Tradução: Nimsay
Passei meus braços em volta do garoto que lutava.
— Mmrmmm!
O garoto chutou minhas costas com os calcanhares. Foi uma resistência inútil. Eu o arrastei para fora do Salão da Magia.
[Você, seu ganancioso…]
Eu sorri.
[O que você pensa que está fazendo?!]
— Vou levar esse cara comigo.
— Mrrmm! Muuurrm!
Falei para os caras tremendo no canto do campo de treinamento.
— Saiam daqui. Fiquem em seus dormitórios se quiserem viver.
— Ah, entendi!
As cinco pessoas deixaram rapidamente o campo de treinamento.
O portão do campo de treinamento se abriu com um rangido e Jenna entrou carregando um carrinho cheio de itens que ela havia escolhido e que sobreviveram ao incêndio.
— E esse garoto…?
— Ele é o saque mais importante. Não o perca.
Joguei o menino no carrinho.
— Isso não é sequestro?
— Exatamente.
Bam! O carrinho balançou quando o menino chutou o interior com os pés.
Eu olhei para o rosto dele. Lágrimas molharam seu lindo rosto1 e seu olhar ressentido foi direcionado para mim.
— Leve-o para a aeronave. Vou terminar nosso trabalho.
— Ok, não se atrase!
Jenna puxou o carrinho e desapareceu.
Respirei fundo e peguei uma tocha de madeira. Saí brevemente para queimar o que restava. Começando pelo Salão da Magia.
Não há necessidade de óleo aqui. Havia muitos rolos de papel para queimar.
[Você, seu idiota egoísta! Por que você está fazendo isso?]
A fada bateu os pés no lugar.
— Me chame do que quiser.
Abri a porta do lugar. Os livros estavam bem embalados nas prateleiras. Joguei a tocha acesa. Uau. As chamas começaram a subir junto com a fumaça.
[※!Atenção!※]
Atearam fogo no Salão da Magia!
Mesas, cadeiras, várias ferramentas e inúmeros livros mágicos transformaram-se em cinzas.
A fada, batendo as asas, fez o possível para apagá-lo, mas depois que o fogo começou não havia jeito. Dentro do campo de treinamento, abri a tampa do recipiente de combustível que Jenna havia trazido e derramei o óleo.
Foi apenas uma questão de tempo até que as chamas do Salão da Magia chegassem até aqui.
[Por que…?]
— Sem firulas.
Quando roubei um caçador pela primeira vez, poupei-o porque ele implorou muito.
Um mês depois, fui esfaqueado nas costas. O próximo e o seguinte fizeram o mesmo. Não importa o quanto as pessoas e as circunstâncias mudassem, o resultado era sempre o mesmo. Através de inúmeras experiências, estabeleci um princípio.
‘Esses caras nunca mudam.’
Era apenas uma medida temporária. Assim que encontrassem uma oportunidade, começariam a atacar os outros novamente. A única maneira é removê-los completamente do jogo.
Bruuum! Finalmente, o fogo se espalhou para o campo de treinamento.
[Você acha que pode se safar disso… Não vai mesmo!]
A fada me atacou com uma expressão furiosa e deu um soco.
No entanto, seu punho foi bloqueado por uma barreira invisível e seu pequeno corpo ricocheteou, caindo.
‘Existem duas condições que devem ser atendidas para uma fada atacar.’
Primeiro, a desobediência às ordens do mestre. Segundo, quando um herói usa força letal para atacar outro herói.
Esta pequenina não poderia me machucar de forma alguma. Ela só podia ficar parada e observar.
As chamas que irromperam do Salão da Magia transformaram tudo o que tocavam em cinzas.
Espantalhos e bonecos de madeira, diversas armas de treinamento, cadeiras e mesas pegaram fogo. Depois de sair da praça, fechei a porta. O fogo não pararia até consumir todo o campo de treinamento.
Caminhei lentamente pela praça, agora transformada num monte de cinzas. Sangue, brasas e cadáveres de heróis estavam espalhados por toda parte.
Um deles sentou-se com os olhos vagos, olhando ao redor da praça. Caminhei sem vacilar. Eu criei isso. Eu havia cortado a esperança deste mundo.
‘Eu não estou arrependido.’
Pisar nos outros é necessário para escalar e sobreviver. Há muito tempo eu me reconciliei com esse fato.
[Se você fez isso, o Mestre…?]
— Ele pode desistir.
[Sabendo disso, você ainda fez isso? Então o que devemos fazer?)
A fada sentou-se.
Empurrei a grande porta para fora. Um espaço linear, uma fenda nas dimensões, foi revelado.
Dentro da passagem, uma pequena e elegante aeronave estava estacionada. Foi chamada de ‘Capitalismo’.
‘Um nome bastante criativo.’
As chamas não chegaram aqui.
Eu tinha feito isso intencionalmente. Caminhei em direção ao fundo do Capitalismo, onde Jenna e Neryssa estavam guardando o saque.
— Você chegou?
— Qual é o status do dirigível? Podemos partir?
— As funções operacionais estão desligadas. Temos combustível suficiente, mas parece que precisamos de algum tipo de autenticação.
— Onde está o garoto?
— Nós o amarramos ao convés.
Subi as escadas. No convés, um menino amarrado a um pilar lutava.
— Rmmm! Mrrmm!
— Não tenho ideia do que você está dizendo.
Aproximei-me do menino e desamarrei a corda em sua boca.
— Pff!
Ele cuspiu e eu me esquivei.
— Que baixaria.
— Vocês são ainda mais, seus malditos! — O menino gritou com um tom áspero. — Solte-me imediatamente! Se você não quer que sua cabeça seja cortada. Você sabe quem eu sou?
— Um mago, eu presumo.
— Isso mesmo! Eu sou Katio, que aterroriza até os magos de terceira categoria só de ouvir meu nome!
— Queremos iniciar o dirigível, como fazemos isso?
— Seu maluco. Você acha que eu contaria só porque você perguntou? Eu fritaria você em água fervente… Ugh.
Uma lâmina pressionou a garganta do menino. Atrás dele, Velkist estava com uma expressão fria.
— Você é muito barulhento. Devo cortar alguns dedos para que você não conjure nenhum feitiço?
— Não aja assim. É como se fôssemos os verdadeiros vilões!
— Vocês são vilões!
— Veja, houve um mal-entendido.
— Sem mal-entendidos. Seus vilões… Uggh! — A lâmina cravou-se levemente na garganta do menino. — Remova a espada e eu falarei.
— Remova.
Velkist embainhou a espada.
Falei com uma voz sem emoção.
— Se eu vir algum sinal de magia, cortarei seus braços imediatamente.
— Tá.
— Tal descaramento…
O rosto do menino ficou pálido.
— Vamos esclarecer o mal-entendido mais tarde. Precisamos retornar ao nosso local original. Precisamos da sua cooperação. Entendeu?
— Retornar?
— Não podemos ficar aqui. Não há nada além de cinzas.
— Foram vocês que fizeram isso assim… E… — O menino olhou para Velkist atrás dele e hesitou.
— Não será difícil. Basta definir as coordenadas para onde seus amigos foram a pouco tempo. É o lugar que vocês estavam planejando atacar.
Afrouxei as restrições e ajudei o menino a se levantar. Então, levei-o para a sala de controle da aeronave.
— Eu, eu estava apenas fazendo pesquisa…
— Certo.
— Huh…
Um soluço misturado com um gemido escapou dele.
Suspirei.
— Não seja tão chorão. Estou começando a querer matar você — Velkist falou irritado.
‘Esse cara realmente não tem remorso.’
- Eu queria dizer que eu botei isso de sacanagem… Mas realmente tinha isso no coreano.[↩]