Nota do autor: Olá a todos. Este capítulo é o início da publicação diária referente aos capítulos do sorteio.
Bom capítulo a todos.
Quando acordou, Alexander não estava mais sentindo nenhuma dor e isso o assustou muito. Mas ele logo se acalmou quando percebeu que conseguia sentir bem o seu corpo e tudo ao seu redor.
— Você finalmente acordou — disse uma voz. — Eu me perguntei quando isso iria acontecer, mas quem imaginaria que levaria menos de uma semana?
Ao olhar na direção de onde vinha a voz, Alexander se deparou com um “dragonewt” vermelho, muito bem constituído e extremamente “selvagem”, de 2,5m.
— Muito obrigado por me ajudar a sair daquela situação — disse Alexander.
O “dragonewt” olhou para Alexander um pouco surpreso por um momento, mas ainda o questionou: — Como você sabe que fui eu quem te salvou?
— Se eu não estiver errado, o senhor é o pai de Anna, ou alguém muito próximo a ela — respondeu Alexander. — E mesmo não sabendo quantificar o seu poder, eu ainda posso dizer que o senhor é a criatura mais forte que eu já encontrei.
Ao ver que o “dragonewt” não discordou, ou ao menos pareceu surpreso com sua análise, Alexander continuou: — Com base nesses pontos, eu presumi a sua identidade… Pois se não fosse esse o caso, por que o senhor se dignaria a ajudar uma criatura tão pequena quanto eu?
— Você está certo. Anna é minha filha — confirmou o “dragonewt”. — Mas se seguirmos a mesma lógica, por que você a ajudou? Ela não era nada para você.
Ao pensar um pouco sobre os motivos que o levaram a ajudá-la, Alexander sorriu levemente e respondeu: — Se tivesse que citar os motivos, eu diria que foi apenas por compatibilidade e sorte.
— O que você quer dizer com isso? — perguntou “dragonewt”.
— Eu não gosto quando alguma criatura racional e indefesa é colocada em uma situação além de seu controle por esquemas de outros — respondeu Alexander, lembrando-se da sua própria situação ao acordar em uma das clareiras do bosque esquecido. — Depois disso, fui simplesmente colocado em uma série de situações em que abandoná-la não parecia uma boa escolha.
— Mas e quando você a encontrou? — insistiu o “dragonewt”.
— Eu mataria um {Dragão} sem nenhum arrependimento para me proteger e/ou ficar mais forte — garantiu Alexander sem qualquer hesitação. — Mas por que eu mataria um bebê que acabou de sair da casca?… A linhagem no sangue dela não vale o pouco escrúpulo que eu tenho, muito menos o de Diana.
— (Não posso falar pelos outros, mas como pode constatar, eu posso me comunicar bem com outros seres) — continuou Alexander ao estabelecer uma conexão entre eles. — (Para mim, ela é apenas um bebê indefeso e inofensivo.)
— … — “Dragonewt”.
Ao ouvir tal resposta, o “dragonewt” ficou surpreso, a ponto de começar a reavaliar Alexander, e disse: — Realmente valeu a pena salvá-lo.
E após pensar um pouco mais, ele declarou: — Independentemente do que você seja, ou de quem você seja, é um fato que você salvou a minha filha mais nova, e que ela o chama de tio. Então, de hoje em diante, você é irmão de Drayygon, ||O Vermelho||, um dos 15 ||Reis Dragões||.
Pego de surpresa por tal declaração de um poder como aquele, Alexander sentiu algo instintivo lhe dizendo para recuar. Mas mesmo tendo que se conter para não recuar diante de tal proposta, ele permaneceu firme e respondeu: — Obrigado por toda essa consideração… Mas suas palavras também me deixaram com uma dúvida: quando você diz que é um dos 15 ||Reis Dragões||, você quer dizer que já existiram outras 14 criaturas do seu nível?
Ao ouvir a pergunta de Alexander, Drayygon não pôde deixar de sorrir, como se essa pergunta não pudesse ter vindo de qualquer criatura que não fosse um dos pequenos seres da “civilização”. — Claro que não. O que estou dizendo é que há outros 14 dragões com poderes semelhantes aos meus.
— Mesmo que algumas raças de dragões tenham desaparecido deste mundo, e outras nunca tenham conseguido atingir esse nível novamente, se falássemos do passado, ou mesmo de criaturas de outras raças que se aproximam do meu nível de poder, isso aumentaria muito esse número — explicou Drayygon.
— Tantos assim? — perguntou Alexander.
— O mundo é vasto… Essa terra é só uma parte dele — respondeu Drayygon. — Para além de falar das terras que existem além do mar, eu já até ouvi histórias de um mundo além deste.
— Imagine isso. Um gigantesco plano de existência que nem eu, com todo o meu poder, consigo alcançar… Um lugar que sei que Anna certamente alcançará — disse Drayygon, com clara excitação na voz. — A propósito, a mãe de Anna também é um dos ||Reis Dragões||. Ela é conhecida como ||A Dourada||.
— … — Alexander.
Nem mesmo Alexander esperava isso. Ele sabia bem que os pais de Anna deviam ser poderosos para que ela tivesse todo o potencial que demonstrou, mas quem imaginaria que ela seria filha não apenas de um, mas de dois ||Reis Dragões||.
— É por isso que as energias dela reluzem em dourado? — perguntou Alexander.
— Exatamente. Ela herdou o melhor de nós dois — disse Drayygon, como se não pudesse estar mais orgulhoso. — Ela definitivamente nos superará um dia… Mas eu devo dizer que o seu corpo também não deixa nada a desejar quando se trata de sobrevivência.
— Como assim? — indagou Alexander.
— Mesmo que a sua vontade de viver seja forte, ela não adiantaria muito se seu corpo não tivesse aceitado o meu sangue e energia para manter-se vivo quando comecei a curá-lo — respondeu Drayygon. — Para falar a verdade, seu corpo não só aceitou meu sangue e energia quando pensei que você iria morrer, como também os usou para se aprimorar durante sua reconstrução… Que tal se dar uma olhada?
Alexander obviamente não ia contar a Drayygon que só conseguiu se salvar por causa do sistema. Mas ouviu a sugestão dele e, com um pouco de concentração e um aceno de mão, fez um espelho de gelo de 2mx2m encantado com luz e água.
Ao se olhar no espelho, Alexander viu que todas as suas partes dracônicas passaram a ter ou ganharam um tom lustroso de vermelho enquanto sua pele clareou um pouco para um tom mais claro e amarelado de marrom, provavelmente para se assemelhar mais a couro de dragão, fazendo-o parecer mais com Drayygon. Mas o que mais lhe surpreendeu foi descobrir que os seus atributos (Força), (Vitalidade), (Defesa), (Destreza) e (Agilidade) aumentaram respectivamente em 500, 400, 300, 200 e 100 pontos, e que seu nível também tinha aumentado significativamente.
Os ganhos dele não se limitaram só aos anteriores. Seu aprimoramento (Sangue Dracônico II) também foi aprimorado para (Linhagem de Dragão V). Sem mencionar que ele sentia que ainda havia ganhos que não conseguia identificar.
Além dos extensivos ganhos corporais, Alexander também ganhou um novo título, ||O Fugitivo da Morte||, e o contador do título ||Pequeno Herói|| aumentou de (1/3) para (2/3) após a sua última empreitada.
[||O Fugitivo da Morte||: Título obtido por aqueles que conseguiram sobreviver a uma situação a qual, literalmente, não deveria ter sobrevivido. Efeito: Todos com este título recebem o efeito de persistência a morte que os impede de serem mortos por one-hit kill, deixando-os com 1 HP, além de lhes dar 1 minuto de sobrevida quando perdem todo o HP.]
— … — Alexander.
Alexander sabia que todo o seu grupo quase morreu, e que nenhum ganho valia aquele risco, mas ele também não podia negar que os seus ganhos desta vez não eram nada pequenos.
— Essa transformação deve ter acontecido por conta da adaptabilidade do meu físico — disse Alexander após acordar dos seus pensamentos.
— Como assim? — perguntou Drayygon.
— Posso ser considerado uma {Quimera Dracônica}. A união de várias criaturas em um único corpo dracônico — explicou Alexander. — E, aparentemente, “você” também se tornou parte de mim.
— … — Drayygon.
— Você é uma criatura tão exótica e mesmo assim não se tornou uma fera irracional — admirou-se Drayygon. — E como se isso não bastasse, você até obteve uma parte do meu poder… Interessante, este mundo é mesmo interessante.
Sabendo bem que os instintos de Drayygon deviam ser algo que ele nem conseguia entender, Alexander achou melhor mudar de assunto. — Ainda tem mais alguma pergunta, Drayygon? Nada contra você, mas eu quero ver Diana.
— Ela está fazendo comida aqui perto, afinal, é o único momento em que ela sai do seu lado — disse Drayygon. — Quer que eu te leve até ela?
— Se for seguro, não precisa. Eu posso senti-la — respondeu Alexander. — É por isso que não fiquei ansioso mesmo ao não vê-la quando acordei.
— Você pode ir — disse Drayygon. — Ninguém é louco o suficiente para tentar atacar alguém dentro da minha morada sem minha permissão.
Ao saber que não teria problemas em ir até Diana, Alexander se virou para ir até ela. Mas aconteceu que ele nem precisou andar para vê-la, pois ela, provavelmente, sentiu que ele havia despertado e veio ao seu encontro.
Sem dizer qualquer coisa, Diana se jogou nele, lhe dando um abraço apertado, e ficou em seus braços por um bom tempo.
— Não tenha mais medo — disse Alexander. — Estamos bem… Estamos juntos.
— … — Drayygon.
Mesmo impossibilitado de se mover pelas circunstâncias, não demorou para Alexander ver que todo seu grupo havia sobrevivido e estava bem. Mas justamente por todos eles estarem bem, ele não pôde deixar de perguntar uma coisa: — O que exatamente aconteceu depois que fui derrotado?
— … — Diana.
Ao notar que Diana só queria ficar com ele e não iria responder a pergunta naquele momento, Drayygon se adiantou e respondeu: — No momento em que aquele maldito pássaro se preparava para atacar, eu já estava a caminho, pois também havia sentido a energia de Anna… Mas eu não teria conseguido chegar a tempo de salvá-los se você não tivesse parado o primeiro ataque.
— Obrigado por nos salvar — disse Alexander, verdadeiramente grato. — Mas e o Pássaro Imortal? Ele fugiu quando sentiu você chegando?
— Fugir? Depois de tentar matar a minha filha? — ironizou Drayygon. — Mesmo que aquele desgraçado estivesse no auge da 4ª evolução, ele não passava de um frango na minha frente.
— Se eu não tivesse que te salvar, aquele bastardo iria lamentar por não ter morrido tão rápido quanto morreu — concluiu Drayygon, incapaz de esconder o tom extremamente sombrio em sua voz.
Alexander não tinha dúvidas de que Drayygon não estava blefando. Era possível sentir raiva dele de uma forma quase tangível… E isso porque a raiva dele não estava sendo usada para reprimir aqueles ao seu redor.
— Falando nisso, fique com isso… Ele será muito mais útil para você do que para mim — disse Drayygon ao retirar o gigantesco corpo do Pássaro Imortal de um dos seus itens de armazenamento espacial para mostrá-lo a Alexander. — Mas eu ficarei com alguns dos pássaros menores que morreram ao serem atingidos pelo poder resultado da colisão dos ataques de vocês.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.