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—Onde estou? Que lugar é esse? Não estou entendendo. Renshike, cadê você?— Ivan estava em um enorme breu escuro e vazio. Não era sequer possível enxergar o que estava à sua frente, A não ser sua mão, a estendendo a fim de ver até onde a sua visão alcança.

Flutuando em meio ao nada, era quase como se estivesse submerso em água, mas não dava para afogar-se.

“Isso é água? Como? Não sinto que é, e nem estou me afogando. Meio compreensível, já que eu morri… Eu acho, caralho. É isso que é o pós-morte? Uma caralhada de nadas?”

Retomando a sua exploração, Ivan continua a nadar, porem, Por nunca ter aprendido, seu deslocamento não foi tão efetivo. Tendo esperneado por alguns minutos e ter se movido por apenas cinco metros.

“Ok, eu desisto. Mas o que vou fazer aqui? Apenas existir? Não gosto dessa ideia, será que dá pra usar magia aqui? Irei tentar”

concentrando-se em sua mão direita, na tentativa de criar algo que possa iluminar aquela escuridão. Nada acontece, mesmo as que sempre utilizava para acender o fogão funcionavam.

Confuso sobre o que estava acontecendo, tenta mais uma vez nadar em meio ao nada, mas é atingido repentinamente por um projetil brilhante em seu braço direito.

—Sossega o facho aí, aguarda um momento. Você acabou de chegar e já quer sentar na janelinha?

Não sentindo dor, mas sabendo que foi atingido, escuta uma voz e a pergunta

—Onde estou? Quando sairei daqui?”—

Esboçando um riso, a voz responde calmamente —Você está na nossa fila de espera no além, ao longo do tempo que estiver aí, você irá despertando. Até ser capaz de ver tudo aí dentro.

Atento a essa informação, Ivan faz outra pergunta —Tá, talvez eu esteja entendendo um pouco, tá querendo dizer que só vou sair daqui desse inferno quando eu estiver “maduro”?.

—Hahahaha, boa piada cara. Aí é um paraíso comparado ao verdadeiro inferno, que sequer é esse o nome, o correto é noitosfera. E você de certa forma não errou, mas também não acertou— comentou a voz masculina que o falava.

—Você irá sair quando terminar de adaptar-se, embora no conceito filosófico seja a mesma coisa, mas não é— explicou a voz com um tom dominante no assunto, como alguém que explica muito bem o assunto que ama.

Ainda um pouco confuso, Ivan assimila um pouco das informações apresentadas —Cara… Você falou, falou e não falou nada. Mas talvez quem sabe, eu tenha entendido um pouco. O que tem de bom aí? Aliás, eu estou dentro de algo? Vai demorar muito para sair?

—Calma ahahahaha, você irá sair daí, é um aquário de almas. Todo dia às 9 da manhã vai vir um seletor coletar os que já se adaptaram, se você tiver bem pode sair ainda amanhã.

Curioso com a semelhança com o mundo humano, Ivan pergunta —9 horas? Da manhã? Amanhã? Como assim, aqui também tem horário? Caralho, que foda. Que horas são? 11 da noite?— expressou um sorriso alegre e esperançoso.

—Bem, agora são… 10 da manhã, e ele só irá voltar amanhã. Bons sonhos, e não deixe os bandidos e assassinos lhe morderem, eles podem transmitir corrupção, ou como você dizia, Doenças colocamos eles aí junto com você. Sabe como é né? Lotação aqui tá braba demais.

—Espera aí, doenças? Aqui? Bandidos? Me tira daqui rápido. Não quero morrer… De novo.

—Hahaha, você não vai morrer aqui, o sistema não vai deixar. O máximo que acontece é que seres oriundos do pecado como você, que era humano, sofrerão alguns efeitos. Como fraqueza, irregularidades e assim vai.

—Na verdade, é até bom que seja mordido, assim você se adapta mais rápido” tornou a voz em meio ao breu.

—Não sei se você sabe, mas eu morri lutando até a morte, a última coisa que quero é encostar em alguém. Além do mais, eu não vou deixar uma porrada de estranhos me morderem, só deixaria se fosse sei lá uma menina bonita. Não um bando de assassinos e ladrões.

Dando risada de suas conversas, a voz torna —Nem se for uma assassina da agência soviética de espionagem que usa uma calça legging justíssima? Chegou uma semana passada.

—Boa tentativa, mas a união soviética acabou faz 26 anos, além do mais. Aqui eu não ia sentir prazer algum, já que estou morto. Não é verdade?

—Hum, você entende rápido. Já percebeu até que os estupradores aí de dentro não fazem mais mal… Alguns poucos.

—O…K… Me tira daqui eu te suplico, quer o que de volta? Eu faço qualquer coisa só me tira daqui!

—Ei, barulhento, sorte sua que você está aí em cima. Se não eu teria te moído no soco faz tempo, bora, desça aqui agora.

—Parem com esse barulho, está nos perturbando— Algumas vozes expressaram-se do fundo do vazio. São aqueles que não tem forças para chegar ao alto e acabam por conformar-se no mais baixo nível.

—Então quer dizer que estou no nível mais alto daqui?— perguntou Ivan, já que não escutou nenhuma reclamação vinda de cima do aquário, logo, vangloriando-se.

—Sim, você está em um dos mais altos níveis… Na fila de espera para sair daqui—

—Você não me respondeu anteriormente, o que há aí fora?

—Há uma sociedade chamada Éden, um lugar onde as almas assim que forem julgadas e absolvidas vão, raramente alguém de novo chega.

Andando calmamente para algum lugar, encher um copo de água e a beber, o homem grande, branco e de cabelos negros prepara-se para dissertar sobre como funciona a entrada para o Eden.

—Quando chega uma assim é a cada 10 dias, teve uma que chegou ontem e já entrou, e outras duas que saíram. Até hoje não entendi como, mas foi de maneira legal. Mas o fato é que só essa semana entraram quatro, um tanto quanto incomum.

—Porra, uma das que saíram se chama Raylana? Se for eu talvez saiba o porquê.

Curioso, já que Ivan sabia o nome de uma das almas que saíram do Éden. Então, o concede mais uma vez a palavra.

Após contar tudo o que ocorreu, envolvendo Zareph e a magia que era capaz de trazer almas de volta a vida, a voz imediatamente tenta recordar-se sobre alguém chamado Zareph, mas nada o vem à mente.

—Bem, talvez ele seja algum sábio e que tenha aprendido alguma magia capaz disso, mas wondaofiu. Não parece ser uma magia pertencente a nossa vertente, mas é poderosa demais para ser humana. De qualquer forma, irei avisar aos meus superiores. Talvez eles não saibam disso.

Olá, eu sou o Igor Novachrono!

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