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Lumian recitou em antigo Hermes, seguindo o ritual preciso de invocação descrito nos cadernos de Aurore e no conhecimento místico dos Contratados.

— O Tolo que não pertence a esta época;

— Você é o governante acima da névoa cinza;

— Você é o Rei do Amarelo e Preto que exerce boa sorte.

— Eu imploro sua proteção.

— Eu rezo por sua atenção.

— EU!

— Em nome doTolo, eu invoco:

— Uma criatura peculiar que vagueia pelo reino superior, a enigmática Mão Decepada, a esmagadora de gargantas preto-azulada.

Lumian criou este encantamento de invocação com base em insights dos dados da Mão Decepada. Como o ritual oferecia algum grau de proteção ao sujeito da invocação, e como a Mão Decepada não era considerada perigosa, ele omitiu os termos “fraco” e “amigável”, infundindo-o em vez disso com outras frases que efetivamente identificariam a criatura alvo.

As chamas azul-escuras das velas surgiram, entrelaçando-se para moldar uma porta etérea adornada com símbolos enigmáticos. Uma tênue névoa cinza preenchia os arredores, instilando uma atmosfera assustadora.

Gradualmente, a porta rangeu ao abrir, e uma mão decepada, azul-escura e decadente, surgiu. Ela parecia duas vezes maior que a palma de Lumian, com o potencial de esmagar um crânio humano.

A mão decepada aflita pairava diante da enigmática entrada ilusória. Seus dedos se estendiam em direção à garganta de Lumian, mas ela se abstinha de agressão.

Lumian pegou um frasco de álcool de tonalidade diferente, desatarraxou a tampa e derramou algumas gotas em direção ao altar onde estava a Mão Decepada.

O líquido atingiu o chão no meio do caminho, mas com um brilho do broche em forma de vassoura, o suborno foi discretamente consumado.

Só então Lumian falou. Sua voz ressoou dentro de sua garganta e peito enquanto ele enunciava sílabas desconhecidas.

Essas eram palavras que ele nunca havia visto, originadas do conhecimento místico dos contratados, capacitando-o a dominar sua pronúncia e essência.

Elas eram a Linguagem Mística do Destino, parte integrante desta língua arcana.

A ressonância vocal de Lumian se fundiu em glifos preto-prateados, semelhantes a símbolos, materializando-se do nada.

Eles desceram sobre a pele falsa de cabra que repousava sobre o altar, fundindo-se em uma breve, porém misteriosa, aliança.

À medida que o pacto se solidificava, Lumian estabeleceu uma conexão complexa com a Mão Decepada, semelhante a utilizar a Dança de Invocação para ancorá-la ao seu próprio ser.

Por meio desse canal, Lumian adquiriu as habilidades e características rudimentares da Mão Decepada, sentindo seus anseios no processo.

Esses anseios foram o preço que Lumian teve que pagar.

— Localize meu corpo, ou a divindade irá iludi-lo para sempre!

“Um pagamento adiantado e uma dívida a ser liquidada mais tarde… Poderia ser o desenrolar do Suborno? Não, não é isso. Ao selar um contrato, o preço é prontamente remetido — manifestando-se como meu destino inexorável de ascender à semideus. Assim que eu descobrir as partes restantes da Mão Decepada, a recompensa naturalmente substituirá o preço… Atualmente, é semelhante a fornecer ampla garantia…” As reflexões de Lumian correram enquanto entendia o ponto crucial do pacto.

Ao mesmo tempo, ele entendeu a cobiçada habilidade de atravessar o mundo espiritual a partir dos atributos e qualidades da Mão Decepada, incluindo sua antiadivinhação, quase invencibilidade e a habilidade de quebrar o pescoço daqueles que não têm divindade.

Uma característica intrínseca à Mão Decepada, não uma mera habilidade. Seus efeitos se desviaram marginalmente das expectativas de Lumian, mas permaneceram dentro de limites toleráveis.

Com a janela de utilização de Decência limitada a quinze minutos, o custo era suportável, e seus atributos se aproximavam da suficiência. Lumian não desperdiçou tempo, convocando os outros candidatos e jurando no antigo Hermes.

— Eu o ajudarei a encontrar seu corpo. Até lá, a divindade me iludirá.

Essas palavras se fundiram com o ambiente, transformando-se em nuvens de névoa preto-azulada que penetravam no pergaminho de pele de cabra falsa.

A Mão Decepada desceu, deixando uma tintura de pus sanguíneo e amarelado dentro do espaço vazio do contrato.

Espontaneamente, a aliança se acendeu, produzindo uma miríade de símbolos e palavras preto-prateadas.

Eles se interligaram, configurando um padrão intrincado e enigmático, condensando-se abruptamente no ombro de Lumian.

Embora escondido sob seu traje, a psique de Lumian evocou uma imagem de seu ombro direito.

Um curioso emblema parecido com um selo preto se materializou ali.

Instintivamente, Lumian apreendeu que, ao ativar o contrato, ele poderia aproveitar os atributos da Mão Decepada para atravessar o mundo espiritual. A dissolução do contrato só era concebível com a morte de qualquer uma das partes — um destino pré-ordenado.

Sem se preocupar em experimentar a travessia do mundo espiritual, Lumian encerrou a invocação e embarcou em um novo ritual.

— Em nome do Tolo, eu invoco:

— O espírito vingativo que vagueia pelo vazio, a Noiva Sem Cabeça em sua eterna situação e a fonte da malevolência de uma linhagem.

Mais uma vez, o enigmático portal ilusório se manifestou, envolto em chamas preto-azuladas entrelaçadas. Um vento gelado soprou, transformando a noite de verão em um frio de inverno.

Lumian observou uma forma se materializar de dentro da entrada ilusória. Adornada em um vibrante vestido festivo vermelho, meticulosamente bordado com ouro, a noiva estava diante dele.

Sem dúvida, ela não tinha cabeça, exalando uma aura de malícia e ressentimento profundamente enraizados.

Lumian seguiu meticulosamente o procedimento prescrito — utilizando o licor como um suborno, recitando a promessa contratual. Ele discerniu o preço exigido pela Noiva Sem Cabeça.

— Sacrifique um parente ou amigo.

— Obrigado pela presença, — Lumian murmurou com um sorriso irônico, concluindo a convocação.

Dessa convocação aparentemente infrutífera, ele colheu insights valiosos. Ele confirmou que Suborno exercia um grau de influência.

A exigência original da Noiva Sem Cabeça envolvia o sacrifício de um parente; no entanto, Bribe conseguiu expandir o escopo para abranger amigos.

A visão de Lumian então mudou para o Louva-a-Deus com Rosto Humano. Ele havia formulado uma frase de invocação: — O espírito vingativo que vagueia pelo vazio, um caçador adotando o disfarce de um louva-a-deus, um metamorfo adepto de vestir a aparência humana.

Em meio a um som sibilante peculiar, um imenso e translúcido louva-a-deus ciano emergiu do outro lado da porta ilusória.

Sua cabeça ostentava o semblante da juventude, bela e radiante, baixando inadvertidamente a guarda.

Sentindo a presença e o gênero do invocador, o louva-a-deus rapidamente se transformou em uma mulher resplandecente, vestida com um vestido de noite preto.

Zombando internamente, Lumian cumpriu meticulosamente toda a sequência: suborno, declaração e percepção.

O Louva-a-Deus com Rosto Humano delineou três categorias de oferendas, exigindo que apenas uma fosse atendida: — Órgãos reprodutivos do contratante; Capacidade do contratante de mentir1; Imolação do contratante na fogueira.

“Após o Suborno, as estipulações passaram por alguma flexibilidade, proporcionando uma ou duas escolhas adicionais. Esta entidade busca apenas uma única coisa — angústia humana… A primeira se alinha com sua malevolência para com os homens. Se eu fosse do gênero feminino, essa opção provavelmente não surgiria… A segunda corresponde a caluniadores e falsos acusadores, enquanto a terceira se alinha com a estaca que ele próprio suportou…” Lumian concluiu rapidamente.

Como um Piromaníaco, a terceira exigência não representava nenhum desafio grave. Por um lado, ele exibia uma resistência formidável às chamas e, por outro, suportar dor era seu forte.

Se essa escolha não existisse, Lumian pretendia desistir e, posteriormente, convocar vários seres espirituais comparáveis ​​mais tarde. Privá-lo do poder de mentir minaria significativamente suas capacidades, tornando a sobrevivência em um lugar como Trier implausível. Ele também não tinha certeza se seus órgãos reprodutivos retornariam às 6 da manhã após sacrificá-los; ele não queria correr o risco.

Sem demora, encontrou o Rosto de Niese que procurava no arsenal de habilidades do Louva-a-Deus com Rosto Humano.

— Niese era o nome do Louva-a-Deus com Rosto Humano durante seus dias de existência. A essência dessa habilidade pendia mais para a ilusão do que para a transformação corpórea. No entanto, na ausência de meios para anulá-la ou divindade, ver através da ilusão permanecia fora de alcance.

Nesta ocasião, a insígnia negra foi afixada no ombro esquerdo de Lumian, acompanhada por ondas de chamas vermelhas saindo de seus pés.

Imperturbáveis ​​pelas ações de Lumian, elas incendiaram suas vestes e carbonizaram sua carne.

Sensações reminiscentes, mas distintas de seu encontro com Susanna Mattise o envolveram. Um amálgama de tormento familiar e desconhecido percorreu sua consciência, assaltando seus sentidos.

Abandonando rapidamente seus pertences mais queridos, Lumian agarrou o broche da Decência na palma da mão.

A queima durou três minutos inteiros. A pele de Lumian carbonizou, suas roupas deixaram marcas de queimadura em seu corpo.

Para um Piromaníaco, tais ferimentos não representavam perigo mortal — eles mal se qualificavam como graves. Ele manteve a vitalidade para se preparar para a invocação subsequente.

— A entidade enigmática que vagueia pelo reino superior, uma massa de carne adornada com uma miríade de olhos, um participante dos reinos abissais dos pesadelos.

Enquanto a oração ressoava, uma criatura de carne e tendões rolou para frente através da porta ilusória. Cada fragmento de carne ostentava um olho branco, sua pupila velada em obsidiana.

Agarrando o frasco militar de alumínio branco, Lumian vacilou e ele caiu abruptamente em um sono profundo, enredado pela miríade de olhares.

Após um período indeterminado, ele voltou à consciência, percebendo que o ritual havia sido concluído por conta própria. O Mal de Mil Olhos havia recuado para o mundo espiritual, renunciando a um ataque genuíno.

“Fui forçado a dormir com uma mera visão. Comunicação é impossível… Além disso, esse nível de influência está além da proteção inerente do ritual…” Lumian exalou, pegando o relógio de bolso para verificar as horas.

“Felizmente, só dormi por alguns minutos. Ainda faltam uns três minutos…” Lumian se concentrou, iniciando de novo, invocando a Sombra do Grito.

— O espírito que vagueia no vazio, uma confluência de inúmeras sombras, o progenitor de gritos incapacitantes.

Mais uma vez, a misteriosa porta ilusória se abriu. No entanto, o que encontrou o olhar de Lumian não foi uma sombra anômala enrolada em uma bolha, mas uma silhueta nebulosa envolta em uma armadura preta como breu que lembrava escamas de peixe.

Diferente de todas as armaduras documentadas em jornais e revistas, este traje tinha escamas, cada uma semelhante a sombras em miniatura e contorcidas.

“Hmmm… O encantamento de invocação poderia ter sido impreciso, produzindo uma criatura espiritual parecida? Aparentemente, ele ostenta um grito incapacitante. Vamos primeiro avaliar as perspectivas de consolidar um pacto…” Lumian avaliou a situação e embarcou em outro ciclo de suborno, declaração e percepção.

A Sombra de Armadura estipulou uma oferenda: — Um tributo de sangue de dez ou mais vidas ou ouro equivalente a 100.000 verl d’or.

Cortesia do Suborno, os pré-requisitos exibiram leniência, exigindo que os sacrifícios fossem prestados em três meses. Não cumprir precipitaria a retribuição do contrato, uma potencialidade que englobava perda de controle ou, pior ainda, fatalidade.

“Uma soma de 100.000 verl d’or…” Lumian percebeu que isso era modestamente administrável, investigando assim a lista de habilidades e características da Sombra de Armadura para localizar o cobiçado grito incapacitante.

Enquanto vasculhava, descobriu uma habilidade com uma nomenclatura intrigante: — Feitiço de Harrumph.

  1. referencia a escravo das sombras kkkkkk[]
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