Selecione o tipo de erro abaixo

Jack estava imerso em uma escuridão profunda, onde o silêncio absoluto fazia seu coração bater mais alto. Ele não conseguia enxergar nada, apenas sentir o frio cortante e o peso opressivo do vazio ao seu redor. A cada respiração, sentia o pavor crescer, apertando seu peito.


De repente, uma presença se formou na escuridão. Uma figura feita de sombras emergiu diante dele, alta e sinuosa, como se a própria escuridão tivesse ganhado vida. Seus olhos vermelhos brilharam na penumbra, centenas de pontos de luz que pareciam perfurar a alma de Jack. Ele tentou se mover, mas estava preso pelo medo, incapaz de sequer recuar.


A voz da criatura preencheu o vazio, um sussurro que parecia vir de todas as direções ao mesmo tempo:


— Eu protegi você, garoto… — A voz era fria e antiga, carregada de poder. — Agora, quero um pagamento.


Jack sentiu o gelo percorrer sua espinha. As palavras ecoaram em sua mente, repetindo-se como um sino distante. ´´Um pagamento? O que isso significa? ´´Um pagamento? O que isso significa?“ Tentando não demonstrar o terror que sentia, ele perguntou, a voz trêmula:

— O-o que você quer?

O ser se aproximou, os olhos vermelhos brilhando ainda mais intensamente. Sua presença encheu o espaço ao redor do jovem, e o frio ficou ainda mais soturno.


— Uma alma — disse a figura com um sorriso sinistro que se formou na escuridão, como uma fenda na noite. — Uma alma para pagar minha proteção.


O garoto prendeu a respiração. ´´Uma alma?“ A ideia girou em sua mente, criando um turbilhão de medo e dúvida. ´´Quem? De quem ele está falando?“ O pânico começou a tomar conta, e, em um impulso desesperado para ganhar tempo, ele sussurrou:


— E se… e se fizermos um pacto?


A figura de sombras inclinou-se, como se a sugestão tivesse despertado seu interesse. Os olhos vermelhos cintilaram, divertidos.
— Um pacto, é? — a voz soou, arrastada e pensativa. — Parece que está ficando interessante…


Jack sentiu um arrepio percorrer sua pele. Ele não sabia o que estava propondo, apenas que precisava evitar a menção a uma alma. O silêncio pesado voltou a preencher o ar enquanto a figura o observava.

— Um pacto, então… — continuou a voz, quase para si mesma. — Vamos ver até onde isso pode nos levar.


Ele estava paralisado, seu coração batendo descontroladamente. Como havia chegado a essa situação? Como sua vida havia virado de cabeça para baixo tão rapidamente? Suas mãos tremiam, e ele mal conseguia respirar. No fundo da sua mente, uma pergunta persistia, ecoando em meio ao medo:


´´Como foi que tudo deu errado?!“


ANOS ANTES:


Em um mundo cheio de mistérios e magia, haviam forças ocultas que se escondiam nas sombras, aguardando o momento de emergir. Entre as ameaças mais temidas estavam os demônios, criaturas de pura maldade que raramente se mostravam aos mortais. Durante séculos, acreditou-se que eles não passavam de lendas, mas agora sua existência começava a se tornar uma ameaça real.


No coração desse tumulto estava o Reino de Brystal, famoso por abrigar o maior número de casos relacionados a atividades demoníacas. Antes próspero, Brystal agora enfrentava uma crescente inquietação. Bruxos, há muito caçados e acusados de trazer os demônios ao mundo, eram, na verdade, os verdadeiros protetores da humanidade contra essas criaturas. Porém, o tempo os forçaram a se esconder, e muitos acreditavam que não existiam mais.


Estamos no ano de 1473 DA (Depois da Ascensão), um período onde espadas, feitiçaria e crenças antigas se entrelaçam em um frágil equilíbrio.
No norte de Brystal, encontrava-se o pequeno vilarejo de Vinterhavn, cercado por florestas densas e montanhas. Conhecido por seus invernos rigorosos, Vinterhavn era um lugar de habitantes desconfiados, sempre prontos para se defender de qualquer ameaça. Nos últimos meses, rumores sobre demônios vagando pelos bosques e se escondendo nas sombras tornaram-se cada vez mais comuns. O medo começava a tomar conta do vilarejo.


A vida em Vinterhavn era simples, mas a tensão estava sempre presente. Agricultores cuidavam de suas colheitas, ferreiros moldavam suas lâminas, todos cientes de que o perigo estava se aproximando.

— Há muito tempo, quando os invernos eram ainda mais rigorosos do que agora, e as noites pareciam nunca acabar, havia um caçador que vivia nas florestas ao norte daqui. Chamavam-no de Harker. Um homem solitário, que conhecia todos os caminhos ocultos e os segredos das criaturas que lá habitavam. Dizem que ele era o melhor caçador que essas terras já viram,


Uma noite, enquanto caçava nas profundezas da floresta, Harker encontrou algo estranho… um cervo. Mas não era um cervo comum. Seu pelo era branco como a neve, e seus olhos brilhavam com uma luz sinistra. Dizem que o cervo o encarou, e naquele momento, Harker sentiu um calafrio que subiu pela espinha, como se a própria morte tivesse posto a mão em seu ombro.


Contra o seu instinto, Harker decidiu caçar o cervo, pensando que aquele animal raro traria fortuna e fama — respirou em uma pausa dramática, — Ele seguiu a criatura por horas, até que finalmente a encurralou em uma clareira. Quando Harker puxou o arco para atirar, o cervo… falou.

“Não sou um cervo, mas um espírito da floresta,” disse o cervo, com uma voz que era como o vento entre as árvores. “Se me matar, trará uma maldição sobre si e todos aqueles que ama.” Mas Harker, cego pela ambição, não deu ouvidos. Soltou a flecha, que atravessou o coração do cervo.


Naquela mesma noite, Harker voltou para casa e encontrou sua esposa e filhos mortos, deitados em suas camas como se estivessem apenas dormindo. Sem que nada pudessem fazer, o chão estava encharcado de sangue. Quando Harker se aproximou, viu uma silhueta estranha, parecia um homem, porém ele tinha chifres. Nem deu tempo do caçador se defender e ele teve uma morte brutal e sangrenta — Tudo isso não passava de uma história macabra sendo contada por um velho para seus filhos adotivos, uma lareira acessa os mantinha aquecidos.


O silêncio que se seguiu foi quebrado apenas pelo crepitar do fogo. Sam recostou-se em sua cadeira, com um sorriso cínico.


— Mas demônios não existem. Isso tudo é papo furado, como vocês acreditam nessa história? — disse Sam, incrédulo com a ingenuidade dos garotos depois de contar essa história macabra.


— Eh, tio Sam? — O garoto mais velho estendeu a mão para fazer uma pergunta. — O que foi, moleque?


— Acho que o senhor não deveria contar essas histórias de terror para gente, logo antes de dormir — dizia com um tom de preocupação.
Sam bufou, balançando a cabeça.


— Ah, Erik, você já tem 14 anos, não? já é quase um homem! tem que parar com esse moralismo todo — constatou o velho de barba ruiva, enquanto gesticulava com as mãos.


— O que é moralismo?


— Não interessa.


— ah, mas não importa, meu irmão só tem 11 anos, ele vai ficar com medo e não vai conseguir dor…. — Enquanto isso, seu irmão, Jack, estava dormindo tranquilamente como se nada tivesse acontecido.


— Ele dormiu??? — Erik se questionou, surpreso com a cena.


— Parece que suas preocupações foram em vão. — Sam deu uma risada curta e carinhosa. — Boa noite, moleque. — Com isso, Sam se levantou e deixou alcova, que funcionava como um quarto aos irmãos, sendo iluminado apenas pela luz da lareira.


Enquanto fechava a porta atrás de si, Sam refletiu sobre os garotos que criou como seus próprios filhos. Agora, vendo-os crescer, Sam se sentia protetor, mesmo que não acreditasse nas histórias que contava. Afinal, para ele, os únicos monstros que existiam eram os criados pelo medo dos homens.


O sol mal havia se levantado no horizonte, mas a taverna “El Diablo” já estava cheia de vida. As chamas da lareira rugiam, espalhando um calor acolhedor pelo salão enquanto a neve caía lá fora, cobrindo as ruas de Vinterhavn com um manto branco. Jack e Erik Everest estavam ocupados servindo os clientes, seus passos apressados entre as mesas, equilibrando bandejas carregadas de canecas de cerveja espumante.


Jack mantinha um sorriso no rosto enquanto entregava as bebidas, sua expressão amigável ganhando a simpatia de todos. Seus olhos, um verde e outro azul, brilhavam sob a luz amarelada das velas, refletindo a energia que ele trazia ao lugar. Erik, um pouco mais sério, focava-se em manter tudo em ordem, ocasionalmente lançando olhares cautelosos para alguns dos clientes mais embriagados.


A taverna “El Diablo” era conhecida por sua atmosfera animada e acolhedora, atraindo visitantes de todos os cantos. Desde que Sam herdou o negócio de seu pai, há mais de 20 anos, transformou a taverna em um dos locais mais frequentados da região, conhecida por seu ambiente elegante e pelos bardos talentosos que sempre animavam as noites com canções e histórias.


Enquanto Jack passava entre as mesas, cumprimentando os frequentadores e distribuindo sorrisos, seus ouvidos captaram a voz áspera de Jones, um dos frequentadores mais problemáticos da taverna. O homem, já visivelmente embriagado, estava de pé, encurralando outro cliente contra a parede, o desafiando a resolver suas diferenças com os punhos.


— Ah, não, de novo não, — murmurou Jack para si mesmo, lançando um olhar de preocupação para Erik, que estava do outro lado do salão. Ambos sabiam o que vinha a seguir.


Dentro da cozinha, Sam estava ocupado preparando o almoço, resmungando para si mesmo sobre os ingredientes que faltavam e o frio que congelava até os ossos. Ele era um homem robusto, com mãos calejadas e uma expressão dura, mas seus olhos revelavam um brilho astuto. Assim que um dos ajudantes entrou correndo e o cutucou nas costas, ele sabia que algo estava errado.


— Chefe! Chefe! — exclamou o rapaz, tentando chamar a atenção de Sam, que continuava mexendo uma panela com vigor.


— O que foi agora? — Sam resmungou, sem desviar os olhos da comida.


— São aqueles caras, querendo brigar de novo, — o ajudante respondeu, seu rosto pálido de preocupação.


Sam parou de mexer a panela e virou-se, bufando de frustração.


— Aquelas crianças de novo? Já disse que aqui não é campo de batalha! — Ele largou a colher com um baque, limpando as mãos no avental. — Quem é o responsável dessa vez?


— Jones, chefe… Ele não quer parar, e… — o ajudante hesitou, percebendo que a fúria de Sam estava prestes a explodir.


— Aquele merda do Jones? De novo? — Sam deu um soco na mesa da cozinha, fazendo os utensílios tremerem.


— Sim… Ele já quebrou duas mesas e…


— Já chega. — Sam bufou, afastando o ajudante com um aceno brusco. — Vou resolver isso do meu jeito.


Sam marchou até o salão principal, seus passos ecoando pelo piso de madeira. A conversa na taverna diminuiu assim que os clientes perceberam a expressão de raiva no rosto do dono. Sam parou diante de Jones, que ainda estava intimidando o outro cliente, e cruzou os braços, encarando o encrenqueiro.


— Jones, — Sam começou, sua voz carregada de autoridade. — Quantas vezes eu já disse pra não causar confusão aqui? Você quer bancar o valentão, faça isso fora do meu estabelecimento.


Jones virou-se lentamente, sua expressão arrogante se transformando em um sorriso desdenhoso ao ver Sam.


— Ah, qual é, vovô? Vai me expulsar de novo? — provocou Jones, balançando-se de um lado para o outro, com o hálito cheirando a álcool. — Por que você não tenta me parar?


Antes que Jones pudesse reagir, Sam avançou com a rapidez de um homem muito mais jovem. Ele agarrou Jones pelo colarinho e, com um movimento ágil, desferiu um soco no estômago do homem, fazendo-o dobrar-se de dor. Com um segundo golpe, Sam empurrou Jones contra uma das mesas, que quebrou sob o impacto, e em seguida o arrastou até a porta, jogando-o para fora na neve fria.


Os clientes aplaudiram, alguns rindo, outros impressionados com a força do homem de 50 anos. Jack e Erik observavam tudo, Jack especialmente, com seus olhos heterocromáticos brilhando de admiração. Mesmo com o temperamento explosivo de Sam, ambos sabiam que ele faria qualquer coisa para proteger a taverna e as pessoas que ele considerava sua família.


— Velho Sam não perde a força, hein? — comentou Erik, sorrindo para Jack, que assentiu.


— Nunca subestime o velho, — disse Jack, sentindo um orgulho silencioso encher seu peito.


Enquanto o burburinho retornava ao normal, Sam voltou para a cozinha, ainda bufando, mas com um leve sorriso nos lábios.


Na tarde daquele mesmo dia, o sol começava a descer no horizonte, tingindo o céu de laranja e dourado, enquanto os irmãos Jack e Erik brincavam do lado de fora da taverna “El Diablo”. A neve fresca estalava sob seus pés, e o ar gelado fazia suas bochechas ficarem
vermelhas. As espadas de madeira em suas mãos refletiam a luz suave do fim da tarde, seus golpes ecoando em meio ao som tranquilo da floresta próxima.


Erik, sendo o mais velho, movia-se com a confiança de quem já tinha vencido inúmeras vezes. Seus movimentos eram firmes e precisos, uma mescla de força e agilidade. Jack, por outro lado, ainda estava aprendendo. Ele era rápido, mas às vezes deixava a impaciência tomar conta, fazendo-o atacar sem pensar.


— Erik, vem pra cima! — Jack desafiou, tentando esconder o nervosismo atrás de um sorriso confiante. Ele se aproximava do irmão, mantendo as mãos para trás, escondendo sua espada de madeira como se preparasse uma surpresa.
Erik arqueou uma sobrancelha, reconhecendo a velha estratégia de Jack. Ele balançou a cabeça, um sorriso irônico nos lábios.


— É sério isso? — Ele perguntou, sua voz carregada de ceticismo. — Será que perder mais de cem vezes não foi o bastante pra você?
Erik avançou, os passos seguros sobre a neve. Jack, esperando o momento certo, lançou sua espada para o ar, tentando pegar o irmão de surpresa. Era um truque que ele vinha praticando em segredo, esperando finalmente conseguir uma vitória sobre seu irmão. Mas o mais velho estava atento. Quando a espada caiu, Erik esticou o braço e a pegou no ar, em um movimento rápido e preciso, colocando a ponta da lâmina de madeira diante do pescoço de Jack.


— De novo? — zombou Erik, seu sorriso cheio de satisfação. — Desse jeito, vou ter que lutar de mãos vazias na próxima.
Jack olhou para a espada apontada para ele e, em um impulso de frustração, jogou-se de joelhos na neve. Ele socou o chão, os punhos afundando na superfície branca enquanto gritava de raiva.


— Droga! Droga! — Jack pensou consigo mesmo, sentindo-se um fracassado por não conseguir vencer seu irmão, mesmo depois de tanto esforço.


Erik, percebendo o desânimo do irmão, se aproximou e colocou a mão em seu ombro, uma expressão suave e compreensiva.
— Olha, Jack, — disse Erik, sua voz firme, mas gentil. — Na vida existem dois fatos: ou você ganha ou você perde. Se você ficar se lamentando como um perdedor, saiba que a vida vai te engolir. Não existe empate; empate é uma forma ridícula de dizer que ambos
foram vencedores, mas não… no fundo, no coração de cada um, só há um vencedor! Quando se empata, na verdade, ambos foram derrotados.


Jack levantou os olhos para seu irmão, a raiva em seu rosto lentamente dando lugar à curiosidade e à admiração. Havia uma sabedoria nas palavras de seu irmão, uma verdade que ele ainda estava começando a compreender. Erik tinha apenas 14 anos, mas já falava com a maturidade de um adulto, alguém que entendia que a vida era mais do que apenas vitórias e derrotas.


— Sei! Você fala isso, mas sempre é o vencedor! — Jack rebateu, ainda ressentido, mas com um toque de respeito na voz.
Erik sorriu e se ajoelhou ao lado do irmão mais novo, segurando o rosto de Jack com uma das mãos.


— Irmãozinho, você está com a mente fechada. O vencedor não é aquele que simplesmente derrota seu inimigo, mas sim aquele que cumpriu com seu propósito, sua promessa, aquele que realizou seu objetivo. Mesmo que perca, caso tenha salvado alguém, já pode considerar uma vitória! — Erik explicou, seus olhos azuis brilhando com convicção. — Não é só sobre ganhar a luta, Jack. É sobre o que você aprende com ela. É sobre ser forte o suficiente para se levantar e continuar lutando, não importa quantas vezes caia. O verdadeiro vencedor é aquele que nunca desiste do que acredita.


Jack ficou em silêncio, absorvendo cada palavra. Ele olhou para o chão coberto de neve, sua respiração saindo em pequenas nuvens de vapor. Então, finalmente, levantou-se, enxugando as lágrimas que haviam escorrido sem ele perceber.


— Você está certo, irmão. — Jack disse, a voz suave. — Eu não preciso ganhar para vencer. Só preciso continuar tentando.
Erik sorriu, um sorriso cheio de orgulho. Ele puxou Jack para um abraço breve e apertado.


— Isso mesmo, irmão. — Erik respondeu, acariciando os cabelos de seu irmão mais novo. — Continue tentando, e você verá que, às vezes, o maior adversário que temos é nós mesmos.


O jovem Everest assentiu, os olhos brilhando com uma nova determinação. Naquele momento, ele prometeu a si mesmo que, independentemente do que o futuro trouxesse, ele sempre se levantaria, sempre lutaria. As palavras de Erik ficaram gravadas em seu coração, um lembrete constante de que a força verdadeira vem de dentro.


— Obrigado — murmurou, olhando para o irmão com um novo respeito.


4 ANOS DEPOIS:


Morte, medo, sangue… Essas palavras martelavam a mente de Jack, enquanto ele corria pelas ruas estreitas e escuras de um vilarejo. O ar estava carregado de fumaça e cinzas, sufocante como se quisesse roubar-lhe o fôlego. O calor das chamas ardia em sua pele, fazendo seus olhos lacrimejarem e sua garganta queimar. Suas botas afundavam na lama ensanguentada, deixando pegadas misturadas com suor e desespero.


À sua volta, as casas de madeira eram engolidas pelo fogo, suas estruturas ruindo com estalos sinistros, liberando brasas que dançavam no ar noturno. O céu, antes salpicado de estrelas, agora era um inferno ardente, iluminado pelas labaredas que pareciam devorar até a própria noite. Árvores secas e mortas se erguiam como sombras retorcidas, seus galhos secos ardendo como tochas macabras.


Os gritos eram uma cacofonia de horror, vindo de todos os lados, um som que atravessava o peito do garoto como facas. Eram os gritos dos moradores do vilarejo, suas vozes misturadas de agonia e pavor, chamando por ajuda, implorando por misericórdia. Ele tentou
tapá-los com as mãos, mas era inútil; os gritos se enraizaram em sua mente, como um lamento que nunca acabava.
Jack sentiu um calafrio percorrer sua espinha, e em sua mente, apenas uma pergunta ecoava:


Como foi que tudo isso aconteceu?

 

NOTA: OBRIGADO POR ACOMPANHAR! SIGA SEUS OBJETIVOS.
– LUIZ FELIPE (LF)

Picture of Olá, eu sou LFzin!

Olá, eu sou LFzin!

Comentem e avaliem o capítulo! Se quiser me apoiar de alguma forma, entre em nosso Discord para conversarmos!

Clique aqui para entrar em nosso Discord ➥