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— VOCÊ É MALUCO, CAPITÃO!? — perguntou, Clay, berrando. — Além do mais… por que diabos você não saiu daqui?

O número de tiros daqueles soldados aumentava gradativamente; e era possível ouvir os disparos de diferentes armamentos.

Os integrantes prepararam as suas armas, conferindo se estavam destravadas e completamente carregadas.

De repente, Roy puxou de seu terno, uma submetralhadora, que era bem pequena quando comparada às de Slezzy e Clay.

— Então, me diga… qual é o plano, comandante Slezzy? — provocou Roy.

— Comandante? — retrucou, surpreso.

— Você está liderando esse esquadrão desde o primeiro dia do treinamento… teoricamente, então… não vai ser o meu cargo militar que vai impedir isso.

Slezzy sorriu. Logo depois, começou a sussurrar seu plano para os outros.

Os soldados holográficos começaram a avançar em direção ao pentágono; e continuavam atirando sem cessar, naqueles escudos, revezando o carregamento do pente de suas armas entre si, de forma que não parassem de atirar em nenhum momento. Naquele ponto do treinamento, os soldados holográficos já tinham uma inteligência artificial extremamente avançada.

No meio do pentágono, surgiu uma grande fumaça.

A seguir, algumas granadas saíram da mesma, sendo lançadas em direção ao teto, colidindo-se ali e caindo posteriormente.

Antes que as granadas se encontrassem com o chão, elas se ativaram em questão de segundos, no meio do ar, esfumaçando todos os arredores do pentágono.

Os soldados holográficos pararam de atirar por um instante, até que o barulho de numerosos passos, começou a rodear aquela sala. Eram os passos de cada um dos integrantes do esquadrão.

O esquadrão utilizou daquela artimanha para se dividirem em torno da sala. Eles tentavam conquistar o maior espaço possível; para depois emboscarem todos os outros soldados, um por um.

Aquele tipo de estratégia nunca havia sido utilizado pelo esquadrão, o que impressionou o Capitão Roy.

Por mais que aqueles soldados não fossem reais, eles não conseguiam enxergar através da fumaça; e devido a este fator, eles atiravam sem nenhum foco ou ciência de onde estavam cada um dos agentes.

De repente, Clay, Jean e Kine surgiram da fumaça, em um único canto da sala, surpreendendo grande parte daqueles soldados, que não tiveram sequer reação, pois foram atingidos pelas balas das armas dos recrutas, antes mesmo de armarem algum tipo de contra-ataque.

No outro lado da sala, Slezzy e Roy fizeram o mesmo, confrontando outra onda de soldados, que assim como os outros, também não tiveram reação.

O gás de fumaça que dominava toda a sala, se esvaía aos poucos. Logo mais, algumas colunas já estavam visíveis; e só restava uma onda de soldados. Esta, que havia saído da terceira tela que ocupava toda a porta de saída do lugar.

Os soldados que compunham esta onda, estavam fortemente armados com uma arma específica, a AK-47.

Após o esvair de toda a fumaça, a última onda de soldados começou a disparar todos os projéteis possíveis na direção do esquadrão, entre as colunas.

— Maldito seja Yuki! — comentou Roy, enquanto ria. — O desgraçado sabe mesmo como montar um exército tecnológico!

— YUKI? QUEM É ESSE CARA? — gritou Slezzy, para que Roy pudesse ouvi-lo em meio ao barulho dos tiros efetuados pelos soldados holográficos.

Os dois se escondiam entre as colunas mais afastadas da sala.

— Ele é o “cabeça” de toda a tecnologia desse setor — respondeu. — Aliás, eu não me lembrava o quanto os soldados do exame final haviam evoluído!

“Com o número de soldados drasticamente reduzido, uma única onda não seria capaz de manter as rajadas de projéteis de modo constante. Então, quando chegar a esse ponto, faremos como no primeiro dia do treinamento: aproveitaremos a brecha!” Aquelas palavras, ditas por Slezzy enquanto o mesmo ainda explicava seu plano, antes de toda aquela ação, passaram pela cabeça de Roy rapidamente.

No instante que os soldados começaram a recarregar, recuados em um ponto específico da sala; o esquadrão avançou entre as colunas, em rápidos passos.

Logo depois, com a grande vantagem de mira, e uma distância quase nula, cada um dos membros do grupo atacou a última onda, de todos os lados, sem brecha.

Ao longo de demorados dez segundos, o esquadrão disparou contra todos os seus inimigos, executando-os finalmente.

Após o cair do último soldado, aquelas telas pretas retornaram ao teto; o exame fora concluído, e a porta daquela sala, liberada.

— Até que enfim! — desabafou Slezzy, suspirando.

Roy não mudou sua postura desde o momento que aquele último soldado caíra. Ele observava atentamente ao seu redor, entre as outras colunas, com um olhar não tão agradável.

De repente, um soldado holográfico surgiu de trás dos pilares brancos, por trás de Clay, que nem havia se dado conta de tal fato.

— EI! — gritou Roy, assustado, efetuando um disparo no sentido da cabeça do soldado holográfico. Porém, antes que seu projétil o perfurasse, o soldado realizou um único disparo contra o garoto a sua frente.

O tiro do Capitão foi certeiro e fatal.

No entanto, o restante do esquadrão, assustado, passou a observar Clay.

O ombro do garoto havia sido perfurado pelo projétil do soldado holográfico. E ao perceber aquilo, o mesmo desabou-se sobre o chão, gritando de dor.

No mesmo segundo, Kine pegou seu kit de primeiros socorros, que nunca havia utilizado durante todo o treinamento, a fim de socorrer seu companheiro.

— Você tirou a sorte grande! — comentou Roy, guardando aquela arma em um dos bolsos de seu terno branco. — Ele tinha mirado no seu coração!

Clay resmungava, implorando por ajuda, de maneira dramática:

— CHAME ALGUM MÉDICO AQUI, CAPITÃO!

— Se acalme! Um tiro no ombro não é tão grave assim!

— VOCÊ PIROU!? — falou Slezzy. — Ele acabou de tomar a merda de um tiro!

— Ele vai aguentar bastante! … enquanto eu anuncio o resultado do treinamento!

— Você tá falando sério, Capitão? Justo agora? — resmungou o garoto baleado.

— Claro! Não há momento melhor!

Passado um tempo, Roy passou a discursar calmamente:

— Inicialmente, quero desejar os meus parabéns por terem completado todo o treinamento; bom, quase sem nenhuma morte! Enfim, eu planejo ser curto e direto… — O capitão ganhou a atenção de todos. — Os recrutas que continuarão a prestar seus serviços à FMA, serão Jean Trindade e Kine Lee!

Slezzy ergueu seu olhar para Roy, e abriu um leve sorriso irônico. Em seguida, começou a rir pausadamente.

Jean e Kine ficaram desentendidos; enquanto Clay não emitia nenhum outro sentimento, a não ser a dor que sentia.

— Não… Não… O que você disse? … — confrontou Slezzy.

— Cada de um de vocês ficou bem próximo no sistema de pontuação, porém não serão simples números que impactarão no resultado final! — complementou o Capitão, caminhando até ficar de frente com Slezzy.

Kine ficou surpresa, mas ao mesmo tempo desentendida, assim como Jean.

Um silêncio perturbador dominou a sala por um instante, enquanto todos se encaravam. Nem mesmo Clay2 resmungava mais.

— Eu… não estou… entendendo. Por que? — sussurrou Slezzy.

Mais uma vez, a sala se afundou em um profundo silêncio.

No entanto, quando Roy estava prestes a discursar, afim de respondê-lo; ele foi interrompido pelo soar de uma grande sirene, que foi emitida em todos os andares do prédio. Aquilo forçou os garotos a tamparem seus ouvidos.

— Atenção! Código vermelho! Repito, Código vermelho! — Eram as palavras de Laura, que foram transmitidas através de um pequeno rádio que Roy carregava em um de seus bolsos.

Roy sacou aquele mesmo aparelho e pressionou um de seus botões:

— O que está acontecendo!?

— O Banco Central está sofrendo um ataque terrorista neste exato momento! Nós temos a informação de que os criminosos já adentraram o local e fizeram dezenas de reféns! Todas as unidades militares! Movam-se imediatamente para o Banco Central! Repito! Movam-se para o Banco Central!

Roy guardou o rádio em seu terno e correu até a saída da Sala Branca, tomado por um pequeno desespero.

Os garotos ficaram desordenados; porém, a garota assumiu o controle:

— O que devemos fazer, Capitão? — perguntou antes que Roy abandonasse-os de vez.

Roy interrompeu seu andar momentaneamente e a respondeu:

— Levem Clay para o setor médico, no quarto andar!  E depois… sei lá! Subam para o vigésimo terceiro!

O Capitão saiu da sala em seguida, com muita pressa e de cabeça quente. Ele teclava o seu celular furiosamente.

Olá, eu sou o Chris Henry!

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