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Noro segue rumo ao oeste, sua mente repleta de dúvidas e hesitações, mas ainda assim, ele continua.

“Por que estou fazendo isso? Vou acabar morrendo”, murmura para si mesmo, mas a determinação ainda arde em seu coração. 

A floresta morta em volta é silenciosa e mórbida, refletindo os pensamentos turvos de Noro.

“É só o nome, né?” ele questiona, tentando aliviar a tensão. Ele pensa nos últimos humanos que viu, aqueles que ele conduziu à morte. 

“Você acha que fiz certo?”, Noro se questiona em pensamento. Sua voz interior responde sem hesitar: “Claro! Se não fossem eles, seria você.”

Ele se tranquiliza com essa lógica distorcida. 

“Não fiz nada de errado”, conclui.

Noro se perde em monólogos internos para passar o tempo. Ele debate consigo mesmo sobre filosofia, planos futuros, e pensa no que fará quando voltar ao mundo real. 

“Acho que vou querer experimentar essa tal de pizza… nunca comi algo assim”, ele reflete.

“Um hambúrguer parece ser melhor”, pondera em seguida.

“Tanto faz”, ele conclui, talvez um sinal de que sua sanidade não está completamente em ordem.

De repente, ele se lembra: “Esqueci a comida…”

Pensando em voltar, ele rapidamente desiste da ideia. 

“Vou caçar. Não deve ser tão difícil”, decide, confiante em suas habilidades recém-descobertas.

Com um gesto, Noro invoca sua corrente negra, lançando-a em direção a um galho de árvore. 

A corrente se enrola firmemente, e ele puxa com força, usando o fragmento de salto para se lançar até o topo do galho.

A corrente de Noro é versátil, podendo mudar de tamanho conforme sua vontade. Ele habilmente utiliza sua adaga na ponta, transformando-a em uma arma mortal ou um meio de escalada, como um rapel. 

A adaga voadora, um recurso adicional, pode ter seu peso alterado, criando um equilíbrio perfeito quando acoplada à corrente.

Entre os novos fragmentos que Noro adquiriu, seu favorito é uma caneta especial com uma pena. 

Ele a segura delicadamente, traçando no ar. A tinta, como por magia, permanece suspensa, formando palavras e desenhos.

“Você não acha isso legal?” Noro pergunta a si mesmo, desenhando um “Sim” no ar.

“Que bom,” ele responde, um sorriso se formando em seus lábios.

Após dispersar a caneta, Noro retoma sua jornada, movendo-se ágil pelas árvores, combinando o fragmento de salto com o de velocidade e sua corrente negra.

Subitamente, ele para, atento a uma movimentação estranha. Diante dele está uma criatura bizarra: um cavalo com pele humana, cabeça esquelética, olhos vazios e um pescoço anormalmente longo, maior que o usual. 

Noro observa atentamente, enquanto seu olho especial lhe fornece informações cruciais sobre a estranha criatura.

Escorraçado esquelético

Nível: (Inativo)

Noro, com uma determinação feroz, invoca a Lâmina Púrpura. Com um salto ágil, ele se lança em direção à sua presa. A lâmina desce em um arco preciso, cortando o ar com um zumbido letal. 

O golpe é tão limpo e perfeito que divide o bizarro cavalo ao meio numa fração de segundo. 

Mesmo em seu estado bifurcado, a criatura faz uma última tentativa desesperada. Seu pescoço se estica grotescamente, ossos estalando em protesto, enquanto a boca se abre numa tentativa voraz de morder Noro.

Mas Noro, com reflexos afiados como a própria lâmina que empunha, reage instantaneamente. 

Com um movimento fluido e implacável, ele golpeia de baixo para cima. A lâmina corta o ar novamente, enviando a cabeça do cavalo voando em um arco surreal. 

Ela descreve uma trajetória no céu antes de cair ao chão com um som surdo.

“Até que foi fácil,” Noro comenta, sua voz calma contrastando com o frenesi do assassinato que acabara de acontecer. 

Ele olha para a Lâmina Púrpura em sua mão, um sorriso de satisfação delineando seus lábios. 

Noro sente a familiar pontada de dor de cabeça e, num piscar de olhos, se vê andando pela inóspita Floresta Morta.

“E lá vamos nós de novo…” Ele suspira, resignado. Apesar de estar cansado dessas visões repentinas, sabe que são inevitáveis.

Na visão, ele observa o bizarro cavalo de pele humana e ossos estalando, caminhando desajeitadamente pela floresta sob a luz da lua. 

De repente, uma luz brilhante surge ao longe. Sem hesitar, o cavalo se afasta rapidamente da luz, movendo-se na direção oposta.

Essa luz, percebe Noro, vem do oeste. “Parece que não foi tão inútil dessa vez,” ele murmura, um sorriso se formando em seus lábios.

A visão se desvanece, e Noro se vê de volta à realidade, sentindo-se mais forte. Do cadáver do cavalo, emerge uma aura negra, coalescendo em mais um fragmento.

“Vamos ver,” diz Noro, curioso, estendendo a mão para pegar o novo fragmento, já pensando em como poderia utilizá-lo.

Uma flor negra e sem vida se materializa diante de Noro, emanando uma aura roxa suave e misteriosa. 

Seu caule é tão negro quanto a noite, terminando em pontas afiadas, quase perigosamente pontiagudas. 

A flor parece conter uma energia oculta, aguardando ser explorada.

Rosa da Morte

Nível: (Inativo)

(Uma rosa mortífera)

Noro ouve barulhos e passos ecoando ao seu redor. Antes que possa praguejar, uma voz o interrompe.

“Parado aí.”

Rapidamente, Noro ergue as mãos em sinal de rendição e se vira lentamente. 

Ele se depara com um homem, que não está sozinho – três outras figuras o acompanham, formando um grupo imponente diante de Noro.

O homem alto, vestindo uma armadura de couro e com olhos verdes, examina Noro com um olhar avaliador. 

Ele porta uma manopla pesada em sua mão direita, contrastando com a simplicidade dos outros três, que vestem roupas de qualidade duvidosa e empunham armas básicas.

“O que aconteceu por aqui?”, questiona o homem, aparentemente o líder.

Noro, percebendo a gravidade da situação, finge medo em sua voz: “Eu sou apenas um garoto perdido neste lugar… por favor, me ajudem a sair daqui.”

O líder, com um olhar inquisidor, questiona: “Você não corresponde à descrição… Qual é o seu nome?”

Noro, surpreso pela menção de uma “descrição”, hesita. 

Antes que pudesse responder, um dos homens, de cabelos loiros, interrompe:

“Espere… Talvez ele não seja quem estamos procurando, mas pode ser o responsável pela morte do grupo do Rick.”

O chefe, surpreso com a sugestão, ri desdenhosamente: “Um garoto como ele? Isso é impossível.”

Noro, mantendo-se em silêncio, apenas abaixa o olhar.

“O que é essa criatura morta aqui? Você veio como um rato para se aproveitar dos restos?”, indaga o líder, com um tom de desdém.

Noro suspira, resignado, e oferece uma proposta: “Se eu der tudo que eu tenho, vocês vão me deixar ir embora?”

O homem alto, confiante em sua superioridade, responde prontamente: “É claro, garoto. Apenas nos entregue seus suprimentos.”

Noro, com um semblante tranquilo, estende a mão, segurando a caneta com a pena. 

“Tudo que tenho é isso…”, diz ele, enquanto desenha algo rapidamente no ar.

O líder, confuso, observa as palavras que se formam diante de seus olhos e lê em voz alta, ainda sem entender: “Flores têm espinhos? Como assim?”.

A confusão se espalha entre os homens, que olham uns para os outros, tentando decifrar o significado daquela frase enigmática. 

De repente, a atmosfera muda drasticamente. Em um piscar de olhos, a flor negra na mão de Noro se transforma em uma arma letal. 

Com uma velocidade quase imperceptível, ela dispara, perfurando a testa do líder com uma precisão mortal. 

O sangue jorra em um arco grotesco, enquanto um fenômeno assustador se desenrola: a testa do homem começa a necrosar a uma velocidade alarmante, a pele e o tecido se desintegrando até que seu crânio fica grotescamente exposto.

“Eu avisei”, Noro pronuncia com uma frieza que não condiz com sua idade, enquanto os homens ao seu redor, paralisados pelo choque e horror, lutam para assimilar a cena diante deles. Nesse momento, uma inquietação perturbadora começa a se formar no coração de Noro, um sinal de alerta que vibra em sua alma jovem. É como se cada palavra fria e cada ação brutal que ele é forçado a executar o aproximem cada vez mais de um ponto de ruptura, de um abismo onde a linha entre sua humanidade e a desumanidade se torna perigosamente tênue.

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