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Meredith guardou a espada na bainha, direcionando seus olhos para a cabeça que havia decepado.

— Acabou.

Em resposta, um sorriso largo se abriu nos lábios daquela mulher. Seus olhos agora refletiam um vermelho profundo enquanto veias espreitavam sua pele.

“Não, Meredith, isso ainda não acabou…”

Uma gosma saiu da parte da cabeça decepada, se interligando na parte do pescoço decepado.

Ao verem aquilo, algumas crianças começaram a vomitar enquanto outras seguravam suas bocas com uma expressão enjoada.

Esse com certeza era um trauma que elas jamais iriam esquecer.

— Quanta ingenuidade…

Sua cabeça se interligou rapidamente ao pescoço da cabeça e ela levantou-se.

Meredith sacou a espada novamente.

— O que é isso? Eu jurei que você já estava morta…

— Jamais conseguiram me matar! Eu sou imortal!

Aquela declaração deixou todo mundo ali espantado e até receoso, afinal, como conseguiriam vencer um ser imortal? Que não importava quantas vezes fosse decepada, sempre voltaria a reconstruir seu corpo.

Era impossível.

Mas acontece que àquela demonia estava escondendo algo, algo muito importante que só eu tinha o privilégio de saber naquele momento…

— Não é verdade — declarei, deixando-a espantada enquanto reunia, ao mesmo tempo, todos os olhos para mim.

— Sabe de alguma coisa, Jarves?

Meredith perguntou e antes que eu falasse algo, ela partiu ao ataque, tentando aniquilar a cabeça dela novamente, mas dessa vez, ela só conseguiu cortar dois braços porque a demonia deixou para mostrar a sua suposta imortalidade após recompor seus dois membros de volta.

Meredith se reposicionou.

— A verdade é que…

Comecei a falar.

O que acontece é que os demônios possuíam imortalidade mediante algumas condições…

Se não existissem as três grandes magias que eram capazes de derrotá-los, anulando toda sua e qualquer regeneração.

Essas três grandes magias nada mais eram que as mais conhecidas e fáceis de achar no mundo. Água, cura e luz, essas magias anulavam toda e qualquer atividade destes seres.

Sem essas magias, a humanidade jamais teria hipótese.

E isso só é descoberto de fato na trama depois da destruição de Hengrancia, contando com a participação de ninguém mais e ninguém menos que moça ali no canto…

Theresa Zerth, a pessoa que mais contribuiu para o extermínio desses seres…

Ela foi a responsável por criar uma poção que quando tomada, tornava o corpo capaz de absorver os raios solares para mana, gerando uma mana com partículas de luz.

Ou seja, a pessoa continuava usando sua magia normalmente, mas a diferença é que ela agora conseguia eliminar demônios graças às partículas de luz empregues nela.

— Como você sabe disso? Supostamente, esse conhecimento desapareceu há milhares de anos… Não tem como você saber de algo que até sumiu dos registros da história.

— Tem certeza de que sumiu?

Na minha cabeça, que não.

Mas, deixando isso de lado, até mesmo os livros que buscávamos não detalhavam muito sobre isso, contavam apenas o essencial.

— Então precisamos de uma pessoa que usa magia de cura, água ou luz? — disse Meredith, olhando para Theresa.

— Eu sabia que deveria tê-la eliminado quando tive chance…

A mulher olhou para Theresa que se levantava. As manchas do corpo Zernen pareciam ter desaparecido.

— Parece que chegou a hora de desaparecer…

Uma esfera de luz verde tão grande quanto uma bola de basquete envolveu a mão de Theresa, brilhando com muita luminosidade.

— Só precisam esmagar o coração usando magia de cura…

— Isso não é problema! Eu vou arrancar o coração e Theresa irá acabar com ele.

Instantemente, Meredith atravessou o peito daquela mulher com a espada, retirando o coração que batia aceleradamente.

Depois arremessou até os pés de Theresa.

“Aí, aí, Meredith como sempre apressada.”

Theresa deu um soco naquele coração, esmagando-o com sua magia de cura, mas nada mais ouviu que risos vindo daquela mulher.

O coração partido se transformou em gosma para o espanto delas.

— Acontece que eles também conseguem descolar as partes dos seus corpos…

— Por que não disse antes, Jarves?

— Por que você…

— Você é mesmo um estraga prazeres, parece que vou ter que acabar com você primeiro…

Em um instante, a mão da mulher segurou a minha boca, me fazendo engolir sua gosma… Eu não conseguia respirar, só via Meredith e o restante correndo até mim enquanto os meus olhos se fechavam.

Droga…

Quando a espada da Meredith estava prestes a decepar aquela mulher que não parava de injetar sua gosma naquele rapaz, ela desapareceu da sua frente e reapareceu no lugar onde supostamente era o galpão. Sentou-se em um trono de gosma, observando todos enquanto tinha a mão encostada na bochecha como se fosse uma rainha.

Theresa correu imediatamente para braços os de Meredith, que seguravam Jarves e lançou sua magia de cura, removendo aquela substância gosmenta do corpo dele, que havia sido coberto por manchas roxas.

— Meredith, precisamos derrotá-la, em breve… Eu não aguentarei mais…

— Como assim?

— Acontece que…

Theresa ficou envergonhada, suas bochechas coraram enquanto mordia os lábios.

— Que o que, Theresa?

— Eu meio que preciso fazer xixi por causa da poção para aumentar a magia que tomei. Não tenho muito tempo, estou me segurando …

— Então façamos isso logo…

— Congelar!

Ur usou sua magia, transformando o trono daquela mulher em gelo, mas não demorou para começar a derreter.

— Pessoal, eu acho que podemos vencer…

Os olhos de Meredith e Theresa foram atraídos para Ur.

— Vou usar todo meu poder para manter o gelo congelado por pelo menos trinta segundos sem derreter, esse é o máximo que consigo.

— Contando seu plano assim para o inimigo? Quanta burrice…

A mulher se divertia tanto, que parecia não ter pressa para eliminar aquele pessoal.

Mas os demais ignoraram suas provocações.

— Tá certo. Então eu e o Ur criaremos uma brecha e Theresa irá dilacerar seu coração.

— Ainda contatando seu plano? Seres humanos e seus comportamentos estranhos sempre me deixando intrigada.

— É, Theresa, você vai… — Meredith correu rapidamente até a mulher com espada, sua alta velocidade a colocando frente a frente com ela enquanto Ur congelava seu trono rapidamente.

Meredith atravessou seu pescoço, mas todo seu corpo se transformou em gosma.

E ela reapareceu onde estavam as crianças, provocando gritos nelas.

— O que aconteceria se eu machucasse uma delas, hein?

Imediatamente, Ur fez seus espinhos de gelo voarem até a mulher enquanto sua esposa o auxiliava com bolhas de água para afugentá-la.

Ela rapidamente saiu dali, ficando no canto da parede, rente à escada que dava acesso ao primeiro andar.

— Esse é o meu domínio, não há nada que possam fazer, se não, aceitarem a derrotar e se tornarem o meu jantar.

— Droga! Esse com certeza é o oponente mais forte que eu já enfrentei em toda minha vida… Talvez seja que essa coisa esteja no nível de emergência S.

Meredith emitiu, cerrando seus lábios enquanto segurava sua espada.

— E então, como vamos derrotar isso?

Theresa perguntou. Todos, nesse momento, olhavam para a mulher ali, envolta em sua gosma pegajosa.

Com lágrimas deslizando por sua face, as crianças clamavam por socorro, para que Meredith e os demais pudessem salvar elas daquele lugar. Naquele momento, desejavam não ter saído de sua cidade, de suas casas, elas agora gritavam por seus pais.

Mesmo desesperada, seu coração pulsando contra o peito, a professora tentava acalmar seus meninos com palavras que transmitiam ânimo e esperança.

— Congelamento!!!!

Com mãos entrelaçadas, Ur gritou, fazendo seu gelo cobrir todas as paredes.

— Destruir!

Ao seu grito, a gosma começou a cair por terra, revelando pequenos raios de luzes, que fizeram um sorriso aparecer no rosto melancólico das crianças.

— Acham mesmo que permitirei… Reconstruir!

A gosma rapidamente se recompôs, selando todas as brechas de luz que foram abertas, deixando aquelas crianças com medo e Ur com extremo ódio, seus punhos cerrando enquanto seus dentes franziam de indignação.

Meredith, cansada disso, correu com a espada, tentando a acertar, mas sem resultado.

Ela se transportou para outro lugar.

— Droga! Fique quieta!

— Quer saber, eu acho que enjoei disso… Quital um adeus?

A mulher entrelaçou as mãos, recitando as palavras…

— Magia de gosma, barriga gosmenta!

Tudo começou a estremecer, desequilibrando alguns, enquanto as paredes e o teto repleto de gosma se aproximavam em alta velocidade, buscando engolir todos.

Meredith tentou cortar, mas sua espada acabou ficando presa.

— Parece que a gosma ficou mais pegajosa do que antes…

— Magia de cura!

Não importava quantas vezes Theresa afastasse aquela gosma com sua magia, ela sempre voltava com mais força e em dobro, como se fosse um trampolim.

— Tse…

Ur tentava, sem sucesso, congelar a gosma com o pouco de mana que lhe restava a fim de proteger as crianças envolvidas pelo abraço de sua amada esposa.

— Vai tudo ficar bem, fechem os olhos e só abram quando a professora disser, sim?

Obedecendo, as crianças fecharam os olhos, buscando fugir daquela realidade.

— Ei! Vamos negociar!

— Certo, me dê o seu corpo que eu paro com isso. Esse caberia perfeitamente em mim… — Belia deu um sorriso largo enquanto deslizava o dedo por sua língua. — O corpo de uma princesa, quão grandes coisas eu poderia fazer?

— Não faça isso, Meredith.

— Tudo bem…

Meredith ignorou Theresa e abriu os braços.

— Mas só me promete que vai parar com isso.

— Eu prometo, até pode deixar, que serei uma irmã melhor para os seus pequenos e uma melhor amiga para os seus amigos.

Ela sorriu maliciosamente.

— Não faça isso, Meredith.

Meredith novamente ignorou, prosseguindo até a mulher.

— Certo.

Belia estalou os dedos, as paredes e o teto pararam de se mover e ela começou a caminhar até Meredith.

” Foi tão fácil, realmente enganar seres humanos é eficaz…”

— Ajoelhe-se.

Meredith caiu de joelhos. Mas Theresa, vendo aquilo, lançou sua magia de cura que desintegrou uma parte da gosma presa ao corpo daquela mulher.

Irritada, a demonia chutou Theresa, sua boca soltou gotículas de salivas após seu corpo colidir no canto da parede.

— Não machuque os meus amigos…

Meredith fez uma expressão de raiva, mas ao ver que o semblante daquela mulher havia ficado bastante sombrio, emitiu com uma voz baixinha…

— Por favor…

— Cala-se e me dê esse seu corpo…

A mulher esticou a mão contra a cabeça da Meredith enquanto milhares de gritos ressoavam para que ela não permitisse aquilo, mas era como se os ouvidos dela tivessem ficado surdos ao clamor…

” Adeus, pessoal…” Meredith fechou os olhos, despejando lágrimas enquanto imagens dos momentos divertidos que teve com seus amigos e familiares passavam por sua mente.

— Soco invisível!!!

A mulher sentiu uma pressão sobre sua bochecha, que a arremessou contra uma das paredes.

— Aí, aí, eu fico fora por um tempo e vocês até já querem dar a alma, é isso? — disse e apontou para a mulher que sangrava pelo nariz. — Escuta aqui, enquanto eu estiver aqui, eu jamais permitirei que isso aconteça!

— E eu também…

Uma mão se levantou. Ele ergueu-se com um semblante severo.

— Jamais irei te perdoar por fazer a prota, digo, Meredith chorar! Jamais!

Com rostos determinados, lado a lado, ambos apontaram seu dedo indicador para ela, emitindo em uníssono.

— Prepare-se para apanhar!

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Olá, eu sou Andy Lucas!

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