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Com a derrota do Maksi, rapidamente vencemos todos, e logo depois, caçamos aqueles que estavam escondidos. Depois de tudo isso, paro com o grupo do Dilliam, o do careca e o meu em frente a um buraco escondido por folhas cheio de totens. Jogo o meu no buraco, e quase todos aqui fazem o mesmo, menos o Dilliam.

— Para que vamos fazer? — A Demcis me olha confusa.

— As regras são confusas. Não pode haver segundo lugar ou terceiro. Além disso, a competição só acaba quando todos os totens forem pegos, e não quero brigar agora com ninguém. — Me viro para eles. — Vocês querem?

Bem, mesmo não tendo segundo ou terceiro, acho que terá algum jeito dos outros ganharem moedas, pois a único maneira de ganhar elas é assim, e como os professores querem nos incentivar a usar-las, duvido muito que vão deixar alguém as monopolizar.

— Não, estou bem assim — fala a Demcis.

O Temmos aparece na minha frente e diz:— Se você quer isso, não há muito que eu possa fazer.

— Então, a competição acabou? — Demcis me pergunta.

— Não, tem mais uma pessoa que falta.

Chegamos no campo com os alunos, que estão bem machucados, nos olhando. Ignoro eles e ando até o canto da cabana, também ignorando o olhar perfurante do Maksi. Chegando à frente de uma janela, olho para dentro e bato no vidro. A maga se levanta com um livro na mão e me encara. Faço um gesto para ela vir, então a garota anda para a porta e depois sai da cabana. Esperando-a junto com meu grupo, ela anda até nós e entrega o totem para depois voltar para dentro da cabana sem dizer nenhuma palavra.

— Ela ficou o tempo todo dentro do quarto…? — Espantada, a Demcis olha a maga andar de volta.

— Provavelmente deve ter ido para a biblioteca também — eu digo.

O Dilliam ao meu lado fala: — E podia ficar aqui no campo?

— Não há nenhuma regra impedindo. — Observo o totem que ela me deu enquanto respondo ele.

— E ninguém roubou isso dela?

— Acho que ninguém pensou que haveria alguém com totem no meio de todo mundo. Além disso, se ela quiser, ninguém conseguiria derrotá-la.

Dilliam solta um suspiro.

— Pegue. — Jogo o totem da Hecatis para ele. — Você ganhou a competição.

— Obrigado, foi graças a você.

Depois de um tempo, em fila no campo, os alunos encaram em silêncio o treinador Kayatos. — Parabéns a todos que participaram. Foi uma batalha bem interessante de se ver. — Como estou na frente da fila com o grupo Dilliam e do careca, o olhar do treinador passa por nós. — Sem enrolar demais, vou falar quem ganhou. O único totem que falta é um com esse desenho.

O treinador mostra a parte entalhada para nós, então o Dilliam levanta o seu totem com o mesmo entalhe. Um sorriso aparece no rosto do treinador. — Venha. — Dilliam anda até ele e fica ao seu lado. — De acordo com as regras, o seu grupo é o vencedor.

Um professor aparece e entrega dez moedas na mão do Dilliam. Depois disso, o treinador nos dispersa após um discurso.

Ué…? Eles vão deixar as moedas serem monopolizadas? 

Sigh…

Solto um suspiro. Esqueci que eles querem ver um caos aqui. Por que isso? Eles são sádicos, ou tem algum outro motivo? Bem, não ligo.

— Morrigan — Temmos me chama.

Olho para ele.

— Você conseguiria vencer o Maksi sozinho?

— Acho que não. Por quê?

O Temmos encara seu bastão e suas mãos, e fala: — Também acho que não…

Uma mistura de emoções aparece nos olhos dele. Algo entre determinação e tristeza. Não sei dizer ao certo, mas sei que agora ele vai começar a treinar mais pesado. Se isso for possível.

Ando para a cabana. Essa competição esgotou parte da minha energia. Vou ficar descansando até de manhã, já que o treinador disse que estamos livres o dia todo.

Sigh…

Solto outro suspiro ao sentir um olhar penetrante em mim, de novo. Só quero ficar em paz… já perdeu para mim, tecnicamente, duas vezes. Era para ele me deixar descansar por um momento. Isso é chato.

— Morrigan — a Demcis me chama enquanto toca no meu ombro. Me viro para ela e a vejo apontar o dedão para algum lugar. Um grupo de alunos andam em minha direção, com o Maksi no centro.

A Demcis assobia para o Dilliam, e quando ele vê aquele grupo, também chama o seu grupo para ficar ao meu lado. Os alunos neutros se afastam de nós, mas ficam em um lugar em que possam assistir tudo. Uma divisão acontece no meio do campo. Praticamente, duas facções de algumas dezenas de pessoas se encaram. Comigo no centro. Um sorriso arrogante aparece no rosto do Maksi, sua cabeça levantada como se estivesse me desprezando, seus olhos abertos de ódio.

Por que agora?

Temmos e a Demcis ficam ambos ao meu lado. O Dilliam passa na minha frente e encara o Maksi, mas ele é completamente ignorado, porque o olhar do Maksi não sai de mim. Que fixação.

— Agora não tem nenhuma regra! Nenhum totem idiota para nos impedir de lutar! — grita ele. 

Ignoro ele e falo para o Temmos: — Como é sua impressão do estilo de luta dele?

— Hmm… como posso dizer…? Ele aprende rápido. Você deve ter percebido que ele estava usando seu corpo para eu não o atacar, mas não foi só isso que aconteceu. Se você não pegasse aquele totem, provavelmente, teríamos perdido. Ele estava se adaptando aos poucos ao nosso estilo, é como se fosse algo subconsciente dele. Ele é uma máquina de lutar.

Não consigo lutar de frente e não tenho planos para enfrentar ele. Posso pedir o Temmos para me ajudar, porém, tenho certeza que os capangas dele não deixariam, já que o Maksi quer me espancar sozinho. Bem… não é como se isso importasse.

Estou cansado disso…

Não entendo o que passa na cabeça dele. Não faz sentido. Nunca nos conhecemos, só esbarrei nele uma vez, bem, tecnicamente, o derrubei no chão também. Mas, isso não é o suficiente para causar tanto rancor. É alguma forma de descontar a raiva? Demonstrar dominância? Não consigo entender. 

Coloco as mãos no bolso de casaco que a Metys fez para mim. Olho para ele. Preciso lavar o casaco, está com algumas manchas de terra. Ouço gritos, os alunos começaram a correr uns contra os outros. Os vários passos fazem o chão tremer. Levanto a cabeça para ver o Maksi correndo até mim como uma besta. Um grande confronto acontece no meio, e eu acabo ficando para trás, já que não me mexi. Observo os alunos trocando socos enquanto tem o Maksi chegando cada vez mais perto.

Olho para todos brigando. Para que isso? Por que estou aqui? Me fortalecer? Do que isso adianta? Proteger minha família? Que família…?

Arrasto meu pé contra a areia para colocar atrás de mim, esperando ele chegar. Vejo um pequeno garoto correndo. Aquela besta de antigamente era mais feroz. Na verdade, acho que o guarda me dá mais medo. É como uma criança querendo brigar comigo. Mesmo assim, é uma criança que pode me matar com os punhos.

Solto o ar pela boca e contraio o abdômen. O barulho de gritos ainda continua, a confusão no meio também. Quando o soco do Maksi chega no peito, dou um pulo para trás com as mãos ainda no bolso. Encaro ele, consigo ver várias veias pulsando em sua testa, suas sobrancelhas franzidas e os lábios contraídos. Do que ele está com raiva? Não faz sentido ficar com raiva. E se faz, não consigo entender o porquê.

Continuo a me esquivar dos socos dele recuando para trás. Se eu continuar assim, ele nunca vai me atingir. Mas, não tem porque eu fazer isso. Depois de eu me esquivar mais uma vez, dou um grande passo para frente e tento chutá-lo. Infelizmente, não acerto e ele me contra-atacoa, atingindo minhas costelas.

Cansei de tudo isso…

Chuto a terra e poeira voa nos olhos dele. Enquanto recua e tira a poeira… eu não faço nada. Apenas observo ele. Minha vida não está em risco aqui, por que luto então? Autodefesa? Eu poderia correr e ninguém aqui me alcançaria. Assim sendo, não é autodefesa.

Vejo um vulto marrom escuro entre as árvores da floresta, como se estivesse me encarando. Preciso descansar, minha mente está fraca e descontrolada. Meus pensamentos estão vazando. Foque na luta. Esqueça o resto, ignore isso. Como se eu entrasse dentro de uma bolha, todo o som de gritos e briga somem. Só sobra eu e o Maksi, de novo, como aconteceu na competição, porém, agora sem o Temmos para me ajudar.

Tiro as mãos do bolso e começo a dar pequenos pulos na ponta do pé. Coloco minha mão à frente do corpo e me preparo para a chegada do Maksi, que corre para mim. Foque no que a Demcis e o Temmos falou. Só um estilo de luta e sem lutar imprudentemente. Paro de pular e fixo meus pés no chão.

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Olá, eu sou Ender!

Oi, pessoal lindo. Turu baum?
Passando aqui para pedir desculpas pela falta de caps, mas voltando a programação normal, já que daqui a alguns dias estarei de férias :D

Mas, tirando isso, tenho uma notícia para vocês… O Corvão Vermelho está na Neox! Vão lá comentar um pouco para me ajudar 👉👈
Os caps postados aqui e lá vão ser publicados ao mesmo tempo, então não se preocupem ;D
Aqui o link: https://neoxscans.net/manga/corvo-escarlate

Ajudem seu pobre e lindo autor ❤️

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