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Entrando naquele elevador, Slezzy segurou suas portas, para que o grupo que se aproximava, o adentrasse. Eram no total, três jovens.

O primeiro era o garoto mais velho entre eles, que aparentava ter uma afeição jovem. Ele utilizava uma camisa social branca, que combinava com seus cabelos castanhos, além de faixas pretas em suas mãos; e carregava na sua cintura um grosso coldre, não tão perceptível, ocupado por uma pistola.

Já os outros dois, pareciam ser muito novos para aquele tipo de treinamento, pois eram apenas pré-adolescentes. Eles andavam lado a lado, e longe do primeiro; indicando que já poderiam ser antigos amigos.

O segundo era um menino de cabelos despontados, loiros e claros, que cobriam quase toda a sua testa. Ele utilizava o mesmo tipo de roupa militar azul da terceira pessoa que, por sua vez, era uma menina baixinha, de cabelos médios e negros, que tinham sua medida até a altura dos ombros. Incrivelmente, ambos possuíam a mesma coloração em seus olhos, que combinava com suas roupas: azul claro.

— Andem logo! Bando de lerdos! — alertou Roy, falando um pouco alto.

O grupo se apressou e entrou no elevador, em rápidos passos. Em seguida, Roy apertou no painel de controle, o número dezoito.

Roy estava à esquerda do elevador, paralelamente com Slezzy, próximo à porta. Já os outros três se exprimiam do outro lado.

Enquanto o elevador subia, com destino ao décimo oitavo andar, Roy puxou um pequeno papo com os seus quatro companheiros:

— Presumo que todos vocês nunca se viram em nenhum momento de sua vida, há não ser Jean e Kine, que serviram a Ordem Azul; e agora, foram indicados para a FMA. Enfim, darei mais informações quando chegarmos até a minha sala.

“Ordem Azul?”

Slezzy não se relembrava do nome que Roy acabara de citar.

Ao abrir das portas do elevador, Roy foi o primeiro a sair; e logo em seguida, os outros quatro o acompanharam.

O homem de cabelos alaranjados os guiou até a sua sala.

No caminho, Slezzy reparou que aquele andar recoberto de paredes brancas, era semelhante ao que trabalhara nos últimos dois meses.

Mesas cobertas de aparelhos eletrônicos, de tecnologia de ponta, compunham grande parte daquele lugar; além de pessoas que portavam roupas sociais.

Ao adentrarem uma sala que ficava na lateral do corredor, o grupo notou a presença de quatro cadeiras; cada uma delas interligadas a uma mesa diferente a sua frente.

Roy pediu para que o grupo se sentasse ali. E rapidamente, eles obedeceram a ordem.

Naquela sala havia estantes ocupadas de livros; e outros acessórios, como vasos de plantas, uma televisão e um quadro negro. Além das fortes lâmpadas acesas.

— Nesse próximo mês, todos vocês participarão do treinamento da FMA. Nele, exploraremos todos os seus pontos fracos e necessários, para que saiam daqui com uma visão completamente diferente, de como lidar com os crimes diários de nossa cidade; além de uma vasta experiência.

A seguir, Roy entregou um tipo de formulário para cada um.

— Esse tipo de treinamento é realizado uma vez por ano, mas provavelmente, esse será o último… — Todos o encararam com uma face assustada. — Devido à grande pressão política… existe uma grande possibilidade de que… nos próximos meses, o exército nacional tome medidas para reassumir de vez, a nossa cidade, a fim de que todo esse caos não corrompa o resto do país. Apesar dos desgraçados não nos contatarem a um bom tempo. Porém, vamos voltar ao que realmente nos interessa.

Roy andava ao redor das quatro mesas, enquanto discursava:

— O treinamento, além de todo seu aprendizado, também proporcionará apenas duas vagas… para os melhores dentre vocês. Ou seja, vocês terão que competir entre si, indiretamente, durante todo o treinamento. No entanto, espero que esse pequeno fator não atrapalhe o nosso propósito principal.

Aqueles quatro trocavam olhares de relance, constantemente.

— Enfim, antes de partirmos para a parte prática, eu gostaria de clarear alguns tópicos… — Roy cessou seus passos, encarando todos desta vez. — Quero deixar claro que nós investigamos todas as suas vidas, desde seu primeiro registro até hoje, e claro, os selecionamos de acordo com certas recomendações. E… já que “ninguém aqui se conhece”, farei uma breve apresentação de cada um, para que vocês se entrosem minimamente; pois teremos uma longa jornada de um mês.

Em seguida, Roy apontou para o menino de cabelos loiros:

— Seu nome é Jean Trindade; e possui apenas doze anos de idade. Nos últimos dois anos, atuou na Ordem Azul, ao lado da querida Kine Lee, de apenas dez anos de idade — concluiu, apontando o dedo para aquela menina de cabelos negros, desta vez.

— Também temos um dos policias de rua mais novos da cidade! Clay Usman; ao lado de Slezzy Kaliman, que não possui muita experiência nessa área. Ambos possuem dezoito anos de idade! — concluiu, sorrindo.

— Eu tenho uma dúvida, Roy! — falou Slezzy, levantando sua mão. — Por que a FMA… está trabalhando com crianças?

Aquelas crianças deram uma risada disfarçada entre si.

— Slezzy, eu não subestimaria essas “crianças” — alertou Roy.

Slezzy, mesmo inconformado, preferiu não prolongar o assunto.

— Cada um de vocês, sabe que a FMA trabalha com o sistema de especialidades, presumo. Logo, não serão avaliados em termos gerais, mas sim, na execução do seu devido papel, nas mais diversas das situações — afirmou Roy, caminhando de volta para a porta da sala. — Jean, era conhecido carinhosamente como “mestre do fogo” pelos seus companheiros, já que é capaz de lidar com qualquer situação emergencial de incêndio; Kine era conhecida como “curandeira” na Ordem Azul, pois possui técnicas emergenciais de alto nível, podendo chegar a ser muitas das vezes, mais ágil que um próprio médico, em situações de alto risco.

Roy encarou Slezzy e Clay:

— Já vocês, ex-agentes do NCC…

O início daquele próximo discurso causou calafrios nos jovens.

—…creio eu, que vocês são os que possuem menos chances dentro de todo esse processo de seleção, tanto pela inexperiência… quanto pela alta concorrência! Apesar de que, vocês estão aqui por algum motivo, não é? — Roy sorriu, e logo retomou sua fala, firmemente. — Agora levantem-se! Vocês precisam ir até o vestiário ao lado dessa sala! Uma roupa especial está separada para cada um, em armários particulares.

Os quatro companheiros obedeceram a ordem, levantando-se daquelas cadeiras e caminhando até o dito vestiário.

Chegando lá, havia um armário separado para cada um, com seus respectivos nomes em cada placa.

As peças de roupas especiais, eram compostas de um kit de roupas brancas, entre camisas, calças, meias e sapatos.

Em seguida, cada um entrou em uma cabine reservada dali, para que pudessem trocar suas roupas.

Depois de se trocar e guardar seus respectivos pertences naqueles armários; o esquadrão abandonou o vestiário.

Roy os esperava, do lado de fora:

— Que bonitinhos! Estão prontos para ir para o céu com essa roupa! Sigam-me! — provocou o militar, que logo após, trilhou até a área das escadas do prédio.

O grupo o acompanhou.

O esquadrão começou a subir as longas escadas, até o vigésimo primeiro andar. No trajeto, Roy estava à frente de todos. Logo atrás, Jean e Kine, cochichavam algo entre si. Por fim, mais atrás, estavam Clay e Slezzy, que papeavam:

— Você trabalha a muitos anos no NCC? — indagou Clay. — Sendo sincero, eu nunca te vi lá!

— Na realidade, eu trabalhei por somente alguns meses. Além disso, somente em um dos últimos andares do prédio.

— Ah, claro, no escritório principal, não é? — disse, colocando a mão direita em seu queixo, de forma pensativa. — Eu fui umas duas vezes naquele andar para entregar algum formulário. Pois, sempre passei a maior parte do tempo nas ruas. É, posso dizer que tirei a sorte grande ao entrar direto para a escala da área externa da instituição. Naquela época, os índices de criminalidade ainda eram um pouco controlados…. Han… Espera… Você é aquele “secretário rebelde”!? De que tanto falaram?

Clay deu uma risada, mas não irônica.

— O que? Isso se repercutiu tanto assim?

— É óbvio! Acha que aqueles fofoqueiros deixariam uma coisa dessas, passar batido?

Ao alcançar o vigésimo primeiro andar e adentrar o local, todo o esquadrão o estranhou.

Era uma sala de paredes brancas, que estava totalmente vazia. Havia somente algumas colunas da mesma cor, além de equipamentos militares esparramados, próximos às mesmas. Também havia câmeras e caixas de som, nas paredes.

Uma porta de aço ocupava o outro lado da sala.

Roy se distanciou o suficiente, partindo em direção aos equipamentos militares:

— No próximo mês, tudo o que for aprendido fora dessas paredes, ou seja, no campo de treinamento, que fica a apenas um quilômetro daqui; será avaliado bem aqui — concluiu sua fala enquanto organizava cinco escudos, os fincando no chão, de forma que os mesmos formassem uma área pentagonal.

— Se quiserem, e sugiro que o façam, peguem um daqueles equipamentos bem ali. E… por favor, façam uma boa escolha! — disse, apontando para onde estavam os equipamentos esparramados. — Depois, se reúnam dentro do pentágono.

O grupo caminhou até aquela área.

Cada um escolheu equipamentos de seu interesse, voltados para a área de seu maior conhecimento.

Jean decidiu se armar somente com um lança-chamas. Já Kine pegou a maioria dos equipamentos médicos, além de se armar com uma Desert Eagle.

— Você já utilizou alguma arma na sua vida, criança? — indagou Slezzy, com um olhar desafiador.

— Tenho certeza… de que já peguei o dobro de vezes do que você, mesmo com praticamente a metade da sua idade! — respondeu Kine, firmemente.

Logo depois, Clay se aproximou de Slezzy e o entregou um colete à prova de balas, além de uma submetralhadora. Ele havia escutado aquela resposta, porém, preferiu apenas segurar as suas risadas.

— Entrem no pentágono! — ordenou Roy.

Após toda a fase de preparação, duas telas retangulares e pretas se abaixaram de repente, do teto daquela sala. Uma em cada lado, no sentido vertical.

Roy saiu da sala, trancando a porta em seguida.

Um clima de suspense se formou dentro dali.

Os quatro integrantes do grupo, ainda de pé, e de certa forma protegidos pelos escudos que formavam o pentágono, observavam as telas escuras.

— Do que isso se trata? — perguntou Slezzy.

— Pode ficar tranquilo, velhote! — respondeu Jean, sorridente, batendo de leve nas costas do jovem. Sua voz era amigável. — Você está comigo!

Kine riu daquilo.

— Isso… só pode ser brincadeira! — replicou, mal humorado.

De repente, uma voz, que vinha daquelas caixas de som, ecoou sobre toda a sala.

— Aprontem suas armas! A partir desse instante, suas vidas estão em jogo! — era a voz de Roy.

— Han? Mas…

Antes que Slezzy pudesse completar sua fala, Clay o puxou para baixo, salvando o jovem de um tiro que vinha em sua direção, que lhe acertaria o crânio.

— FIQUEM ABAIXADOS! — berrou Clay. — Vários soldados estão saindo de dentro daquelas telas e disparando contra nós!

Olá, eu sou o Chris Henry!

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