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(…) 

No momento em que deixou a armadura, elmo e cota de malha no canto do chão, o estudante pôde perceber os detalhes no rosto de Matsuno.  

Havia pequenos traços em seu queixo de uma barba mal feita, visíveis apenas por conta da luz do luar que batia sobre o seu rosto.

Seus olhos rubis pareciam se complementar perfeitamente com seus cabelos avermelhados. 

A sua figura era como a personificação de uma fera selvagem, com uma postura rude e grosseira.

Matsuno inclinou-se para o lado apenas para levantar um pouco a mão e concentrar a sua atenção o suficiente nos objetos à sua frente, ao ponto de que algumas gotas de água começaram a se formar na palma de sua mão.

Elas se juntaram rapidamente em um único ponto e caíram em cima da armadura, elmo e cota de malha que estavam no chão, limpando todas as sujeiras residuais deixadas pelo veneno dos demônios. 

Era como se uma torneira pequena estivesse sendo aberta nesse momento, sendo direcionado um fluxo constante da água em pontos específicos. 

— Você sabe magia? 

O estudante perguntou um pouco surpreso, desviando sua atenção inicial que estava fixada no corpo robusto de Matsuno. 

— Conheço alguns truques, mas não é nada demais se formos comparar com as suas habilidades, não acha? Pensando bem, eu fiquei bem surpreso com seu poder, garoto. 

Matsuno respondeu com um sorriso no rosto após virar-se para comentar, sua expressão estava bem relaxada, em contraste com toda a bagunça que havia acontecido a poucos minutos atrás.

— Eu sou bem forte mesmo. 

Disse em seguida Rei, aceitando o elogio e reafirmando a confiança que tinha sobre suas próprias habilidades. 

— Hahaha! Certo, certo. Eu gosto disso. Você certamente tem muita confiança, hein. Não prestei muita atenção no que estava acontecendo no campo de batalha antes, mas pelo que vejo seu amigo também tem bastante talento. Um verdadeiro guerreiro, não? 

O cavaleiro negro disse um momento depois, mas as palavras que saíram de sua boca pareciam dizer algo como: “Até que você não foi nada mal, hein. Ao menos não foi um peso morto”

Embora tivesse dito daquela forma, ele ainda estava o reconhecendo, ainda que não quisesse admitir complementamente. 

Ouvindo-o falar daquela maneira descarada, Kazuki virou seu rosto para o lado e encarou aquele cara que mais parecia, na sua visão, um “malditinho arrogante”. 

— Deve estar brincando! Eu não tenho apenas talento, manejo a espada desde que era uma criança pequena. Sou um veterano. 

— Oh? Então está dizendo que é velho se comparado comigo? 

Matsuno perguntou, dando uma pequena risada.

Assim que escutou aquele comentário, o rosto do homem-fera ficou levemente vermelho de constrangimento. A única coisa que pode fazer foi mover seu rosto para a outra direção, como se não quisesse mais conversar com aquele sujeito. 

— Hum! 

“Uau, ele realmente está agindo diferente do habitual.”

Rei pensou após notar a impaciência irritada na expressão de Kazuki.

— Ah, vamos lá, não fique com raiva. — Matsuno disse com certo sarcasmo, mas mudou o rumo da conversa novamente assim que ouviu um barulho pela região. 

— Não estamos em uma das melhores regiões agora. E, sendo sincero, esse é um péssimo lugar em questão de localização. Tirem a sujeira dos Tak’nas de suas roupas e fiquem alerta, pois precisamos voltar para o acampamento rápido. 

Matsuno tomou o comando de repente.

Como costumava sempre dar ordens e conseguir analisar a situação com precisão, os seus comentários eram confiáveis.

— Beleza, também não acho que essa seja uma boa região para ficar, cara — disse Rei, inclinando-se em seguida para falar com o seu companheiro. — Vamos tirar a roupa Kazuki, precisamos voltar ao acampamento. 

Rei comentou antes de levantar a camisa de seda que revestia o corpo e deixar visível sua pele. 

“Sério, eu não ligo para isso. Minha roupa sequer está suja direita, mas não quero arriscar pegar alguma doença, mesmo que eu tenha uma habilidade de cura…”

“Fazer o que, não posso arriscar. Só de pensar que o sistema não permite que minha cura seja usada quando estou no cio, me deixa puto e com raiva dessa merda.”

— T-tirar a roupa? Erh… se for só a parte suja, tudo bem… 

Kazuki disse surpreso, mas logo seguiu o exemplo do estudante e tirou a peça de roupa que estava usando naquele momento.

A sua camisa não estava com resquícios de veneno, mas por outro lado, a sua calça parecia encharcada na superfície por aquele líquido esverdeado.

Em um movimento rápido, tirou a calça deixando-a na grama e ficando apenas de cueca. 

Devido a isso, seu rosto ficou vermelho de constrangimento. Ele tampou uma parte de suas pernas despidas com a camisa que estava vestindo, puxando-a cada vez mais para baixo para disfarçar. 

Deixou a espada posicionada entre as pernas , para que os outros não pudessem notar aquela cena vergonhosa.

Nessa hora, repentinamente fortes brisas da noite passaram pela região e fizeram com que as folhas das árvores se movessem e caíssem por todos os arredores. 

Era quase como se a natureza estivesse mandando um sinal em meio aquela demonstração pequena de colisão do vento. 

O cenário à frente havia se tornado imensamente estranho, era um silêncio difícil de explicar em palavras. 

O som do vento batendo entre as árvores e um local infestado de cadáveres de demônios estava formado. 

Rei colocou a mão nos ombros por conta do frio, então virou-se para perguntar ao seu companheiro se ele estava bem. 

Contudo, antes que pudesse abrir a boca, ele percebeu que Kazuki estava agindo de forma bem diferente. 

A sua pose entregava tudo, a vergonha estava estampada no seu rosto enquanto algumas gotas de suor pareciam cair. 

Todos esses pequenos detalhes tornavam tudo ainda mais excitante, era quase como se Rei estivesse no paraíso vendo aquela cena. 

Ele abriu um grande sorriso no rosto, então Kazuki percebeu que o garoto estava olhando para ele. 

“Uhahahaha! Kya! Maravilha! Isso ai!!! Aí sim, porra.”

“Vendo você se agarrar assim na espada, não posso resistir em pensar coisas maliciosas.”

O estudante pensou, aproximando-se do homem-fera. 

continua…

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