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Slezzy carregava Clay em seu ombro; eles haviam acabado de sair do elevador, em rápida velocidade. O esquadrão escutava o som de helicópteros decolando do lado de fora do prédio, além do barulho dos motores de carros blindados que saíam daquela área.

— Vamos rápido, pessoal! Parece que está prestes a acontecer um apocalipse na cidade! — alertou Kine, apontando depois para uma porta no fim do corredor onde estavam. — O setor médico fica logo ali!

— Se eu perder o meu braço, eu juro que mato todos vocês! — resmungou Clay.

— Cale a boca! — reclamou Jean.

Após alguns metros, os quatro agentes finalmente adentraram o setor médico.

Alguns enfermeiros se aproximaram e ajudaram Slezzy a colocar Clay em uma das macas daquela sala.

Jean percebeu que todo o trajeto, desde o elevador até aquele setor, estava sujo com os respingos de sangue do braço de Clay.

O setor médico era na verdade, um grande corredor circular, composto de vários cômodos ao longo dali. Vários funcionários e enfermeiros passavam por ali.

Jean se aproximou de um dos recepcionistas daquele local, lhe ordenando:

— CHAMEM OS DOUTORES! RÁPIDO!

Eles ainda aguardavam na recepção. Várias pessoas saiam dali naquela hora, às pressas e gritando entre si.

Depois que os enfermeiros levaram Clay para um dos cômodos do grande setor médico, Slezzy indagou um dos funcionários da recepção:

— Ei! Por que tantos funcionários estão saindo do setor!?

O funcionário o respondeu calmamente, enquanto mexia em seu computador.

— Eles foram convocados para que auxiliassem as tropas militares durante a retomada do Banco Central, que está sofrendo um atentando, bem agora!

— Tudo bem! Mas… eu quero saber se algum doutor vai conseguir ficar para ajudar o meu amigo! Ele já perdeu bastante sangue! Nos ajude, por favor, senhor!
— Ouça, recruta… Todos os doutores estão ocupados com esta operação ou com outros casos na área externa da FMA. Infelizmente, vocês terão que aguardar.

— O que? Você não pode estar falando sério!

— Infelizmente, apenas enfermeiros estão disponíveis neste setor, no momento.

Slezzy estava enfurecido e indignado.

— Sendo assim… — disse Kine, dando uns passos à frente de Slezzy — Eu vou ajudá-los!

Kine mostrou àquele funcionário um tipo de cartão branco com letras azuis, não perfeitamente visível.

Aquele homem se espantou após analisar tal cartão.

— Senhorita… Lee! Será uma honra tê-la ao nosso lado!

Kine colocou o cartão em seu bolso, se virou para Slezzy e Jean, e lhes ordenou:

— Vocês precisam ir para o vigésimo terceiro andar, como o Capitão havia nos ordenados! Eu ficarei para auxiliar a equipe médica responsável por Clay!

— Certo! — Slezzy concordou sem hesitar, respirando profundamente depois, com um grande alívio.

— Depois de toda essa confusão, teremos bastante tempo para conversar sobre tudo aquilo, não acha? — comentou Jean.

— Só… vamos cumprir a ordem do Capitão…! — respondeu Slezzy, seguindo para a saída daquele setor.

— Te vejo em breve! — disse Kine para Jean, antes que ele pudesse se distanciar o suficiente para não a ouvir.

— Claro! — respondeu, sorridente.

Slezzy e Jean retornaram à um dos elevadores, e em seguida, subiram até o vigésimo terceiro andar.

Chegando lá, a dupla se deparou com um grande passadiço. Nele havia entradas sem nenhum tipo de porta ou barreira, que levava direto para algumas salas de computadores, cujo funcionários manuseavam. Também havia grandes telões nas paredes, que mostravam as ruas da cidade através de câmeras camufladas, visão dos helicópteros da FMA e até mesmo câmeras que soldados utilizavam em seus capacetes.

À medida que andavam naquele corredor, vários funcionários se levantavam de suas mesas e transitavam por aquelas salas; a maioria estava agitada.

Ouviam-se berros de superiores e de outros funcionários que utilizavam fones de ouvido.

— Slezzy? — Era uma voz que vinha do meio daquela pequena multidão.

Slezzy se virou e se deparou com uma figura que não encarava a mais de um mês: o “homem de terno”.

— Edward? O que você está fazendo aqui? — indagou Slezzy, com um tom amigável.

— Hum… trabalhar diretamente para o governo… não consiste em pisar apenas naquele lixão do NCC, caso não saiba.

— O que…

Slezzy estava prestes a avançar para cima de Edward, porém foi interrompido pelo braço esquerdo de Jean, que o segurou a tempo.

— Olha, olha, olha, você por aqui, garoto loiro? — provocou o homem de terno.

Slezzy ficou confuso:

— Espera, vocês já se conhecem?

Jean não expressava nenhuma face.

Enquanto os três se encaravam, os funcionários que o rodeavam, continuavam comunicando entre si, sobre informações do assalto ao banco.

— Nos conhecemos na Ordem Azul… — disse Jean, com um tom desmerecedor.

— Temos questões mais importantes para discutir, como por exemplo… o que vocês, recrutas, estão fazendo neste andar?

— O Capitão Roy nos enviou aqui. Tudo aconteceu tão de repente… após o alerta emergencial do prédio… — respondeu Slezzy.

— Nesse caso… acho melhor me seguirem — concluiu Edward, caminhando para o fim do corredor movimentado.

No curto período em que se encontraram afastados do homem de terno, Slezzy fez uma pergunta à Jean:

— Vocês, militares… São cheios de mistérios, não?

— Chega de perguntas, velhote. — respondeu o garoto, partindo na direção de Edward. — É melhor você aproveitar o seu último dia aqui, fazendo algo de útil.

Slezzy se enfureceu após aquele comentário:

— Você quer mesmo discutir… sobre quem mereceu passar no treinamento?

— Não tem mais o que se dizer! Tudo já foi decidido pelo Capitão, Slezzy! — respondeu o garoto, partindo na direção de Edward logo depois, em lentos passos.

No fim do corredor havia uma grande passagem, novamente sem nenhuma porta ou qualquer barreira, que levava à uma enorme sala; iluminada por fortes luzes e decorada com os materiais mais finos de todos os andares daquele prédio.

Slezzy adentrou o lugar, logo atrás de Jean.

Ali havia vários tipos de mesas, computadores e telões, além de funcionários com roupas sociais e totalmente escuras.

A sala estava um pouco menos barulhenta do que todo o restante do corredor, mas ainda assim, conseguia-se escutar as vozes vindas do lado externo da sala.

De repente, um menino de cabelos esbranquiçados, com um fone sem fio em suas orelhas, surgiu dentre as grandes mesas que cercavam a frente de toda aquela sala:

— EU JURO QUE OS MEUS OUVIDOS ESTÃO PRESTES A EXPLODIR! FECHEM A SALA! AGORA! — rogou.

Olá, eu sou o Chris Henry!

Olá, eu sou o Chris Henry!

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