Main St
Ignorei o caos que tomava a rua, apesar do pânico que se alastrava pela cidade. Meu desejo era apenas encontrar Benjamin, agora à mercê das garras geladas de Klaus Fritz. Não podia me permitir distrações, mesmo com os Mephistos ameaçadores ao redor. O tempo se esvaía em uma espiral torturante, e o medo crescia a cada momento que passava.
Empreguei o melhor de meu esforço e agilidade para fugir das garras assassinas. O sucesso em minha fuga dependia unicamente do meu instinto de sobrevivência, de uma inteligência detalhada e de uma necessidade avassaladora que me impulsionava.
Meu instinto conseguia discernir oportunidades mesmo nas situações mais adversas, como se estivesse observando através de um buraco de fechadura.
Diante de mim, um caminho de fuga se abria através de uma pilha de veículos abandonados. Sem hesitar, pulei sobre um carro destruído, utilizando seu teto amassado como apoio.
No momento seguinte, me agarrei à lateral de um ônibus tombado, cujas janelas quebradas eram testemunhas silenciosas do caos predominante.
Ergui-me, ficando em pé sobre o teto inclinado do ônibus. A paisagem de uma cidade em ruínas se estendia ao meu redor, enquanto eu controlava minha respiração diante da ameaça iminente que se aproximava.
O teto irregular sob os meus pés vibrava em resposta à perseguição, mas, por enquanto, eu estava um passo à frente.
— Pra onde ele tá? Merda, sou muito burro! — A afirmação escapou-me dos lábios num sussurro autocrítico. — Tenho que dar um jeito de encontrá-lo de novo.
O sabor amargo da frustração pairava no ar enquanto eu encarava a realidade da minha falta de cuidado.
— Se eu não conseguir encontrá-lo, espero que…
Houve um distúrbio que sacudiu o veículo, juntamente com uma sinfonia frenética de tentáculos e brados agudos. Foi só então que reconheci que se tratava de uma infestação de Mephistos.
Observando de cima, vi que algo impudente estava usando seus tentáculos para se agarrar tenazmente à estrutura do veículo.
— Que se foda, eu consigo sim.
Não havia tempo para lamentações, mesmo que a irritação comigo mesmo estivesse crescendo. Era necessário recuperar o tempo perdido, superar minha negligência e descobrir como lidar com a desordem caótica à minha frente.
Movi-me rapidamente para mirar no Mephisto invasor, canalizando meu anseio em um chute decisivo. Com um grunhido, ele caiu ao chão, desestabilizado.
— Morre, diabo.
Prosseguindo com a busca, lancei-me para trás do outro veículo, fazendo de sua superfície uma plataforma de ação efêmera. Meus músculos se contraíram em movimentos fluidos, esquivando-me das investidas inúteis dos Mephistos, que se agarravam ao vazio do meu rastro.
Uivos ressoavam enquanto eu deslizava pela encosta, com o som de vidro se estilhaçando reverberando na cena caótica.
No extremo oposto, um Mephisto teve o seu destino selado por um acerto crítico do meu pé no seu rosto, deixando-o cruelmente amassado.
Rolei para o chão e continuei a minha fuga sem tréguas.
Um estrondo seco e ensurdecedor rasgou o ar, arrancando-me de qualquer pensamento que não fosse a urgência do momento. Meu coração disparou com o pressentimento, uma convicção visceral de que Benjamin estava na zona da explosão. Sem hesitar, lancei-me naquela direção, como se minha própria sobrevivência dependesse de encontrá-lo a tempo.
Os Mephistos deslizavam entre os veículos abandonados como serpentes prontas para dar o bote.
Um deles saltou ferozmente sobre o teto de um carro. Não hesitei – meu corpo reagiu instintivamente, desviando para o lado, e com o impacto ensurdecedor, o Mephisto, vencido por seu próprio impulso, caiu pesadamente no asfalto, com seu rosto monstruoso se chocando contra o chão.
Mais à frente, uma sombra imensa se ergueu – era outro Mephisto, esticando seus músculos com força extraordinária para levantar um carro como se fosse pouca coisa. Rugindo a pura fúria, ele arremessou o veículo em minha direção, como um projétil de metal girando fatalmente no ar.
Corri com os pés mal tocando o chão, como se o tempo se dobrasse ao meu redor. No último instante, lancei-me ao asfalto. O carro passou zumbindo por cima de mim, com o rugido do vento e do metal roçando-me.
— Merda. — A palavra escapou entre os dentes cerrados. O suor escorria pelo rosto, os pulmões queimando com cada respiração rápida.
Olhei ao redor – não tinha como seguir em frente, não com aquelas coisas me caçando implacavelmente. Eram muitos. Levantei rapidamente e voltei a correr na mesma direção pré-estabelecida.
“Preciso pensar rápido, agir mais rápido ainda…”
A preocupação pendia como chumbo sobre minha mente, mas logo se dissolveu na pura necessidade de sobreviver.
— Essa energia é, por natureza, repulsiva. É como se o universo estivesse reagindo a essas emoções, tentando afastar o que as causou.
As palavras de Mikael voltaram à minha mente com a nitidez de um tiro no silêncio. A convicção em sua voz, que naquela hora parecia distante e teórica, agora se tornava meu único fio de esperança no meio da devastação que me cercava.
“É isso, vou tentar a sorte. Que funcione.”
Eu estava ciente do risco, do perigo oculto que habitava as forças que eu estava prestes a controlar. Manipulá-las era como tentar domesticar uma tempestade em meio a um campo minado. No entanto, com o cerco dos Mephistos, cuja presença sinistra era semelhante à de predadores no ar carregado de fuligem e fumaça, a hesitação não era uma opção.
A terra tremeu sob meus pés, vibrando com a proximidade deles, enquanto o pavor me perseguia.
Girei bruscamente, com a ressonância do vidro estilhaçado reverberando à medida que meus passos esmagavam os fragmentos espalhados pelo asfalto. Estendendo meu braço, senti a energia negativa pulsando tumultuosamente ao meu redor. Fechei os olhos, inalando profundamente, enquanto os momentos se estendiam pelo que pareceu ser uma eternidade.
“Funcione… por favor, que funcione!”
Então, uma explosão ensurdecedora rasgou o ar, um estrondo que sacudiu as estruturas restantes. Abri os olhos e vi, com um misto de alívio e horror, que toda a área à frente havia sido dizimada, deixando um enorme buraco a vários metros de distância.
Os postes de iluminação estavam inclinados e quebrados, alguns pendurados perigosamente em fios elétricos expostos que faiscavam com energia residual. Carros destruídos estavam espalhados por toda parte, como brinquedos descartados. Alguns estavam completamente amassados, com tetos afundados e janelas quebradas, pedaços de vidro espalhados pelo chão como estrelas caídas.
Os veículos mais próximos da explosão foram arremessados pelo ar, caindo em cima de outros escombros e formando pilhas de metal que brilhavam à luz pálida da lua. Em alguns deles, vestígios de chamas ainda raspavam a pintura desbotada, enquanto colunas de fumaça preta subiam lentamente, fundindo-se ao ar saturado de fuligem.
As fachadas dos prédios ao longo da rua ofereciam um espetáculo igualmente desolador. Estruturas inteiras haviam sido destruídas, expondo os interiores abandonados dos edifícios.
E, finalmente, os vestígios da vida que um dia existiu ali. Uma bicicleta infantil esquecida, com seu vermelho vívido agora enferrujado e deformado, estava em um canto, com as rodas girando ao vento.
— Puta que pariu… O que eu fiz?
Uma sensação de apavoramento percorreu minha espinha, apertando meu peito em um nó sufocante. Eu me forcei a olhar para meu braço, ao qual agora pesava um estranho fardo. Lá estava ela, a mancha escura, espalhando-se como uma queimadura, mas pulsando com vida própria. O contorno da mancha tremia suavemente, como se tivesse se enraizado em minha pele, consumindo algo de dentro para fora.
Meu coração batia de forma irregular, lutando para acompanhar o turbilhão de pensamentos e emoções que se alastravam como uma tempestade.
— C-cacete…
Era como se o poder que eu havia convocado deixasse sua marca em mim, e fosse um lembrete sombrio do ato que eu acabara de cometer. Esse poder não era apenas uma força externa; estava enraizado em meu ser, incorporado em minha carne como uma maldição.
No fundo, honestamente, o que realmente me aterrorizava não era a ruína que me cercava ou os inimigos. Era a dura e terrível realidade de que, naquele instante, eu não reconhecia mais a pessoa que havia se tornado capaz de tal façanha. Pior ainda, eu temia o que mais essa nova versão de mim poderia fazer.
— C-certo, foda-se! Não posso parar!
Minha rota de fuga conduziu-me a um trecho escuro. Chamas agitadas dançavam entre os restos incinerados, sendo o único ponto de luz, um brilho infernal sobre o caos. À medida que me aproximava, o calor das brasas acariciava minha pele.
Imediatamente à frente, uma sensação terrível tomou conta de mim, seguido por um calafrio amaldiçoado que percorreu minha espinha.
A visão de Lewis caído no chão me jogou num abismo de medo e descrença, fazendo-me duvidar da realidade que se desdobrava perante meus olhos.
— Não… Isso é sério?
Caminhei em direção a ele, dando tempo para que meus olhos se aclimatassem à pouca luz para que eu pudesse inspecioná-lo mais de perto. Naquele momento, percebi seu estado físico terrível, que incluía feridas e manchas roxas por todo o corpo. Ao examiná-lo mais apuradamente, vi uma incisão exposta severamente marcada em seu peito, de natureza grave.
Enquanto eu procurava freneticamente por explicações para a catástrofe à minha frente, o mistério em torno dessa ferida escura só me deixou mais inquieto.
— Que merda cê fez pra acabar assim?
Lutei muito contra as tentações e o desejo de aceitar essa dura realidade. Estava decidido a obter maior controle sobre minhas emoções em vez de ceder às tristezas passageiras da vida.
No entanto, essa negação era apenas uma ilusão, um véu que tentava esconder a verdade evidente. Era como tentar bloquear o sol com as mãos; uma batalha fútil desde o início. Ainda assim, eu precisava elaborar um plano. Foi então que tive uma ideia.
— Ei, ei! — Bati desesperadamente as palmas contra minhas têmporas. — Eu sei que você tá ouvindo, então, por favor, cure ele! Cê é capaz disso, né?!
O eco do meu apelo desvaneceu-se no ar enquanto o cenário de destruição aguardava uma resposta. Um minuto interminável passou antes que ele quebrasse o silêncio:
— Não. Não é do meu interesse.
A capacidade de curar era uma prerrogativa de poucos – uma dádiva que poucos mereciam, e ele não tinha qualquer preocupação com isso.
— Tá de sacanagem?! É só uma coisa que tô pedindo! Olha, eu acredito que…
Parecia estranho dizer, mas era necessário para convencê-lo.
— Uh… Que você não é como todas as outras criaturas por aí. Então, vai lá. Dá uma força, por favor!
— De onde você tirou isso? Moleque, você não me conhece de jeito nenhum.
Sua desconfiança era típica de alguém que se via como uma pessoa burra.
— Tá, tá, foi mal. Só que, no momento, eu preciso muito da sua ajuda, então farei o que você pedir, aceitarei qualquer acordo seu. E aí, pode?
— Você tem coragem de implorar por um milagre? — respondeu, com um tom de voz decepcionada. — Considerando as circunstâncias, concederei uma extensão compassiva de minha influência sob algumas condições. A primeira delas é que você arranque o coração dele.
— E-espera…
Isso só podia ser uma brincadeira de mau gosto, certo? Não tinha a menor ideia das intenções reais dessa coisa, mas o que ele pediu estava muito distante de ser normal.
— Claro que não, porra! Por que eu faria isso?!
— Neste mundo tão desigual, o que verdadeiramente importa é alcançarmos a vitória, afinal, para atingir nossos objetivos, é necessário sacrificar aqueles que se opõem a nós.
Meu corpo não parava de tremer, junto ao coração que palpitava aceleradamente.
— Não tenha tanto medo. Estamos apenas participando do jogo da vida, onde as regras são escritas com sangue e lágrimas. Para construir algo grandioso, às vezes é preciso quebrar alguns princípios.
Cada pensamento foi amplificado, ganhando um peso desproporcional, e a incerteza se transformou em uma densa névoa que obscureceu a clareza do momento.
— Deixe de lado essas noções frágeis de humanidade e moralidade. Todos estão flutuando em uma rede que se divide entre o que você chama de certo e errado.
Meus músculos ficaram tensos, minhas mãos se inquietaram ao mesmo tempo em que a respiração era uma dança desorganizada entre inalações rápidas e exalações bruscas.
— Todos não passam de fragmentos de matéria, tão frágeis quanto o vidro mais resistente. Agora, obedeça às minhas ordens. Caso contrário, você estará carregando um fardo ainda mais pesado em seus ombros.
Encarei Lewis com o olhar ainda transtornado.
— Muito mais pesado do que este morto.
Nos acordos rígidos de compromisso, os sacrifícios representavam mais do que mera automutilação ou confissão de pecados; eles também eram juramentos sagrados de lealdade a pactos já estabelecidos. Nenhuma criatura, humana ou demoníaca, se entregava ao sacrifício sem a expectativa de alguma forma de recompensa.
A idiossincrasia deste fenômeno se transformou em uma rede sutilmente organizada de interesses mútuos, na qual cada benefício obtido era, na verdade, pago por um sacrifício e uma troca de pedidos de ofertas, ocultos astutamente por trás da máscara suja de desejo.
Cada gota de sangue derramada dessa forma era um tributo a ser pago, selando para sempre o tratado feito. Mas agora eu me deparava com um dilema insuperável, com meu coração dividido em dois lados, entre a lealdade e a palavra prejudicial desse curso.
— Eu… não sei, cara. Isso é insano. Eu não posso simplesmente…
— Não há espaço para hesitação aqui. — Ele interrompeu. — Tome uma decisão agora. A escolha é sua.
Para conseguir salvá-lo, existia uma barganha em que o prêmio era uma moeda não identificada e o custo era expresso em termos de sangue e alma.
Meu coração estava batendo mais rápido do que a harmonia da música enquanto eu estava à beira da incerteza. Em minha vida, o certo e o errado eram indistinguíveis por uma linha tênue.
Cada opção apresentava um caminho em potencial para um destino incerto, uma incerteza e uma ameaça silenciosa pairando sobre minhas decisões que aumentavam meu terror.
Depois de um tempo, finalmente quebrei esse silêncio.
— Não! Nunca que eu faria isso!
— Eu já sabia.
— E por que…
— Foi sua estupidez que o fez acreditar nisso.
Imediatamente me dei conta de que estava absolutamente indefeso e desamparado, preso em uma terrível luta contra meu próprio sofrimento.
— O que é necessário pode parecer errado, mas, no final, é a única saída. Você aprenderá isso da maneira mais difícil, a menos que mude de ideia.
Seu comportamento descontraído despojou-os de todo luxo, respeito e dignidade, reduzindo-os à expressão mais estúpida possível.
— Não espere nada de mim.
A capacidade de assumir o aspecto mais vil da psique humana tinha um carácter horrível. A sua capacidade de imitar este abismo sinistro apenas serviu para acelerar a ascensão de uma era maquiavélica, deixando um rastro de pavor e desespero.
— Hey… — Minha voz tremia. — Você… está aqui para me ajudar, né?
Claro que não. A resposta eloquente a indivíduos que não merecem seu tempo ou atenção era o silêncio.
Quando ele acreditava que era necessário, eu o via dizendo aquelas palavras frias enquanto sorria zombeteiramente.
— Mas que porra!
Desferi uma enxurrada de golpes no chão, um após o outro, cuja ira fervilhava dentro de mim.
A força da emoção fez com que minha carne se rasgasse e meu sangue jorrasse, como se fosse um vulcão explodindo. A cada golpe, eu me sentia mais impotente contra o obstáculo, com a sensação de que estava enfrentando aquilo que me frustrava.
O ódio me consumiu com uma intensidade incontrolável, queimando violentamente em meu peito.
Eu transpirava intensamente, com os olhos inundados de lágrimas amargas e tristes diante do repugnante egoísmo daquela criatura. Confrontado com uma realidade cruel e negligente, senti-me perder o controle. Uma escolha impossível e inevitável se impunha diante de mim. Meus olhos cintilavam com um brilho que parecia capaz de incendiar o ar ao meu redor, em meio àquele surto de raiva descontrolada.
— Seu desgraçado, seu pedaço de merda! — disse, apertando intensamente os punhos.
As minhas pupilas dilatadas eram como fendas negras de um predador à espreita. Cada músculo do meu corpo estava tenso. Cada palavra era carregada de veneno. Cada grito era uma descarga de hostilidade incontrolável.
— Vou fazer você desaparecer, te expulsar desse lugar! Você não tem dignidade nenhuma de viver!
Meu rosto estava contorcido em um semblante de fúria, os lábios tremendo de raiva incontida.
— Eu te odeio de todo o meu coração!
O ódio ameaçava engolir-me e impregnar-se mais uma vez em cada fibra do meu corpo.
Uma força terrível me envolvia, como se a vontade dessa coisa perversa que me torturava estivesse se movendo para dentro da minha mente.
Senti o ódio irradiando de meu corpo, ecoando em minhas emoções e aparecendo como uma aura nebulosa, arrogante e julgadora.
Como se todo o meu corpo estivesse eletrificado pela raiva que me dominava, essa aura me envolveu a tal ponto que o vento parecia um abraço indesejado em minha pele, que parecia formigar.
A manchas que estava em meu braço expandiu gradualmente. Agarrei a coleira em meu pescoço, determinado a removê-la. A força que apliquei foi intensa o suficiente para fazer as veias de minhas mãos latejarem, embora minha tentativa tenha sido uma demonstração inútil.
— O nosso papel é separar o mal das pessoas para que essa espécie desapareça. Você, como um novo funcionário, tem esse dever agora. Você acha que consegue?
E essas palavras me lembraram de meus deveres na U. E. C. Meu desejo de vingança foi como uma pequena pedra jogada em uma piscina profunda de emoções conflitantes, intensificou o ódio e a raiva. Minhas esperanças e ideias foram obscurecidas por misérias, o que me fez sentir muito mais perto de enlouquecer.
Naquele momento, lutei com a ideia se deveria combater o mal que estava ao meu redor e resistir ao ódio.Eu tinha uma paixão ardente pela justiça que permeava cada pensamento, respiração e batimento cardíaco, e sabia que tinha de encontrar um método para direcionar esta força destrutiva para algo que pudesse realmente fazer a diferença.
Se não, o mesmo ódio poderia ser minha ruína e consumir todos. Com este esmagador obstáculo à frente, revisei os meus critérios, e apesar da diferença de altura e peso, forcei-me para erguer o corpo do Lewis.
Embora as fibras dormente dos meus músculos gritassem, a força que me restava dentro de mim tornou-se uma força crítica. Com o conhecimento de que era um pequeno preço a pagar pela oportunidade de salvá-lo, ignorei um gemido agonizante que escapou dos meus lábios.
— Espero que Raven esteja no carro. Vou te levar até lá.