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O som dos gritos de dor de todas aquelas pessoas, após os disparos realizados pelos agentes da FMA, pôde ser escutado no raio de um quarteirão daquele banco.

Em questão de poucos segundos, as pessoas que estavam ao redor do local, entre prédios e as ruas, juntamente a imprensa, iniciaram uma chuva de xingamentos e vaias contra todos aqueles soldados, aos berros; também arremessando pedras dentre vários outros objetos, como uma verdadeira revolta.

“— Está feito…” — concluiu Saith.

— Espero que as ocupações do governador tenham valido a pena. Agora… ele que aguente toda a revolta da população — comentou Yuki. A seguir, ele ativou seu rádio para conceder novas ordens. — AGORA, TODOS VOCÊS!  SE MOVAM PARA A SAÍDA SUL, IMEDIATAMENTE!

Enquanto os agentes da FMA se retiravam do local, todas as pessoas ao redor continuaram a atirar coisas em suas direções.

Algumas choravam e até mesmo esperneavam.

— Por que estão fazendo isso? Essa não era a única solução? — indagou Slezzy.

— Talvez… — respondeu Jean. — Mesmo assim, acho que a maioria deles não trocariam a vida daqueles inocentes pelas de quatro assaltantes. Com certeza, isso vai ter uma grande repercussão.

— Primeiro, vamos acabar com tudo isso! Depois lidamos com esse outro fator! — falou Yuki. — Atenção! Preciso de informações dos helicópteros sobre a saída do sul!

Outra onda de tiros dominou o lugar, mas desta vez na saída sul.

“— Eles estão fugindo! Consegui avistá-los!” — alertou um piloto daqueles helicópteros que sobrevoavam o local. “— Os assaltantes estão trocando tiros com os policiais neste exato momento!”

— O que? Quem se encarregou de proteger a saída do sul!? — perguntou Yuki.

— Os agentes do NCC! — Respondeu um dos funcionários.

— Que… grande merda! — comentou Yuki, fora do rádio. — Como vocês deixaram aqueles patéticos se intrometerem aqui!?

Slezzy se segurou diante daquelas palavras.

“— Tenho a imagem em tempo real para vocês!” — afirmou o mesmo piloto.

— Perfeito!

Uma nova gravação surgiu em um dos telões. Eram imagens da saída do sul, transmitidas ao vivo pela visão daquele helicóptero.

Foi possível visualizar cinco homens trajados de vestimentas pretas, assim como as doze primeiras pessoas da saída principal. Elas realizavam disparos contra os policiais do NCC, que se protegiam em muros e nas latarias de carros.

Uma nova conversa se sucedeu através daquele sistema de comunicação:

“— Os agentes não vão conseguir deter os assaltantes!” — avisou o piloto. — Precisamos que as tropas da FMA cheguem a tempo!

“— Eles precisam segurá-los por apenas dois minutos!” — respondeu Saith, ainda no topo do prédio, observando todo o cenário dali.

— Os assaltantes vão escapar com apenas a metade desse tempo! Os agentes do NCC não estão preparados para lidar com esse tipo de coisa! — refutou Yuki.

Slezzy engolia aquelas palavras com grande indignação.

“— Há muitos policiais feridos!” — afirmou um soldados que estava presente no helicóptero.

— Mudança de planos! Priorizem a vida daqueles policiais! Ignorem a fuga dos criminosos e pouse o helicóptero em segurança!

“— Ok, senhor!” — respondeu o piloto.

Após a troca de tiros entre os criminosos e os agentes do NCC, os assaltantes avançaram em direção à uma das ruas adjacentes àquele local; e em uma fração de segundos, utilizaram uma espécie de arma de gancho, semelhante aos quais eram usados pelos agentes especiais da FMA. A seguir, escalaram um prédio alaranjado de tamanho médio, de aproximadamente três andares, próximo dali.

No exato momento em que os assaltantes escalavam o prédio, os primeiros soldados da FMA chegaram ao local, inicializando mais uma sequência de tiros na direção daqueles homens, a uma distância gigantesca.

O helicóptero estava quase no chão, próximo dos policiais feridos. Os agentes que estavam dentro daquele transporte, começaram a descer do mesmo, com o auxílio de uma corda de aço.

“— Senhor!” — disse outro piloto. — “Temos as imagens dos assaltantes!”

Yuki, Slezzy, Jean e os demais funcionários fixaram-se na tela que transmitia as tais imagens, com riqueza de detalhes: os quatro assaltantes restantes.

Os dois primeiros, que já haviam chegado ao topo do prédio, eram dificilmente visíveis, porém era nítido que usavam algum tipo de máscara. Eles se viraram para trás e observaram tudo em volta por alguns segundos. Naquele exato instante, foi possível detectar todos os detalhes dos dois mascarados.

O primeiro usava uma máscara com o formato semelhante a face de um corvo. Ela era branca e tinha alguns detalhes dourados. Além disso, ele possuía cabelos longos, lisos e negros; que eram levados pelos fortes ventos. Porém, o que mais se destacava em toda a sua vestimenta, era o seu estiloso sobretudo vermelho.

O segundo possuía uma máscara negra, traçada por alguns detalhes brancos e minuciosos. Ele utilizava uma espécie de óculos incomuns, de lentes circulares e avermelhadas. Seu corpo era recoberto por vestimentas negras.

Cada um levava consigo uma bolsa branca em suas costas, onde provavelmente estaria o que haviam roubado do banco.

— É… Ele… — dizia um funcionário daquela sala, tremulamente.

— Não precisa se assustar, colega! — respondeu Yuki. — Eu sempre soube que ele estaria envolvido com isso, de alguma forma!

— Yuki… — comentou Slezzy, confuso.

— Ah, você nunca deve tê-lo visto antes, não é? — O menino apontou para aquela tela. — Aquele homem… é o maldito Corvo!

— E… quem é aquele outro mascarado? — perguntou Jean.

— Pra ser sincero… eu nunca o vi antes… — respondeu Yuki, surpreso.

Mais soldados do FMA chegaram no local, também atirando contra os três que terminavam de escalar o prédio.

Um daqueles assaltantes foi atingido. Ele caiu após se desequilibrar devido a um tiro certeiro que perfurou sua perna direita, se estilhaçando no chão em seguida.

Os soldados avançaram, mas era tarde demais. O último assaltante que escalava o prédio já havia concluído sua chegada ao topo do prédio.

Os dois mascarados ainda observavam os agentes da FMA, não demonstrando qualquer medo de receber um disparo certeiro. Mas logo depois, adentraram a construção através de um alçapão.

— Continuem avançando! — gritou um dos soldados diante daquele prédio. — Não parem até prendermos todos aqueles desgraçados! Vamos invadir o prédio!

— Que perca de tempo… — comentou Yuki, sem ativar seu rádio. — Eles nunca alcançarão aqueles malditos.

— Então, por que não os avisa? — confrontou Jean.

— É melhor deixar que eles aproveitem a euforia do momento — respondeu.

Logo depois, o piloto do helicóptero que havia pousado para resgatar os policiais feridos do tiroteio, informou Yuki:

“— Temos três agentes do NCC gravemente feridos! Precisamos levá-los para o hospital mais próximo! Todos os outros… estão mortos!”

Uma nova gravação em tempo real surgiu na tela principal da sala de operações. Era a câmera de um dos soldados da FMA. Ele ajudava outro soldado a carregar um dos agentes feridos para dentro do grande veículo voador.

— Façam isso já! Não quero saber de mais mortes! — ordenou Yuki.

O garoto tornou a olhar as outras telas, e logo se virou; porém, se deparou com Slezzy, que estava com uma aparência assustadora.

— Hum? Você está bem?

Slezzy observava a tela principal, extremamente assustado. As suas mãos começaram a tremer de repente. A seguir, ele comentou:

— Esse homem, com duas balas perfuradas em sua barriga… San… Sanches!?

Olá, eu sou o Chris Henry!

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