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— Não vai demorar muito tempo para que todos os mafiosos lá fora… estejam mortos, e que o restante dos outros agentes chegue até aqui. Então, por que você simplesmente não foi embora? — provocou Slezzy, fazendo um contato visual contínuo.

Ainda era possível ouvir os tiros do outro lado da rua.

Slezzy escutou o pequeno barulho de um helicóptero que se aproximava dali, mesmo que estivesse consideravelmente longe.

Ventos, acompanhados dos fortes raios solares daquela tarde, passavam pelo corpo daqueles dois que se encaravam; causando um certo calafrio em Slezzy.

— Isso pouco importa agora… — retrucou Salvador, agora andando em círculos ao redor de Slezzy. — A maioria deles não seriam capazes de me alcançarem. Mas você iria até a morte, não é?

Salvador retirou o Medalhão Lunar que estava sobre o seu pescoço, e o apontou para Slezzy.

— É ESSE O MOTIVO DE VOCÊ TER ME PERSEGUIDO? — berrou.

Dentro de apenas um segundo, Slezzy carregou um pequeno raio com seu braço direito, dispersando todo aquele poder na direção do peito do homem mascarado, aproveitando que o inimigo estava com uma mão ocupada.

Porém, Slezzy foi surpreendido.

Uma espécie de parede, meio fosca e meio transparente, surgiu de repente entre os dois. E incrivelmente, Salvador ainda se encontrava na mesma posição.

Aquela parede interrompeu, por completo, todo o poder conjurado pelo garoto.

“O que? Ele criou isso!? Ele não mexeu um dedo sequer! Que droga… esse tal mascarado… não é tão burro como imaginei…”

Os dois ainda se afrontavam, através da parede transparente.

Salvador soltou algumas gargalhadas antes de indagar o jovem:

— Então… esse é o seu estilo de combate? Atacar com brechas!? Aproveitar da minha desvantagem? Você achou mesmo… que isso iria funcionar!?

Os Irmãos Sam sorriram. Finalmente, Slezzy estava diante de um adversário à altura.

A raiva de Slezzy aumentava gradativamente.

— É… de fato… estou começando a me arrepender de ter ficado. Você não havia assassinado todos os outros mafiosos que estavam comigo!? Onde foi parar toda aquela determinação? — provocou o mascarado. — Ou você só consegue… lidar com seres inferiores?

“Essa parede… não se moveu ou desfez… desde o momento em que foi criada…, mas como?”

Salvador retomou:

— Vamos acabar logo com isso ! Afinal, ainda tenho muitos compromissos mais importantes que isso… como dominar toda a cidade de Maple! Slezzy… Kaliman!

Antes que Slezzy demonstrasse qualquer reação de surpresa, já que ele não havia revelado seu nome a qualquer momento; a parede fosca e transparente se quebrou, desfragmentando-se em vários pedaços, que foram disparados a seguir, em sua direção.

O jovem utilizou de seu único poder que aprendera nas últimas semanas, para se defender da maior quantidade possível dos pedaços de vidro.

Porém, não foi o suficiente.

Slezzy recuou seu corpo para longe de Salvador, forçadamente, colidindo com uma das paredes que cercavam tal espaço. Suas pernas e braços foram lesionados pelos pedaços de vidro.

O jovem havia perdido seu oponente de vista, pois havia protegido a cabeça com seus braços após a dispersão de seus raios, assim, impossibilitando sua visão.

Os ventos estavam muito mais fortes agora. Parecia que a energia do homem mascarado os intensificava.

Slezzy foi surpreendido por um rápido avanço de Salvador, recebendo um forte soco na região de seu fígado.

O jovem conseguiu resistir ao golpe, bloqueando o próximo soco com seu braço esquerdo, segurando a mão de Salvador logo na sequência, com muita força. No entanto, como estava desconcentrado, suas atitudes passaram a ficar óbvias.

Salvador o confundiu, jogando todo o seu corpo para a baixo; se virando e atingindo o peitoral de Slezzy, com seus pés, arremessado violentamente o jovem contra uma das paredes de concreto.

Slezzy se atordoou.

Seu corpo, gravemente ferido, não respondia mais nenhuma de suas ordens.

Ele escutou algumas leves risadas do Salvador, seguido de passos em direção às escadas que levavam ao segundo andar.

Todos os sentidos do garoto foram afetados temporariamente.

— Você… só precisa de uma pequena assinatura, Slezzy! — era a voz de Hiram.

O som dos lentos passos de Salvador diminuía a cada segundo, causando uma grande sensação de mistério em Slezzy.

— Cale… a… boca… — resmungou o garoto, repleto de dores.

— Olhe seu estado! Você está acabado! Seu combate contra aquele homem de máscara negra não durou sequer um minuto! — provocou Haram, enquanto se aproximava do jovem. — Pare de negar! Caso você não ceda sua vida em troca de mais poderes, nunca conseguirá chegar aos pés do homem mascarado! Portanto, você morrerá hoje, bem aqui… e dentro de apenas alguns segundos! Assim, desperdiçando todo o resto de sua vida!

“Talvez… ele tenha razão. Droga! Eu não tenho forças nem para erguer meu corpo. Aquele golpe… aquilo não é humano. Realmente… o poder desse homem… está em um nível completamente superior!”

Slezzy se recuperava aos poucos, passando a mover os seus dedos.

“De qualquer forma, considerando que eu viva por mais sessenta ou setenta anos…, do que tudo isso valeria, se eu não realizasse algo significativo para esse mundo?”

Slezzy, apoiado na parede, fechou suas mãos e as apertou com força.

“Que se dane. Eu preciso tomar uma atitude! Não posso vou ser apenas mais um dentre todos os outros!”

Determinado a partir daquele momento, o garoto pegou uma faca de sua cintura, com as últimas forças que ainda lhe restavam, e logo cortou a sua mão, de forma superficial.

Hiram, pela terceira vez em todo aquele tempo com seu mentoreado, passou a mão sobre o solo; apresentando ao seu mentoreado, cinco contratos.

— Escolha rápido, jovem! Você não tem muito tempo! Relembre-se que quanto mais tempo de vida oferecido, mais poder e força, ambos permanentes, concederei a você!

— EU… SÓ PRECISO SAIR VIVO DAQUI! — berrou Slezzy, sem medo de que o homem mascarado, que havia desaparecido em meio às paredes de concreto da construção, escutasse suas palavras.

— Certo… — confirmou o demônio.

Hiram rapidamente retirou um contrato azulado dentre os cinco, posicionando-o embaixo da mão de Slezzy, que logo começou a traçar o seu primeiro nome, utilizando da faca respingada de sangue.

Ao assinar do contrato, o garoto sentiu uma pequena restauração de energia ao longo de todo o seu corpo.

Porém, o garoto e os demônios ouviram um pequeno passo, vindo do segundo ou no terceiro andar daquela ala.

Slezzy olhou para cima, a fim de verificar aquilo; mas já era tarde demais.

Salvador havia saltado de um dos andares superiores, mergulhando no ar, em direção à Slezzy, que estava a apenas alguns metros de distância, logo abaixo.

Aquela cena passava em câmera lenta na cabeça do jovem.

Salvador carregava um tipo de magia de tom negro em seu braço direito, com raios azulados à sua volta.

Slezzy ficou paralisado com aquela cena. Seu corpo tremia a cada centímetro aproximado do homem mascarado.

Mesmo com a assinatura daquele contrato, o jovem não teria tempo o suficiente para que suas energias se restaurassem.

Se esforçando até o seu limite, seu corpo não lhe obedecia, obrigando-o a apenas observar a morte, sem nenhuma escapatória, diante de seus olhos.

midenvulcan
Olá, eu sou o Chris Henry!

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