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Capítulo 186 – Mate

“Não… não, isso não é verdade. Não confie nele!” gritou Carlo. A essa altura, não sabia mais para onde correr. Um lado da caverna estava bloqueado por uma quantidade desconhecida de magos, enquanto o outro lado estava repleto de magos do Ducado Keyen, convencidos de que ele os havia traído.

“Não se preocupe, Carlo, temos muitos magos do nosso lado. Todas as saídas do vale estão cercadas. Eles não podem escapar, então tudo o que você precisa fazer agora é forçá-los a sair,” gritou Abel novamente.

“Vá para o inferno, Carlo!”

“Eu sabia que não podíamos confiar nesse canalha!”

“Porco traidor!”

“Mate-o!”

Naquele momento, magos de baixo escalão lançaram uma bola de fogo em Carlo. Ele rapidamente se jogou no chão. Logo depois, um grito de agonia ecoou quando uma flecha perfurou um dos magos. 

Mesmo tendo escapado do ataque da bola de fogo, Carlo se machucou ao cair sobre algumas pedras. Agora, ele estava deitado no chão com a boca aberta, lutando para respirar.

“Bom trabalho, Carlo. Mais um morto. Continue assim, force os outros a saírem,” gritou Abel, enchendo novamente a caverna com sua voz.

“Vamos arrastar Carlo conosco para o inferno!” Depois de testemunharem dois companheiros sendo mortos por flechas, aqueles magos perceberam uma verdade cruel. Seu inimigo era alguém que dominava um arco de longo alcance, atacando-os de um local seguro e distante. 

Mesmo com uma armadura congelada para protegerem-se, seria difícil sair da caverna de uma vez. Eles temiam que inúmeros outros magos estivessem à espreita do lado de fora. 

Subitamente, a esperança dos magos na caverna desvaneceu, e a ideia de levar Carlo com eles para o inferno surgiu em suas mentes.

O segundo mago mais poderoso naquela caverna era um mago de nível 4. Ele possuia uma armadura congelada e preparou-se para atacar Carlo.

Uma bola de gelo disparou de sua mão. Uma bola de gelo foi lançada de sua mão. Enquanto Carlo tentava se esquivar, o mago disparou mais dois sinais rúnicos de ataque de fogo na direção em que Carlo estava se movendo. 

Carlo, exausto de tantos ataques consecutivos, não teve escolha senão contra-atacar. Ele começou a desprezar aqueles tolos na caverna, incapazes de perceber que estavam sendo provocados deliberadamente por alguém do lado de fora.

Naquele momento, Carlo também lançou dois sinais rúnicos de fogo. Os quatro símbolos colidiram no ar e explodiram. 

A bola de gelo normalmente se movia devagar, o que permitiu a Carlo evitá-la facilmente. No entanto, os magos na caverna já estavam preparados para contra-atacar e lançaram duas bolas de fogo em direção a Carlo. 

Nesse momento, Horácio também apareceu com sua armadura, desencadeando um ataque com uma bomba relâmpago. Arcos elétricos iluminaram as fendas das rochas. 

Horácio logo percebeu que atacar nessas superfícies rochosas era mais desafiador do que em terreno plano. A bomba relâmpago se ocultou entre as rochas ao avançar em direção a Carlo. 

Enquanto Carlo ainda se esquivava da bola de gelo, viu mais duas bolas de fogo vindo em sua direção. Ele reagiu imediatamente, lançando mais dois sinais rúnicos de fogo para se defender. 

Apesar da dor emocional, Carlo permanecia determinado enquanto manipulava os sinais rúnicos. No entanto, naquele exato momento, um arco elétrico emergiu debaixo dele. O golpe foi certeiro, atingindo Carlo diretamente nos pés e percorrendo seu corpo.

“Ah!” Carlo soltou um grito de agonia quando a bomba relâmpago atingiu seu corpo, fazendo-o vibrar com a eletricidade. Em seguida, uma bola de fogo o atingiu. O ganancioso Carlo recebeu o que merecia. Deitado no chão, ele murmurou para si mesmo:

“Ainda tenho um sinal rúnico de defesa… um sinal…”

“Ah!” O mago na caverna, sem armadura, foi morto a tiros por Abel com seu arco Harry. Até então, não havia lançado um único feitiço e já havia eliminado três magos, deixando Carlo para morrer na caverna.

Ainda havia 4 magos na caverna, escondidos atrás das rochas, sem coragem de sair. A noite já estava chegando e, quando o céu escurecesse completamente, planejavam usar a escuridão para escapar. 

Abel estava sentado na beira de uma rocha alta, posicionada acima da saída do vale. Enquanto observava a caverna à distância, um sorriso frio emergiu em seu rosto.

Vento Negro”, sussurrou Abel suavemente. Não precisava explicar, pois Vento Negro já entendia suas intenções. Começou a avançar rapidamente em direção à caverna. Sua velocidade era incrivelmente rápida e silenciosa.

Chegando à entrada da caverna, localizada a algumas centenas de metros dos quatro magos, um deles percebeu um leve ruído. Cautelosamente, olhou para fora, apenas para ver uma flecha atravessando em seu olho. Um grito de agonia irrompeu de seus lábios quando a flecha penetrou seu crânio.

Ao ouvir o grito desesperado do mago, os outros três feiticeiros souberam imediatamente que uma nova ameaça havia invadido a caverna. Cientes de que não tinham escolha além de lutar por suas vidas, prepararam-se para o confronto. 

Horácio, resguardado atrás de uma grande rocha, reativou sua armadura congelada e começou a conjurar sua poderosa bomba relâmpago. No instante em que seu feitiço estava prestes a se completar, saiu de trás da rocha, liberando o relâmpago e fazendo com que arcos elétricos se espalhassem pelas fendas das rochas. 

Simultaneamente, outro mago de nível 4 ergueu sua armadura e lançou a runa de fogo que cintilava em sua mão.

No entanto, Horácio não foi tão rápido quanto Abel. No momento em que Horácio saiu de trás da rocha, a bola de fogo de Abel já estava voando em sua direção. 

A bola de fogo lançada por Abel atingiu a armadura de Horácio com uma velocidade intensa, quebrando-a instantaneamente. Mas não parou por aí; o impacto e o calor continuaram a atingir Horácio, causando-lhe queimaduras graves.

“Ahhh!” Horácio rolava no chão, gritando de dor. Tentava desesperadamente apagar as chamas que consumiam seu corpo, mas o feitiço de bola de fogo era devastador. Não havia como detê-lo. 

Gradualmente, os gritos de Horácio se tornaram mais fracos entre as chamas. Um momento antes de sua morte, ele ainda ponderava consigo mesmo por que esse feitiço era tão poderoso. 

Não parecia ser o tipo de magia lançada por um jovem feiticeiro; parecia mais a habilidade de um mestre que havia dominado seu ofício ao longo de muitos anos. Certamente, a armadura congelada tinha seus limites, mas não deveria ter sido quebrada tão facilmente por uma simples bola de fogo. Apenas uma bola de fogo de nível 5 ou superior poderia ter tal efeito.

Os arcos elétricos rasteando pelo chão e os sinais da runa de fogo aproximavam-se de Abel, mas sua velocidade não se comparava à agilidade do Vento Negro. Em um instante, ele saltou 10 metros para trás num instante, esquivando-se de todos os feitiços.

Abel, experiente em enfrentar diversos magos, percebeu que a maior diferença entre um novato e um mago oficial era a capacidade de controlar seu poder espiritual. Os magos novatos tendiam a confiar na habilidade de visualizar o alvo para lançar feitiços, essa abordagem revelava-se quase ineficaz diante da velocidade e da agilidade de uma montaria como Vento Negro. Alcançá-lo era impossível.

Em seguida, ocorreu outra matança fácil. Os magos de nível 4 não conseguiam esquivar-se da bola de fogo de Abel, e o sinal rúnico de fogo lançado em seguida não foi capaz de igualar a velocidade do Vento Negro. 

Eles só podiam tentar, de forma passiva, se defender contra o fogo de Abel. Mas não se esqueça, a bola de fogo de Abel era extremamente rápida, permitindo que ele lançasse quatro delas consecutivamente. Com isso, os magos desistiram e deixaram-se consumir pelas chamas em segundos.

“Venha, nossa, você é o último!”Abel gritou.

Depois de algum tempo sem resposta, Abel montou  em Vento Negro e seguiu até a parte de trás da rocha. 

Descobriu que os magos já haviam morrido. O último mago parecia estar morrendo de medo. Seu rosto sem vida estava cheio de terror, olhando fixamente para o colega que havia sido atingido na cabeça pela flecha de Abel. 

Abel refletiu consigo mesmo: como alguém assim pode ser um mago? Matar cidadãos comuns era aceitável para eles, mas tremiam de medo ao verem seus companheiros sendo mortos. Se esse tipo de mago precisasse lutar contra os orcs, render-se-iam antes mesmo de terem a chance de lutar.

“Camille, aqui é o Abel.” Abel pegou seu comunicador para se conectar com Camille.

“E aí, Abel,” a voz de Camille veio clara através de seu dispositivo.

“Descobri sete magos novatos na montanha Lenida,” disse Abel a Camille.

“Espere, espere por mim. Vou chamar Carlos e os outros para irem lá imediatamente,” respondeu Camille rapidamente.

“Não precisa, eles já estão mortos,” disse Abel.

“Abel, você disse que esperaria por nós antes de atacar!” A voz de Camille soou tão alta que Abel teve que retirar seu amuleto dos ouvidos.

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