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“Então isso aconteceu mesmo… Que tragédia.” Neferat estava de olhos fechados e um leve suspiro escapou de seus lábios como se estivesse completamente sem ânimo algum.

“Sim, Senhorita! Esta notícia abalou o mundo humano inteiro!” Comentou Carmilla enquanto servia o chá para Neferat, Rainha do Mundo Vampírico. A Secretária virava elegantemente o bully enquanto Neferat esperava calmamente para saborear o líquido que a própria Secretária tinha preparado com antecedência, já que este era um dia especial para ela.

Enquanto Neferat estava sentada no sofá, na sala de seu enorme castelo, sua Secretária pessoal, Carmilla Mezzadri, estava contando a ela sobre a notícia da Família Santiago ser assassinada de forma inesperadamente na terra que abalou o mundo todo. Neferat sabia que eles eram umas das maiores famílias políticas por causa de seu disfarce na terra como a líder de uma ‘casa nobre’ no reino de Liechtenstein, embora não tivessem muito contato com o mundo externo.

Carmilla continuou explicando o que havia acontecido, apenas as notícias que ela sabia por seus informantes do mundo humano terem passado o conteúdo, porém, o que mais deixou Neferat surpresa foi saber sobre o envolvimento da Família Santiago com a família de Yuji Himejima, a famosa e prestigiada família Himejima. Ela não esperava por isto, mas com essas informações as engrenagens na mente da mulher começaram a ligar os pontos. 

Apesar de serem apenas suposições, que eventualmente deixaram tanto Neferat quanto Carmilla convictas de que os assassinos eram os velhos anciãos da Facção dos Heróis, no entanto, porque eles fariam isto? Eles já não tinham conseguido o que queriam com a morte de Yuji, ou era o que eles acreditavam?! Porque dizimar uma família toda?! O que mais os velhos sabiam que  o mundo e todas as outras organizações não sabiam? 

Perguntas como estas estavam martelando a mente de Neferat e de sua Secretária.

Por um momento, Druilla esqueceu totalmente o seu chá, cruzou os braços com uma tez pensativa enquanto tentava buscar no fundo de seus pensamentos se ela deixou alguma informação passar despercebida, já que buscou saber tudo sobre o Yuji Himejima. No entanto, todas as informações que obteve antes de ter o garoto em suas mãos podiam ser contadas no dedo. Nada estava faltando! Então porque os velhos anciãos comandaram tal atrocidade contra os Santiago?! 

Para eles fazerem isso, precisaria ter alguma ligação com o jovem Beelzebub.

“Carmilla, você tem alguma ideia do porque os velhos fizeram isto?” As palavras da Secretária, era o que a Rainha já esperava. “Não, Senhora.” Mas, a mulher continuou: “No entanto, uma pessoa sobreviveu ao massacre, e seu nome é Alice Santiago! Seu estado ainda é crítico.”

Druilla então pegou a xícara de chá e tomou um gole lento e saboroso. Por alguns segundos de silêncio, saboreou o chá com um arco feliz em seus lábios. Ela finalmente falou totalmente desinteressada: “Uhm, bem. Este assunto não é importante para nós ede qualquer jeito. O que é mais importante agora, é que finalmente o dia para o despertar e a quebra da maldição de minha irmã, Luixya Tepes, acontecerá hoje a noite quando a Lua Vermelha surgir.”

A atmosfera mudou de repente.

Por algum motivo, Carmilla ficou em silêncio olhando a mulher à sua frente sentada no sofá, enquanto ela mostrava um sorriso em seus lábios delicados que tinha um brilho único que, com toda certeza, deixaria qualquer homem aos seus pés. Druilla tomou outro gole do chá com uma expressão satisfeita, então olhou para a Secretária e falou calmamente com um suspiro. “E Aiko, como está?” 

Carmilla falou: “A garota está em seu quarto. Ela não saiu desde que viu sua mãe na câmara, alguns dias atrás.” Era verdade, Aiko já estava em seu quarto há três dias. Por algum motivo ela não saiu, no entanto,  Carmilla não se importou já que constantemente a empregada que estava encarregada de cuidar da garota a informava de tudo que Aiko fazia em seu quarto. 

E como eram coisas irrelevantes, Carmilla a deixou de lado e se propôs a cuidar dos objetivos pessoais e mais importantes da Rainha, já que três dias haviam passado, e o tão esperado dia de um milênio desde a última Lua vermelha tinha surgido, finalmente chegou.

Muitas casas nobres estavam eufóricas com o tão esperado dia, que era celebrado toda a glória e a longa vida de imortalidade dos vampiros de várias e várias gerações. Era realmente um dia bastante importante para os imortais, assim como o dia em que a Deusa Vampira nasceu. Apesar de que ela desapareceu sem deixar vestígios para trás de onde tenha ido a séculos atrás. De qualquer jeito, a Deusa Vampira ainda era uma figura icônica para os vampiros.

E neste dia, Druilla iria acabar com a maldição de deterioramento de sua irmã. A maldição estava destruindo o corpo dela em um estágio avançado, mas com a ajuda da câmera que a própria Neferat fez questão de preparar o estágio avançado de destruição do corpo de Luixya diminuiu consideravelmente, o que deixou a Rainha muito feliz, assim como Carmilla que estava alegre tanto pela irmã de sua Soberana, e pela própria Druilla. 

Porém, havia algo errado, ela deveria concordar com tudo que sua Rainha dissesse, ou mandasse fazer como sempre fez, no entanto, havia um sentimento que dizia o contrário. Algo que a deixava em dúvidas, de que o que ela estava fazendo estava realmente certo?! Além disso, ainda havia algo mais que a deixava ainda mais perturbada, a voz de uma certa garota estava em seu coração. 

Era como se a voz de Ayumi Ayko dizendo: “Está errado! Está errado!” Estivesse se fixado fortemente em seu interior. Essas palavras foram ditas por Aiko no mesmo dia que descobriu que sua mãe estava viva. Entretanto, Luixya estava em um estado-vegetal por anos por causa de uma maldição, e se caso isso se prolongasse a morte dela era mais do que certa. E a maldição só podia ser possível quebrá-la com o sangue de dois membros de famílias nobres. 

Como a maldição fora colocada por um vampiro e um demônio, era necessário o sangue de dois nobres dessas respectivas linhagens nobres.

As palavras da garota continuaram no coração da Secretária, até que ela decidiu deixar estes sentimentos conflitantes que por algum motivo diziam para ela que estava fazendo algo errado, completamente de lado. Então, sua atenção se voltou totalmente para os propósitos pessoais de sua Senhora e como o dia do despertar de Luixya Tepes estava perto, Carmilla cuidou de tudo, até mesmo do local para o ritual que ficava em um lago de água cristalina no pico de uma montanha a alguns quilômetros de distância da Capital Real.

Como a Rainha queria total descrição para isto, era claro que a Secretária faria como ordenara sua Soberana. Com total descrição ela fez os preparativos e só estava esperando o cair da noite para o ritual de despertar começar, assim como a Neferat planejava. 

Carmilla olhava para a calma e doce Druilla no sofá, com um sorriso levemente curvado para cima, enquanto saboreava o chá; seus olhos fechados diziam que Druilla estava em um estado de paz imperturbável. Seus gestos de mover a xícara até seus lábios capazes de deixar qualquer homem ao seus pés eram tão elegantes quanto um andar de passos leves em uma passarela de modelos. O que estava diante de Carmilla, era sem dúvidas, a Rainha Vampira, a beldade do Mundo Vampírico.

Druilla olhou para sua Secretária com um tez satisfeita e a elogiou. “O chá está ótimo. Além disso, o lugar escolhido para o despertar de minha irmã é um ótimo local. Estou impressionada com o seu excelente trabalho, Carmilla.” Carmilla corou desajeitadamente, era uma honra para ela ser lisonjeada pela própria Rainha Vampira. E também, já fazia muito tempo desde que ela recebeu um elogio de Druilla. 

Carmilla, ainda com as bochechas coradas, olhou para a Rainha que a observou de volta e disse: “Peça o que quiser, Carmilla. Será como um agrado pelos seus bons serviços por todos esses anos me servindo fielmente.”

“Er… Senhora, está bem mesmo?! Acho que não é preciso me dar nada. Já sou bastante grata apenas por servi-la.” Druilla fez uma leve saudação para recusar e demonstrar respeito, mas Neferat ainda não se deu por vencida e insistiu. “Eeer… Vamos, diga o que você quer.”

Então, com um olhar que já dizia o que ela realmente queria, a Rainha já havia percebido e nem foi preciso a Secretária dizer. Apenas pela expressão da mulher, com seus dentes caninos à mostra em um sorriso irregular, seus olhos vermelho-sangue, que diziam que estava sedenta por sangue, foi o bastante para Neferat saber o que ela queria.

“Bem, não exagere…” Neferat bebeu outro gole do seu chá. “Sério mesmo?!” Carmilla saltou de alegria enquanto entrelaçava seus punhos com um sorriso. “Obrigado senhora. Será apenas um pouco, não vou exagerar.”

Assim, a Vampira desapareceu deixando sua Soberana na sala da mansão sozinha. Porém, ela nem mesmo se importou, até porque estava em um estado de paz imperturbável, e como o desejo de sua Secretaria foi atendido, não faria mal deixá-la saborear o que queria, por enquanto.

Até porque, Carmilla já havia feito inúmeros serviços para ela, e como o desejo dela era algo que a Rainha poderia realizar, o fez para compensar por todos os trabalhos, que eventualmente, sempre foram concluídos por Carmilla. Não importava o que Neferat pedia para Carmilla, a Secretária dava sua vida para sempre concluí-lo com maestria.

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