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Conjurando com as trevas que o envolve, a entidade brandia duas armas de aparência sinistra: uma espada de lâmina ondulada na mão esquerda e um machado de trevas endurecidas na direita.

Com esse gesto sombrio, ele eleva o nível do embate, seu poder abrasador reverberando. Entre todos os demônios que enfrentaram, ele se destaca como um desafio fora da curva, uma ameaça que desafia todas as expectativas e exige um nível de combate além do comum.

— Em homenagem aos povos de Zephyria! — proclama ele com um tom irônico, a voz ecoando como um sussurro de vento gélido.

— Zephy? Pera… você deve ser mais velho que a eletricidade! — resmunga a garota, desviando o olhar para o avanço iminente da criatura. 

Em um movimento ágil, lança seu corpo para o lado, sentindo o fio da lâmina roçar perigosamente perto. E, agachando-se com destreza, escapa do golpe seguinte com o machado, que corta o ar onde ela estava há momentos antes.

Esse breve instante de oportunidade é o suficiente para o jovem se preparar para a sua contraofensiva. Com uma expressão de concentração, ele ergue a mão e entoa um feitiço.

— Transmutatio materiae et status!

Uma bola de fogo irrompe de sua mão, explodindo com uma intensidade furiosa quando a entidade tenta defender. As chamas se espalham, rivalizando as sombras ao redor. No entanto, a garota aproveita a distração para desferir um soco potente no abdômen da entidade.

Os dois lutadores estão bem acostumados a coordenar seus ataques.

— Transmutatio materiae et status! — ela também recita, canalizando uma poderosa pressão de ar com seu punho que lança a entidade para trás. 

Apesar do impacto, o sorriso sinistro da entidade permanece, e a escuridão ao seu redor forma uma barreira protetora contra novos ataques. E com um gesto ágil, o machado da entidade se metamorfoseia em uma esfera de energia negra.

Foi um movimento rápido e preciso: a esfera negra é lançada no ar, e o demônio, com uma destreza incomum, a corta com sua lâmina, dividindo-a ao meio. As duas metades explodem instantaneamente, espalhando fragmentos de escuridão enquanto a entidade desaparece em uma nuvem de trevas.

— Merda! — o rapaz consegue conjurar uma barreira, que mal suporta o impacto, capaz de varrer aquele lugar do mapa, empurrado para trás. — Sofie?

O grito dela ecoa, embora o golpe não a fira diretamente, seus fragmentos a atingem. Ela sente seu abdômen ser perfurado por uma lâmina de trevas, enquanto os menores apenas arranham sua pele, após se chocar contra o parapeito da escadaria.

E o teto cede, imediatamente, trazendo feixes da fraca luz do firmamento, enquanto a entidade se materializa lentamente, suas trevas como uma flor, abrindo-se, um lótus que revela a dimensão de seu poder.

A luz obviamente o queima, fazendo fumaça negra expelir de seu corpo, mas ele recebe de bom grado.

— Eu me sinto tão abençoado! — sussurra, um suspiro de satisfação escapando de seus lábios. — Essa luz… vocês humanos não entendem, a luz não pode me extinguir no mesmo instante em que o breu me cura, porque meu poder já ultrapassou os níveis comuns!

Enquanto fala, sua voz carrega um tom de desdém. Enquanto a entidade parece encontrar prazer no próprio sofrimento, como se fosse uma confirmação de sua superioridade.

Seus olhos se voltam para ela, observando com um interesse frio e calculado o sangue que escorre pelo corpo. Ela luta com dificuldade para arrancar o fragmento negro que a tortura, o esforço visível em cada movimento.

O campo de batalha agora é banhado não apenas pelas sombras, mas, pela luz tênue que atravessa os escombros…

— Você é um imbecil… — resmunga, encarando-o com fúria enquanto luta para se libertar do fragmento negro. — Essa cicatriz vai ficar horrível… Me deve uma cirurgia!

A lâmina é arrancada, quase como uma estaca, e está banhada com o sangue carmesim dela, parando nos pés da entidade após lançá-la para frente.

O brilho intenso dele é um espetáculo, e a entidade, com um olhar voraz, mal consegue conter o desejo, com os lábios banhados de vontade.

— Vai? — retruca a criatura com um sorriso cruel, apontando sua arma para a garota. — Ela não será um problema quando eu te rasgar inteira, devorar suas tripas e tentar montar os seus restos…

Enquanto fala, a criatura fecha suas costas com a escuridão, formando uma barreira de trevas opaca que se ergue ao seu redor. A proteção envolve o demônio como uma concha sombria, um escudo contra qualquer ataque imediato de suas costas.

— O rapaz pode esperar… — murmura com desdém, a ameaça implícita em suas palavras.

Sofie está por um fio, à mercê da situação.

“Não vou morrer para esse cara… não para um demônio apresentador de talk show!”

Embora não seja fatal, a dor aguda da ferida dificulta seu raciocínio, e sua aura se recusa a criar luz diante da tensão. A incapacidade de gerar uma fonte de cura agrava ainda mais sua vulnerabilidade, tornando-a uma presa fácil para a criatura.

Mas Satoshi cruza imediatamente os dedos, sua mente trabalhando o mais rápido possível enquanto pondera suas opções. Ele sabe que tentar paralisar o tempo naquele momento seria um ato de suicídio. O feitiço de paralisação do tempo só é seguro em um espaço fechado e controlado. No campo de batalha, a dimensão é imensa e instável, e a extensão do feitiço poderia resultar em um colapso mental.

A decisão é crítica.

A estratégia precisa ser decidida com cautela, mas urgência, considerando o equilíbrio entre o poder necessário e as limitações físicas e mentais de si.

— Extendere energiam: acceleratio temporis!

Quando ele entoa o feitiço, demonstra sua genialidade como exorcista com uma jogada arriscada e impressionante. Com um estalo de dedos, ele acelera o tempo em um espaço limitado, onde a onda temporal envolve a área ao redor.

Horas parecem se condensar em segundos dentro desse campo temporal, criando uma distorção que altera a percepção do tempo.

Neste instante, a barreira negra e a entidade começam a desmoronar sob o efeito do feitiço. Para a entidade, a experiência é devastadora: o sofrimento de suportar a luz de Aurora parece se arrastar por horas intermináveis, uma tortura prolongada que desafia sua resistência descomunal.

O feitiço é eficaz, resultando em uma reviravolta decisiva na batalha. As cargas de energia negra utilizadas para reverter os danos causados pelo ataque são tão imensas que, em última análise, causam um colapso em sua própria existência.

Enquanto isso, para Sofie, a dor e o sangramento se intensificam. Cada segundo se arrasta como uma eternidade enquanto ela luta para manter a consciência. O sofrimento acumulado e a exaustão são demais para ela, levando-a lentamente ao desmaio.

E não é apenas ela que enfrenta o desmaio.

Diante do colapso mental causado pela intensidade de seu feito, ele tomba, com os olhos esbugalhados, completamente desorientado.

A missão termina em um desastre, mas, por sorte, ambos conseguem sobreviver…

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