Selecione o tipo de erro abaixo

Capítulo 40: Um companheiro

Seu arco estava em perfeito estado felizmente, o hobgoblin passou seus dedos por toda linha e pela madeira sentido as fissuras no corpo da arma. Nenhum novo arranhão que pudesse comprometer a funcionalidade, ótimo. Em sua aljava, mais flechas do que tinha originalmente, um presente de seus novos conhecidos. Até mesmo haviam lhe dado um fruto estranho de casca dura e interior vazio, cabaça é como chamavam. 

Um recipiente cujo objetivo era guardar água, seria útil ao longo de sua jornada. O formato era largo e redondo em sua base, mas pequeno e estreito em sua parte superior. No topo avia uma abertura da qual poderia ser bebida água e que era fechada por um pequeno pedaço redondo de madeira retirável. O item foi amarrado a um cinto de vinhas que agora o monstro utilizava em sua cintura.

Algumas palavras de agradecimento pelos presentes (algumas sinceras, outras não) e partiram, pelo menos tentaram. Conforme se afastavam do acampamento, se viam ainda cercados pelos jovens que continuavam a galopar ao redor do ilustre visitante.

“Hobgobin volta!?”

“É, tem que voltar! A gente tem um monte de brincadeira pra brinca junto!!”

“Será que ela vai gosta de pega?”

“Ele deve ser bom de esconder”

“E nós ainda temos tanto penteado pra mostra!!”

Ah sim, o que quer que tenham feito com o seu cabelo, ainda não havia tido a oportunidade de o desfazer. Teria que lembrar de o fazer assim que tomasse alguma distância daqueles filhotes exalando hiperatividade.

Por quanto mais tempo os seguiriam? Sem dúvidas, o irmão da matriarca se encarregaria de os mandar retornar cedo ou tarde. O que só veio acontecer quando quase não dava para ver a tribo distante.

Os pequenos pseudo-centauros foram embora chorosos e tristes, mas só depois de abraços, muitos abraços e pedidos de retorno. Que povo irritantemente agradável e gentil.

Felizmente com o passar dos minutos só havia ele e o irmão da líder. Sozinhos em uma planície verde deserta, sem animais à vista ou sinal de árvores. A Bruxa do Pantano havia dito uma vez que a Grande Floresta de Dante fazia fronteira com quatro dos dez países que formavam o Continente Vermelho, uma amostra do quão grande era aquela extensão de terra e morte.

Era até estranho que uma viagem ao mar só levasse dois dias, não achava que a faixa de terra da floresta em que estava ficava tão próxima ao litoral. Entretanto era possível que sim.

Os livros de história diziam que como um mapeamento daquela região nunca foi possível, nenhum povo inteligente foi capaz de dizer quando grande era aquela selva em largura. A única certeza sobre seu tamanho era seu comprimento, atestado pelas fronteiras dos países e pelos navios exploradores que circulavam o continente.

Era excitante pensar que talvez descobrisse algo que ninguém conseguiu antes, mesmo que esse conhecimento nunca viesse a ser compartilhado com alguém. Isso o fez pensar que talvez nem viesse a ser o primeiro a saber o tamanho da floresta.

Era melhor que por hora deixasse de lados os pensamentos vagos sobre mapas e exploração, sequer era uma cartógrafo ou possuía os saberes necessários para realizar os cálculos territoriais que seriam exigidos.

Sua atenção foi para o novo companheiro de viagem, o qual tinha destino ainda sendo decidido. 

O homem como um pseudo-centauro tinha pouco a ver com a verdadeira raça dos centauros além do fato de ter a metade inferior de um animal quadrúpede e metade superior de um hominídeo. Em seu caso específico, era uma mistura curiosa de bovino e ser humano.

Um homem de pele bronzeada com braços fortes como o de eu um troll, um tronco feito para guerra ainda mais impressionante que o do hobgoblin, só tendo comparação com a do chefe orc. Os cabelos negros deles estavam trancados em tiras e jogados para trás permitindo uma visão detalhada de seu rosto.

Uma face endurecida e rígida, lábios carnudos rachados e secos. Uma barba rala que o próprio devia cortar com pedras afiadas se levar em consideração as marcas de corte em suas bochechas. Sobrancelhas grossas e uma testa cheia de rugas de raiva. O fascinante é que ele tinha um olhar surpreendente gentil por trás dos olhos castanhos brutos que possuía, uma gentileza que só tinha sido demonstrada para os seus e nunca para aquele monstro ao seu lado. Seu aspecto ameaçador era completado pelos chifres longos e afiados que se projetavam de sua testa e apontavam para frente.

O resto de sua carne era a de um touro tão negro quanto a mais profunda noite. “Ele” só viu as figuras de um bovino daqueles em um livro velho e amarelado sobre órgãos animais que serviam para poções, então não podia com exatidão afirmar se era um touro ou se haviam outras espécie bovinas com as quais o pseudo-centauro poderia ser ligado. Não seria importante saber isso de qualquer forma.

O que era realmente necessário refletir era sobre como se vingaria e o monstro tinha algumas ideias realmente interessantes.

Picture of Olá, eu sou MK Hungria!

Olá, eu sou MK Hungria!

Esse capítulo é bem mais curto porque eu tô realmente cansado do trabalho de hoje.

Clique aqui para entrar em nosso Discord ➥