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O dia de aula acabou, e Yuki refletiu sobre o que Axel havia dito: “Vocês ainda são jovens pra isso.” Decidiu se teleportar para casa em vez de ir andando com seus colegas, surpreendendo as princesas gêmeas que conversavam na sala de estar.

— Kai, quantos anos você tem?

— 40 anos no calendário do meu planeta. Já aqui… Interessante. Fiz cálculos rápidos e descobri que o calendário deste planeta tem pouco mais que o dobro dos dias do nosso, embora os dias sejam mais curtos.

— Então você teria cerca de 20 ou 21 anos por aqui?

— Podemos dizer que sim.

— “Ainda assim, você é mais velha que eu.”

— Yuki, o que foi?

— Era apenas uma curiosidade.

— Sei… — brincou Yuu, levantando-se do sofá e emburrada por ter sido ignorada. — Prazer em conhecer também, Mestiço. Então você é o marmanjo que está cuidando da Babona?

— Mestiço…? Babona…? — A garota de cabelo rosa se aproximou de Yuki, olhando-o com intensidade e o beijou forçadamente. Ele, pouco a pouco, parou de se opor e caiu de joelhos ao ser solto, enquanto Yuu limpou a boca e sua irmã ficou em choque.

— Você não é a namorada do Axel?

— Sim, mas ele é apenas um dos homens do meu harém, não meu único parceiro.

— Eu nem sabia disso.

— Hahaha… Estou brincando. Mas não me importaria de tornar isso verdade. Como foi o meu beijo?

— Acho que… Foi bom.

— É que eu não tenho certeza se esse corpo serve para esse tipo de coisa.

— Meu Deus, você morreu por 2 anos e, quando voltou à vida, a primeira coisa que pensou foi nisso!

— Eu não entendo essa conversa.

— Sexo, Coito, Copular, Rala e Rola, Afogar o Malaquias. É isso que estou falando, fofinho.

— Teria sido melhor eu ter voltado andando. — disse o jovem, saindo da sala e indo para seu quarto, deixando as irmãs sozinhas novamente.

— Agora que ele foi embora, Kai, quando eu estava no Cristal, senti a alma da nossa mãe.

— Mas como? Nós somos literalmente as duas metades da alma dela.

— Você acreditou mesmo nessa história que a nossa tia contou? Pensei que você fosse uma cientista e procurasse fatos. É mentira essa história de que “Quando uma Cristelon tem filhos, a alma é dividida.” O que realmente acontece é que a mãe se cristaliza e volta ao normal se suas filhas a trouxerem de volta ao absorver o Cristal, recebendo a habilidade de cristalizar seus corpos e manipular qualquer tipo de energia elemental. Eu já absorvi a minha parte, então, quando morri, me cristalizei.

— Então, se eu fizer isso, nossa mãe vai voltar.

Kai, com um momento de fraqueza, foi apoiada por sua irmã, que se sentou ao seu lado, e elas deram as mãos.

— Maninha, estou pensando nisso desde que acordei nesse corpo. Eu vou até Onix recuperar meu verdadeiro corpo e o da nossa mãe.

— Mas para isso, você terá que me deixar sozinha novamente… Yuu, este foi o melhor dia desses 2 anos terríveis. Se eu tiver que me separar de você por um mês para que possamos ficar juntas de novo, eu não me importo.

— Bem… Eu posso adiar minha viagem para amanhã, principalmente porque quero ver se o Gazele ainda é bom na cama.

E com essa frase, Yuu estragou o clima familiar da cena. Obrigada, pervertida.

Poucos minutos depois, Axel chegou à casa com a Diretora Emily Asheville, que, ao descobrir que Yuu estava viva, ficou chocada e furiosa. Ela a chamou para uma conversa privada no fundo da casa e, depois, foi embora sem que Yuki soubesse de sua presença. Enquanto isso, Kai deixou a sala, e a princesa de cabelos rosados se sentou no colo de seu namorado e o beijou.

Seu momento romântico foi interrompido por Aya, que chegou do colégio e encontrou Yuu começando a tirar seu vestido. Dando um grito, Yuki e Kai se teleportaram, pensando que ela estava em perigo, mas ficaram frustradas ao ver a situação real.

— Pelos deuses, vocês não podiam ir para o quarto, seus pervertidos! — gritou Kai, com vergonha da atitude de sua irmã.

— Que quarto? Pelo que sei, eu nem mesmo tenho onde dormir esta noite. — respondeu a princesa de cabelos rosados.

O jovem suspirou, colocando a mão no rosto. — Eu durmo na sala, aproveitem minha cama, pervertidos. Só não façam muita bagunça. (Vou ter que queimar aquele colchão depois disso.)

Durante a madrugada, no quarto de Yuki, o casal estava abraçado enquanto a princesa cantava uma canção de ninar e alisava seu cabelo.

— Gaz-Ell, vou embora amanhã, mas quero que você fique aqui. Preciso que você cuide da Kai e ensine a Yuki tudo o que ela não pôde. Não posso carregar o peso de mais um povo extinto por minha causa.

— Não se preocupe. Mas, por favor, volte o mais rápido possível.

— Eu vou… Axel.

Um tempo depois, o casal adormeceu juntos, e Axel foi acordado pela manhã por Aya, pois ainda era semana e ele devia manter seu disfarce como estudante. Ele desceu para a cozinha para ajudá-la a preparar o almoço de todos. Minutos depois, Yuu acordou e desceu à procura de seu amado, feliz por vê-lo levando uma vida normal, longe das guerras e batalhas.

Decidiu sair sem se despedir, mas foi impedida por Yuki. — Depois de macular meu colchão, o mínimo que você me deve é colocá-lo pra fora.

A dupla subiu as escadas em direção ao quarto, onde o jovem trancou a porta, deixando-os sozinhos. — Você sabe o quanto sua irmã procurou um jeito de te trazer de volta? O quanto ela sofreu pela sua falta? E, mesmo assim, você ia embora sem nem se despedir?

— Eu não tenho certeza se conseguiria fazer esse trabalho sozinha. Então não quero que nossa última lembrança juntas seja uma despedida.

— Você tem um dia específico para partir nessa missão?

— Não.

— Então, pode esperar mais dois dias?

— Não me diga que!

— Exatamente, eu vou com você. Só para garantir que você não fará minha amiga chorar.

— Você é mesmo estranho. — disse a princesa com um sorriso sacana no rosto.

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Olá, eu sou Alterny!

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