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— Você deve estar fazendo isso de propósito, maldito.
O estudante disse em um tom travesso, poucos centímetros de distância de onde Kazuki estava sentado.
Ele sequer se importou se Matsuno estava olhando ou não, apenas agiu descaradamente como sempre fazia quando perdia o controle de seus sentimentos.
Pervertido.
Essa era a palavra perfeita para descrevê-lo nesse momento.
Ele tivera que agir da maneira mais grossa que pôde, para assim esconder tais sentimentos reprimidos que considerava vergonhosos.
Embora seu nariz quase estivesse ao ponto de sangrar ao ver aquela cena que nem em sonho conseguiria descrever.
Após notar a aproximação inebriante de Rei, Kazuki ficou cada vez mais vermelho. O homem-fera não conseguiu esconder a vergonha que estava sentindo, ou a agressividade nas palavras de Rei.
Ele agarrou a espada com força, com a outra mão tentou cobrir mais ainda a cintura com a camisa que estava usando.
A única coisa que Kazuki via nesse momento era um garoto que aproximava-se cada vez mais de onde ele estava sentado, com uma bela boca suja e um sorriso levado no rosto.
— Uh, humm…
— Eu… não sei do que você tá falando.
Kazuki respondeu na defensiva, mas de repente sentiu a mão do estudante sobre a sua perna.
A sensação quente do toque do estudante em sua pele o deixou estupefato e imaginando o que o garoto poderia fazer daquele ponto em diante.
Ainda mais em uma região aberta, com outra pessoa no mesmo lugar.
Com base nos eventos anteriores, Kazuki sabia que Rei era capaz de qualquer coisa, — e quando ele pensava qualquer coisa, era realmente qualquer coisa!
— Ei, Rei… v-você precisa… parar com isso. N-não… você não pode fazer isso aqui — acrescentou murmurando em seguida, após sentir que o estudante estava levemente alterado.
Ele olhou para os arredores, mas notou que Matsuno não estava prestando atenção naquela comoção. O cavaleiro negro estava de costas, limpando a própria armadura pessoal com a pouca magia de água que possuía de seus atributos.
De repente, o estudante aproximou-se e inclinou-se ao ponto de seus lábios ficaram poucos centímetros de distância das orelhas de Kazuki.
— Parar com isso? Você não sabe do que eu sou capaz — disse ele bem no cantinho de sua orelha.
As suas palavras fizeram Kazuki tremer, e seus olhos arregalaram em choque. Como ele possivelmente poderia saber que isso aconteceria?
O seu rosto corou e à medida que sentia a voz sensual e travessa de Rei em seu ouvido, o seu corpo tremia cada vez mais.
Ele estava sendo sobrepujado pelo prazer, a racionalidade não estava mais presente naquela ocasião.
— Você…!
Kazuki até tentou retrucar as palavras de Rei, que estava próximo o suficiente do homem-fera sentir sua pele colidindo com a dele.
Entretanto, antes que ele pudesse falar alguma coisa, o estudante pegou a mão de Kazuki e a puxou para mais perto.
Perto o suficiente para posicioná-la na parte superior do corpo, entre o abdômen e os mamilos.
Assim que sentiu em que local sua mão estava alocada, o homem-fera abriu a boca em surpresa e olhou para a região.
Não conseguia acreditar que estava tocando justamente aquela parte do corpo de Rei, mas não afastou a mão e a deixou assim.
A sua mente parecia dividida em duas nesse momento; Uma parte dizia para que ele continuasse, enquanto outra persistia em alertá-lo a parar com aquela loucura sem precedentes.
Contudo, Kazuki se deixou levar pelo momento e gentilmente acariciou a barriga de Rei, como se fosse um tesouro frágil.
Seus dedos subiram lentamente da barriga até o abdômen, seguindo um percurso até os mamilos visíveis de Rei.
Quando a sua mão pousou no mamilo, o homem-fera continuou massageando com mais força aquele ponto, e a maneira que ele massageou fez parecer como se estivesse massageando um pão, cada movimento feito com uma precisão impecável.
— Ahhh! — Rei, sem intenção, gemeu do repentino prazer que sentiu dos toques de Kazuki.
Após escutar o gemido, Kazuki olhou para o seu rosto e não conseguiu esconder a respiração ofegante que saiu de sua boca.
O tempo passou extremamente devagar neste momento; parecia que o tempo tinha parado para Kazuki.
Nunca na sua vida ele teria imaginado que estaria tocando dessa maneira o corpo de Rei, ainda mais em um lugar como aquele.
Apenas olhar e desfrutar das expressões desavergonhadas que o estudante fazia e o quão vulgar ele agia durante a massagem foi o suficiente para deixá-lo excitado.
Além disso, o fato dele ter gostado imensamente de fazer a massagem, só o fez sentir-se melhor ainda, sem que houvesse uma culpa por fazê-lo.
Um segundo depois, o estudante abaixou um pouco a calça que estava usando, revelando sua parte inferior, com uma roupa íntima de seda vermelha.
Assim que notou o que tinha acontecido, os batimentos cardíacos de Kazuki aceleraram. Ele apenas viu uma parte da calça de Rei levemente caída, revelando a sua roupa íntima e o pacote marcado sobre ele.
Se antes sua mente estava dividida entre a razão e o prazer, agora a sua razão tinha sido enterrada a 7 palmos abaixo da terra.
Antes que pudesse seguir o próximo passo, e colocar sua mão sobre a calça do estudante, o barulho próximo da armadura de Matsuno fez com que os dois rapazes recusassem.
Por um momento, Rei tinha esquecido que Matsuno estava por perto, então voltou a posição em que estava anteriormente.
— Cof… Cof…
O estudante tossiu assim que voltou, nem ele sabia ao certo o motivo pelo qual começou a provocar Kazuki até aquele ponto.
— Ei, vocês terminaram? Não podemos ficar aqui por mais tempo.
Matsuno voltou para trás para perguntar, mas ficou sem entender o que estava acontecendo. O rosto de Rei estava vermelho e virado para o lado contrário ao de Kazuki.
Os dois estavam agindo de uma maneira estranha se comparado com mais cedo, quando o homem-fera persistia em esgueirar-se para próximo de Rei, — quase como um imã.
— Sim… parece que a minha roupa não está suja. Acho melhor voltarmos antes que sejamos atacados por monstros…
O estudante respondeu depois de um momento, levantando-se para sair do local.
Continua…