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Capítulo 173 – Perfeito, Zash. X


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As palavras que saíram da boca daquela elfa foram completamente absurdas. Os elfos que estavam atrás dela abriram a boca e arregalaram os olhos, sem acreditar que ela tivesse cuspido aquelas palavras. 

“Você quer morrer?”

Esse foi o pensamento em uníssono que todos os outros elfos tiveram naquele momento, sem conseguir tirar os olhos do rosto pálido daquela elfa. 

— Você está doida, Zash? 

Círdan perguntou, ele não entendeu o ponto em que ela queria chegar. A atmosfera séria estava completamente arruinada, enquanto Rei e Kazuki observavam de longe aquela cena. 

— Você não disse que temos duas opções? Não acho que seja assim. Por que temos que escolher uma entre as duas opções, sendo que podemos escolher as duas ao mesmo tempo?

— O que você quer dizer com isso? — respondeu com outra pergunta Círdan. 

Nessa hora, Zash ajeitou o cabelo e o jogou para trás. Levantou as sobrancelhas como se estivesse fazendo um sinal de algo óbvio, em seguida colocou a mão na cintura. 

— Em que parte você não entendeu? Vamos deixar os refugiados com a patrulha do reino humano, então vamos criar outra barreira divina. Afinal, nem todos os refugiados podem ir junto com o reino humano, pois estão feridos e em péssimas condições. 

— Além do mais, não podemos abandonar o refúgio e ir para a capital. Os homem-fera de lá ficariam descontentes com a nossa presença. 

Assim que terminou com a explicação, todos os outros elfos concordaram com o ponto de vista de Zash, que anteriormente junto a opinião de todos e complementou em uma nova escolha. 

Círdan colocou uma mão em frente a boca e pensou no plano, em teoria fazia sentido, mas na realidade as coisas não eram simplesmente assim. 

— Tudo bem. Faz sentido até certo ponto. Mas e quanto a energia vital, mana e o tempo que demora para materializar uma barreira, o que vamos fazer? — ele expressou sua dúvida com certo receio que tudo pudesse dar errado e todos pudessem morrer. 

Caso algo desse errado, os monstros poderiam invadir o refúgio enquanto a barreira divina dos elfos estivesse em processo de realização. Quando o processo de realização começasse, ele não podia ser interrompido. Esse processo consistia em vários indivíduos juntando e compartilhando suas manas entre si para a criação de uma barreira, que cercaria uma área próxima dos conjuradores.

Não era uma técnica complexa ou difícil, mas dependia de uma quantidade inimaginável de mana, tempo e energia vital que poderiam ser retiradas de sua própria energia e tempo de vida. 

— Está de brincadeira? Energia, mana e tempo? Certo, vamos lá… podemos substituir a energia tirando a energia vital dos organismos vivos próximos, mas sem afetar suas vidas. A quantidade subtraída seria mínima, não teria nenhuma consequência. 

— O consumo de mana pode ser substituído quando se utiliza itens e objetos mágicos, o que temos em nossos cofres. Em relação ao tempo, é imperativo que comecemos a trabalhar nisso o quanto antes.

A elfa explicou calmamente e com maestria, em seguida ela disse todos os detalhes e complicações de cada singularidade. Embora a sua compostura fosse arrogância, ela sabia como agir e se adaptou com excelência na situação. 

— Kyaaa! Lorde Zash é incrível. — Uma elfa murmurou baixinho. 

└ Incrível! — concordou outro elfo. 

└ Não é à toa. Não esperava mais nada dela! Como uma deusa, ela me conduz… 

Após ouvir atentamente todos os pontos de Zash, Círdan abaixou a cabeça e analisou. Não importava o quanto pensasse, essa era a maneira mais eficaz de controlar a situação. 

Portanto, não demorou para ele aceitar o comando de Zash, permitindo assim que os refugiados fossem levados para a capital, enquanto os elfos terminavam a barreira sagrada. 

— Certo, não consigo achar um erro em seu plano. Vamos fazer como você disse, Zash! Independente do que digam, você sempre foi sagaz e sábia quando o assunto é estratégias — Círdan disse com um pequeno sorriso, levantando-se da cadeira. 

Ele então complementou seu comentário, após notar como havia uma dúvida no ar que não parecia desaparecer: — Em relação ao porquê da barreira cair… vamos encontrar o responsável disso depois. Temos que nos preparar agora! Vocês vão até o cofre para pegar os artefatos mágicos. 

Dito isso, os elfos saíram do cômodo e foram para o cofre. Então Círdan caminhou até Rei e Kazuki, que estavam apenas observando o desenrolar de toda aquela cena. 

— Peço desculpas pela demora, estava resolvendo as questões mais urgentes. Vendo como vocês ficaram observando, acho que a maioria das suas dúvidas foram resolvidas, certo? — indagou o elfo, com uma expressão relaxa no rosto. 

— Você tem ideia do que tenha acontecido? — respondeu Rei com outra pergunta. 

Houve um momento de silêncio. Círdan teve que se aproximar para contar baixinho as informações que obteve em sua última inspeção. 

— Não tenho certeza disso, mas… talvez tenha sido alguém da capital. 

— O quê? Está brincando?

Kazuki foi o primeiro a falar algo, seus olhos estavam chamejando em descrença. 

— Está dizendo que alguém fez isso propositalmente, mas com que intuito??

Rei não ficou por fora, então perguntou momentos depois, deixando os seus xingamentos de lado. 

Percebendo que estava sendo encarado fixamente, Círdan olhou para os lados e virou seu rosto rapidamente para os dois rapazes — como se estivesse inquieto por tê-los contado algo daquele nível. 

— Shhh! Falem mais baixo, alguém pode ouvir. 

Círdan, que olhava para Rei por uns segundos, com um estranho sorriso, declarou: — Eu disse que não tenho certeza, mas tenho as minhas dúvidas. A barreira divina sempre permaneceu firme, é improvável que um demônio ou que uma criatura destruísse ela facilmente, como se nunca tivesse existido. Improvável? Está mais para impossível. 

— Coisas assim não acontecem. Vocês fazem ideia que a barreira sumiu sem resquícios? Quando uma magia de alto nível é destruída ou é anulada, existem alterações nos campos de éter na atmosfera. Mas isso não aconteceu. Essa situação é ridícula! Os demônios não possuem um nível tão elevado de magia, isso quer dizer que alguém tenha causado esse evento propositadamente. 

Continua…

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