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Quando o grupo finalmente chegou a uma área relativamente segura e perto da Cidade do Martelo de Ferro, o destino original deles, o dragão de 5ª evolução os deixou e retornou ao seu rei, já que a sua presença também poderia bagunçar o ecossistema da área, especialmente se ele ficasse ali por muito tempo.

Feliz por ter sobrevivido às “aventuras” do mês anterior e retornado à “normalidade”, Alexander não poderia ter ficado mais irritado quando o cheiro de sangue apareceu perto do seu grupo após algum tempo caminhando.

— … — Alexander.

Não era preciso ser um gênio para notar que algumas pessoas estavam se matando ali por perto, já que as criaturas daquela região não lutavam sem deixar traços mais marcantes do que o cheiro de sangue. O problema foi que, exatamente quando ele pensou em contornar todo o conflito, Diana também percebeu um pouco do que estava acontecendo e perguntou: — Não deveríamos ajudar?

— Mas quem devemos ajudar? — perguntou Alexander, suspirando. — Nós nem sabemos os motivos deles, muito menos quem está certo… Se é que há alguém realmente certo em toda essa história.

— Mas… — Diana.

Incapaz de ir contra ela por algo tão pequeno quando ela já havia feito diversas concessões por ele, Alexander sentiu que era sua vez e concordou: — Ok, eu vou investigar um pouco. Mas não garanto nada além disso.

Expandindo sua energia na direção de onde vinha o cheiro de sangue para sondar a situação sem ser hostil a nenhum dos lados, Alexander encontrou um grupo de 5 indivíduos cercando uma dupla, que parecia bem mais desgastada que o grupo que a cercava.

Ao serem sondados pela energia dele, todos os envolvidos no pequeno conflito ficaram surpresos. Mas um dos indivíduos da dupla, provavelmente sentindo que não tinha muito a perder, golpeou um dos seus rivais e disparou na direção da fonte da energia com seu companheiro a reboque. 

— Preparem-se — avisou Alexander ao seu grupo. — Eles estão vindo para cá.

Mesmo estando em uma desvantagem de 2 contra 5, a dupla conseguiu se manter bem até que alguém jogou algo neles. 

Ao sentir algo vindo na direção deles, o indivíduo que estava na frente, sem a menor hesitação, puxou seu companheiro para os seus braços e girou no ar, usando o seu próprio corpo como escudo.

Com o impulso do último movimento da dupla, eles, ou melhor, elas, emergiram da vegetação mais densa e se tornaram visíveis aos olhos do grupo de Alexander.

As mulheres em questão eram uma {Elfa} e uma {Dragonewt}. Mas o interessante sobre a situação era que, embora a dragonewt tivesse a proteção natural das suas escamas, foi a elfa que se sacrificou para protegê-la.

— … — Alexander.

Mesmo simpatizando com a elfa, Alexander não agiu imediatamente, pois não sabia se essa era a melhor escolha. Mas, sem lhe dar mais tempo para pensar, Diana pulou de Pequeno Preto com um objetivo óbvio, o que fez ele a seguir.

— Não morra Ariel — pediu a dragonewt. — Por favor, não morra.

Ignorando a dragonewt, a elfa, que parecia se chamar Ariel, virou-se para o grupo de Alexander e implorou: — Por favor, salvem Helena. Não precisa ser por muito tempo, basta deixá-la na próxima cidade que passarem.

— Não vou te abandonar. Você é a minha única amiga — disse a dragonewt, que parecia se chamar Helena. — Eu prefiro morrer aqui com você.

— … — Alexander.

— Não se preocupem — disse Diana. — Eu vou curá-la.

Assim que Diana disse que a curaria, uma adaga foi atirada, mas não na dupla e sim nela, que não esperava esse ataque. Felizmente para ela, Alexander conseguiu reagir a tempo de protegê-la com uma de suas asas.

Sem esperar ou dar a alguém a chance de fazer algo, Pequeno Preto avançou na direção de onde a adaga veio, exalando uma hostilidade monstruosa. Ocean também pareceu querer seguir o exemplo dele e fazer o mesmo, mas ela conseguiu se segurar e esperar pelo comando de Alexander.

— Proteja Diana — comandou ele. — Estes são MEUS.

Sem dizer qualquer outra coisa, Alexander levantou voo com um impulso tão forte que rachou o chão e, assim como Pequeno Preto, ele também não se importou com as colisões que sofreu enquanto avançava pela floresta para caçar aqueles que ousaram atacar Diana.

Pelos 10 minutos seguintes, quase tudo o que se ouvia naquela parte da floresta eram gritos de dor e lamentos, até que eles pararam de forma repentina e chocante, o que precedeu o retorno de Alexander e Pequeno Preto.

— Escórias — disse Alexander ao retornar. — Não valiam o ar que respiravam.

— Vocês estão bem? — perguntou Diana quando eles voltaram.

— Eu estou bem. Só senti o impacto dos ataques — respondeu Alexander. — Mais Pequeno Preto se machucou um pouco.

Com Diana indo ver a situação do seu familiar, Alexander voltou-se para a dupla, que parecia relativamente bem graças aos cuidados de Diana, e disse: — Não sei quem são vocês ou eles, e muito menos me importo. Mas saibam de uma coisa: para mim, a única diferença entre vocês e eles é que eles atacaram Diana.

Ao ouvir Alexander, a elfa, Ariel, imediatamente ficou em guarda enquanto a sua companheira parecia não entender a situação, provando que a ignorância é uma bênção em alguns casos.

— … — Diana.

Sentindo uma parte do que Diana sentia, Alexander virou-se para ela e também não a deixou escapar. — Você também tem que ter mais cuidado.

— Você é livre para ajudar quem quiser — disse Alexander. — Mas tenha mais cuidado ao fazer isso para não se colocar em situações de risco antes mesmo de poder ajudar, como você fez a pouco.

— Desculpa… — disse Diana fracamente.

— Você não precisa, e nem deve, se desculpar por ser você mesma — assegurou Alexander. — Não quero que você mude. Eu só quero que você tenha mais cuidado… O que eu faria se algo grave acontecesse com você?

— Mesmo que isso rasgue o meu coração, estou, e sempre estarei, disposto a deixar você ir se isso te fizer mais feliz e se for o que você quer — disse ele. — Mas não estou disposto a te perder de nenhuma outra forma, muito menos deixar que você seja tirada de mim assim… Eu queimaria o mundo nas chamas da minha ira.

Ao ouvi-lo, Diana não pôde deixar de se sentir tocada e estendeu a mão para acariciar o rosto dele. — Serei mais cuidadosa de agora em diante, prometo. Eu ainda quero passar muito tempo com você.

Quando o casal estava na iminência de se beijar, Diana pareceu lembrar que eles tinham toda uma “plateia”.

— … — Ariel.

— … — Helena.

Quase pulando dos braços de Alexander e se escondendo de vergonha, Diana respirou fundo para se recompor e começou a fazer a ponte entre Alexander e a dupla: — Deixe-me apresentá-las a você: a dragonewt é Helena, e a elfa é Ariel.

— Elas acabaram aqui tentando despistar o grupo que as perseguia — explicou Diana. — Elas parecem boas pessoas, então não seja muito duro com elas.

Conhecendo bem Diana e sabendo aonde ela queria chegar, Alexander suspirou e concordou: — Tudo bem. Elas podem vir conosco por enquanto.

— A elfa disse que elas ficariam bem em qualquer cidade grande — “lembrou-se” Alexander em voz alta antes de se virar para Diana. — Podemos levá-las para a Cidade Martelo de Ferro, que é relativamente grande… O que acha?

— O que acham? — perguntou Diana ao redirecionar a pergunta para Ariel e Helena.

— Esse arranjo parece bom — respondeu Ariel. — Muito obrigada pela ajuda.

— Já que parece que nós vamos ficar juntos por um tempo, é melhor fazermos uma pausa para elas comerem e se recuperarem — apontou Alexander.

— Não precisa se preocupar — disse Ariel. — Já descansamos o suficiente.

— Eu senti o que estava acontecendo. Não tem como vocês terem se recuperado em tão pouco tempo — rebateu Alexander.

— Comam, descansem e se recuperem — disse ele. — Enquanto Diana quiser mantê-las seguras, eu garanto suas vidas contra qualquer coisa abaixo do nível de uma criatura de 4ª evolução.

— … — Ariel.

— Não se preocupe. Não sofro de mudanças bruscas de humor como você pode imaginar — disse Alexander ao abrir um sorriso amarelo. — Sou apenas direto quando se trata de traçar minhas “linhas”… E no momento vocês não são inimigas.

— Entendo — assentiu a elfa após analisá-lo. — Então aceitaremos a oferta.

Com Ariel concordando, Helena também concordou prontamente. E como todos eles precisavam se recuperar, pelo menos um pouco, Alexander deu a Diana ervas energéticas para serem adicionadas à comida.

— Acho que a comida deveria ser um ensopado bem surtido — disse Alexander.

— Por que? — perguntou Diana.

— O caldo absorverá a energia da carne, assim como das ervas, e se tornará uma fonte de energia muito mais fácil de absorver — explicou ele. — Porque mesmo quando curado, qualquer corpo ainda retém uma parte do estresse, físico e mental, o que dificulta a digestão e absorção da energia e dos nutrientes.

— Sem mencionar que minha presença ainda intimida muito a elfa — continuou Alexander. — Então ela vai acabar não comendo muito se for algo difícil de digerir, pois ela provavelmente quer manter alguma condição de se defender.

— Eu não tinha pensado nisso — admitiu Diana. — É natural que ela tenha algumas reservas em relação a nós já que não nos conhece… Seria até estranho se ela não tivesse nenhuma reserva.

Como a intenção era tornar a comida o mais energizante possível e ele não precisava se preocupar com ela estragando, Alexander pegou a cabeça do {Pássaro Imortal das Chamas Infernais} e se voltou para Diana. — Eu sei que vai ter que ser feito mais comida do que o normal hoje, mas você poderia cozinhar sem minha ajuda? Eu quero desmantelar essa parte.

— Sem problemas — concordou Diana, abrindo um largo sorriso. — Hoje eu vou cozinhar com muito prazer.

Mesmo que ela estivesse sorrindo, Alexander podia ver o brilho sinistro no olhar dela por saber que a cabeça do Pássaro Imortal seria sua próxima refeição.

— … — Alexander.

Diana era quase que por natureza uma pessoa gentil e muito disposta a ajudar, mas ela também guardava rancor e se tornava extremamente vingativa, mesmo que o culpado já estivesse morto. Uma vez intensamente instigados, os sentimentos dela sobre algo ou alguém podem convergir para qualquer um dos extremos da balança.

Como não havia muito o que ele pudesse fazer além de aceitar esse lado dela, até porque ele também não era um grande exemplo nessa área, Alexander foi procurar um lugar para desmantelar a cabeça do pássaro…

No começo, ele queria fazer tudo manualmente, mas como isso não era prático, ele acabou usando mana nas partes mais sensíveis.

Obviamente havia partes que não podiam ser usadas no ensopado, nem mesmo como base para o caldo, as quais Alexander comeu, apesar do gosto e da textura, tentando ativar o aprimoramento (Devorador), sem sucesso. Mas o mais inesperado foi o aparecimento de um agradável “prêmio de consolação”.

Preso à cabeça do pássaro, Alexander encontrou um pedaço de minério com um brilho metálico que, quando avaliado, revelou ser um minério de magnetita.


[Minério de Magnetita: Um minério magnético originado de uma variação do ferro.]

Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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