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O sol, como um pintor tímido, deslizava seus primeiros raios sobre o horizonte, tingindo o céu com tons alaranjados. Era o prelúdio de um novo dia na pacata vila, um palco aberto á promessas e infinitas possibilidades. Nossos heróis despertavam antes do alvorecer, com o zelo dos que têm missões a cumprir. Lukky desenrolava suas bandagens, os olhos brilhando com determinação, enquanto Kraus, impaciente, questionava:

— Até que enfim recuperados, não é? Já se passou um mês… Qual será nosso próximo capítulo?

Lukky, com uma melodia suave a brotar dos lábios, ignorava as inquietações de seu colega que, franzindo o cenho, ponderou em voz alta:

— Será que devemos nos aventurar novamente na floresta ou buscar o caminho de volta para casa? Ou então seria interessante se nós…

Interrompido pelo devaneio musical, exclamou:

— Acorda! Ainda está sonhando? Com essa cantoria, tá parecendo uma mulherzinha

Lukky, erguendo uma sobrancelha em desafio, replicou com um sorriso maroto:

— Está ansioso é? Relaxa mano, vamos dar um tock em Sophia e logo decidimos o que fazer — terminava de retirar suas bandagens e levantava-se, alongando seu corpo.

Com um sorriso franco, apenas aceitou as palavras e se estirou juntamente. Preparados, abriam a porta sentido o sol em suas faces, porém um toque nada gentil chegou em seus ombros.

— Ora, ora, não vão partir sem um adeus, meus queridos?

Nica, com um sorriso que oscilava entre o afável e o sinistro, os envolveu em seus braços robustos.

— Ah. . . Não tínhamos nos esquecidos, apenas. . . — gaguejou na espera do pior

Entretanto, o que parecia ser uma sentença de morte se tornou em um abraço quente e aconchegante. Surpresos, em suas mentes, perguntavam o motivo daquilo.

Mas a trégua foi breve, e um sussurro gelado lhes escapou:

— Lamento por vocês. . . Boa sorte com o cavalheiro que os aguarda. . .

Com a pele arrepiada, se afastaram do abraço e viraram-se, de repente seus olhos encontraram uma figura majestosa que ofuscava o próprio sol. Diante deles estava um homem besta de proporções colossais, cuja semelhança com um leão era inegável. Ostentava uma juba dourada e radiante, rivalizando com a luminosidade solar, e suas vestes eram um híbrido intrigante de armadura e tecidos antigos, marcados pelo tempo. Seus bolsos pareciam estar repletos de lâminas de todos os tipos, dispostas estrategicamente ao redor de seu peito e cintura, e ao seu lado pendia uma espada imponente. Decidindo falar, sua voz ressoou com a autoridade e profundidade de um deus nórdico, enchendo o ar com sua presença:

— Bom dia, senhora. Estes seriam… Lukky e Kraus, estou correto?

Silenciosos, permaneceram imóveis, tentando decifrar a nova peça que o destino lhes apresentava.

— Bom dia, Dario! Sim, são eles.

Ainda confusos, esperaram uma apresentação apropriada, logo chegando.

— Oh! Verdade, não me conhecem. . . Chamo-me Dario, sou o ex chefe de treinamento de soldados daqui. . . Ragnar me pediu para começar um novo concurso, uma ideia nova. . .

Explicou calmamente detalhes sobre os acontecimentos após aquele incidente na floresta, indicando uma mudança no próprio regimento do local, onde o que antes era necessário ter 17 anos para começar a se tornar um soldado oficial, agora haveria uma peneira isolada, onde treinaria principalmente os jovens órfãos ou qualquer um que fosse autorizado a fazer. E para provar como a vida não é um morango, deixou explícito o quão rígido séria, sendo um treinamento especial para se tornar a elite daquele lugar.

Tudo isso soou muito estranho, e pensar que em uma simples vila de Demi humanos haveria tanto regime, e indicando a existência de soldados ‘Elites’ em um lugar tão. . . Rural?

Enfim, finalizando, deu-lhes a oportunidade de serem os pioneiros desse novo evento. . .

— É tipo uma escolinha hein. . ? Isso me traz lembranças. . . — Indagou Kraus.

— Verdade. . . Além disso, acho que nossa preocupação maior séria voltar para a casa, não? — cochichavam

Ouvindo os murmúrios, Dario se via confuso, perguntando em seguida.

— O que há de errado, jovens humanos?

— Nada, mas acho que infelizmente teremos que recusar. . .

— Oh? E posso saber o motivo?

Antes que Lukky pudesse articular uma resposta, percebeu que Kraus havia se petrificado, o olhar perdido no horizonte de um pensamento distante.

— Kraus? — chamou, sacudindo-o suavemente pelo ombro.

— Ei, desperta, companheiro! — A urgência cresceu em sua voz e nos seus gestos.

Subitamente, voltou a si, um suor frio banhando sua testa, a voz trêmula revelando uma decisão inesperada:

— Nós… Nós aceitaremos, Dario — disse, buscando apoio no ombro amigo de Lukky.

— Quê? Por quê? Você está. . .
diferente. Que bicho te mordeu?

— Eu… Preciso falar contigo, agora — disse Kraus, com um tom urgente, puxando Lukky para um canto isolado, deixando os demais perplexos com a súbita interrupção.

— Escuta, é sério, temos que aceitar isso.

— Aceitar o quê? — perguntou Lukky, a confusão marcada em seu rosto.

— É estranho, eu sei, mas lembra-se do que aconteceu quando escapamos daquele lugar infernal?

Kraus falava do passado com uma gravidade que fez Lukky recordar a benção [ Previsão ], que os havia guiado até ali e agora pressagiava um novo desafio.

— Vi algo, uma visão turva do nosso futuro se recusarmos… — Kraus hesitou, a voz embargada pela incerteza.

Ele descreveu um futuro sombrio: após obterem informações cruciais, retornaram à cidade, indo primeiro à casa de Lukky. De longe, ouviram uma voz familiar — era Lukky, mas como poderia ser? Ele estava ao lado deles, não poderia estar lá também…

Com uma narrativa cada vez mais intensa, Kraus detalhou como se aproximaram cautelosamente e espiaram pela janela, apenas para testemunhar Lukky conversando com sua tia. A revelação desencadeou uma onda de fúria e perplexidade em nosso herói, que atacou o impostor, apenas para ser dominado.

No clímax, enquanto os outros corriam para ajudar, a visão de Kraus mostrou o verdadeiro Lukky, com o peito perfurado, o coração trespassado por uma lâmina traiçoeira. . .

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