Selecione o tipo de erro abaixo

Capítulo 8: Morda pela vida.

 O seu corpo foi pegado com apenas uma mão e jogado em direção a uma parede oposta. Sentiu que o grande osso em pé de suas costas se quebrou, sabia que não e ainda assim estava inclinado a crer nessa mentira. Alheia aos pensamentos do fraco monstro, a sua nova inimiga correu sobre suas quatro patas na direção dele.

Com o membro esquerdo o segurou e o lançou para cima fazendo sua carne fraca atingir o teto de pedra. Em nenhum momento “ele” soltou a arma humana em sua mão, mesmo que usasse toda força que tinha para isso. 

A grande humana peluda usou os braços para se manter de pé e usando as mãos das pernas segurou o goblin pela cabeça deixando-o perto de sua face e rugindo em fúria. Ela abriu sua boca demonstrando a intenção de morder a cabeça de sua presa. O monstro em reação rápida usou o pedaço de ferro afiado e o enfiou na boca da fêmea atravessando sua bochecha e fazendo com que ela o soltasse.

A fera o lançou sem ver para onde e tocou a própria boca sem querer acreditar. Ela rugiu e grunhiu conforme água salgada saída de seus olhos descia pelo seu rosto.

“Ele” caiu afastado em meios aqueles que andam nos galhos. Apenas respirar estava sendo doloroso, ser jogado de um lado ao outro como um galho levava seu corpo aos limites.

Um daqueles animais se aproximou e chegou perto de tocar o monstro caído. Nesse momento a fêmea gritou e saltou até eles, com um chute afastou o lançador de bosta e outra vez urrou. Ela bateu no peito várias vezes e girou, andou de um lado ao outro erguendo seus braços.

O que queria dizer era óbvio, a infeliz criatura era dela e somente dela. Socou o piso com seu punho e forçou sua voz tanto que tossiu ao fim de sua ameaça. O medo infelizmente não era suficiente, os humanos peludos não servem a nada e não obedecem monstro algum.

Irritados, algums avançaram na fêmea urrando e socando o ar com seus punhos fortes. Ela acertava aqueles que vinham pelo alto com um golpe de suas mãos, seus corpos muito mais fracos caiam e eles não voltavam a lutar.

“UUUUUUHUUUU UHU UHU” Ela agarrou um dos laranjas de braços longos e acertou a própria cabeça contra ele.

O animal tombou com o topo de seu rosto sangrando, morto, sem qualquer resistência. Muitos já haviam desistido daquela revolta e se afastado, pois até mesmo os mais estúpidos entenderam que a luta só resultaria em derrota. 

“Ele” aproveitava o momento, rastejando na busca de uma fuga. Sua pele verde indo de encontro ao piso de pedra, sentia a dureza fria do solo arranhar. Outros seres vivos ganhariam feridas se movendo daquela forma, mas o corpo adaptado para viver em túneis apertados o protegia desse risco.

O goblin pretendia chegar a um dos buracos no chão, buscar a escuridão em que viveu os primeiros anos de sua vida e onde nunca foi atacado por criatura alguma. Enquanto seguia seu objetivo, a luta no centro da caverna estranha ficava menor em tamanho e maior em ferocidade.

Aqueles que andam nos galhos estavam em volta da fêmea e de seu novo alvo. Eles gritavam e saltavam, rindo e batendo suas mãos no chão animados com o sangue que sabiam que seria derramado.

Um daqueles que rouba as coisas, caminhou até o centro batendo no peito. Era da cor que o céu ganha quando a noite chega, quando toda a luz se esconde. Sua cabeça era pontuda, seus dentes grossos e duros como pedras. Os braços maiores do que o corpo do goblin fugindo em silêncio, sua barriga era cheia e lisa, suas pernas curvadas sustentavam sua carne imensa.

“Huu huu.” Sobre todos os seus membros, ele se movia, respirando profundamente com o peito subindo e descendo ele bateu no próprio corpo, após isso então gritou. “UUUUUU UHU UHU UUUUUU”

“HUUUUU UHUUUUUU.” Ela o respondeu mais alto, sua voz fazendo a caverna em cima de cavernas tremer.

Os dois avançaram um na direção do outro, seus corpos se chocaram e suas bocas se uniram. A mordida mais forte definiria quem possui o poder. Os rostos ficaram juntos por algum tempo, nenhum dois deixando que o outro fechasse a boca completamente, focados em quebrar os dentes do alvo.

A líder saltou ainda sem parar de morder, usou as mãos de baixo para se agarrar ao ombro do humano peludo de cor da noite e com as de cima, segurou a parte de trás de sua cabeça. O que caminha nos galhos gordo desistiu nesse momento, tentou se afastar e ela não deixou.

Ele socou a barriga dela com seus punhos e vendo que ela não o soltava, socou novamente e mais outra vez. Fosse o agarrão ou a mordida, nenhum ficava mais fraco. Os que assistiam gritavam ainda mais alto e saltavam se divertindo, alguns jogavam frutas naquele que sabiam ser o perdedor.

“Uhu uhu uhu uhu!!!” Diziam imitando os movimentos desesperados do animal já derrotado.

O som de algo se quebrando foi ouvido e então nenhum mais. A fêmea soltou sua vítima que caiu deitada no chão e levou as mãos à boca destruída. Tentou parar o sangue que se derramava, conter o vermelho que caia no piso de pedra e não foi capaz.

Seu queixo estava pendurado por finos pedaços de carne. Os dentes de baixo todos sumidos, os de cima em sua maioria partidos ao meio. Deitado no sol frio, coberto pelo próprio sangue, o humano peludo tentou urrar algo e nada conseguiu. Ele apenas ergueu a palma suja de sangue para a fêmea.

Era uma prática daqueles que andam nos galhos, os derrotados estendiam a palma e se a mais forte aceitasse, poderiam continuar vivendo nas cavernas estranhas deles.

“Uhu uhu.” Ela caminhou até estar ao lado dele, se abaixando rugiu. “HUUUUUIUU UUUUUU”

Bateu em sua mão, a fêmea não aceitaria ele entre os seus. Todos sabiam o que ia acontecer, só na floresta, sem a boca, o humano peludo de cor da noite não conseguiria comer. Cada vez mais fraco e sem a proteção dos outros, seria morto e devorado por algum monstro ou animal mais forte.

O derrotado de forma lenta, quase desmaiado de dor andou na direção da saída. Quando cruzou a porta, sabia que nunca mais voltaria.

A fêmea rugiu, gritou afirmando sua dominância sobre todos eles. Ela lambeu a própria boca, o sangue do inimigo era ruim e ela só comia frutas, mas o que a irritou foi outra coisa. Sua língua passou por uma profunda ferida subindo de seu queixo e rasgando sua bochecha.

Ela gritou consumida pelo ódio e quando se virou para matar o próximo inimigo, ficou surpresa.

O goblin não estava mais lá.

Picture of Olá, eu sou MK Hungria!

Olá, eu sou MK Hungria!

Ei ei ei pessoinha! Se você gosta de novel, eu tenho um convite especial pra você. Entre para o Discord da Vulcan, lá você poderá conversar sobre suas noveis favoritas com outros fãs, descobrir curiosidades e muito mais. Não perca tempo.

https://discord.gg/DR8fWtfVd7

Clique aqui para entrar em nosso Discord ➥