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Após a Gailas dizer isso, ninguém ousa falar absolutamente nada.

Olho para a inimiga com o olhar vazio, mas consigo sentir seu ódio distorcer o ar ao seu redor. Meio morto? Haha. Vamos é morrer de verdade agora.

Recuo com a Gailas para onde a Camidtra e o Rofrikdis estão e encaramos a inimiga em silêncio.

— Um dia eu colo sua boca — falo para a Gailas.

— Desculpa… — ela fala isso bem baixo.

— Vamos fazer a formação — eu mando

Com o ódio da inimiga crescendo cada vez mais, nos organizamos para enfrentar ela. Eu e o Rofrikdis na frente, e Gailas e Camidtra atrás.

A inimiga levanta seu torso. Consigo ver pelo seu peito que ela respira pesadamente, e suas sombras estão franzidas, quase que coladas umas nas outras. Seu olhar nos penetra como uma fera. Consigo até imaginar seus olhos como se estivessem pegando fogo de puro ódio.

Ela, em um instante, empurra a terra com uma força tremenda, que levanta ainda mais poeira que antes. Em um instante ela chega a minha frente. E a seu pé aparece em frente a minha visão. Consigo reagir rápido o suficiente para mover meu braço para pegar parte do impacto, mas é só isso. Assim que a perna dela atinge a lateral do meu braço, voo e rolo pelo chão.

CLACK!

Acho que meu pulso quebrou. Uma dor difícil de se mensurar sobe por todo meu corpo, só que rolo pelo chão e me levanto de novo. Isso não é nada.

Assim que levanto minha cabeça para a olhar, um punho logo aparece a frente do meu rosto. Felizmente, consigo mover minha cabeça para o lado no exato momento em que ele me acertaria.

Infelizmente, não consegui impedir ela de agarrar meu pescoço com esse mesmo punho e me puxar até ela e me dar várias joelhadas no abdômen.

A cada joelhada, o vômito queria sair do meu estômago, mas outra joelhada vinha e trazia ele de volta.

Um barulho alto e abafado é escutável toda vez que ela me atinge. As joelhadas são tão rápidas que nem tenho tempo de pensar na dor e já outra vem.

O Rofrikdis aparece atrás dela e a puxa pelo pescoço usando um mata-leão. Caio no chão após ela me soltar, mas ainda consigo ver a luta.

Com o Rofrikdis a segurando, a Camidtra aparece e dá vários golpes na inimiga imobilizada. De algum jeito, com uma força estranha, a inimiga consegue derrubar o Rofrikdis, que tem quase dois metros, o levantando usando suas costas e o jogando no chão.

BHOOF!

Ele e ela caem no chão. A Camidtra aproveita isso e dá um chute na costela da inimiga. Após o chute, a maníaca rola para o lado e se levanta com a base. Só que, de maneira silenciosa, a Gailas aparece atrás dela e soca a coluna da maníaca, que acaba tropeçando para frente.

Com esse tropeço, a Camidtra vê uma chance e chuta a cabeça dela, então a inimiga cai no chão.

A Gailas sobe em cima dela e soca várias vezes em poucos minutos. Mas, infelizmente, a maníaca consegue defender com os braços a maior parte do soco.

A Camidtra aparece correndo e chuta a cabeça da inimiga caída como se fosse uma bola de futebol. Não sei como, mas ela ainda continua acordada e se defendendo dos ataques. Uma pessoa normal morreria com esse chute.

Ela consegue fazer a Gailas sair de cima dela e depois recua enquanto segura a parte lateral da sua cabeça que sofreu o chute. Impressionantemente, o olhar de ódio dela ainda não parou. Então, em vez de fugir após receber tantos golpes, ela volta para sua postura de luta.

— Vão ficar aí deitados seus imbecis! — Após o grito da Gailas, me levanto e o Rofrikdis também e corro até as meninas, ficando ao lado delas.

— Aquela formação não vai funcionar, vamos tentar outra — fala a Gailas.

Dessa vez, formamos duas duplas, eu e a Gailas, o Rofrikdis e a Camidtra. Ficamos numa posição de “U”, na verdade, mais para frente um “V”, já que só somos quatro pessoas.

Logo após nos organizarmos, a maníaca vem correndo até nós a toda velocidade. A poucos passos, ela dá um pulo, uma volta no ar e usa o calcanhar como um martelo para acertar o Rofrikdis, mas ele consegue se esquivar por pouco.

Só que no momento em que ela encosta no chão, ela gira o corpo e usa um chute giratório, acertando a cabeça da Camidtra.

A menina dá um passo para trás como se fosse demais, felizmente, ela se ajoelha no chão e não desmaia.

A maníaca corre com tudo para continuar a bater na Camidtra, mas, de repente, o punho do Rofrkdis aparece à frente do rosto da maníaca com um cruzada. A nossa inimiga é freada e seu corpo vai para trás. Quando ela levanta a cabeça, seu nariz está escorrendo sangue. Ela enxuga com o punho e volta para sua postura de luta.

Ficamos na frente da Camidtra para proteger ela enquanto se recupera. A inimiga corre em volta de nós, como se estivesse nos analisando, ou tentando achar uma abertura. Também andamos em volta com a Camidtra no centro.

De repente, a inimiga para de correr e avança contra nós. Eu e a Gailas damos um passo para frente, formando um “U”, de três pessoas, que é eu e ela nos dois cantos e o Rofrikdis no vértice.

Só que dessa vez ele não ataca e recua de novo e volta a nos rodear . Então ficamos lado a lado novamente para proteger a Camidtra.

Parece que ela não vai querer atacar, por enquanto. Isso é bom para nós, já que nessa parte tem várias tropas nossas e alguma pode vir nos ajudar. Enrolar nos dá vantagem e é bom que ela fique indecisa em atacar de frente.

Ela para de andar. Fecha seus olhos e suspira. Começa a pular. Abre seus olhos e um sorriso. Então corre frenética até nós. Fazemos a formação, esperando ela.

Ela nos soca diretamente. Assim, eu e a Gailas damos uma joelhada nela e o Rofrikdis um chute frontal. Nós três a atingimos ao mesmo tempo, só que ela apenas fica parada no mesmo lugar e não se move.

A maníaca pega o cabelo do Rofrikdis e faz sua cabeça bater com a da Gailas. Ambas as cabeças se chocam fazendo um barulho como se pedras pesadas se batessem.

O Rofrikdis desmaia no chão ao lado da Camidtra. A Gailas segura sua cabeça com dor e a maníaca tenta atacá-la, mas pego no braço que ela ia dar o soco. Os olhos dela saem da Gailas e se movem para me encarar com ódio.

Ela coloca o braço que segurei o soco dela sobre seu ombro e tira meus pés do chão. Minha visão fica de cabeça para baixo enquanto ouço o barulho das minhas costas atingirem a terra.

Olho para cima e vejo a Gailas sofrendo um mata-leão e sua cabeça começando a ficar vermelha. Tento me levantar do chão, mas a dor que sinto em todo meu corpo não deixa. A cabeça da Gailas fica azul e seus olhos se embaçam. Ela vai morrer. Ranjo os dentes, porém, mesmo assim, não consigo levantar.

No meio de toda essa confusão, um barulho de folhas chama minha atenção. Vejo uma garota com um arco na mão caindo de cabeça para baixo de uma árvore. Ela solta a flecha, e acerta na perna da maníaca. A garota dá uma volta no ar e cai em pé.

Devido a flecha, a maníaca segura na sua perna com dor e solta Gailas, que cai no chão à minha frente..

— Hey, careca.

Percebo que a garota é a Demcis.

— Vocês estão fudidos demais.

A maníaca quebra e tira a flecha da sua perna e se levanta olhando para a Demcis.

— Ui, ui, que olhar de amedrontador. Até entrar em um rio congelado dá mais medo que esse olhar. Na verdade, o olhar do Morrigan quando ouso ciscar no casaco dele dá mais medo. Isso sim é um olhar amedrontador, parece que ele imagina em segundos milhares de situações em que poderia me dissecar. Mas não precisamos saber disso, não é?

Sem dizer nada, a maníaca corre até a Demcis como um animal. A menina vê isso e recua dando pulos para trás e desaparece entre as árvores. A maníaca para de correr, já que não consegue achar a garota.

— Sabe, não quero gastar minhas flechas logo agora, então por que não entrega seu totem e ficamos em paz? — A voz da Demcis aparece em um lugar diferente.

A maníaca corre até onde está a voz, só que ainda não consegue achar-lá.

— Acho que isso é um não. Que pena, essas flechas são caras e estou com preguiça de fazer outras. Então, posso fazer uma pergunta? — A voz aparece em outra parte.

Tenta de novo achar onde está a Demcis sem sucesso.

— Vou considerar isso como um sim. Assim, você prefere receber uma flecha no ombro ou na perna?

A maníaca desiste de procurar e volta até nós mancando. Ela para na frente da Gailas desmaiada, mas quando ia pegar no colarinho da garota, uma flecha atinge a outra coxa.

— Hey, hey, hey. Não toque na minha amiga, por favor. Eu gosto dela. Ah, como você não falou nada, deduzi que queria receber uma flecha na coxa, já que é um músculo maior e deve se recuperar mais rápido, eu acho…

— Apareça sua desgraçada! — grita a maníaca.

— Eu não. Sou fraca, não iria conseguir te derrotar de frente. Se bem que, você está com suas duas pernas sangrando feio, acho até que não preciso mais me esconder.

A Demcis pula de uma árvore e cai como uma pena no chão. A maníaca vê ela e corre, porém sua velocidade é infinitamente menor e a garota de arco apenas aponta uma flecha em direção a cabeça da outra. A maníaca para de andar.

— Pode entregar o totem, por favor? — pergunta a Demcis.

— Nunca. Atire essa flecha e pegue o totem por conta própria.

— Nossa… que isso. Parece até que estamos em uma batalha de vida ou morte. Mas acho que não vou precisar disso — Ela aponta para atrás da maníaca.

A maníaca se vira e dá de cara com a Camidtra, que dá um soco com toda sua força. A nossa inimiga cai no chão desmaiada.

Consigo me levantar, mesmo com toda a dor e vejo o Rofrikdis e a Gailas desmaiados no chão. A Camidtra vai tentar acordar o menino e vou até a menina. Balanço um pouco seu corpo até que ela acorda.

— Bom dia. — A Demcis se agacha ao lado da Gailas

— Ganhamos? — pergunta a Gailas

— Ganhamos — eu respondo animado, mas todo meu corpo dói e faço uma careta.


Ataco ele com o bastão, mas ele consegue desviar. — Aliás, meu nome é Uagid. — Ele me soca e desvio seu punho com o bastão.

Faço uns movimentos específicos de pés e ataco com a lateral do meu bastão nele. O Uagid bloqueia com as duas mãos.

Recuo um passo, levanto o bastão, dou um passo para frente e ataco como se fosse uma espada. Ele se esquiva por pouco. Não paro aí e dou outro passo e estoco. Dessa vez, atingo seu abdômen em cheio. Ele cospe saliva e recua mais.

Não deixo ele descansar e dou outro passo, fazendo um golpe na vertical e atingo seu ombro. Ele não tenta mais se defender ou esquivar, então viro meu corpo usando a inércia do bastão para acertar ele. Um barulho alto ressoa quando acerto seu antebraço que bloqueia o ataque.

— Você é bem rápido, deixa eu resp—

Sem conversa.

Viro meu corpo novamente e uso o mesmo golpe, só que do outro lado do seu corpo. E ele defende usando o outro braço.

— Você sabe que Interrom—

Faço um golpe que vem de baixo para cima e acerto no seu quadril.

— Deixa eu falar! Caralh—

Estoco em direção ao seu ombro, mas ele pega com uma mão no bastão. Tem veias pulsando na sua testa.

— Interromper os outros é falta de educação.

Esse cara não cala a boca. É só lutar em silêncio, não é algo difícil.

Solto o bastão e soco seu abdômen. Ele solta inconsciente o bastão no chão e pego ele.

Ele é bem forte no quesito resistência, já que ele aguentou todos os golpes que fiz nele. Até sua velocidade também, porque agarrou meu ataque. Ele não está usando toda a sua força.

Recuo alguns passos e ando na clareira observando ele. Atacar com velocidade não vai adiantar, preciso usar força. Ele é grande, então não deve ser muito rápido, pelo menos, não mais que eu. Talvez, até sua resistência pulmonar não seja boa. Posso tentar cansar ele, mas não sei se ele vai me seguir. Ele se irrita quando o ignoro, só que ele não parece impulsivo e ataca só por raiva.

— Você acabou?

Ele solta um suspiro.

— Sabe que usar uma arma contra alguém desarmado é covardia, né?

Não ligo.

— Que tal lutarmos punho com punhos?

— Não.

— Eh… imaginei. Tá, tá, estou vendo seu olhar que você só quer lutar e não me ouvir, então vou fazer o que você quer.

Ele coloca sua base de luta e seu olhar muda. Bato três vezes com o bastão no chão e corro até ele. Ele também corre até mim.

Giro o meu bastão no braço e acerto a lateral do seu punho. Seu soco avança rapidamente até meu rosto, então me esquivo para o lado e depois pulo para frente, dando um golpe na parte do lado das suas costelas.

Ele só ignora a dor e avança contra mim. Vários socos aparecem na minha visão, me esquivo da maioria e defendo alguns com o bastão. Recuo fazendo ele me seguir, até que, quando ele me soca mais uma vez, me agacho, viro meu corpo e acerto os seus joelhos com o bastão, porém, o grande corpo dele não se mexe nenhum centímetro.

Um chute me acerta no peito e eu vôo para trás, rolo algumas vezes no chão e me levanto. Olho para o rosto dele e ainda continua sério.

Sorrio dentro da minha mente e avanço contra ele. Por enquanto, não vai dar para fazer ataques fortes, então vou cansar ele primeiro.

Ataco ele de várias formas em uma velocidade absurda por todos os lugares. O silêncio é preenchido pelo barulho do bastão cortando o ar e de eu acertando seu corpo. A respiração dele começa a ficar ofegante.

Apoio o bastão no chão e uso ele como apoio para dar um chute alto e acertar o seu rosto, já que eu não conseguiria fazer isso normalmente com alguém da altura dele. O chute acerta o seu queixo, sua cabeça vira por alguns momentos. Volto para o chão e fico na posição principal da técnica.

O rosto sério dele muda e um sorriso aparece. — Faz tempo que não levo um chute no rosto. — Seu rosto volta a ficar sério e ele coloca a mão na frente do corpo.

Pego no bastão como se fosse uma lança e estoco para frente. Ele consegue se esquivar. Estoco de novo, só que de outro jeito e ele, mesmo assim, se esquiva. Uso o estilo de corte como se fosse uma lança e ele se esquiva. Tento outros tipos de golpes, mas ele continua se esquivando. Porém, percebo uma coisa, depois de um tempo suas esquivas vão ficando cada vez mais lentas. Ele está se cansando. Hora de usar a força.

Bato com a bastão no chão e avanço contra ele com ela ao lado do meu corpo. Vejo seu olhar surpreso pelo meu movimento e ele tenta recuar. Boto o bastão para trás do meu corpo e uso um movimento aberto com ela para o acertar.

Ohhhhhhhhhhhhh! Inconscientemente, solto um grito.

TOOOM!

O bastão acerta seu ombro com um barulho alto que até eu fico surpreso. Dessa vez, vejo ele reagindo com dor.

Estico meu braço e giro meu corpo, fazendo outro movimento aberto. O bastão acerta na sua costela e faz o mesmo tipo de barulho alto.

Faço uma sequência de movimentos abertos e consigo acertar todos. Olho para o antebraço dele e vejo vários hematomas roxos.

— Bom! Bom! Bom! — Um grande sorriso aparece no seu rosto e seu olhar muda completamente.

Uagid o nome dele, né?

O Uagid começa a me atacar sem se importar com as consequências. Não consigo achar nenhum jeito de infligir qualquer dano, mesmo que com esse estilo de luta tenha várias aberturas. Nesse tempo, apenas recuo desviando seus golpes com o bastão.

— Não gosto desse bastão. — Quando desvio um ataque, ele muda a posição do pulso e agarra o bastão, depois puxa ele com uma força que me faz ir junto. Para que eu não acabe sofrendo vários golpes, passo por entre as pernas dele.

Vejo ele jogando o bastão para longe na floresta. Depois tento procurá-lo. Olho para esse menino a quase dois metros e faço minha postura de luta.

Solto o ar pela boca, como sempre faz o Morrigan antes de lutar e foco nos movimentos dele enquanto espero ele vir até mim..

Quando um soco chega perto, me esquivo com o braço dele ao lado da minha cabeça e emendo um golpe nas suas costelas.

Recuo, chuto e soco várias vezes. Felizmente, nenhum golpe dele me acerta. Só de ver o punho gigante dele, percebo que poucos desses podem me nocautear. Não sei qual é a força em cada um dos seus socos, mas, com toda certeza, é o suficiente para ser um dos mais fortes nesse CT.

Continuamos a lutar, com eu desviando dos seus ataques e ele defendendo os meus. Depois de alguns minutos, sua respiração está pesada e ofegante. Mais golpes meus acertam e os dele ficam cada vez mais fracos.

Soco novamente na sua costela e continuo a socar nela e no seu abdômen, depois agarro seu corpo e dou joelhadas nele. Sinto ele cuspir sangue em cima de mim, porém, continuo a dar mais golpes. Até que ele consegue se soltar e eu recuo.

Vejo ele de longe em um estado precário. Sangue escorre da boca dele, sua respiração só piorou, e tem ainda mais hematomas. Provavelmente, se ele tirar a camisa, seu tronco deve estar roxo de tantos hematomas.

— É difícil achar alguém forte como você — ele fala. — Posso ver que você está usando seu máximo, mesmo com eu estando quase perdido. Não sei se é respeito ou vingança, mas, com qualquer um dos dois, já gostei de você. Mas, não pense que vou te dar o meu totem, você só vai pegar ele no momento em que eu não puder mais levantar meus braços.

— Entendido.

Corremos um contra o outro mais uma vez. Meus golpes acertam ele cada vez mais, e sua situação só piora.

Ele se afasta, então corro até ele. Dou um grande pulo para frente e, quando meus pés encostam no chão, logo depois, dou outro grande pulo vertical onde giro meu corpo e acerto meu pé na cabeça dele.

Quando caio no chão, olho para o Uagid. Seus olhos virados para cima e seu grande corpo, como uma árvore, cai para trás.

Poeira levanta. Ando até seu corpo desmaiado e observo ele por um tempo até que pego o seu totem. Quando eu estava prestes a sair da clareira, lembro do meu bastão e volto para procurá-lo. Rapidamente o acho e volto a caminhar à procura de outros alunos, mas antes eu paro para descansar um pouco e pensar sobre essa luta.

Me sento no chão de folhas e galhos, então deito nele e olho para a copa das árvores com o sol entrando entre as folhas. Essa última luta exauriu todas as minhas energias. Vou descansar mais tempo do que pensei, meu corpo está pesado. Lutar contra alguém com força pura igual ele é muito cansativo. É pior do que lutar contra o Morrigan, que por pouco também é só força pura, se bem que, o Morrigan se especializa em velocidade e esse Uagid em força.

Consegui ver o que preciso melhorar urgentemente com essa luta. É a minha força. Tive que cansar o Uagid antes para usar os golpes que realmente causaram dano nele. Se eu tivesse força o suficiente desde o começo, a batalha já teria terminado mais rápido. Vou focar mais no meu treino de força a partir de agora, já que preciso melhorar esse aspecto. O Morrigan também pode me ajudar nisso, já que, não sei como, ele conhece vários exercícios, mesmo seu corpo podendo ser considerado sem treinamento. Deve ter sido alguém que ensinou esses exercícios para ele, como seu pai ou algo do tipo.

Outra coisa que preciso melhorar mais ainda é o combate corpo a corpo, depois que perdi o bastão tive dificuldades em lutar. Melhorei bastante treinando o Morrigan, porque isso me ajudou a reformular os fundamentos. Só que preciso melhorar os intermediários e avançados. Ficar no básico para sempre não vai me ajudar. O Morrigan me disse que meditar ajuda a conhecer os movimentos, não sei como isso funciona, mas posso tentar.

Passo mais vários minutos descansando, até que me levanto, mesmo com o corpo pesado, e continuo a procurar por mais alunos. Passo antes nos lugares de guardar os totens antes de ir, aí, finalmente, continuo a procurar por mais alunos. Caminho lentamente entre as árvores, e não mais correndo, já que não preciso me cansar ainda mais. Caminho com o som das folhas sendo pisadas no meu ouvido enquanto penso na batalha e que movimento eu poderia fazer melhor para tentar na próxima vez que lutar contra alguém assim.

Caminho até que acho um grupo. Eles gritam assustados quando me vêem, não entendo isso e passo a mão no meu rosto para ver se tem algo nele. Então, depois de passar, olho para a minha mão com manchas de sangue do Uagid. Deve ser isso. Depois limpo. Olho para onde os alunos correram e persigo

Olá, eu sou o Ender!

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