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Capítulo 32: Sala dos Vencedores

Armagedom
A Guerra dos Cavaleiros
Capítulo 32: Sala dos Vencedores

Arena:
A plateia continuava perplexa com o tamanho do poder de Maria Antonieta, que andava calmamente até o portão de saída da arena. Ares apertava com força os seus punhos e saiu enfurecido do local, Yu-ti andou até a saída de cabeça erguida e confiante. Gabriel suou frio e recebeu um chamado de seu irmão Azaquiel que voou para o seu lado.
— Gabriel, está tudo bem? O que foi aquele poder que acabamos de sentir? Aquela mulher é realmente uma humana?
— Eu realmente estou nervoso e impressionado com o poder que testemunhamos e eu também não tenho certeza se ela era humana — disse Gabriel segurando seu braço — Nem mesmo Tifão ou Azazel mostraram tamanho poder quanto ela.
— Bem, parece que temos um monstro no torneio e o que nós podemos fazer é continuar com nossos afazeres e seguir com a competição.
— Verdade, temos que continuar com a próxima luta, prepare o Uriel para supervisiona-la, por favor.
— Tranquilo, vê se relaxa aí e se prepara pra próxima rodada.
Gabriel respirou fundo e começou a se preparar para continuar a narrar a competição.
Sala dos Vencedores:
Maria andou até a sala dos vencedores, onde aqueles que ganhavam seus respectivos combates deveriam se encontrar, ao seu lado estava Yu-ti que estava com seus braços cobertos pela sua roupa.
— Você foi muito bem lá, minha cavaleira, é questão de tempo até que nós ganhemos.
— Nós? — debochou Maria — Não existe nós, só existe eu ganhando esse torneio e alcançando aquilo que eu mais desejo.
— Claro que sim, mas você precisa da minha imagem para poder competir, se não serás desqualificada.
— Eu sei disso e esse é o único motivo de você poder andar ao meu lado, mas não se acostuma.
“Mesmo diante de um deus, seu jeito arrogante não se abala. Ela deveria pelo menos dar um pouco mais de respeito, eu sou o cabeça do Taoismo e sou um dos mais fortes do céu, com certeza”, pensou Yu-ti enquanto tentava entender o comportamento de sua cavaleira.
Os dois chegaram em frente a sala e Maria abriu o grande portão de ouro que estava no local.
O lugar era todo brilhante e desenhado a ouro, com diversos pilares de sustentação que era respectivos aos vencedores de cada rodada. Havia uma área de cozinha e sala de lazer, junto de uma área para piscina e sauna.
Todos os cavaleiros estavam no lugar. Joana D’Arc junto de Catarina estavam de roupa de banho relaxando na piscina, Joana estava de maiô branco e Catarina de biquíni azulado. Azazel e Musashi estão somente de toalha na sauna. Jack está cozinhando algo na cozinha, é perceptível o soar de uma faca cortando legumes e ele estava usando sua roupa normal com um avental. Barba Negra e Charlotte estão jogando vídeo game, um jogo de batalha naval, onde Edward está ganhando facilmente, eles estão vestindo roupas casuais modernas, como bermudas e camisetas de manga curta. Leônidas está atrás deles se exercitando e carregando um peso de 100Kg nas costas, ele está somente de tanga vermelha.
— Você realmente achou que poderia ganhar de um pirata em uma batalha naval?! Eu sou o deus dos mares, nada pode me ganhar no mar — disse Barba Negra se vangloriando.
Charlotte estava enfurecida, afinal o placar estava 99 a 0 para ele. Então ela se levantou para tomar um ar e virou-se de costas, quando viu Maria Antonieta entrando na sala.
Charlotte entrou em fúria imediata e rapidamente duas facas aparecerem em suas mãos, então ela impulsionou-se para frente com a intenção de matar.
Quando suas facas chegaram próximas da imperatriz, o seu ataque foi parada por Leônidas segurando uma de suas mãos e Jack na outra.
— Como você ousa dar as caras aqui? — disse Charlotte enfurecida.
— Não entendi, por que toda essa ira com a minha presença? — disse Maria com um olhar de superioridade.
— Você foi uma das causadoras do meu sofrimento, por causa do seu marido eu perdi aqueles que eu mais amei.
— Aaa, então foi meu marido lhe causou alguma dor? Por acaso és alguma das várias putas dele? As quais ele disse que daria uma vida melhor e no final tiveram suas vidas destruídas?
Charlotte no ato de ira tirou seu pé do chão e desferiu um chute na região da cabeça da Maria, mas o chute foi parado pelo Barba Negra que chegou no último segundo.
— Você pirou tentando atacar ela desse jeito? — disse Barba Negra
— Me soltem, que eu vou matar ela aqui e agora.
— Não diga besteira, se eu não tivesse te parado você teria perdido sua perna, olhe pro chão.
Charlotte olhou para baixo e viu uma grande rachadura no chão.
— Ainda bem que você tem alguns amigos e que eu já estou cansada demais para lidar como meros plebeus — disse Maria virando-se e indo para fora do local — Aproveite essa oportunidade, na próxima eu faço questão de mostrar o seu lugar.
— Trate de ganhar as próximas lutas, farei questão de lutar contra você e tirar esse sorriso presunçoso — disse Charlotte enfurecida.
Maria continuou o seu andar e saiu da sala. Charlotte puxou seus braços e perna, e andou até o sofá onde sentou-se. Jack voltou aos seus afazeres na cozinha e Leônidas e Barba Negra foram até ela.
— O que você pensa que está fazendo? — indagou Leônidas — Sabes que se matar os oponentes fora da arena, você também será eliminada.
— Eu sei disso, mas ver ela libertou uma grande fúria do meu coração. Por culpa do marido dela, Luís XVI, minha família foi assassinada.
— Olha, eu sei que ela te causou problemas no passado, mas tens que controlar melhor os seus sentimentos — disse Barba Negra — Você viu a luta dela? Com somente a pressão de seu ser, ela matou aquele cara.
— Eu sei que ela é forte, mas não devo abaixar a cabeça somente por isso. Admito que ela é forte, mas Ramsés II também era e eu fui capaz de derrota-lo, só preciso me adaptar a situação e sei que poderei achar uma brecha — disse Charlotte mais motivada.
— Eu sei como você se sente — disse Catarina saindo da piscina e ficando de frente com a Charlotte — Eu também perdi uma pessoa importante e devo me fortalecer para vinga-lo.
Barba Negra ficou fascinado com o corpo da Catarina e seu nariz sangrou um pouco. Ele percebeu o sangue e deu um soco bem forte em si mesmo no rosto.
“Não caia na tentação, Edward, você já tem uma mulher linda que é suficiente pro seu coração”, pensou Barba Negra limpando o sangue de seu rosto, enquanto Leônidas olhou sem entender para ele.
— Proponho que nós treinemos juntas, Charlotte Corday — disse Catarina com um sorriso.
— Isso seria estranho, afinal nós somos rivais nesse torneio e somente um poderá sair vivo — disse Charlotte confusa.
— Eu sei disso, mas seria errado não aproveitarmos o máximo de tempo que nós temos antes do combate. Nós estamos longe na tabela pro combate — disse Catarina se aproximando de Charlotte e falando no seu ouvido logo em seguida — Você estará enfrentando Leônidas de Esparta, um treino a mais não deve fazer mal.
Charlotte olhou pro Leônidas que estava olhando confuso pro Barba Negra e soltou um leve sorriso.
— Pois bem, eu aceito a oferta. Vamos treinar, Catarina.
— É assim que se fala, Charlotte. Vou me trocar e já iniciamos.
— Eu poderia participar também? — disse Joana saindo da piscina.
— Claro, quanto mais gente melhor — disse Catarina sorrindo.
As três caminharam para fora da sala dos vencedores e foram em direção de seus quartos para se trocar e irem treinar. Barba Negra sentou no sofá e mudou o jogo em que estava jogando. Leônidas voltou a treinar.
— Leônidas, bora jogar um jogo grego aqui? — perguntou Barba Negra.
— Estou ocupado treinando.
— O jogo fala de um espartano matando deuses.
Leônidas largou seus pesos, pulou no sofá e imediatamente pegou o controle e começou a jogar o jogo.
Em uma sala de espera:
Uma mulher estava sentada em uma poltrona assistindo os outros combates e comendo batata frita. Uma deusa entrou na sala e encostou na parede.
— Relaxando ainda? — perguntou a deusa — Nós somos as próximas, espero que esteja pronta.
— Claro que estou pronta, Nêmesis. Aguardei por todo esse tempo e finalmente poderei lutar — disse a mulher se levantando e puxando sua lança do chão — Quem será meu oponente?
— Bem, conhecendo a Saraswati, deve ser algum pensador.
— Então meu oponente será um homem? Perfeito. O farei desejar nunca ter sido meu oponente.
— Conhecendo sua personalidade, deve ser mesmo. Afinal, foram os homens que lhe tiraram tudo em vida e por isso convoquei você para ser minha cavaleira, seu desejo de vingança me comove.
— Isso mesmo, agora estou mais empolgada e furiosa para lutar — a mulher segurou com força sua lança e fez um movimento semi-lunar pro chão — Em nome do meu povo e filhas, darei a ele a punição que merece, senão eu não me chamo Boudica, A Cavaleira da Vingança.

Continua…

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