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As nuvens cinzentas cobriam o céu, lançando uma sombra sinistra sobre a paisagem montanhosa. Ryuu guiava sua moto pelas trilhas rochosas, o eco do motor ressoando entre os penhascos. A atmosfera fria e úmida trazia consigo um senso de urgência, como se a própria montanha estivesse tentando alertá-lo de algo.

Enquanto acelerava pela estrada irregular, a mente de Ryuu trabalhava freneticamente. O que havia descoberto no templo pesava sobre seus ombros como uma carga invisível, mas inescapável. A Red Queen era muito mais do que ele havia imaginado, e seu envolvimento com a KairoCorp e seu pai criava uma teia ainda mais intrincada de mistérios. Mas o que o deixava inquieto era a presença da figura encapuzada, que continuava a assombrá-lo, uma sombra nos cantos de sua mente.

De repente, o dispositivo de Ryuu emitiu um som, indicando uma nova mensagem. Ele parou a moto, retirou o dispositivo e abriu a mensagem rapidamente.

“Você está se aproximando, mas ainda não sabe de tudo. Vá ao ponto marcado no mapa. Lá, encontrará mais respostas. E cuidado com quem está te observando.”

Novamente, não havia remetente. Apenas a coordenada de um ponto específico nas montanhas, um local que Ryuu ainda não havia visto. Ele analisou o mapa, registrando o destino e voltou a ligar sua moto, acelerando rumo ao desconhecido.

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A trilha que o levava ao ponto indicado ficava cada vez mais difícil de seguir. A vegetação densa tornava o caminho traiçoeiro, forçando Ryuu a reduzir a velocidade e a navegar com cautela. Ele sentia que estava entrando em uma área esquecida, um lugar onde poucos ousavam ir.

Após mais algumas horas de viagem, Ryuu finalmente chegou a uma abertura entre as rochas, onde uma antiga construção de concreto se erguia. Era visivelmente abandonada, as paredes quebradas e o teto parcialmente desmoronado. Parecia uma instalação militar ou científica esquecida pelo tempo, talvez mais um remanescente dos projetos da KairoCorp.

Ele estacionou a moto e avançou com cuidado, observando os arredores em busca de qualquer sinal de movimento. Algo sobre o lugar o deixava desconfortável. Era como se a própria terra ali estivesse envenenada pela presença de segredos antigos.

Ao entrar na estrutura, Ryuu viu que os corredores estavam em ruínas, cheios de escombros e móveis quebrados. O ar era denso e abafado, e os sons de pequenos animais ou talvez máquinas ainda ativas ecoavam por entre as paredes destruídas. Mas havia algo que capturou sua atenção: uma marca vermelha pintada grosseiramente na parede do corredor principal. Era o símbolo da KairoCorp, mas com algo a mais – um traço irregular abaixo do símbolo, como uma coroa inacabada.

Avançando mais fundo na instalação, Ryuu começou a explorar os laboratórios e escritórios abandonados. Ele encontrou papéis velhos e arquivos rasgados, mas nada de significativo… até que, em um dos laboratórios mais profundos, ele localizou um terminal ainda funcionando. A tela piscava fracamente, mas havia algo nela. Algo que Ryuu sabia que precisava acessar.

Ele se conectou ao terminal, rapidamente usando suas habilidades de hacker para navegar pelo sistema, que estava deteriorado e fragmentado. Em meio aos dados corrompidos, ele encontrou uma pasta que chamou sua atenção. Marcada simplesmente como “Red Queen – Fase Final”, a pasta parecia conter informações cruciais sobre o projeto.

Enquanto começava a transferir os arquivos para seu dispositivo, uma sensação estranha tomou conta de Ryuu. Ele sentiu que não estava mais sozinho. Instintivamente, ele desligou o terminal e se levantou, sacando sua arma. Seus olhos varreram o local, mas nada parecia fora do lugar, exceto por um sutil som de passos vindos do corredor.

Antes que pudesse agir, uma voz suave, quase sussurrada, ressoou no ambiente.

“Você está mais próximo do que imagina, Ryuu.”

Ele se virou rapidamente, apontando a arma para a origem da voz. Uma figura encapuzada estava no final do corredor, parcialmente coberta pela sombra. Seu coração disparou ao reconhecer a postura e o modo como ela se movia. Era a mesma pessoa que o havia observado no templo. A mesma vendedora que lhe entregara o chip.

“Quem é você?”, Ryuu exigiu, com os dedos firmes no gatilho.

A figura não respondeu de imediato. Ela apenas deu alguns passos à frente, parando a uma distância segura. O capuz cobria seu rosto, mas algo sobre sua presença parecia estranhamente familiar para Ryuu, como se ele já a conhecesse há mais tempo do que conseguia lembrar.

“Eu sou apenas uma peça neste jogo”, disse a figura, sua voz calma, quase enigmática. “E você, Ryuu, é a chave que pode libertar o tabuleiro.”

Ryuu franziu a testa, confuso e irritado. As palavras dela não faziam sentido, mas ele sabia que havia algo mais profundo por trás do que ela dizia.

“O que você quer de mim?”, perguntou ele, ainda apontando a arma.

A figura abaixou o capuz, revelando um rosto jovem e misterioso, uma mulher de olhos penetrantes que transmitiam tanto segredos quanto tristeza. Ryuu prendeu a respiração ao ver seu rosto, tentando lembrar de onde a conhecia.

“Por agora, eu apenas o estou guiando”, ela respondeu. “Mas no momento certo, todas as suas perguntas terão respostas. Apenas lembre-se… nem tudo é o que parece, e nem todos os inimigos são realmente seus adversários.”

Antes que ele pudesse reagir, a mulher se virou e começou a caminhar de volta para a escuridão do corredor. Ryuu a seguiu por alguns passos, mas quando chegou ao final do corredor, ela havia desaparecido.

Ryuu sentiu uma onda de frustração, mas também uma nova determinação. Ele sabia que essa mulher estava profundamente conectada ao mistério que cercava a Red Queen e a KairoCorp. E agora, mais do que nunca, ele precisava descobrir como.

Ele olhou para o terminal novamente, lembrando-se dos arquivos que havia baixado. Havia mais para explorar, mais respostas escondidas nas profundezas da montanha. E, sem dúvida, essa misteriosa figura encapuzada apareceria de novo, trazendo com ela mais segredos do que ele estava preparado para lidar.

Com o dispositivo seguro e suas armas preparadas, Ryuu saiu da instalação, pronto para enfrentar o que viesse a seguir.

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Olá, eu sou Zara Phoenix!

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