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Capítulo 101 – Pensamentos demais sobrecarregam. X


 

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No momento seguinte a isso, o estudante caminhou para o lado de fora da casinha de Tyrant, ele andou em direção a um ponto do rio que estava localizado bem à sua frente. Nessa hora, sua atenção foi voltada para o vasto céu estrelado por inúmeros pontinhos brilhantes em uma imensa escuridão, a coloração intensa em meio a um breu infinito — não importava o quanto olhasse, era incrível como todos os elementos pareciam juntar-se e formar aquela paisagem. 

Até mesmo os vagalumes próximos propagavam iluminação nas regiões mais próximas, tornando aquela cena perfeita em vários aspectos distintos. 

Terra macia, grande vegetação e planícies vividas, a paisagem em seu entorno era como uma enorme bosque encantado, isolado do mundo humano por séculos. 

Algumas horas atrás, a região estava normal. Sem brilho, aspecto. Mas agora, tudo parecia diferente de quando chegou, até mesmo a água do rio Nertyrem parecia reluzir a luz do luar. 

“Não pensei que seria tão bonito de noite…”

Ele exclamou rapidamente, logo olhou para a infinidade de estrelas que estavam sobre a sua cabeça. Ficou parado por alguns minutos. Observando. 

Sentou na grama e deixou seus pensamentos fluindo por instantes, as brisas de vento batendo em seu rosto enquanto refletia sobre a sua vida e os acontecimentos que o levaram a chegar ali. 

Quando terminou, prontificou-se em levantar e caminhar adiante ao rio. Ele colocou a palma da mão sobre a superfície da água, e sentiu uma frieza em sua pele. Pequenos arrepios foram sentidos. 

Ele hesitou inconscientemente, a água estava em uma temperatura mais fria do que ele pudesse imaginar. Parecia até mesmo blocos de gelo em uma geladeira. Embora o pensamento o desagradasse, ele se despediu e deixou as roupas próximas da lamparina que trouxe consigo, em cima de uma rocha rudimentar que estava ao lado. 

Ele se posicionou e mergulhou em um único arremesso. Seu corpo inteiro tremeu de frio com o impacto, mas o desconforto diminuiu em seguida, por conta da adrenalina que estava sentindo no momento. 

Era uma sensação estranha. As águas do rio estavam escuras, o estudante não conseguia enxergar o que estava abaixo dele, a impressão que dava era de medo.

“Que insano… Tomar banho nessa escuridão.Espero que não tenha nenhum bicho ou alguma criatura vivendo nessas águas…”

Disse em pensamentos, com o olhar inquieto para baixo, enquanto seu corpo tremia de frio — A esse ponto, ele poderia ser considerado um louco, caso alguém o visse no rio essas horas — embora estivesse relaxado, não dando a mínima para a opinião de outros.  

Em seguida, ele virou-se para olhar as estrelas mais uma vez. Talvez estivesse pensando na rotina que teve ao longo do dia, ou nos eventos estranhos que sucederam-se a isso.

Ele encostou as costas no gramado, perto de onde estavam suas roupas e a lamparina acesa. Colocou seus braços para trás de modo que sua a cabeça inclina-se um pouco para cima, podendo assim observar todo o céu que brilhava com as milhares de estrelas que pareciam em chamas, de tão brilhantes. 

“Hoje foi um dia realmente tenso e cansativo, espero que tudo fique bem, ao menos por agora. Queria ter mais tempo para curtir e ficar livre, mas essa situação de guerra parece que não vai se resolver tão cedo.”

—Ahrr.

Soltou um suspiro em desânimo, ainda a observar o céu. 

“Eu não sabia que essa tal de igreja Querpyn tinha tanto poder e influência no reino. Sendo honesto, preciso melhorar o quanto antes e tentar entender melhor sobre como a magia funciona nesse mundo. Ultimamente estou apenas usando o meu sistema para tirar vantagem da situação, porém não entendo nada sobre o conceito de magias e outros assuntos que estejam relacionados.”

“Além disso… acredito que preciso aprender a manejar uma espada, faz algum tempo que sinto que ficar dependente de uso mágico não vai adiantar nada.”

“Que coisa patética. Bem, espero que o Kazuki ainda esteja acordado para discutir sobre esse assunto. Pensando agora, ele estava meio estranho e foi para o quarto primeiro, a expressão em seu rosto parecia desnorteada.”

“Quando estávamos descendo a montanha para chegar no vilarejo, ele não demonstrou nenhum sinal de exaustão ou desconforto, mas estava tão acabado agora pouco. Ah, tanto faz. Devo estar pensando demais.”

Balançou a cabeça com o pensamento, sem entender o comportamento de seu amigo. Em seguida, preparou-se para mergulhar novamente, com o intuito de ignorar essas ideias sem fundamento e esvaziar a cabeça. 

Splashh. 

Logo após mergulhar, Rei voltou para a posição inicial em que estava. Cruzou os braços e os apoiou no gramado próximo, enquanto colocava sua cabeça em cima deles. A parte de seu pescoço para baixo ainda estava submersa em água.

— Ei, Elfina. Você está aí, certo? Apareça. 

Perguntou ele sabendo da resposta, com a voz direcionada para as peças de roupas próximas. 

— Oh, mestre. O que deseja? 

Ela respondeu após mudar sua forma física de livro para um ser pequeno com asas negras — a sua aparência assemelhava-se como uma fada, embora não gostasse de ser mencionada dessa maneira. 

— Existe alguma forma de fundir magias com o sistema de habilidades? 

(…)

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