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Capítulo 50 – A violência resolve tudo, X


Os dois homens por fim tomam coragem para confrontar Kazuki, com o tom de voz um pouco mais irônico e debochado do que o anterior, sem retroceder ou admitir os próprios erros cometidos. 

O pensamento que ambos têm enquanto discutem com o homem-fera é baseado em hipóteses e achismo, assim como; “Esse cara não pode fazer nada, afinal, estamos no refúgio, como ele poderia nos machucar? Os elfos estariam em desacordo com esse tipo de atitude bárbara.”

— Se ofendeu com o que dissemos? Quem se importa? — declara o homem gordo ao lado, sem conter a expressão de desgosto ao encarar o homem-fera. — Ele deveria se sentir honrado com tudo que falamos. — Ele então acaba disfarçadamente deixando um risinho sair antes de fechar a boca e cuspir no chão. 

Os desconhecidos não cessam os comentários e continuam a insultar o garoto e até mesmo o homem-fera, dizendo-lhe inúmeras outras falas depreciativas. 

Com a paciência já no limite, Kazuki franze a testa e a sua expressão endurece, quase podendo-se notar uma veia a saltar para fora do pescoço. 

Por sua vez, Rei somente olha com desinteresse para os desconhecidos, chegando a soltar um bocejo enquanto ouve de longe entediado o discurso. No começo, o estudante chegou a se irritar, mas depois de ouvir o prosseguir de toda a conversa, só observou até que ponto ambos iriam chegar com aquela falação. 

—  É melhor vocês retirarem tudo que falaram sobre ele, caso contrário, vocês estão fodidos… — desafia Kazuki, transparecendo em sua voz agressidade, encarando-os fixamente. 

Apesar do medo, em resposta os dois homens rebatem a ameaça, dizendo que aquele é um lugar sagrado e que ele não poderia agredir ninguém ali. 

“É sério? Lugar sagrado? Nunca ouvi tanta merda na minha vida… Só podem estar de zoação. Cansei desse drama.” 

Pensa o estudante um pouco antes de avançar, rindo da situação. 

— Sério cara, é incrível ver como as coisas sempre continuam as mesmas — comenta após soltar um suspiro, passando a mão sobre o rosto e colocando o cabelo para trás, sentindo-se levemente sujo.

Aproximando-se deles, Rei fecha a mão, joga ela para trás e pega impulso de velocidade, dando potência ao seu soco, que acerta diretamente o rosto do primeiro indivíduo que está em sua frente.

O soco é tão forte que o rosto do homem afunda-se para dentro, e ele é lançado para longe do seu companheiro, caindo inconsciente no chão. Um grito agudo é ouvido por todos na área, fazendo-os ter uma expressão perplexa, assim como os elfos. 

Quando o homem gordo vê seu amigo jogado no chão, ele olha para o rosto do garoto assustado, e como uma reação desesperada, ele começa a pedir desculpas pelos comentários que tinha feito. Tal indivíduo mal levanta a cabeça enquanto usa uma voz trêmula e hesitante para suplicar miseravelmente. 

E assim que recebe o pedido de desculpas, o garoto solta uma gargalhada e olha para o homem com uma expressão em seu semblante que parece dizer algo como; “Você é o próximo, babaca.”

A voz que corta as palavras do homem instantaneamente carrega um ar frio, acompanhado por um olhar de desprezo. 

O garoto da alguns passos para frente e mesmo com a mão encharcada de sangue, ele pega impulso de força e reforça seu soco novamente, acertando o segundo homem com uma força maior do que a anterior. 

Com o impacto, alguns dentes da frente são quebrados facilmente, e ele é lançado para longe, caindo inconsciente próximo do companheiro. 

Rei fica um pouco surpreso com a própria força, mas não deixa tal sentimento visível e apenas limpa o sangue das mãos com a parte de baixo da camisa. 

“Poha… minha força aumentou drasticamente, consigo sentir a diferença até nos meus socos, eu duvido muito que isso teria acontecido antes. O atributo de força realmente é de grande ajuda.”

Com tudo resolvido, o garoto volta sua atenção para o homem-fera ao lado, deixando para trás alguns pensamentos desagradáveis.  

— Viu? Fácil, não acha? — declara calmamente, com o olhar voltado para Kazuki. 

— Se quiser uma dica, da próxima vez é só socar a cara deles. Diálogo não serve com esse tipo de gente, estou acostumado com esse tipo de coisa, às vezes a violência é a melhor resposta, saca? Então não pensa muito, é só avançar e arrebentar com eles — acrescenta, com um sorriso confiante no rosto. 

Antes que Kazuki pudesse responder, o garoto comenta em seguida, dando alguns passos para frente: — Nossa cara, me bateu uma fome agora. Bora pro refeitório, deixa esses caras jogados ai no chão. 

“Não sei por que me surpreendo ainda, eu já estava indo bater nesses caras, você não precisava intervir Rei, você realmente deve gostar desse tipo de coisa.”

Pensa Kazuki, sem dizer nada, apenas seguindo o estudante logo atrás. 

Um pouco antes de perder a consciência, um dos homens que foi golpeado por Rei comenta enquanto se contorce de dor, com a atenção de pessoas próximas sobre si. 

— Bastardo, você vai pagar por isso.

•Início da tarde•

No momento em que chega no refeitório, percebe-se que o local está em uma área aberta, nada muito incomum de um refeitório de escola; com inúmeras mesas na região, organizadas em fileiras em sentido horizontal, assim como assentos de madeira que fazem conjunto com as mesas de refeição. 

Apesar do visual comum do salão, a maioria dos assentos e mesas estão ocupadas, e o local parece tumultuado constantemente, devido as várias pessoas que passam de um lado para o outro a todo momento.

Assim que observa a situação, o garoto decide sentar no fundo, em um local afastado, onde poucos indivíduos estão sentados. 

Continua… 


 

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