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“Lorde demônio Lyon, que nome interessante”

Lyon sorriu para as criaturas ao lado de Slezzy, deixando seus dentes caninos super afiados a mostra; se virando e partindo na direção contrária logo depois, sobre o tapete vermelho.

— Não se preocupe! A partir de hoje, você está em ótimas mãos! — disse o Lorde, antes de abandoná-los.

Depois que Lyon se distanciou, Hiram prosseguiu com a explicação:

— O Coração das Sombras, na verdade é onde estão nossos principais registros e explicações para todas as suas dúvidas; dentre a relação entre demônios e seres humanos; como funcionam os contratos, e vários outros tópicos que eu mesmo nunca li.

— Entendi… — respondeu Slezzy, com um tom abalado, ainda observando os passos do Lorde Demônio.

— Ei! Não precisa ficar com medo! — zombou Haram, colocando sua grande e medonha mão sobre os cabelos de Slezzy.

— O que? — retrucou, envergonhado.

— O Lorde não tem necessidade alguma de impor medo sobre os mentoreados ou demônios! Na realidade, ele é apenas uma figura que exige muito mais respeito do que o normal, mediante sua presença… — afirmou o demônio. — …já que é o nosso líder!

— Líder!?

— Hum…! Quando encerrarmos nosso passeio, tiraremos todas as suas dúvidas.

— Mas isso… faz parte do seu dito “passeio!” — replicou Haram.

— Você entendeu o que eu quis dizer! Droga! — respondeu raivosamente.

Slezzy e os Irmãos Sam percorreram desta vez em uma direção diagonal, em relação àquele tapete vermelho.

— Vamos para a quarta entrada! Lá… poderemos conversar a sós — afirmou Hiram, apontando para uma grande porta à frente, parecida com a dita entrada a qual haviam chegado ali.

— Por que… justo a quarta entrada? — perguntou o garoto.

— Hum… é o meu número favorito!

— Você chega a ser estranho… falando desse jeito — falou o outro demônio.

No percurso entre o centro da Ruína até aquela grande porta, Slezzy observava com mais atenção todo o ambiente.

O jovem notou as mais variadas formas dentre as criaturas que acompanhavam as pessoas cobertas, à volta, dos mais extravagantes até os menos exóticos.

Havia criaturas com detalhes que lembravam o feitio de animais, como rabo de serpente, asas de inseto, quatro patas e até mesmo dentes de sabre.

Outros remetiam detalhes de seres históricos, como elfos e vikings.

Também havia demônios que se assemelhavam a aparência humana, como o caso dos Irmãos Sam.

As roupas de todos ali variavam bastante entre seus tipos e tecidos, desde os mais simples e incolores até os mais detalhados e floridos.

Seus portes eram intensamente versáteis; alguns eram muito pequenos, sendo mais baixos até mesmo que uma criança, e outros extremamente altos, podendo chegar a cinco ou seis metros de altura.

Dentre as criaturas, algumas, bem estranhas por sinal, despertaram a atenção de Slezzy; como uma que possuía a estrutura de seu corpo semelhante à de um urso, além de um rosto de águia com orelhas de coala. Era algo intrigante.

Em um canto sombreado, havia outro grande demônio, cujo suas pernas eram similares à de um rinoceronte branco. Já acima, sua estatura relembrava o corpo de um ser humano, mas com uma característica gosmenta, verde e sombria.

Cada criatura da Ruína possuía um detalhe único.

Slezzy percebeu alguns portes comuns em meio aos demônios, como gigantes espadas, tridentes, livros, cajados, correntes entre outros armamentos.

Ele também deduziu que asas não eram na realidade algo comum entre aqueles seres, mas muito pelo contrário; era difícil identificar alguma naquele lugar com tal característica.

Ao traçar uma parte considerável da Ruína, ele notou uma área interessante, em que pessoas conjuravam feitiços entre outras magias, umas contra as outras, como uma espécie de duelo.

Outras pessoas e demônios também observavam aquelas “batalhas” ao redor.

Uma batalha chamou a atenção de Slezzy, forçando-o a desacelerar seus passos por um pequeno momento, para que pudesse acompanhá-la.

Uma pessoa baixinha, totalmente coberta pela sua túnica negra, conjurava uma grande e esverdeada energia com as mãos. Ela estava diante de outra, gigante por sua vez.

A baixinha, aparentemente exausta, com ferimentos e arranhados sobre a parte à mostra de seu corpo; cochichava algo com um demônio espinhoso, de aparência pálida e coberto por roupas obscuras; que logo depois a entregou uma folha de coloração alaranjada. Evidentemente, aquilo era um contrato.

— Como…

Hiram colocou a mão sobre a boca de Slezzy, impedindo-o de completar sua fala, sussurrando em seu ouvido:

— Acho melhor considerar o fato… de que há cerca de dez pessoas ao lado, e que se qualquer uma delas reconhecer a sua voz, você pode nem amanhecer vivo daqui a algumas horas! Por isso a capa e o capuz, não se lembra!?

Hiram retirou sua mão dali, lentamente, enquanto Slezzy o observava com certo receio.

Naquele meio tempo, a baixinha assinou aquela folha alaranjada, utilizando de um pincel refinado e do sangue que escorria de suas feridas.

Após tal assinatura, aquela pessoa começou a exalar uma enorme áurea em torno de si; e o seus braços a absorviam.

Seu inimigo misterioso e extraordinariamente alto, não poupou mais tempo e partiu, em rápidos passos, na sua direção, com uma espada de médio porte em cada mão. No entanto, antes que pudesse alcançar ao menos a metade do caminho, seu corpo foi arremessado para longe da área delimitada, através de um forte raio dissipado pela outra, que se permaneceu em silêncio.

O demônio pálido começou a rir após aquele episódio, cruzando os braços sobre sua barriga, nitidamente orgulhoso, enquanto demonstrava uma clara posição de desrespeito perante todos ali.

Em seguida, aquela dupla abandonou a área da batalha; pouco se importando com o oponente já desmaiado, que fora lançado para longe.

— Uau! Isso pareceu um show! — exclamou Hiram.

Slezzy, ainda surpreso com as cenas que acabara de presenciar, retomou seus passos, acompanhando os Irmãos Sam até a quarta entrada.

Aquela grande porta estava perfeitamente visível diante do trio.

O jovem pode visualizar, mesmo que de longe, outras duas grandes portas; uma à direita e outra à esquerda, ainda assim, todas distantes da que estava diante de si. Nelas estavam grafados números romanos; na porta à esquerda, o jovem visualizou um “III”, enquanto na da direita um “V”.

Assim como nas outras entradas, a grande porta a qual estava diante, também estava grafada; desta vez, com um enorme “IV” sobre sua espessa madeira.

Entre a quinta e a quarta entrada, havia um grande trono dourado com grandes e diferentes tochas sobre a parede detrás de tal.

Um cerco de demônios azulados contornava aquele local.

O grande tapete vermelho se estendia até o pisar daquele trono. Também havia outros dois assentos; não tão perceptíveis devido a sua coloração fraca e fria, um de cada lado de tal.

Os três assentos estavam vazios. Porém, Slezzy percebeu que o homem que acabara de conhecer, denominado de Lorde Demônio Lyon, cruzava o tapete em direção àquele local.

Hiram abriu a porta da quarta entrada com o tocar de seus dedos, puxando-a e a adentrando em seguida. Antes que Haram o seguisse, ele chamou a atenção de Slezzy, que agora observava continuamente uma cena chocante: outras pessoas curvando-se e berrando diante do tal Lorde, agora sentado sobre o trono dourado.

— O que aquelas pessoas… estão fazendo!? — sussurrou, desentendido.

— Aquelas pessoas? São as mais desesperadas e completamente arrependidas por terem cedido quase toda a sua vida em troca dos poderes de seus respectivos demônios, através dos contratos. E agora passam quase todas as noites bem ali, implorando a restituição dos dias de suas vidas, ajoelhadas perante nosso Lorde — respondeu o demônio de cabelos claros. — É uma situação deplorável e desonrosa. Espero que você não seja o tipo de pessoa que submeteria a tal, rapaz.

Haram concluiu sua fala, seguindo para a quarta entrada logo após.

Percebendo o rugir da grande porta de madeira, que de repente começou a se fechar, Slezzy correu rapidamente para dentro dali; desviando toda a sua atenção do cenário horripilante que acabara de presenciar.

Slezzy e os Irmãos Sam estavam finalmente reunidos na quarta entrada da Ruína de Maple, que era similar à primeira.

— Afinal, o que é esse lugar…? Estamos fora da cidade? Do país? Do planeta? Em outra dimensão?

— É sério que essa é a sua primeira pergunta? — retrucou Hiram, sorrindo.

— Mas é claro! Espera, o tempo aqui é diferente? Já se passou quanto tempo desde que chegamos aqui? Isso é algum tipo de lugar espiritual?

Slezzy começou a se embaralhar mediante sua quantidade de perguntas.

Haram moveu sua mão rapidamente, sem desvios, para a testa do jovem, dando-o um forte peteleco, fazendo com que ele caísse logo depois.

— Ei! Como isso dói! — comentou o garoto, sentado sobre o chão, enquanto passava a mão em sua testa dolorida.

— Isso responde à sua pergunta? — provocou o demônio.

Logo, Hiram se aproximou do garoto, afirmando:

— Não! Não estamos em outra dimensão! Não estamos no “céu”, no “inferno”, ou em qualquer outro lugar fantástico que possa imaginar. Nós… simplesmente… estamos na Ruína de Maple! Onde nem os demônios conhecem tal localização.

— Está bem, mas… como vocês podem se teletransportar para cá, sem ao menos saberem onde “isso” fica? — perguntou, euforicamente, ainda chocado com a dor daquele peteleco.

— Talvez eu já tenha mencionado isso…, mas a fonte de tudo que compreende este lado sombrio, está ligado ao Arché Superior! Graças a ele, podemos controlar todos os contratos e armas lendárias existentes — explicou Hiram. — Assim, não precisamos saber a exata localização; é apenas magia!

— Contratos? Armas lendárias?

— Uhum! Há variadas formas de um ser humano entrar em contato com o nosso mundo; sendo a mais comum… a assinatura de contratos, como o seu caso — dizia o mesmo demônio. — Também, existe outro caso: o tocar de um ser humano em alguma arma lendária que não tenha um proprietário prévio. Fazendo do mesmo, o novo portador de tal. Mas isso costuma ser raro.

— O que são essas tais… armas lendárias?

— São raras de se encontrarem por aí. São armamentos extremamente antigos; O forjamento das mesmas é algo extremamente misterioso. Além disso, para seu uso é necessário um grande preparo elementar.

Haram se aproximou de Slezzy mais uma vez. O jovem se distanciou, com medo de receber outro daqueles petelecos.

— Satisfeito? Pois… precisamos lhe explicar o tópico mais importante do Contrato Preambular, antes de retornarmos à cidade! — afirmou.

— Na verdade, eu tenho uma última pergunta! — confrontou ele, provocando uma expressão de náusea sobre o rosto do demônio diante de si. — O que aquela pessoa… baixinha… assinava naquela batalha que acabamos de presenciar? Está relacionado sobre o papo de “outros contratos”?

— Ah! Você tem razão! — comentou Hiram. — É importante que saiba disso!

Após sua fala, Hiram se agachou, passando a mão sobre o chão, da direta para a esquerda.

Logo após, magicamente, seis papéis únicos e distintos surgiram bem ali.

— Estes são os seis níveis de contratos existentes em nosso mundo! O nível mais baixo na classificação dos contratos… é o nível zero, também chamado de Preambulare… ou Contrato Preambular. É ele quem estabelece o primeiro vínculo entre um humano e seu demônio.

— No nosso caso, “um humano e seus demônios” — disse o jovem, sorrindo.

— Exato. Nós somos uma exceção rara à regra. De alguma maneira inexplicável, é como se fossemos dois em um! — falou Haram.

Hiram retomou sua fala:

— Os outros cinco níveis, compreendem-se entre o nível um ao cinco. Eles são nomeados respectivamente de: Midén para o nível um, Défteros para o nível dois, Éktos para o nível três, Enatus para o nível quatro e Evdomo para o nível cinco. E claro, logicamente; quanto maior o nível do contrato, maior será sua quantidade de poder oferecida, e assim também o tempo de vida requisitado.

Haram complementou:

— Porém, em uma relação entre um mentoreado e seu demônio, cada contrato só pode ser assinado uma vez, adquirindo assim, permanentemente, todos os benefícios respectivos de cada um.

— Então… ao assinar qualquer um desses contratos, eu oferecia parte do meu tempo de vida restante… em troca de tais poderes oferecidos?

— Exatamente. — concluiu Hiram, apontando desta vez para as seis folhas energizadas e de tons variados, com sua mão direita. — Estes são os contratos. Cada um deles pode lhe conceder benefícios diferenciados!

Slezzy, com os olhos encantados, observava cada um daqueles contratos, enquanto seu demônio apontava para cada um à medida que os explicava.

Hiram apontou para o primeiro da fileira. Um contrato de tom escuro e sem cor, com uma aparência de morte.

— Esse é o Preambulare. E claro, o mais famoso dentre todos os contratos, já que é a base do pilar para que os mentoreados assinem os outros em diante. Seus benefícios… bom… você já sabe.

Apontando para o segundo, um contrato azulado, discursou:

— Esse é Midén, o contrato mais básico após o nível zero. Ele não oferece grandes coisas, mas é necessário para o avanço e crescimento dos poderes de cada mentoreado. Apesar de exigir um ano de vida, pode ser bem aproveitado.

Logo depois, apontou para o terceiro; um contrato de aparência esverdeada. Seu cheiro era remetente à natureza, além de ter um estilo bem exótico.

— Esse é Défteros, um contrato intermediário. A partir deste, os contratos entre os demônios começam a se divergir, já que cada um poderá oferecer um benefício aprofundado e especializado em sua respectiva classe, como por exemplo, um novo tipo de poder. Ele exige três anos do resto de sua vida.

Adiante, apontou para o quarto. Um contrato dourado.

— Esse é Éktos. Além dos benefícios base, o poder específico concedido por tal é extremamente poderoso, apesar de complicado. Esse contrato exige seis anos de vida.

— É só isso que você tem a dizer sobre ele? — perguntou Slezzy.

— Claro! Eu não quero estragar as surpresas! — respondeu o demônio, cheio de convicção. — Por último, temos os contratos mais avançados do nosso mundo!

Hiram apontou primeiramente para um contrato de cor alaranjada. Seus detalhes eram únicos dentre os outros.

— Esse é Enatus, o único entre todos os contratos em que se abre uma exceção especial: ele pode ser assinado quantas vezes o mentoreado quiser! Quanto mais Enatus assinados, mais poder acumulado! Porém, é claro, menos tempo de vida. É um lindo equilíbrio! Apesar de exigir dez anos de vida por assinatura.

Após seu comentário, o demônio apontou para um contrato também único, de detalhes arroxeados, além de desenhos identificáveis em meio às escrituras.

— Esse é Evdomo, o sexto contrato. Assinados por poucos dos mentoreados existentes, que superaram a jornada dos outros restantes. Um detentor desse tipo de poder é realmente um grande perigo. Além disso, o processo para sua assinatura não é como os outros… porquê… digamos que ele possui… um ritual próprio. Hum, talvez seja muito cedo para falar mais sobre ele.

Haram prosseguiu desta vez:

— Cada contrato é diferente e extremamente variável de acordo com seu nível, oferecendo diferentes poderes, que dependem da especialidade de cada demônio.

— Especialidade?

— Todo demônio possui alguma especialidade. Com o passar dos tempos, essa classificação se tornou genérica, e um dos antigos Lordes chegou à conclusão da existência de cinco classes gerais, que ainda podem se ramificar.

“Antigos Lordes? Vocês realmente devem ter muito mais mistérios por trás de tudo isso.”

— No total, as classes gerais se dividem em quatro: os conjuradores, impulsores, espadachins e combatentes. Existe uma quinta… denominada de legendária, mas é uma regra a parte… que envolve o poder das armas lendárias.

Slezzy ignorou aquele assunto.

— Uma pergunta intrigante: E se por acaso… eu decidir assinar um contrato que me exige mais anos de vida do que realmente posso ceder?

— Você morre. Simples assim! — respondeu Haram, tranquilamente.

— O que? Então… como posso prever isso!?

— Existem vários fatores, como a saúde corporal… ou até mesmo cálculos matemáticos. — respondeu Hiram.  — Você é definitivamente o mentoreado mais curioso e chato que já conheci.

— Mentoreado? Esse seria o nome dado as pessoas que assinam esses contratos, certo? — afirmou Slezzy.

— O termo também inclui os portadores de armas lendárias — complementou.

Haram assumiu uma postura séria desta vez:

— Bom, crendo que não haja mais perguntas, partirei para o último tópico, que se refere à Gankkai.

Slezzy passou a observar o forte demônio, que discursava:

— A Gankkai é algo presente no DNA de todos os seres humanos, sem qualquer exceção, sendo mentoreados ou não. Ela é apenas um pequeno resquício originado do Arché Superior, que todos carregam desde o início de suas vidas, passando de geração em geração. Esse microcomponente molecular nunca foi identificado por nenhum cientista de qualquer atualidade, devido à sua extrema complexidade. Ela só é ativada no momento em que um humano se torna parte do nosso mundo. —Slezzy se impressionou com aquela informação reveladora, seus olhos estavam esbugalhados. — Logo, com a Gankkai ativada, o mentoreado passa a ser capaz de manipular os poderes originados do Arché Superior.

— Esses poderes… como vou manipulá-los?

Hiram riu daquele comentário.

— Acha que é tão simples dominar essa energia? Assinando apenas o Contrato Preambular!? — Hiram caminhou e pôs-se a olhar aquelas grandes paredes que cercavam a entrada. — Você ainda tem muito o que aprender para tal ato.

— Assim espero! — comentou Slezzy, sorridente.

— Tendo em vista que não temos mais nada a fazer aqui, acho que podemos voltar para a cidade, não é? Creio que o nosso mais novo mentoreado tenha outros compromissos! — falou Haram, conjurando em seguida aquela mesma magia cinzenta, cercando seu irmão e Slezzy com a mesma.

*

   Slezzy despontou-se rapidamente da magia cinzenta, no topo do hospital de Western. Ele e aquela dupla de demônios acabavam de retornar à cidade de Maple.

A chuva já não estava mais trovejante.

O jovem tossia repetitivamente. Ele não conseguia se levantar.

— Eu também demorei para acostumar com essas viagens, Slezzy… — disse Hiram. — Vá por mim, você se acostuma depois da quarta vez, por algum motivo!

Slezzy se recuperou lentamente e logo colocou-se de pé, agora observando toda a cidade de a partir de uma visão privilegiada.

Por mais que o hospital, que ficava no centro daquela região, não fosse um dos prédios mais altos dali; ainda assim, podia-se observar facilmente quase todas as luzes que os outros prédios, carros e postes emitiam.

A altura daqueles prédios variava intensamente e o número de carros em trânsito sobre as ruas era excessivo. A passagem de pessoas nas ruas era nítida até um certo limite daquele campo de visão.

O jovem contemplava todos aqueles elementos.

— Ei, rapaz… — Hiram chamou sua atenção.

Os Irmãos Sam observavam todos aqueles elementos ao seu lado, apreciando cada detalhe da cidade.

— Você sabe que… o acompanharemos até o final de sua vida, não é mesmo?

— Ah… Claro! — respondeu. — Mas agora me digam… por que diabos vocês simplesmente não responderam minhas dúvidas… antes da minha assinatura?

Hiram o respondeu com um tom entusiástico:

— Qual é a graça de comer a cereja antes do bolo?

Slezzy riu superficialmente.

— Vocês, demônios, estão com as gírias tão atualizadas assim? — perguntou, ainda com sobras daquela risada em sua fala.

Nenhum dos Irmãos o respondeu.

De repente, uma calmaria tomou todo aquele ambiente.

Os três passaram a observar as estrelas desta vez.

Era possível dali enxergar os quatro famosos prédios que formavam a praça de Kentrika. Também podia-se avistar alguns helicópteros de emissoras de TV; que sobrevoavam o Banco Central, cujo mais cedo teria sediado um grande desastre.

Hiram, lado a lado de seu irmão, finalmente quebrou todo o gelo:

— Temos uma longa jornada pela frente!

Olá, eu sou o Chris Henry!

Olá, eu sou o Chris Henry!

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