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— Energia — diz Halley, observando o grande monitor que exibe a luta. — Isso é o que distingue meus mestres dos seus representantes.
— Energia…? — indaga íris, com uma expressão curiosa.
— O corpo de um ganniano é repleto de energia. Uma energia condensada, extremamente volátil.
— Mas… Como assim? Quer dizer… Energia dentro deles?
— Sim. Funciona como um combustível, que pode receber inúmeras aplicações em um combate, dependendo exclusivamente das capacidades do indivíduo.
— Então… É isso que Fobos está usando? — James pergunta, olhando para o ganniano através do monitor.
— Exatamente.
— Essa “energia” torna seus golpes mais fortes? É isso?
— Sim. Mestre Fobos aplica essa energia no interior da sua arma, como uma substância, e assim que um impacto ou agitação ocorre, há uma liberação explosiva que resulta em golpes intensificados. O único ponto negativo é o esforço para a aplicação, levando à fadiga física.
— Foi mesmo uma explosão… Aquele ataque explodiu no corpo de Steen… — O rapaz murmura preocupado.
— De certo modo.
— Está tudo bem… Ele já conseguiu ferir Fobos, e ainda nem usou seu reforço… Ele com certeza vai vencer — fala a moça, mantendo um semblante confiante.
— Não diria que os danos foram severos — diz o androide. — Até então nenhum ponto vital foi atingido, então ele nem mesmo corre riscos com aqueles ferimentos. Sua moral, por outro lado, deve estar um tanto abalada para que ele assuma uma postura tão séria.
— Você está dizendo que tudo aquilo não serviu para nada, além de deixar ele irritado?! — Ela pergunta indignada.
— Também não diria isso. Mesmo que mestre Fobos possua a vantagem, seu representante vem lidando muito bem com as investidas. Porém, enquanto não consumir aquela pílula, ele não poderá fazer muito mais.
— Se ele vai ficar mais forte usando aquilo… Porquê simplesmente não usa? — pergunta James.
— A história desse homem é ridícula… Desde a infância é fascinado por essa coisa de Vikings, e relacionados… Sempre se baseando na própria força para realizar os feitos mais absurdos… A razão para evitar ajuda, com certeza é orgulho… — Íris responde, esfregando o rosto — Um orgulho estúpido que tira completamente sua razão.

— Você fica ainda mais feio com esse olhar — diz Andersen, vendo Fobos se aproximar.

“Aquele brilho… Está voltando… Ele vai fazer aquilo outra vez em breve…” Pensa

Ele se vira de forma brusca e corre novamente na direção da segunda machadinha, mas sente uma enorme pressão que o força a parar e voltar sua visão para Fobos, que ainda caminha calmamente em sua direção.

“Sim… Eu não posso tirar meus olhos dele… Mas não posso continuar só com uma das machadinhas…”

— Não vai atrás da outra arma? — pergunta em um tom apático enquanto gotas do seu sangue formam um rastro por onde ele passa.
— Com certeza… — fala, caminhando de costas para manter Fobos em seu campo de visão.

“Essa sensação… Que incômodo…”

— Você está tenso demais para alguém tão confiante… — diz com prepotência.
— Fecha a boca, sua aberração…

Fobos então avança de repente, mas para logo em seguida, fazendo Andersen reagir e saltar para trás.
Em instantes, rangendo os dentes e cerrando seus punhos ainda mais, ele assume uma expressão de ódio antes de soltar um grito de fúria.
— SEU DESGRAÇADO! TÁ BRINCANDO COMIGO?! — troveja se contorcendo com a sensação de humilhação.

Deixando sua outra arma de lado ele avança contra seu adversário, mas ao invés de um golpe direto, dispara outra rajada de fogo.
— Nada eficaz — O ganniano murmura, erguendo sua clava.

Apenas balançando o braço Fobos libera a energia de sua arma, agitando uma grande massa de ar que repele as chamas de volta para Steen, que acaba recebendo seu próprio ataque.

“VEJAM! ANDERSEN NOVAMENTE CONVOCA SUAS CHAMAS! MA-MAS É PEGO EM UM CONTRAGOLPE E AGORA… E AGORA ELE É QUEM ESTÁ ENVOLTO POR FOGO! QUE CENA HORRENDA! ELE ESTÁ EM CHAMAS!”

Mesmo com o corpo em chamas o homem torna a avançar na direção de Fobos, que balança sua arma para novamente mover o ar contra ele, fazendo-o parar.

— Que coisa desagradável… Se eu ao menos conseguir tirar isso da sua mão… — murmura, estático enquanto as chamas se dissipam com o vento, sem expressar qualquer dor. — Eu só preciso decepar seus membros, e incinerar tudo no final… É um bom plano…

— Que horror! E-ele vai morrer! — exclama James.
— Vamos… Vamos… — sussurra íris claramente ansiosa, cerrando seus punhos.

— Você adora falar… Mas é apenas isso… Nada além de ameaças… Isso é tão… Decepcionante…
— Só fecha a boca… Eu já me decidi…

O homem então arranca a parte superior de seu traje, bastante danificado pelo fogo, revelando seus enormes hematomas e queimaduras que se conectam ao redor do seu corpo, além de sua cicatriz.

“Mesmo que eu odeie admitir… Não consigo acompanhar seu ritmo…”

— Espera… Será que… Ele está realmente cogitando… — diz o rapaz.
— Pelo visto… Ele finalmente se tocou… Se tocou de que as coisas não serão tão fáceis…

Steen saca da calça a pequena cápsula que íris o entregou e a observa com receio, enquanto se lembra das suas palavras.

“Isso irá impulsionar suas capacidades, então não hesite em usar”

— Não gosto disso… — sussurra antes de a colocar sobre a língua.
— O que está fazendo? — Fobos indaga, perplexo com aquilo.

Em silêncio ele engole, esperando por qualquer nova sensação enquanto as queimaduras em sua pele exalam fumaça.

“O que vem agora?” Ele pensa.

— M-mas o que é aquilo? Alguma droga? — James indaga.
— Quase isso… Está mais para um… — Íris responde, ansiosa com o que está por vir.

De repente o homem começa a tremer, se contorcendo loucamente.
Fobos observa em silêncio, tornando a se aproximar, já suspeitando sobre o que está havendo.
— Mas… Que… Que… Porcaria… É…. — Ele murmura enquanto sente seu corpo queimar por dentro.

“Suas veias… Estão dilatando… E sua pele avermelhada…” Pensa Fobos, se preparando para mais uma investida.

Ajoelhado por conta da onda de sensações, Steen solta um grito antes de acertar uma cabeçada contra o chão.

“MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AQUELE HOMEM?! POR UM MOMENTO PARECEU QUE ESTAVA INGERINDO ALGO, E AGORA… ESTÁ AGONIZANDO? ELE NÃO PARECE NADA BEM! A SITUAÇÃO PARA NÓS, HUMANOS, DE REPENTE PARECE RUIM! BEM RUIM!”

— Steen… Por favor… — murmura uma moça ruiva de pele clara, lacrimejando enquanto assiste aquela cena através da televisão.

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Olá, eu sou Edward. M!

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