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Assim que terminou de fazer suas compras, Alexander passou o brasão que Lucas lhe deu para o pai de Diana, para que eles não tivessem problemas em qualquer lugar da cidade, e, assim como já havia combinado com eles, voltou para a academia com Ocean.

Ao chegar na academia, ele percebeu que a festa já estava começando, mas não se apressou e foi primeiro tomar banho e deixar Ocean bem limpa.

Não tendo mais preparativos a fazer, Alexander foi até o escritório do diretor, onde Lucas o aguardava, pegar um uniforme novo e as poções que havia pedido.

— Você vai só com isso? — perguntou Lucas, que estava estranhamente bem em uma roupa de festa.

Em resposta à pergunta de Lucas, Alexander tirou o [Manto Dragões Gêmeos] do seu novo item de armazenamento interno e o colocou.

Surpreso com a beleza da peça, Lucas ponderou que Alexander não estava mais tão mal, mesmo ela sendo um pouco grande para ele. — Vamos.

No momento em que Alexander chegou ao salão da festa, todos se viraram para ele. Não só por ele ser o atual campeão do Torneio Imperial, mas também pelo seu [Manto Dragões Gêmeos] e a coragem de entrar com Ocean ao seu lado.

Se fosse em qualquer outro dia ou local, Lucas o teria impedido, mas como ele era uma das principais figuras daquela noite, abriu-se uma exceção.

No início, a presença de Ocean gerou muita repercussão, mas assim que as coisas se acalmaram, a maioria das pessoas queria era vê-la de perto, afinal, Ocean era linda e, provavelmente, não existiam outros lobos como ela.

Ao notar a dor de cabeça que isso poderia causar, o Diretor Robert acenou com as mãos e habilmente mudou a posição da mesa Alexander para um lugar onde Ocean pudesse ficar de costas para a parede, evitando assim que alguém pisasse nela e criasse uma bagunça.

Feliz por estar longe do centro da festa e ter um forte desmotivador de pessoas aleatórias, Alexander começou a comer o que lhe foi servido. Infelizmente para ele, não demorou muito para que as “pessoas não aleatórias” aparecessem para perturbar a sua paz.

— Escolha interessante de roupas — comentou o homem que liderava o grupo que se aproximou de Alexander.

— É o [Manto Dragões Gêmeos] — disse Alexander, basicamente agindo como o garoto propaganda da academia. — Apenas algo que comprei para me lembrar onde deve estar pelo menos parte da minha gratidão.

— Por falar nisso — disse Alexander, pedindo uma pequena licença e pegando o seu copo cheio de vinho.

— Pela Cidade Gêmea! — bradou Alexander, chamando a atenção de todos, antes de beber todo o conteúdo do copo.

— Pela Cidade Gêmea! — também bradou Lucas antes de entornar dois copos de bebida em sequência.

— Eu bebo a isso também — disse o diretor ao erguer a sua taça com um largo sorriso no rosto, entendendo as intenções de Alexander. — Pela Cidade Gêmea!

Como um efeito dominó, onde uma coisa leva à outra, todos na festa ergueram seus copos e taças e beberam o conteúdo deles em homenagem à Cidade Gêmea. Mas qualquer um ali poderia dizer que o brinde foi na verdade feito em homenagem à Academia dos Combates Gêmeos, pois, naquela noite, ela era a Cidade Gêmea.

Com todos na festa bebendo ao menos um copo de vinho de uma vez, a festa logo começou a ficar cada vez mais animada, e isso deixou o diretor particularmente feliz e muito satisfeito com o desempenho de Alexander.

Assim que Alexander estava prestes a se sentar novamente, outro grupo veio em sua direção. Mas desta vez ele foi salvo por um trio de conhecidos.

— Venham. Sentem-se comigo — convidou Alexander, animado por encontrar rostos mais conhecidos.

O trio era obviamente Jason, Mark e Stella, que não recusaram seu convite.

— Já faz um tempo… Como vocês estão? — perguntou Alexander.

— Aparentemente, não tão bem quanto você, senhor campeão — brincou Stella, que usava um vestido vermelho que realçava seus lindos olhos e cabelos azuis.

— Isso é apenas algo menor — disse Alexander, como se aquilo não fosse nada.

— Como você nesse manto? — provocou Mark, que usava uma roupa que parecia ser a versão luxuosa e social da roupa de um cavaleiro.

— … — Alexander.

Como o grupo criou uma certa intimidade depois do evento de integração, eles se sentiam livres para fazer pequenas brincadeiras assim. E como não tinha como argumentar sobre o tamanho do manto, Alexander apenas aceitou.

Jason, que não tinha o mesmo entrosamento do grupo que estava junto no evento de integração, ficou mais contido nas suas vestes brancas levemente azuladas e apenas felicitou Alexander: — Parabéns pela vitória.

— Obrigado — disse Alexander. — Mas eu sinceramente acho que você também poderia ter feito a mesma coisa se tivesse a arma certa há algum tempo.

— É difícil dizer — respondeu Jason, sem concordar ou negar. — Mas você se saiu muito bem na última luta.

Enquanto Alexander conversava com o trio, o grupo de Diana chegou à festa, que já estava repleta de música instrumental e conversas. Mas assim que eles deram alguns passos, outro grupo, liderado por uma jovem mulher, os deteve.

— Eu disse que não queria ver a sua cara nessa festa! — basicamente rosnou a mulher para a jovem que Alexander encontrou chorando na rua. — Quero saber quem te deu coragem para me enfrentar… Já disse que ele é meu!

— E EU quero saber quem lhe deu coragem para destratar os meus convidados de honra para esta festa — disse Alexander, que se aproximou deles com o grupo que estava na sua mesa, num tom assustadoramente sóbrio.

Assim que a mulher se virou para ver quem ousou defender a sua rival, o coração dela afundou. Ela não esperava que o campeão do torneio, acompanhado pelos descendentes das famílias Vermilion e IronShield, intercedesse.

Altamente suprimida, em muitos aspectos, a jovem foi forçada a engolir o orgulho, abaixar a sua cabeça e recuar. Não importava sua ascendência ou motivos, naquela noite e naquele lugar, qualquer pessoa da geração mais jovem da Cidade Gêmea estava destinada a perder um pouco de face/prestígio se estivesse no lugar dela.

Sentindo que o clima havia ficado um pouco pesado, Alexander pediu permissão aos ocupantes de uma mesa próxima para colocar um pequeno cristal, o qual eles rapidamente reconheceram e permitiram.

— As três jovens damas nos dariam a honra de algumas danças? — perguntou Alexander ao estender a mão para a jovem que encontrou chorando, mas que agora sorria em um belo e deslumbrante vestido amarelo, arrastando todos seus companheiros com ele.

A jovem pareceu relutante no início, mas acabou aceitando o pedido, pois queria conversar com ele “em particular”.

— Eu não sei dançar muito bem — avisou a jovem um pouco antes de Alexander pressionar o cristal até ele trincar e começar a liberar uma música.

— Não tem problema — garantiu Alexander. — Basta pisar na ponta dos meus pés, levantar a parte de trás dos seus pés do chão e segurar minha mão e ombro.

A jovem seguiu as instruções dele e eles começaram a valsar ao som fechado, rígido e “gelado” de uma música de balé que ele havia pedido a um grupo de artistas para “gravar” no ritmo da valsa.

Movendo-se num ritmo de 4 por 4 e sempre tomando cuidado para não bater em ninguém, Alexander fez a sua parceira flutuar pelo salão.

— Porque você fez isso tudo por mim? — perguntou a jovem. — Nós não nos conhecemos e eu posso dizer que você não está interessado em mim.

— Seu sorriso… Entre outras coisas — respondeu Alexander, ainda mantendo-os valsando. — Eu vi seu sorriso esta manhã antes do torneio… Ele me passou tanta verdade que até me lembrou o sorriso de outra pessoa.

— Sorrisos assim, o seu sorriso, não deveriam perder sua verdade por causa de outras pessoas — disse Alexander suavemente. — Você merece ser feliz.

Assim que o ouviu, a jovem começou a chorar e abraçou o pescoço dele enquanto eles dançavam até o cristal se quebrar e a música parar.

Assim que a música parou, Alexander deu-lhe um lenço para enxugar as lágrimas e estendeu a mão para Stella enquanto também colocava outro cristal sobre a mesa.

A música desta vez foi uma baseada nas quatro estações. Seu início é um pouco lento e frio, como o inverno, mas, com o passar do tempo, a música acelera cada vez mais, até finalmente desacelerar no outono.

Essa música se mostrou uma escolha perfeita, pois deu a Stella, que a dançou com os próprios pés, tempo para se acostumar com o ritmo de Alexander e começar a brilhar cada vez mais com o ritmo acelerado da chegada do verão.

Quando o segundo cristal quebrou, Alexander entregou Stella a Jason e estendeu a mão para Diana, que havia dançado com Mark.

Assim que viu Diana, Alexander soube que a Lua Negra havia se superado. Mas ao olhar bem de perto, ele ficou ainda mais admirado com tamanha beleza.

O longo vestido verde sem alças dela já a deixava incrível, mas as jóias azuis e os adornos de ouro faziam seus cabelos e olhos cintilarem como o mar noturno.

Diana

Assim que Diana pegou a mão de Alexander, ela a apertou com força, como se não quisesse mais soltá-la, o que o fez sorrir. Esse tipo de sentimento seria perfeito para o ritmo da última música que ele escolheu, o tango.

— Pode dançar em meus pés se quiser — disse Alexander calmamente.

— Não precisa — respondeu Diana, surpreendentemente calma. — Eu vou tentar acompanhá-lo por conta própria.

Assim que eles começaram a dançar, Alexander se assustou. Diana, que não deveria saber dançar muito bem, mostrou-se não muito inferior a ele, que tinha todos os movimentos gravados na memória e a agilidade e destreza para executá-los.

Surpreso, Alexander começou a aumentar a velocidade e a complexidade dos seus passos, mas Diana continuou a acompanhá-lo e a melhorar enquanto dançava.

Em um certa momento, sentindo que isso funcionaria, Alexander soltou Diana e usou |Fluxo Ascendente| para se afastar dela em um brilho ilusório. Mas quando o viu soltá-la e “fugir”, ela também usou |Fluxo Ascendente| e avançou em direção a ele em outro brilho ilusório.

Ao senti-la vindo em sua direção, Alexander parou repentinamente, o que deveria ter causado uma colisão entre os dois, mas Diana, que parecia saber que ele iria parar para “recebê-la”, simplesmente encaixou seu corpo no dele, sem bater, como uma espécie de abraço, e eles voltaram a dançar.

Como Diana não sabia, ou não queria, fazer a parte da separação, Alexander a jogou em uma parábola e “virou-lhe as costas”. Mas assim que ela começou a cair, ele “se arrependeu” e, em mais um brilho ilusório, foi “salvá-la”.

Diana, que estava colada em Alexander, só percebeu que todos na festa estavam olhando para eles em silêncio quando o cristal com a música se quebrou.

Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 10,00 R$).

Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: http://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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