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Após uma semana, a operação de Slezzy e o Tenente havia se tornado um grande sucesso.

A notícia de que um grupo militar estaria saindo para a parte externa do centro, combatendo o crime diariamente, tomou conta de jornais e televisões.

Outras instituições militares já o reconheciam.

Outros grupos do NCC foram montados a partir de então, até que a maioria dos policiais, após duas semanas, estivessem trabalhando nas ruas da parte externa, referente as quatro regiões, desde as de classe média até as mais pobres.

Eles escoltavam crianças, evitavam assaltos flagrados e enfrentavam pequenas quadrilhas que o recebiam à tiros.

Durante todo aquele período, dezenas de reportagens foram realizadas a respeito de toda a ascensão que os policiais do NCC viviam.

E a população, como sempre, se divergia.

Muitos ainda criticavam as instituições militares da cidade, com o argumento de extrema violência, devido ao episódio da morte dos reféns inocentes no grande assalto; e até mesmo aquele tipo de operação, que provocou a morte de mais de cem criminosos ao longo de toda a cidade.

Já a outra parcela das comunidades apoiava o NCC; argumentando que aquele teria sido o método mais eficiente nos últimos anos, para lidar com as máfias que atormentavam a cidade diariamente.

A notícia se espalhou por todo o país. As pessoas mencionavam o tema a cada hora em suas redes sociais. Além disso, fotos e vídeos dos tiroteios entre tropas do NCC e os criminosos eram compartilhados em grande escala.

Em alguns momentos da operação, Slezzy se encontrou contra criminosos que também eram mentoreados. Ele aproveitava essas oportunidades, ficando em um ambiente longe de outros policiais ou pessoas, para utilizar o Arché Superior nos combates em tais combates contra os mesmos mafiosos; e claro, não se revelando.

Era o início de uma verdadeira reviravolta na cidade condenada ao caos.

*

   Em uma manhã fria e totalmente nublada, o sol parecia se esconder entre as nuvens.

Slezzy estava em um grande salão, ao lado do Tenente Jan e os outros três policias que compunham a sua equipe.

Era a primeira vez que o jovem pisava no prédio da sede do governo, onde os principais políticos trabalhavam.

Muitos outros policiais se encontravam ao lado do jovem; todos do NCC. Eles formavam um grande exército.

Todos eles estavam diante de uma grande espécie de tribuna, ainda vazia.

Ao lado dos policiais, se encontrava um grande número de soldados com roupas esverdeadas. Eram militares da FMA, numericamente superiores; talvez três vezes mais em relação aos policiais de preto, do NCC.

Slezzy conseguiu reconhecer alguns rostos dentre os militares da FMA, como o agente Henegan e o Capitão Roy, que estavam lado a lado.

Mais à frente ele conseguia ver as costas de Jean e Kine; estes que vestiam um traje preto com detalhes brancos, as mesmas vestimentas de Shane e Helena, que se encontravam logo à frente, na primeira fileira de todas.

Após instantes, Slezzy visualizou o homem de terno se aproximando, Edward. Junto a ele estavam uma das grandes figuras da cidade: o governador, Dom Cernuno, tão repudiado pela população, acompanhado do General Santos.

Eles se aproximaram da grande tribuna, ficando de frente para todos os policiais e militares, que os receberam com uma chuva de palmas claramente forçada.

Outros funcionários daquele prédio também o aplaudiam.

Slezzy estava surpreso, já que era a primeira vez que via o governador tão de perto.

Dom Cernuno; um velho de cabelos curtos e com uma altura superior a um metro e oitenta centímetros, ajeitava seus óculos retangulares, se aproximando do microfone da tribuna. Seu terno branco com detalhes dourados chamava bastante a atenção.

— Bom dia a todos! Não! Não! Não respondam! Já basta os aplausos! — O governador estava sério. Sua voz era de certo modo irritante, já que era muito fina. — Creio que todos aqui já têm ciência dos fatos… que tomaram procedência desde as últimas duas semanas… e inevitavelmente, isso submeteria maiores proporções.

O governador ajeitou seus óculos mais uma vez, prosseguindo:

— Eu serei breve… já que daqui a alguns minutos, uma grande operação será colocada em prática! — Os soldados trocaram olhares confusos. — Decidi nomeá-la de Operação Caos! Basicamente, fiz questão de procurar os nomes dos agentes com maior destaque, dentre todas as principais instituições militares, que vieram conquistando os corações de uma grande parcela da nossa população! É simplesmente inegável que toda essa iniciativa tem sido a solução mais eficiente… quando se trata de lidar com esses malditos criminosos, por todos esses anos. Eu considerava esse tipo de atitude como a mais ousada, já que colocaria toda a base governamental e política da cidade em risco. Por favor, vamos parabenizar todos do NCC, que arriscaram as suas vidas durante todo esse tempo… para o início deste grande projeto!

Os militares, funcionários e outros membros do governo aplaudiram mais uma vez.

Hiram riu debochadamente de Slezzy:

— Parece que você não vai levar todos os créditos!

Slezzy o ignorou, aceitando aqueles aplausos com um sorriso em seu rosto.

— Agora… passarei a voz para o responsável da segurança governamental de nossa cidade! — concluiu o governador, abandonando a tribuna com mais uma sessão de aplausos.

Edward se aproximou do mesmo microfone. Seu cabelo estava diferente, como se o tivesse arrumado especialmente para tal ocasião.

— Para aqueles que ainda não me conhecem, apesar de considerar essa chance minúscula, meu nome é Edward Darrim. Sou o responsável pela administração desse novo projeto, nomeado de Operação Caos — As palavras de Edward transmitiam confiança. — Tal projeto consiste na colaboração entre os agentes da FMA e do NCC, afim de combater os criminosos na parte exterior do centro de Maple! Então, reformamos toda a estrutura de segurança da cidade, com auxílio de Yuki Raell, o líder do setor de inteligência da FMA, visando também priorizar a segurança de toda a população.

— Quanta enrolação! Por que ele não vai direto ao maldito assunto? — falou Haram, inconformado.

— Selecionamos um pouco mais de oitenta por cento dos militares da FMA e dividimos os mesmos em grupos de quatro a cinco agentes por carro blindado. Cada um destes grupos já foi previamente montado, baseados na intimidade entre os soldados e suas respectivas capacidades militares, além de um receber uma área pré-estabelecida para sua atuação. Vocês podem verificar tais informações na caixa de mensagens de seus celulares!

Os celulares dos militares tocaram simultaneamente, recebendo o mesmo tipo de notificação: os detalhes específicos de cada um de seus grupos.

— O restante dos militares que não foram selecionados permanecerá no centro da cidade e atuarão com maior eficiência a partir de agora — Edward suspirou. — Quanto ao NCC, creio que o Tenente Jan já esteja responsável pela divisão e coordenação dos grupos de atuação.

Os militares estavam animados, conversando entre si após a chegada da tal notificação; mas alguns estavam receosos, pois enfrentariam os criminosos, frente a frente, diariamente a partir dali.

— Um momento! Sei que todos vocês estão animados, mas preciso concluir minhas palavras! — alertou Edward. — As áreas de atuação estão sincronizadas no GPS fornecido pelo nosso setor de inteligência, previamente instalado em seus celulares. Com este aplicativo, vocês terão noção da localização de todos os esquadrões em tempo real, sejam eles formados por policiais do NCC ou militares da FMA!

— Agora… vão atrás de todos aqueles vagabundos! — gritou o governador, se aproximando da tribuna novamente.

Os gritos de braveza e extrema confiança dos militares e policiais dominaram o salão, enquanto os mesmos partiam em rápida velocidade para a saída do prédio.

Slezzy, o Tenente e os outros três policiais ficaram parados, enquanto os outros passavam entre eles.

Depois de dado momento, restavam poucas pessoas no salão. O governador e Edward já haviam saído por uma porta especial, que provavelmente os levava ao topo do prédio. Alguns militares ainda discutiam sobre aquela operação, e outros caminhavam em direção a saída lentamente, como Saith, Shane e Helena; juntos de outro militar desconhecido.

— Vamos, Slezzy! — chamou o Tenente, dando os primeiros passos na direção da saída do prédio, acompanhado de Bryan e os outros.

Saith, Shane e Helena se aproximaram de Slezzy, que ainda estava parado no meio dali.

Saith interrompeu seu andar, ficando frente a frente com Slezzy, enquanto Shane e Helena continuaram. Helena ainda o cumprimentou com um sinal de mão.

Slezzy confrontava Saith desta vez, sem emitir qualquer palavra.

Saith, de repente abriu um pequeno sorriso; se aproximou de um dos ouvidos de Slezzy e sussurrou:

— E não é que você… realmente tomou uma atitude?

Slezzy permaneceu intacto, não respondendo aquele questionamento, enquanto Saith se distanciava, carregando o seu tradicional rifle com seu braço direito, apoiando-o em um de seus ombros.

Olá, eu sou o Chris Henry!

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