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Capítulo 23: Entre trolls e orcs.

Tendo deixado a sua igual em seu lar, o goblin retornou a missão. Não antes de voltar até onde estavam os corpos mortos, usar suas flechas para abri-los e retirar os Limitadores e Transformadores para então devorá-los.

Demorou um longo tempo nessa tarefa por ter muito o que comer e não encontrar nenhuma vontade  ou prazer na carne de seu povo. Incapaz de contar, não tinha noção de que comeu ao todo sessenta órgãos, trinta de cada tipo. Muitas horas foram gastas até conseguir devorar tudo e até que sua barriga cheia não o atrapalhasse.

Esperava que a Bruxa do Pantano não houvesse mentido e que aquilo fosse realmente transformá-lo em algo novo.

Quando chegou próximo ao território dos trolls, precisava pensar no que faria e no que poderia dá errado. “Ele” subiu em uma árvore e viajando por cima delas, observou a região em que seus alvos viviam.

Diferente dos goblins, esses monstros viviam acima da terra. Antes não saberia explicar o que era aquilo que via, mas durante a conversa que teve com a Bruxa (onde apenas um dos participantes falou), apareceram novos conceitos e palavras que explicavam a cena em sua frente.

Um acampamento, com muitas tendas de couro e folhas onde os trolls viviam. O lugar ficava em meio a floresta em um espaço onde todas as árvores foram derrubadas por eles e então tiradas. 

Mudando o foco de sua atenção, o goblin olhou um dos viventes daquele espaço. Nunca pode observar um daqueles com calma e tentava gravar em sua mente todas as características deles.

Não cobria seu corpo verde escuro com nada, assim como todos os seus iguais que também viviam no acampamento o que permitiu um olhar atento e analista. Um macho daquela espécie era alto, o tamanho completo de uma árvore pequena. Seus braços e pernas eram tão grossos quanto “ele”, em meio a suas pernas o seu membro de reprodução era grande, mas não muito se levando o corpo em consideração. Sua barriga era volumosa e cheia indicando como comia bem. O que interessava ao goblin, seus chifres, ficava no topo da cabeça e cresciam para baixo fazendo uma curva. O rosto que ficava entre os dois tinha um nariz grande e amassado, boca com dentes que saiam para fora e olhos cor de madeira.

As fêmeas por sua vez eram muito melhores de se observar na opinião dele. Quase tão altas quanto um dos machos, elas tinham os membros grossos também, porém suas pernas tinham curvas que terminavam em um quadril largo. “Ele” mudou seu olhar para outra fêmea de costas e observou por um bom tempo a bunda grande que ela tinha. Tentou voltar sua atenção para coisas mais importantes, todavia acabou encarando os seios de outra troll, dois pedaços de carne grande e atrativos.

O goblin conseguia sentir seu corpo novamente pedindo o que não conseguiu ter mais cedo, mas o monstro resolveu que iria continuar ignorando aquilo por hora.

Olhou para as fêmeas outra vez com um olhar sério terminando de entender suas características. Elas não tinham chifres ao contrário dos machos e seus dentes eram menores e assim como eles não possuíam cabelos.

O goblin apertou sua arma com mais força, imaginando o que poderia fazer. Lutar com um inimigo com o tamanho e a força de um troll seria difícil, mas nesse caso era ainda pior devido ao que a Bruxa chamou de regeneração. Se uma flecha entrasse no corpo deles, somente iriam retirá-la e então os seus ferimentos se curariam.

Algo que passou por sua cabeça foi entrar pela noite e pegar o chifre de um que dormia, mas isso seria tão difícil quanto pelo dia. Até onde podia ver, muitos trolls já estavam dormindo e estes provavelmente estariam vigiando o lugar pela noite. O acampamento deles só aumentaria seus riscos.

“Ele” soltou o aperto que usava na arma, atravessou seu braço entre ela e tendo certeza de que o objeto não cairia, saltou pelos galhos se afastando do objetivo.

Precisava pensar mais no que iria fazer. Talvez preparar um terreno que criasse vantagens e atrair um dos trolls para lá. Fazer com que uma árvore caia em cima do inimigo ou que o seu pé afunde em um buraco no chão, coisas desse tipo. Para sua infelicidade, imaginar essas coisas era mais fácil do que fazê-las. Precisaria de muito mais tempo para aprender a construir o que queria sozinho e já havia perdido muito devorando os órgãos dos goblins falecidos.

Em sua distração, mal percebeu que chegou próximo ao território de outros monstros, uns cujo nome também havia aprendido com a Bruxa do Pantano. “Ele” já tinha sua forma de chamá-los, porém apenas os identificar como orcs era mais simples do que o seu antigo termo.

Os orcs também viviam em acampamentos, estes onde as tendas eram feitas da pele de outros animais e às vezes monstros. Suas terras, ao contrário dos trolls, ficavam fora das áreas com árvores, em uma região onde só havia terra coberta por grama até onde se podia ver. Eles viviam lutando por essa área com outro tipo de monstro que ficava no além da região, na outra parte da floresta onde o goblin nunca pisou.

Assim como fez antes, observou as características daquele povo como nunca pode fazer antes.

Os machos lembravam um pouco goblins em sua aparência, mas tinham o mesmo tamanho e força dos trolls. As diferenças mais notáveis seriam sua pele ter um verde mais claro e suas barrigas não serem tão gordas. Na verdade, os músculos dos orcs eram mais duros do que em comparação a outra raça. Outros pequenos detalhes que os tornavam diferentes era o fato de terem cabelo e como algumas partes de seus corpos eram cobertas pelo couro de outros animais.

As fêmeas, por sua vez, atraíam o goblin tanto quanto as trolls. Entretanto, pelo que se pode perceber, as orcs eram mais parecidas com mulheres humanas. A diferença óbvia seriam a pele verde e o corpo musculoso tão alto e forte quanto o de seus machos.

Os pensamentos dele mais uma vez foram por caminhos que precisava ignorar. Oh, como devia ser maravilhosa a sensação de tocar naqueles seios grandes que as orcs tinham ou de procriar com seus quadris largos.

Concentração!!

Precisava se concentrar! Nem perdendo tempo com os orcs ele devia estar, tinha um objetivo claro. Deu meia volta para partir e pensou por um instante como era estranho que os dois acampamentos não fossem tão distantes, afinal aqueles dois povos se odiavam.

Mas espere, isso lhe dava uma ideia.

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