando sangue do animal quando o troll apareceu do nada.

“UUUUUUURGH!!” Gritou aquele monstro batendo em seus peitos acreditando que estava sob um ataque.

O troll não tinha tempo para pensar e mesmo que tivesse, não o faria porque não gostava. Já estava esquecendo o que queria antes e se preparando para lutar com o outro à sua frente.

Respondeu com o seu próprio grito de fúria e já nem pensava mais no pequeno monstro verde que lhe fez acabar naquele lugar. Se houvesse feito isso, talvez o procurasse rapidamente no topo dos galhos. Se assim fizesse, notaria ele observando calmamente de uma árvore a distância onde comia um pedaço de carne e observava a luta parecendo até muito feliz com aquilo.

Ele parecia muito feliz mesmo.

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Olá, eu sou MK Hungria!

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