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Capítulo 185 – Competição? X.


❖ ❖ ❖

Assim que se deu conta da realidade, e a expressão que o homem-fera estava fazendo, o estudante comentou: 

— É a Mia, não é? Você quer se tornar imperador, mas tem medo que isso possa afetar a segurança dela. 

— Sim e não. 

Kazuki respondeu brevemente, dando um pequeno sorriso. A sinergia que sentia quando conversava com Rei era espetacular. 

Pela primeira vez em muito tempo, o homem-fera podia sentir confiança em mais alguém que não fosse seu falecido irmão. 

Depois que ele foi assassinado, o coração de Kazuki ficou preso no passado, ele não conseguia confiar em mais ninguém. Em seus nebulosos pensamentos, se até mesmo o seu outro irmão, que agora era imperador, traiu o seu irmão Theo, e o matou, quem ele poderia depositar suas esperanças e confianças? 

Todavia, após conhecer Rei e criar um vínculo muito maior do que a própria amizade ou companheirismo poderiam significar, seus pensamentos foram remodelados. 

— Você tem razão, eu tenho medo que a Mia se machuque. Além disso, ela é muito fraca, se você não tivesse salvo ela, o meu propósito de vida teria terminado a muito tempo.

Assim que ouviu as palavras que saíram dos lábios de Kazuki, o estudante arqueou as sobrancelhas e colocou a mão em seu ombro. 

— Cara, você está sendo muito negativo. Perder seu propósito de vida? Você ainda é muito novo para pensar assim. Sei que a Mia é realmente importante para você, ela também é para mim, mas esse não é o ponto aqui. Você deveria pensar em você! Você! Seu propósito e objetivos de vida deveriam ser impostos por você, apenas. Sei que você é responsável por ela agora, mas isso vai mudar no futuro. Ela vai se tornar independente e vai querer agir sozinha. Isso é normal. O que quero que você pensa é na sua própria felicidade, não quero que sua existência esteja simplesmente vinculada com a vida de outra pessoa. 

No momento em que expressou seu pensamento e o tornou realidade pela primeira vez, Rei sentiu-se orgulhoso. Nem sempre suas palavras correspondiam com seus pensamentos.

O homem-fera ficou tão surpreso com aquele comando que abaixo a cabeça, olhou então para cima e deu um pequeno sorriso.

Ele tocou a mão que segurava o seu ombro e apertou com carinho. Suas orelhas levantaram e seus olhos pareciam carregados de sentimento. 

— Você tem razão, Rei. Todos nós temos algum objetivo em nossas vidas, algo que queremos correr atrás. Não posso simplesmente deixar a minha felicidade de lado! Pensei que desejar isso seria demais. Obrigado!

Ele respondeu com um enorme sorriso de orelha em orelha.

Fazia um tempo que o estudante não via aquela cena, ele corou ao ver o sorriso com dentes branco de um homem bonito em sua frente. 

Rei ficou parado, seu nariz até mesmo escorreu algumas gotas de sangue enquanto não conseguia esconder o olhar obsceno em seu rosto. 

— Você está bem? 

Kazuki perguntou ao tampar o nariz de Rei com sua própria angola da blusa. 

— Não é nada não.

O estudante disse rapidamente, tentando distraidamente virar seu rosto para o outro lado. 

Nessa hora, antes que Kazuki pudesse finalizar o assunto que o estudante começou, Matsuno aparece. 

A única coisa que o rapaz pode perceber nessa ocasião era a mão de Kazuki nas de Rei.

— Matsuno?

O estudante perguntou ligeiramente surpreso, pois pensava que o homem estava planejando táticas de guerra e defesa com os outros oficiais. 

No entanto, assim que virou seu rosto para o local onde Matsuno antes estava, percebeu que não havia ninguém naquela região. 

O seu semblante nesse momento parecia dizer; “O tempo passou tão rápido assim, é sério?” 

O cavaleiro negro olhou para baixo, onde Kazuki e Rei estavam sentados. A única coisa que ele pôde ver nessa ocasião era a mão de Kazuki segurando as de Rei. 

Ele deu um pequeno sorriso de lado , mas que passava uma impressão muito assustadora. Em seguida, sentou-se ao do outro lado de Rei. 

O estudante olhou um em confusão, sem entender o que estava acontecendo. Ele só pode sentir os olhares de Kazuki e Matsuno sendo trocados, era como se os dois estivessem competindo por algo ou alguém. 

— Ah, então você também queria se aquecer. 

O estudante disse na inocência, visto como ele se sentou tão próximo. Além do mais, a fogueira era relativamente perto. 

— Eu gostaria de me esquentar bem mais do que você imagina. 

Ele disse, mas o garoto não entendeu muito bem e deixou esse comentário passar.

Enquanto isso, Kazuki não gostou nenhum pouco daquele comportamento rude e lançou um olhar ameaçador, seguido por sua aura. 

Todavia, o cavaleiro negro, em resposta, mandou um sorriso no rosto e em seguida virou-se para Rei.

— Deu uma confusão agora pouco, não? 

Rei indagou, para tentar melhorar um pouco a atmosfera. 

— Está falando sobre o vice-capitão? Não precisa se preocupar com isso. Ele é um soldado bem insubordinado ás vezes. 

Matsuno respondeu com um suspiro. 

— Pelo que vejo, seus soldados se parecem mais com você do que pensa. Eles não sabem os próprios limites.

Kazuki disse com um sorriso arrogante, mas logo em seguida acrescentou

— Estou brincando, você sabe. 

Após ver aquela audácia, Matsuno riu. Ele colocou as mãos no bolso e olhou para Kazuki com um olhar sarcástico em seu semblante. 

— Não são os homem-fera que não sabem os próprios limites? Afinal, o reino humano teve que intervir para ajudá-los.

Após ouvi-lo, o rosto de Kazuki tornou-se rígido. Ele não pode acreditar nas palavras que ouviu, mas esse sentimento logo diminuiu. 

— Não leve a sério, estava apenas brincando. Além do mais, não posso dizer esse tipo de coisa. Se todos os reinos não se ajudarem, todos vamos cair futuramente. 

Matsuno comentou após notar como estava agindo de uma maneira tão imatura — ainda mais em relação a um assunto tão problemático, que custou a vida de centenas de indivíduos inocentes.

Continua…

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