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   Raios azulados começaram a sair das vestimentas de Barão II, tomando aos poucos toda a volta daquele andar; criando uma grande sala dominada pelos seus próprios poderes.

   — Você deve ser um daqueles típicos mocinhos que acabaram de descobrir o Mundo dos Demônios, e logo acham que podem sair por aí, utilizando dos poderes concedidos pelos contratos, assassinando quem bem entender, não é? Então… farei questão de mostrar o quanto você é fraco e inferior… E que nunca deveria ter se intrometido no meu caminho! — afirmou o mafioso.

   Slezzy observava atentamente os raios que dominavam aquela sala. Aquele poder bloqueou todas as saídas do local, desde as escadas até a grande vidraça.

   Os Irmãos Sam encaravam Barão II. Ele era uma grande ameaça até mesmo para eles.

   — Ouça, garoto — alertou Hiram. — Esse homem herdou o demônio de seu próprio pai, o grande mafioso Barão. E digamos que nós… já tivemos a chance de presenciar os poderes da tal criatura. Agora, posso concluir de que apenas um dos dois lados saíra daqui vivo.

   Slezzy, ainda a dez metros de distância daquele homem, começou a carregar um grande poder flamejante em ambos os braços, encarando-o com firmeza, além de olhares demoníacos:

   — Não há nada agora que me faça pensar em desistir de cumprir a minha maior promessa, Hiram.

   Os demônios encararam o jovem de outra maneira, a partir daquele momento.

   Os cabelos de Barão II estavam radiantes. Uma áurea azulada o cercava. Sua regata se rasgou, não resistindo a tamanha energia. As veias do seu rosto, além do peitoral, estavam facilmente notáveis.

   Slezzy começou a caminhar lentamente na direção daquele homem, enquanto o provocava:

   — Eu irei varrer essa cidade de toda a escória que a atormentou! Você está me ouvindo!? Eu sou aquele que vai devastar todos os demônios, mentoreados ou a merda de qualquer criminoso que ousar ameaçar a segurança de todas as famílias e as próximas gerações que habitarão aqui!

   Os raios azulados, presentes em toda a estrutura ao redor do andar, começaram a se dispersar em diferentes ângulos, na direção do jovem.

   Slezzy demonstrou grandes reflexos ao desviar rapidamente de três daquelas rajadas, pulando e se escondendo entre as colunas de concreto, à medida que corria rumo ao seu adversário.

   Os Irmãos Sam não eram facilmente alvejáveis por aquele tipo de poder.

   Ao mesmo tempo em que as rajadas, vindas de toda a estrutura dominada pela conjuração azulada de Arché Superior, eram disparadas na direção de Slezzy, o grande vilão, Barão II, utilizando de seus dois braços, começou a manipular um poder misterioso.

   Slezzy e os Irmãos Sam ficaram surpresos, já que nunca haviam presenciado aquele tipo de conjuração.

   Barão II, rindo de forma maníaca, desferiu toda aquela camada de poder na direção do jovem, que estava a apenas três metros de distância, quase alcançando-o.

   Slezzy estava completamente cercado.

   Os raios dispersantes de toda a estrutura o perseguiam atrás, enquanto o poder reluzente e misterioso de Barão II, estava prestes a colidir com seu rosto.

   Surpreendentemente, um dos Irmãos Sam ajudaram Slezzy, pela primeira vez, desde o dia em que eles se apresentaram a ele.

   Hiram assumiu sua forma física para desferir uma grande áurea circular e cinzenta na direção de Slezzy.

   Aquela áurea retirou o jovem para fora de sua posição, em rápida velocidade, fazendo com que os raios azulados que o perseguiam se chocassem com o grande poder emitido por Barão II.

   Aquele choque de poderes foi imenso, resultando no arremesso do inimigo de Slezzy, em direção àquela grande vidraça, colidindo-se com o chão logo depois.

   Slezzy foi arremessado para uma das paredes de concreto que cercavam o local, devido à áurea desferida por um de seus demônios.

   O jovem não sofreu nenhum dano da grande explosão, diferentemente de Barão II, que estava caído no chão, gemendo de dor.

   O adversário de Slezzy se levantou lentamente, retirando pedaços de vidro que estavam cravados em seu corpo. Seus olhos estavam enchidos de fúria.

   De repente, uma criatura assumiu sua forma física, por trás de Barão II.

   Era um grande demônio com uma altura superior a dois metros. Seu corpo era totalmente coberto por um grande roupão sem cor. Já seu rosto era semelhante ao crânio de uma caveira. Ele segurava uma grande foice com cabo de madeira.

   Logo, Hiram também assumiu sua forma física, ficando lado a lado do irmão.

   Passados alguns segundos, aquele grande demônio afrontou os Irmãos Sam, com uma voz mansa e cativante:

   — O que será que o nosso grande Lorde vai achar… dessa atitude… de um dos mais novos demônios da Ruína?

   Os Irmãos Sam o encaravam atentamente.

   — Han!? — Slezzy ficou confuso. Ele ainda estava um pouco tonto devido ao choque com aquela parede de concreto. — Haram? Hiram? Quem é esse demônio? E do que ele está falando?

   Barão II riu de maneira furiosa.

   A grande criatura prosseguiu:

   — Hum… você deve ser o mentoreado desses demônios… Slezzy Kaliman…

   — O que? Como pode saber o meu nome, criatura!? — retrucou, desentendido, enquanto caminhava lentamente para se reunir com os Irmãos Sam.

   — Este… é Berseu… — respondeu Hiram. — O demônio que o grande e falecido Barão portou consigo, durante todos os últimos quinze anos de sua tormenta em Maple.

   Slezzy se surpreendeu.

   — Parece que você não está completamente ciente de todas as regras principais do Coração das Sombras, meu querido jovem… — respondeu o grande demônio.

   Berseu acercou-se lentamente do trio, arrastando sua grande foice pelo chão, enquanto explicava à Slezzy:

   — Estou falando da principal regra que todos os demônios possuem o dever de cumprir: nunca interferir na morte de seu mentoreado.

   Hiram se pronunciou:

   — Ao meu ver, não interferimos na morte de nosso mentoreado… em nenhum momento.

   Berseu deu uma breve gargalhada, antes de respondê-lo:

   — Era nítido que ele estava em uma encruzilhada. Tanto é que… vocês mesmos reconheceram… forçando-os a ajudá-lo…, mas por que!?

   Haram se encheu de fúria.

   Slezzy ficava mais confuso a cada instante.

   Berseu prosseguiu:

   — Talvez… porquê… — As palavras de Berseu foram interrompidas por um rápido e fortíssimo golpe, desferido pela mão direita de Haram, na direção de seu peitoral.

   Berseu foi arremessado para longe, além da vidraça, abandonado aquele andar; ferindo-se gravemente ao atravessar os raios azulados que cobriam o local.

   — Acho que o seu demônio ainda não entendeu a situação… — afirmou Haram, com olhares raivosos, encarando Barão II — Enquanto o maior líder mafioso que essa cidade já teve… estava vivo, ele realmente poderia fazer esse tipo de coisa, mas agora… BARÃO ESTÁ MORTO!

   Barão II demonstrou uma expressão de medo.

   — Slezzy… — falou Hiram, furiosamente. — Vamos acabar com esse homem, que nunca deveria ter dado continuidade ao reino de seu pai!

   O trio caminhou em direção ao inimigo.    Barão II os encarou com seriedade, abandonando seu medo repentino, desta vez, energizando novamente uma camada de poder misterioso em ambos os braços.

Olá, eu sou o Chris Henry!

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