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Armagedon
A Guerra dos Cavaleiros
Capítulo 21: Golden Fly

Arena, presente:
Jack retornou à arena com diversos ferimentos e era perceptível um semblante de euforia em seu rosto.
— Mesmo que ele não tenha se tornado meu herói, a luta foi incrível e elas continuaram a me encantar, que belo torneio.
Thor estava enfurecido em sua poltrona e imediatamente saltou dela e ficou de frente com Jack.
— Seu assassino de merda, como ousa matar o meu Cavaleiro?!
— Isso é um torneio, senhor deus. Mortes indesejadas acontecem o tempo todo.
Thor enfurecido desferiu um soco no rosto de Jack, mas imediatamente ele foi parado por Odin, que estava com um semblante calmo.
— Pai?! O que esta fazendo?
— Eu que lhe pergunto isso, meu filho. Já basta você ter perdido o combate, ainda quer me envergonhar mais ainda.
Thor desviou o olhar e soltou seu braço da mão de seu pai e começou a caminhar para fora da arena, mas no caminho ele olhou para Loki com ódio em seus olhos.
Loki olhou assustado, mas manteve sua calma. Odin saltou do centro da Arena até Loki e ficou de frente a ele.
— Pai?!
— Parabéns pela vitória, meu filho. Você a mereceu.
— Obrigado, Pai. Essas palavras são importantes para mim — disse Loki com um sorriso de canto de boca.
— Você é a última esperança que nós temos de nos tornarmos vitoriosos nesse torneio, estou contando com você.
— Sim, pai. Prometo não te decepcionar — os olhos do deus estavam brilhando de felicidade.
Jack observou de longe e soltou uma leve risada. O assassino caminhou até o lado de fora da arena na direção da enfermaria.
— Iremos para um intervalo de 10 minutos, os próximos lutadores e deuses se preparem pros combates que estão por vir — disse o Arcanjo Gabriel.
Enfermaria:
Quando Jack chegou na enfermaria, ele logo desabou em uma cama qualquer e as enfermeiras assustaram-se e logo começaram a tratar suas feridas.
Barba Negra e Charlotte continuavam a jogar e a cavaleira parecia muito aflita e o pirata com muito orgulho em seu rosto.
— Como você consegue ganhar todas? Isso só pode ser feitiçaria.
— Um pirata nunca revela seus truques.
Jack olhou à cena e soltou uma leve risada.
— Do que você esta rindo? — disse Charlotte com ódio em seus olhos.
— Olha as mangas dele e você verá o truque dele.
Charlotte pulou em cima do Thatch, levantou sua manga e viu diversas cartas diferentes.
— Então era assim que você não parava de ganhar.
— Eu com certeza posso explicar — disse Barba Negra suando frio.
— Eu deixarei você explicar-se quando nos encontramos no inferno.
Diversas adagas estavam se formando ao redor da Charlotte. Barba Negra levantou-se e correu como se sua vida dependesse disso (e dependia) e Charlotte correu atrás dele gritando todos os xingamentos que conhecia.
Jack ficou de peito para cima e começou a lembrar-se dos eventos que aconteceram na sua luta e soltou um leve sorriso.
— Acho que irá demorar mais um pouco para que eu ache meu herói. Espere por mim, Vovô.
Área de Treino:
A área de treino possuí todos os tipos de equipamento de treino, para que os Cavaleiros sintam-se confortáveis e possam treinar sem problemas.
Leônidas estava treinando diversas estocadas em um boneco de couro que estava bastante desgastado com os ataques do espartano. Possuía seriedade em seu olhar e a cada estocada lembrava do treinamento rigoroso de Esparta e da luta feroz contra Ragnar. Ele estava usando somente sua tanga vermelha, enquanto treinava.
— 1931… 1932… 1933… 1934.
Leônidas permanecia concentrado até que ouviu passos indo na sua direção e parou a sua repetição para olhar à pessoa. Era Musashi Miyamoto.
Musashi estava cheio de bandagens e curativos por todo o seu corpo. Ele andou até o espartano com a mão direita em cima do cabo de uma de suas katanas.
— Sinto muito, acabei atrapalhando seu treinamento.
Leônidas estava ofegante e pegou uma toalha por perto para enxugar o seu rosto.
— Tudo bem, eu já ia dar uma pausa. Meu nome é Leônidas e o seu seria?
— Musashi Miyamoto. Achei que você saberia quem eu sou?
— Por que eu deveria saber quem é você?
Aquelas palavras impactaram em Musashi.
— Eu lutei faz pouco tempo, achei que você tinha visto a luta — disse o samurai com um lágrima em seus olhos.
— Eu não pretendo ver as outras lutas, prefiro vir treinar e estar preparado para o próximo combate.
— Mas se você ver as outras lutas, terá uma maior noção da habilidade de seus oponentes. Assim, as chances de vencer não seriam maiores?
— Na guerra, só temos conhecimento da quantidade de soldados inimigos e da habilidade dos oponentes mais fortes por rumores. Além disso, eu não preciso dessas coisas, pois não pretendo perder.
Musashi viu determinação no olhar de Leônidas e começou a rir.
— Você realmente é uma figura, Leônidas. Fico feliz por ter lhe conhecido.
Musashi esticou sua mão e Leônidas a apertou.
— Espero poder lutar contra você, espartano. Não ouse morrer antes de podermos ter uma verdadeira luta.
— Digo o mesmo. Você parece ser uma pessoa incrivelmente forte e seria uma honra ter um duelo com você.
Passando pela porta da sala, eles viram Barba Negra correndo e a Charlotte correndo atrás dele com diversas adagas.
Os dois olharam essa situação e começaram a gargalhar.
Sala de Descanso dos Arcanjos:
O Arcanjo Gabriel teletransportou-se para essa sala, onde ele pulou em cima de um sofá e estava apertando com força um travesseiro com o rosto dele.
A sala possuí diversas poltronas, maquinas de bebida e comida, televisões e alguns notebooks junto de um PC Gamer.
“Esse torneio esta sendo bem cansativo, mas esta sendo muito empolgante. Fico tão feliz por estar vivo”, pensou o Arcanjo enquanto rolava de um lado para o outro.
A porta da sala abriu e alguns pessoas entraram na sala, Gabriel tirou o seu rosto do travesseiro e de um sorriso pros seus irmãos.
— Vieram também descansar, meus irmãos?
— Vim por preguiça mesmo — disse Rafael.
— Eu vim para humilhar alguns noobs no OLO — disse Azaquiel
— Eu vim acompanhar esse medroso — disse Uriel
— Sinto muito por me acompanhar, irmão. Não queria ficar sozinho — disse Anael.
— Finalmente eu te achei, Gabriel — disse Azaziel.
Uriel estava abraçando Anael que estava chorando em seus braços. Rafael sentou em uma das poltronas e dormiu em sequência. Azaquiel já estava no PC Gamer e soltando diversos xingamentos.
— O que você quer, Azaziel? — disse Gabriel resmungando.
— Vim informar que o plano Golden Fly está finalizado.
Todos os irmãos pararam o que estavam fazendo e começaram a prestar atenção nas palavras de Azaziel.
— O que é esse plano Golden Fly, Azaziel? — perguntou Anael
— Foi um pedido do Gabriel para que eu fizesse um avião de ouro — disse Azaziel coçando a cabeça.
Todos os irmãos se empolgaram com a notícia, menos Azaziel.
— Mas não possuímos asas? E um avião dourado seria capaz de voar?
— Fu fu fu, sua mente é muita pequena, Anael — disse Gabriel.
— Explique para eles o que você tinha me dito, Gabriel — disse Azaziel
Gabriel subiu em cima do sofá.
— Me escutem, meus irmãos. Mesmo nós possuindo asas, é muito cansativo ficar usando elas em todo momento e imaginem como os humanos ficaram, quando chegarmos com essa belezinha na terra no dia do julgamento final.
Os irmãos se empolgaram.
— E em relação se vai voar, mas é claro que ele irá voar, pois somos ricos e as leis da física não se aplicam aos ricos — disse o Arcanjo com um olhar convencido.
— Como somos ricos, se estamos devendo dinheiro. Esqueceu das dívidas que temos com as Valquírias e com os deuses da sorte? — disse Azaquiel.
— Eu avisei que era furada entrar no cassino dos nórdicos e dos deuses da sorte — disse Azaziel.
— E devemos mais ainda, quando Gabriel não aceitou as derrotas, continuou e aumentou nossas dívidas — disse Anael.
— Os seguranças arrancaram suas roupas e fizeram ele prometer que iria pagar o que devia — disse Uriel.
— O mais incrível é que ele fez a mesma coisa nos dois cassinos — disse Rafael.
Os irmãos começaram a lembrar do evento e formaram uma bolha de pensamento e Gabriel estava envergonhado, pulou em cima da bolha e começou a apagar.
— Não me façam lembrar disso. Voltando ao avião dourado, eu usei os fundos destinados ao torneio para fazê-lo.
— Mas esses fundos não eram para reparar a arena, caso ela fosse destruída por algum Cavaleiro? — perguntou Anael.
— Não tema, Anael. Eu verifiquei pessoalmente os Cavaleiros e tenho plena certeza que esta tudo bem — disse Gabriel confiante.
— Bem, se der algo errado eu quero estar longe do problema. Só fiz o que você pediu, pois estava te devendo, não ouse me pedir mais nada — disse Azaziel.
De repente um baralho de alarme começou a tocar e Gabriel pegou seu celular e desligou o alarme.
— Hora de voltar pro espetáculo. A vez de expectar a luta é sua, Azaziel — disse Gabriel sorrindo.
— Eu recuso, tenho coisas mais importantes para fazer.
Azaziel estava indo na direção da porta e Gabriel estalou os dedos e Azaquiel ficou de frente pro Azaziel.
— É sua vez, Azaziel. Trate de fazer o trabalho direitinho —disse Azaquiel com um olhar ameaçador.
— Mas irmão…
— Como é, você esta me respondendo?!
— Não, senhor — disse Azaziel ficando em prontidão.
— Muito bem. Pronto Gabriel, ele é todo seu.
Gabriel soltou um sorriso orgulhoso e Azaziel estava furioso.
— Quando você menos esperar, eu vou…
— Sem resmungar, Azaziel. Vá logo se aprontar — disse Azaquiel.
Azaziel estalou os dedos e sumiu da sala. Azaquiel e Gabriel deram um “toca aqui” e os outros irmãos voltaram aos seus fazeres. Gabriel teletransportou-se de volta à arena.
Arena:
Gabriel chegou na arena e estava vestindo uma roupa de inverno.
— Senhoras e senhores, vamos iniciar as apresentações da sétima rodada do Armagedon.
A plateia estava eufórica e gritava de alegria. Gabriel ouviu um barulho de ligação no ouvido e colocou os dedos para atender. Ele ficou surpreso e soltou um leve sorriso.
— Antes de mais nada, temos uma notícia urgente. Aparentemente houve uma fraude na sexta luta, foi me informado que o Supremo nunca deu a ordem de retirar a decisão dos lutadores da escolha do terreno da luta, estamos na busca de quem passou essa falsa informação, enquanto isso vamos às apresentações dos deuses.
Um grande holofote de luz foi direcionado à porta do lado esquerdo dos deuses.
— Do meu lado esquerdo, temos a deusa nórdica dos mortos. Dizem que sua beleza é ambígua, junto do tratamento dado aos humanos lançados em “Nilfheim”.
A porta se abriu e cheiro de morte podia ser sentido por todos na arena.
— Com vocês, a deusa dos mortos, HELA.
Ela possuí um longo vestido branco bem semelhante a de uma noiva e em baixo dele é perceptível uma armadura leve negra com diversos semblantes de caveira. Seu cabelo é metade preto e metade branco, sendo que seu rosto é meio vivo e meio morto, o lado vivo é lindo e jovem com sua pupila sendo esverdeada junto de longos cílios, já o seu lado morto é podre e decrépito, sua pupila totalmente branca e é possível ver um buraco em sua bochecha que deixa amostra os seus dentes. Seu corpo é semelhante ao seu rosto, com o lado esquerdo estando morto e o lado direito vivo, junto de um busto mediano.
A deusa caminhou lentamente até a poltrona. Enquanto andava, plantas eram criadas no lado direito e o chão envelhecia no lado esquerdo. Ela sentou na poltrona com um semblante sério.
— Do meu lado direito, temos aquele conhecido como “Senhor das coisas selvagens” e um dos melhores flautistas entre os deuses, se não o melhor. Seu semblante causa temos nos inimigos e ele é a representação de poder e honra da mãe natureza.
A porta direita abriu e um som de flauta podia ser escutado por todos na arena.
— Com vocês, o deus dos animais, CERNUNO.
Em sua cabeça há dois longos chifres de cervo com o seu cabelo sendo longo e branco com pequenas tonalidades esverdeadas. Seus olhos totalmente azulados junto de suas longas orelhas, acentuam o seu rosto sério e másculo. Seu corpo é musculoso e sua pele é morena. Ele veste uma longa capa feita de feras que caçou e uma saia de couro com uma adaga ao lado junto de botas de couro, em seus braços e pernas há diversas vinhas enroladas e em suas costas há um longo arco junto de diversas flechas guardadas em sua aljava. Em suas mãos havia uma flauta.
Cernuno tocou a sua flauta, enquanto saltitava até a sua poltrona. Todos na arena estavam acompanhando o ritmo, menos a Hela.
— Prazer, senhorita Hela. Você esta encantadora.
Hela o ignorou e ele ficou abalado.
— Com a apresentação dos deuses, iremos à apresentação de seus Cavaleiros.
Os holofotes direcionaram-se no portão esquerdo.
— Do meu lado esquerdo, temos aquela que iria fazer o Império Russo virar de cabeça para baixo. Em 1729, ela havia nascido e ninguém sabia o destino que lhe aguardava. Vinda de uma família nobre da Prússia e casando-se com o czar Pedro III, ela dominou aos poucos a Rússia e seu marido foi assassinado por ela. Com isso, iniciou seu império e governou a Rússia com punho de ferro e trouxe a modernidade de sua nação. Ninguém ousou desafiar seu império e outras grandes nações como França e Grã-Bretanha, nem ousaram contrariar seu governo.
Todos na arena começaram a sentir bastante frio e viram que no portão esquerdo estava saindo um vento frio e forte, como uma nevasca. O portão estava sendo congelado.
— Lhes apresento a CAVALEIRA GÉLIDA, CATARINA, A GRANDE.
O portão imediatamente foi destruído e um forte vento gélido tomou conta do lugar. A Cavaleira ficou diante de todos.
Seu cabelo é longo e azulado junto de seus olhos de mesmo cor. Ela é alta, branca como a neve, sua beleza encanta diversas pessoas na arena e seu busto é mediano. Ela veste uma camisa branca de gola alta que em sua gola possuí duas listras sendo elas amarelas e pretas, sua calça é branca junto de um cinto com o brasão do império russo e possuí também botas brancas e uma tiara dourada com o símbolo de uma águia com duas cabeças e é perceptível um colar dourado com um símbolo de floco de neve. Na sua cintura há uma rapieira e em suas mãos um leque dourado com diversos flocos de neve ao redor e o símbolo de uma águia de duas cabeças no meio dele.
O inverno esta chegando — disse Catarina com seriedade no olhar.
Lágrimas caíram do rosto do Gabriel.
“Espera, Gabriel. Dá para trocar esse portão por um de papelão. Você não irá perder o seu avião dourado”, pensou o arcanjo batendo no rosto.
— Após a apresentação da Cavaleira, vamos para o meu lado direito.
Os holofotes foram na direção do portão direito.
— Do meu lado direito, temos o homem escolhido por Deus como o futuro da humanidade. “Divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.”(Hebreus 11:7). Um homem que não teve medo do dilúvio e manteve-se firme durante os 40 dias e as 40 noites.
O som de água podia ser ouvido vindo do portão direito. As pessoas que estavam nessa área começaram a correr para fora daquele lugar
O CAVALEIRO DAS BESTAS, NOÉ.
De repente, o portão junto das estruturas da arena acima dele foram destruídos e gigantesca arca podia ser vista por todos e no topo dela estava um homem.
Seu cabelo é preto, porém há diversas partes embranquecidas e possuí uma barba cheia e completa junto de um longo bigode que se conectam e são pretos com pedaços de tonalidades embranquecidas, seus olhos são castanho-escuro e há três cicatrizes grandes em seu rosto com formato de garra, duas passando por seus olhos na vertical e uma que corta o seu nariz também na vertical. Seu corpo é musculoso, sua pele é morena e seus braços e pernas são bem peludos e com tonalidade preta com diversos fios brancos, é perceptível diversas cicatrizes de todos os tamanhos espalhados por seu corpo. Sua veste é uma camisa acinzentada com pequenas tonalidades de verde-claro de manga curta e uma calça preta longa de couro junto de sapatos marrons de couro.
O dilúvio chegou — disse Noé sorrindo e passando suas mãos no cabelo.
Gabriel havia entrado em depressão profunda e logo colocou os dedos no ouvido.
— Azaquiel.
— O que foi, Gabriel? Estou no meio de uma partida.
— Vende o avião de ouro.
— Como assim? Acabamos de conseguir ele.
— Por favor, só vende e consegue o dinheiro que precisamos de volta.
Gabriel desligou a ligação e não havia vida em seus olhos.
Os dois Cavaleiros começaram a se encarar, era perceptível duas grandes auras em conflito.
Gabriel enxugou as lágrimas e continuou com a apresentação.
— Agora vamos na escolha do terreno. Qual será o terreno e querem céu ou inferno?
— Eu desejo Nilfheim e quero o inferno — disse Hela com um suspiro.
— Eu desejo que luta aconteça na famosa arca que Noé construiu e vou ficar com o céu.
Os dois terrenos apareceram para todos em duas grandes telas e Gabriel jogou a moeda para cima. A moeda bateu na sua cabeça e caiu na sua mão.
— Céu.
Cernuno comemorou e Hela soltou um suspiro.
— Com a decisão do terreno, os dois Cavaleiros vão para suas posições.
Ambos os Cavaleiros foram para os portais e começaram a se teletransportar pro local.
— Que começe a setima rodada do Armagedon. It’s a show time baby.

Continua…

Olá, eu sou o Pacheco!

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