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Demorou pouco mais de 2 minutos para eles chegarem ao local. As batalhas, em sua maioria, já tinham cessado e o único barulho ouvido era de alguns bandidos que agonizavam miseravelmente no chão, com braços e pernas decepados, ferimentos graves e incapacitantes em seus corpos que com toda certeza os matariam.

Os soldados nem mesmo perderam tempo em dar um abate por piedade a esses homens. Eles eram a escória entre a escória e, em grande parte, mereciam tudo aquilo.

Muitos dos soldados ali presentes acenaram calorosamente para Argus e Asterios, olhando com um pouco mais de respeito para o garotinho. Aquela havia sido uma vitória absoluta. Eles haviam matado mais de 150 bandidos, não perdendo um único soldado e tendo apenas alguns ferimentos leves.

Passando pelos soldados, a dupla seguiu em direção à grande cabana principal.

Quando Argus estava prestes a chamar por Erik, um estrondo foi ouvido e a porta da cabana foi quebrada. Logo em seguida, uma voz irritante ressoou pelo acampamento.

“SEU FILHA DA PUTA! ME SOLTA! EU VOU TE MATAR, EU VOU VINGAR MEU PAI!!!” Com essa voz, a figura de Erik foi vista. Em sua mão direita, ele segurava a cabeça de um homem, e em sua mão esquerda, ele segurava o braço de um jovem que parecia ter cerca de 17 anos de idade, sendo carregado como um saco enquanto rosnava e gritava ameaças que ele com toda certeza não tinha a capacidade de cumprir.

“Parece que teve uma boa luta”, Argus exclamou, observando o rosto aparentemente cansado de Erik.

“O arrombado era um especialista de pico. Sinceramente? Não faço a mínima ideia do que esse filho da puta estava fazendo na porra de um grupo criminoso. Ele poderia facilmente conseguir uma posição de prestígio na capital apenas com isso”, Erik rosnou, sua voz cheia de descontentamento e cansaço.

“E ainda tem esse maldito pirralho que não cala a boca”, ele concluiu antes de arremessar o jovem ao chão, junto com a cabeça de seu pai.

O jovem não falou mais nada e apenas se jogou sobre a cabeça do pai enquanto chorava. Percebendo isso, Argus estalou a língua em desprezo antes de perguntar: “Quer vingar seu pai?”

Levantando a cabeça, o jovem olhou para Argus com uma expressão odiosa antes de gritar: “Sim! Eu quero vingar meu pai, seu idiota!”

Ignorando as ofensas do garoto, Argus riu suavemente antes de falar. “Você vai morrer, garoto, independente do que faça. Eu vou te matar. Mas vou te dar uma chance de conseguir sua vingança. Quero que lute contra meu filho”, Argus concluiu, segurando o ombro de Asterios e puxando-o para a sua frente.

“O que acha da minha proposta?” Argus questionou com frieza.

“Eu aceito!” respondeu o jovem imediatamente, levantando-se e ignorando completamente a cabeça de seu pai no chão. Seus olhos ardiam de ódio e desejo de vingança enquanto olhava fixamente para Asterios.

Asterios nem mesmo piscou diante do olhar sanguinário de seu adversário. Ele permaneceu imóvel, observando o jovem com frieza em seus olhos.

Em seguida, Asterios puxou sua própria espada e encarou o homem, que rapidamente recebeu uma espada dos soldados.

Em poucos segundos, cerca de 50 soldados formaram uma fileira ao redor dos dois combatentes, criando uma espécie de arena improvisada com seus escudos como barreira.

Os dois se encararam por alguns segundos antes de finalmente assumirem a posição de combate.

Asterios controlou cuidadosamente sua respiração e apertou o punho de sua espada, observando atentamente seu oponente enquanto circulava o Aether em seu corpo.

Então, com um rugido vigoroso, o jovem avançou em direção a Asterios, segurando sua espada com as duas mãos, posicionando-a acima de sua cabeça e a brandindo para baixo, tentando usar sua altura e peso superiores para esmagar seu oponente como uma barata.

Surpreso pela velocidade de seu inimigo, Asterios mal teve tempo de reagir, firmando os pés no chão e levantando sua espada para se preparar para o impacto.

Logo, um som metálico estridente ecoou e faíscas de metal colidindo com metal se espalharam pelo ar.

Asterios sentiu como se uma montanha tivesse caído sobre ele. Seus joelhos quase cederam sob o poder do ataque do jovem e seus braços tremiam levemente, mesmo com todo o seu Aether focado exclusivamente em suas pernas e braços. Parecia que ele estava lutando uma batalha perdida.

“Merda… preciso fazer algo…” Asterios pensou, tendo uma ideia.

Retirando o Aether de seus braços, Asterios concentrou toda a sua energia em suas pernas, preparando-se para uma manobra arriscada.

Então, com uma explosão, o garoto flexionou os joelhos e impulsionou seu corpo para o lado usando o pé esquerdo, desviando o golpe da espada do jovem e fazendo-a atingir o chão.

Asterios não perdeu essa oportunidade. Recuperando sua postura em um piscar de olhos, ele flexionou os pés mais uma vez antes de lançar seu corpo no ar em um giro suave, porém rápido.

Seu oponente mal teve tempo de perceber o que havia acontecido antes de levar um chute giratório no rosto, fazendo-o tropeçar alguns metros e finalmente cair, batendo suas costas nos escudos dos soldados que observavam a batalha com expectativa em seus rostos.

Asterios poderia avançar e tentar encerrar a batalha ali mesmo, mas ele simplesmente não conseguia. Ele havia usado boa parte de seu Aether apenas para se defender do primeiro ataque.

Embora as diferenças em seus níveis fossem pequenas, com Asterios tendo uma pequena vantagem na qualidade de seu Aether, as diferenças físicas entre uma criança de 12 anos e um adolescente de 17 eram absurdas, e o garoto mal conseguia acompanhar isso.

Asterios aproveitou o tempo que levou para o jovem se levantar e recuperar os sentidos para circular o Aether em seu corpo e regular sua respiração que já estava ofegante. Infelizmente, ele não teve tempo suficiente para se recuperar totalmente.

No momento em que o jovem se levantou e recuperou a compostura, ele avançou imediatamente em direção a Asterios.

Dessa vez, Asterios não ficou parado. Ele também avançou em direção ao jovem enquanto tentava assumir uma posição mais ofensiva.

Após a troca inicial, a batalha prosseguiu por longos segundos que pareciam durar horas. A cada breve troca, o Aether ao redor dos dois duelistas parecia enlouquecer lentamente, enquanto a velocidade de ambos diminuía rapidamente à medida que o consumo de Aether aumentava cada vez mais.

Foi nesse momento, entre as trocas rápidas e curtas, que o jovem cometeu um erro.

Novamente, ele levantou sua espada acima de sua cabeça, preparando-se para tentar finalizar Asterios com um único golpe. Infelizmente, isso criou uma abertura em suas defesas, uma oportunidade que seu oponente não estava disposto a deixar passar.

Aproveitando-se da guarda aberta de seu oponente, Asterios impulsionou seu corpo para frente em uma estocada rápida e cruel. O jovem mal teve tempo para processar o que havia acontecido.

Logo, ele tossiu uma grande quantidade de sangue antes de usar a pouca força que lhe restava para olhar para baixo. Seus olhos se arregalaram com a visão que teve: a espada de Asterios fincada no centro de seu peito, atingindo sua aorta.

Foi uma cena terrível, mas nada comparado ao que se seguiu. Com um grito cruel, Asterios concentrou todo o seu Aether em seus braços e espada antes de forçá-la para baixo. O som horrível dos gritos dolorosos e abafados do jovem, engasgando com seu próprio sangue, e a pele sendo cruelmente rasgada pela espada de Asterios ecoaram, fazendo até mesmo os soldados mais experientes sentirem o estômago revirar diante daquela cena.

Antes que o corpo do jovem caísse no chão, Asterios foi banhado por tripas e sangue, que o cobriram completamente de vermelho.

Embora fosse terrível e a cena diante dele fosse traumatizante para qualquer criança de sua idade, Asterios nem sequer piscou. Ele não se sentiu mal nem enojado pelo que havia feito; pelo contrário, sentiu seu sangue ferver de êxtase.

Mas o que mais chamou sua atenção foi que, com a morte daquele jovem, uma energia misteriosa que ele até mesmo havia esquecido revigorou-se lá no fundo de seu peito, dançando pelo seu corpo como se implorasse por mais.

Infelizmente, ele não teve tempo para pensar sobre isso, pois sua atenção foi roubada pelos gritos animados e pelas comemorações dos muitos soldados que assistiam à batalha.

Foi nesse momento que Asterios experimentou o sabor e a verdadeira glória da vitória. Todos ali sorriam para ele e gritavam seu nome com força e entusiasmo. Até mesmo seu pai, normalmente frio, ostentava um sorriso largo e orgulhoso em seu rosto.

Assim, com esse sentimento glorioso e animado, Asterios abriu um grande sorriso em seu rosto coberto de sangue, criando uma visão bela, porém macabra, de seu ser.

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