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No tranquilo recanto da biblioteca, nossa jovem encontrava-se imersa em um ambiente de conhecimento e mistério. O aroma de livros antigos e a sensação reconfortante de páginas gastas preenchiam o ar enquanto ela se acomodava em uma cadeira e mesa mais afastada dos demais, próximo a uma janela que refletia uma luz em direção a pilha de três livros.

Seus dedos deslizavam sobre a lombada empoeirada do primeiro livro da pilha, intitulado ‘Complexo Elementar’. Com cuidado, o ergueu, sentindo o peso das palavras contidas dentro dele. As letras douradas no couro desgastado brilhavam sob a luz, como se contivessem segredos ancestrais esperando para serem desvendados.

Sophia permitiu-se um momento para admirar a capa desbotada antes de abrir o livro com reverência. As páginas amareladas cederam sob seus dedos, revelando uma fonte de sabedoria e magia que ansiava explorar. Enfim mergulhou na primeira página, onde descria as seguintes palavras:


 Os elementos são o reflexo da vontade divina que marca cada ser vivo desde o seu nascimento. Eles representam a essência mágica que reside no âmago de cada indivíduo, manifestando-se de formas variadas e surpreendentes. Alguns são agraciados com mais de um elemento, outros não possuem nenhum. Não há uma regra ou uma lógica que determine quem terá ou não essa dádiva, apenas o destino e o karma que cada família carrega consigo.

 A maioria das pessoas acredita que existem apenas seis elementos: Fogo, Água, Ar, Terra, Luz e Escuridão. Esses são os mais comuns e conhecidos, mas estão longe de serem os únicos.

 Na verdade, existem mais elementos do que se pode imaginar, e alguns deles são tão raros e poderosos que desafiam a compreensão humana. Os principais que podemos citar são:

 Naturais: Fogo, Água, Ar, Terra. Esses são os elementos básicos, que regem os fenômenos naturais e as forças da natureza.

 Especiais: Luz, Escuridão, Espaço, Tempo. Esses são os elementos que transcendem a realidade física, e que lidam com conceitos abstratos e misteriosos.

 Avançados: Eletricidade, Magma, Gelo, Veneno, Metal, Som, Sangue, Natureza. Esses são os elementos que resultam da combinação ou da evolução de outros elementos, e que exigem um alto grau de controle e habilidade.

 Esses são os principais, mas não todos. . . Há um grande enigma sobre a existência de um limite para a criação e o surgimento de novos elementos, e muitos afirmam que eles são infinitos ou quase. Porém, o que poucos se preocupam ou se esforçam em entender é como eles realmente funcionam, e como eles podem ser usados de forma eficiente e criativa. Outro aspecto fascinante é que os elementos, por si só, são um tipo de energia que percorre o mundo, entrelaçada à mana. A mana, por sua vez, é a fusão de diversas energias, compatíveis ou não, que se unem em uma substância única chamada Éter. Há escassos registros sobre a sua existência, mas muitos, assim como eu que escrevo esse livro, acreditam piamente que ela é real. . .

Após passar horas mergulhada em um mundo fantástico, a jovem percebeu que a tarde já se esvaía, e que um alvoroço se formava na recepção. Curiosa, ela fechou o livro que estava lendo e o segurou com a mão esquerda. Levantou-se da poltrona e caminhou até a bibliotecária, que estava agachada entre as estantes, revirando os livros com aflição.

— Senhora, o que houve? — perguntou a jovem, com delicadeza.

— Ah! Minha filha, é um desastre! — exclamou a senhora, sem levantar os olhos. — Eu perdi um livro muito importante, muito raro, muito valioso!

— Um livro? Qual livro? Não foi um dos que a senhora me emprestou, né? Porque eu adorei mu-

— NÃO! — interrompeu a senhora, erguendo a cabeça com um sobressalto. — Esse livro é uma joia, uma preciosidade, o meu amado livro de ‘Complexidade Elementar’, onde ele está? Onde ele está?

— Ué? Mas esse não é o livro que a senhora me deu? — perguntou a jovem, mostrando o livro em sua mão.

— O QUÊ!? — gritou a senhora, arregalando os olhos. Ela se levantou tão rápido que bateu a cabeça na mesa, fazendo um estrondo ensurdecedor.

Poow! Ai, que dor! — gemeu a senhora, levando a mão à cabeça. — Mas espera, o que você disse mesmo?

— Eu disse que esse é o livro que a senhora me deu — repetiu a jovem, estendendo o livro para ela.

A senhora agarrou o livro com às duas mãos e o abraçou contra o peito, como se fosse um filho perdido.

— Graças aos deuses, você encontrou o meu bebê! Mas… ESPERA AÍ! O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO COM O MEU BEBÊ, SUA PIRRALHA?

As poucas pessoas que ainda estavam na biblioteca se assustaram com os berros da senhora, que ecoaram pelo salão. Um lugar silencioso e tranquilo estava prestes a se transformar em um campo de batalha.

— Eu… A senhora que me deu esse livro junto com os outros — disse a jovem, nervosa e confusa.

— IMPOSSÍVEL, EU NUN-

Mas antes que a senhora pudesse continuar, foi interrompida por um dos Demi-Humanos que olhava pela janela e exclamava junto a outros a chegada do líder com seus guardas e dois jovens desmaiados.

— Olha lá! O líder voltando de uma exploração a essa hora? O que será que aconteceu? — Ele disse, curioso e surpreso. Ele apontou para a rua, onde uma comitiva se aproximava.

Mudando sua atenção temporariamente, a senhora saiu da bancada e olhou pela janela.

Sophia aproveitando a situação, de fininho saiu pela porta acreditando que nunca mais voltaria lá. Ela correu pela rua, desviando das pessoas e dos animais. Ela respirou aliviada quando chegou a uma esquina.

— Ufa. . . Acho que se não fosse isso eu estaria morta. Onde será que estão os garotos? — se perguntou, olhando para os lados.

— Sophia!! — uma voz era escutada ao longe.

— Ah? Alguém me chamou? — disse, virando-se para trás.

— SOPHIAA!! — a voz se repetiu, mais alta e mais perto.

Se virando, notou quem era. Era Lila, com uma face preocupada, totalmente diferente de antes. Ela corria em sua direção, ofegante e assustada. Se aproximando, se encontraram no meio da rua.

— O que foi, Lila? Aconteceu alguma coisa? — perguntou, preocupada e ansiosa.

— Os seus amigos. . . Eles. . . — Lila começou a dizer, mas parou, engoliu em seco, sem saber como continuar.

— Vamos, fala Lila, não estou te entendendo! — Sophia insistiu, impaciente e nervosa

— Eles. . . Estão em perigo! — Lila soltou, com a voz trêmula e os olhos marejados.

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Olá, eu sou R-Lkz!

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