— O que você…
O que você está falando. Antes que Kazuki pudesse dizer isso, seus lábios são cobertos rapidamente pelos de Rei. Seus lábios pousam nos seus e o coração de Kazuki começa a acelerar. Ele sente a pele tremer ao sentir os dedos de Rei acariciando as suas bochechas. Os músculos dele vão de duros feito pedra a macios como argila.
“O corpo dele está tão tenso… A quanto tempo ele tem estado assim?” pergunta-se o estudante, após sentir em primeira mão a mudança em seu corpo.
Diante desse estímulo, a resposta de Rei é fervorosa, porém vagarosa, os lábios dele se movendo incessantemente contra os seus. E, como correnteza persistente, ele derruba as defesas de Kazuki lentamente, até ele se afastar para recuperar o fôlego.
Mas isso não dura por muito tempo e Kazuki é puxado logo em seguida para outro beijo novamente, sem tempo para respirar apropriadamente.
O homem-fera então olha para o estudante incapaz de se expressar, porém se deixa por vencido e aceita novamente o beijo violento. Naquele momento, o chão parece placas tectônicas em movimento e o cenário estático — como se tivesse parado no tempo, gravando à fogo aquela memória no fundo da sua mente.
Conforme os beijos são trocados, ambos se esquecem completamente dos problemas e o motivo de estarem ali. A sensação intensa da textura macia dos lábios de Rei e a violência por trás de seus beijos, faz o momento se prolongar cada vez mais.
“Não posso explicar o que estou sentindo agora… tendo os lábios macios de Rei tocando os meus, simplesmente não posso deixar de beijá-lo de volta…” pensa o homem-fera, em frenesi.
E, em um segundo, o estudante morde o beiço de Kazuki e desce rapidamente de suas costas, dando alguns passos para o lado e indo até a sua frente. Rei então empurra o homem-fera contra a parede de pedra que está logo atrás, cercando-o com as suas mãos na parede.
Não há uma reação de Kazuki quando ele é pressionado contra a parede, ele parece não querer mais resistir às desenfreadas sensações e estímulos que devastam o seu corpo.
— Então você gosta assim?!
Com um sorriso arrogante no rosto, o estudante comenta com o olhar voltado para Kazuki, mas não recebe uma resposta, memo com a respiração acelerada sendo sentida no rosto.
“Eu não sabia que ver Kazuki tão indefeso seria tão excitante… mas tenho que admitir, não esperava estar interessado nessas coisas também.”
— E assim?
Pergunta ele novamente, mas dessa vez com o tom de voz dois tons mais baixos enquanto move uma de suas mãos por debaixo da camisa de seda do homem-fera.
Rei não sabia o motivo de estar agindo daquela maneira, e quando se dá conta suas mãos já começam a desabotoar a camisa de Kazuki, tocando seu corpo todo, de novo e de novo, só para ver aquela cara inestimável que ele fazia sempre que estava excitado.
O garoto então nota que os olhos de Kazuki estão fechados, seu rosto relaxado e envergonhado, com uma respiração pesada, mas rápida… Por um breve segundo, os seus olhos se abrem momentaneamente apenas para espiar e ver as reações de Rei, e logo se fecham ao notar a observação fixa do garoto sobre o seu rosto. Suas orelhas abaixam e o seu pequeno rabo movimenta-se mais rápido que antes, de forma involuntária.
Rei acaricia o corpo de Kazuki, movendo as mãos sobre todos os seus pontos sensíveis, fazendo o corpo dele formigar e soltar alguns gemidos rápidos no processo. O homem-fera fica surpreso com o som da própria voz. Estava mais nítido, como se estivesse mais vulnerável do que nunca.
“Eu deveria tirar o máximo de proveito disso. Vê-lo agir assim de forma tão envergonhada, aceitando sem resistir a minha dominação… As possibilidades são infinitas.”
O primeiro local que é tocado é a parte inferior do abdômen, subindo lentamente até chegar aos mamilos, no qual é apertado com força. Cada toque do garoto é sentido por Kazuki, que não consegue mais raciocinar direito, quase em seu limite.
O homem-fera então inclina-se para frente em meio aos estímulos e move uma de suas mãos até o peito de Rei, colocando-a debaixo da camisa do menor e estimulando os seus mamilos, assim como feito pelo menor.
Sentindo pela primeira vez aquela sensação quente e estranha da mão de Kazuki, em reação o estudante morde o pescoço do homem-fera, deixando uma pequena marca com os dentes na região.
Mesmo que tenha sentido dor no processo, Kazuki havia gostado de sentir aquela dor — seus olhos parecem mais acessos do que nunca, ao passo em que tenta segurar a sua voz para não gemer, assim que sente as mãos do estudante em seus mamilos rosados novamente.
— Não sabia que você era masoquista.
Declara o menor, se afastando para olhar todas as reações desajeitadas e envergonhadas do companheiro.
— N-Não, e-eu não sou… — responde hesitantemente, sem conseguir esconder as reações involuntárias do próprio corpo.
— Eu quero ouvir a sua voz — diz apertando os mamilos de Kazuki, até acertar um de seus pontos fracos de novo.
— Ahhhh…
Quando os gemidos de Kazuki são liberados, um sorriso forma-se no rosto do garoto, e ele nota algo sendo pressionado por de baixo da calça do homem-fera sobre o seu corpo.
— Acho que já podemos…
Acho que podemos continuar. Antes que pudesse dizer isso, ele é interrompido por uma voz repentina no meio da estrada.
— Jovens, o que estão fazendo?!
Continua…