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   Emmeline, vestida de roupas brancas, preparava algumas porções de comida, quando de repente, ouviu alguém destrancando a porta principal e a abrindo logo em seguida.

   Inicialmente, ela se assustou, desviando toda sua atenção para o homem de que adentrava o local; mas logo se acalmou, ao perceber que aquele era Slezzy.

   — Você quase me matou do coração!

   — O que? — Slezzy estava desentendido.

   — Bom, você nunca chega nesse horário! Ainda não são nem onze horas!

   Slezzy notou que Emmy estava um pouco estranha.

   — Está… tudo bem? — perguntou ele.

   — Han!? Mas é claro! Apesar de uma pequena náusea que tive mais cedo…

   Slezzy a encarou com um grande sorriso:

   — Fique tranquila! Vai ficar tudo bem!

   Emmeline, com um olhar apaixonado, acenou com sua cabeça.

   — Mudando de assunto… Emmy… precisamos conversar.

   A felicidade de Emmeline se esvaiu após aquelas palavras.

   O casal foi surpreendido pela entrada repentina de Rainn, que acabara de chegar da escola, também através da porta principal do apartamento.

   — Hum? O que você faz aqui… agora?

   Slezzy se agachou perante seu irmão:

   — Parece que isso realmente foi uma grande surpresa para vocês!

   Rainn o abraçou por alguns segundos.

   Porém, Slezzy logo se levantou:

   — Ei, garotinho, por que você não vai se trocar? O almoço já vai ficar pronto!

   — Certo!

   Após Rainn correr para seu quarto, Slezzy se aproximou de Emmeline, pegando em suas mãos macias:

   — Amanhã… participarei de uma invasão à suposta base da Sociedade Nobre.

   — O que? — Emmy não conseguiu disfarçar seu medo e apreensão.

   — Tudo ainda está estranho… o endereço… o procedimento… — Slezzy encarou sua companheira, diretamente em seus olhos. — Mas, essa operação pode mudar o rumo da nossa cidade! Segundo Sanches, caso seja um sucesso… existe uma chance de retomarmos cerca de metade de Maple, desde toda a Região Sul e Leste de Maple!

   Emmeline estava atordoada.

   — Ei… Emmy… — Slezzy pôs sua mão no rosto da garota, enxugando uma pequena lágrima. Depois de alguns segundos, ela o agarrou, apertando fortemente suas costas.

   — Querido… — sussurrava ela. — Sei que suas ambições e desejos…

   — Não… Emmy…

   Emmeline recuou sua cabeça lentamente, encarando-o desta vez.

   Slezzy, com olhares repletos de sinceridade, discursou:

   — Emmy… desde o início do meu trabalho no NCC, ainda como recruta, além da grande oportunidade financeira, o meu grande desejo de acabar com todas as mortes… assaltos… tráficos… todo esse inferno…

   Slezzy colocou suas mãos sobre os ombros de Emmeline, respectivamente uma em cada.

   — …esse desejo… nunca se enfraqueceu! E agora, estou perto de deixá-lo mais próximo da realidade!

   Emmeline o encarou com olhares brilhosos; surpresa e boquiaberta.

   — Nas últimas semanas, tive a chance de presenciar o verdadeiro inferno dessa cidade. Do mais intenso treino até situações de vida ou morte. E agora, é inegável que sou um dos melhores agentes militares — explicava ele, cheio de convicção. — Tudo isso é por todas as almas dessa cidade… que precisam cruzar essas ruas, correndo um perigo diário constante; buscando apenas sobreviver perante todo esse maldito caos. No fim, quero que Rainn finalmente possa viver de modo seguro! Com a melhor qualidade de vida possível! Sem qualquer medo de andar pelas ruas. Eu quero que ele, e todas as outras crianças de Maple… sejam livres!

   Emmeline colocou o dedo indicador sobre a boca de Slezzy, calando-o durante alguns instantes.

   Sua unha chegou a tocar o nariz do garoto.

   — Você… realmente mudou… — falou ela, carinhosamente.

   Slezzy abriu um leve sorriso tímido.

   Eles se abraçaram novamente.

   Slezzy percebeu que seus demônios observaram toda aquela conversa.

   — Então, eu levarei Rainn comigo para a casa de Diana, amanhã. Tenho certeza de que você ficará muito mais tranquilo e concentrado, tendo noção de que nós estaremos seguros. Não é? — Emmeline deu uma pequena risada.

   Após alguns segundos, durante o longo abraço, Slezzy a agradeceu, antes que Rainn saísse do quarto e pudesse ouvi-los:

   — Obrigado… por confiar em mim, Emmy.

Olá, eu sou o Chris Henry!

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