Nota do autor: Olá a todos. Este é o quarto capítulo da publicação diária referente aos capítulos do sorteio.
Bom capítulo a todos.
Alexander ficou extremamente animado ao encontrar aquela magnetita. Ela não só era bem promissora em vários aspectos, como também o ajudaria muito em diversas “inovações tecnológicas”.
— Se esta magnetita for semelhante às da Terra, muito provavelmente existe um grande bioma vulcânico dentro da Floresta Estelar — conjecturou Alexander em seus pensamentos. — É isso, ou aquele {Pássaro Imortal das Chamas Infernais} passou por um, já que ela é encontrada principalmente em áreas vulcânicas.
O possível mapeamento de uma área vulcânica “inexplorada” atraiu muito Alexander, especialmente porque o chefe da área, ou um deles, havia morrido, deixando um vácuo de poder naquela região, que possivelmente era extremamente rica nos mais variados recursos, que vão desde materiais expelidos do interior da terra até um solo circundante extremamente rico e fértil. Mas ele também sabia que era muito cedo para tentar lutar pela área que era dominada por aquela aberração que quase o matou com um único ataque, o que não o impediu de pensar em ganhos menores.
Ao deixar tais pensamentos de lado e voltar à atividade que estava fazendo, Alexander notou que demoraria muito para desmantelar aquele pássaro gigante. Mas como podia usar o [Anel do Deus Ladrão] para conservar o resto do pássaro enquanto se focava apenas na cabeça, ele não demorou muito para preparar as partes que seriam usadas na refeição.
Ao notar que também poderia usar aquele momento sozinho para produzir sua seda, Alexander passou a carne e ossos da ave para Diana e foi produzir seda, pois, por ela ser bem útil, ele a coleta em seu anel sempre que pode.
A proporção que Alexander coletava era ¾ da sua capacidade total quando ele não estava na iminência de conflitos, e de ¼ quando podia acabar precisando dela. Assim, ele conseguia manter uma produção consistente sem nunca esgotá-la.
Concentrado no processo de produção e organização dos seus fios, Alexander só notou quanto tempo havia demorado quando terminou. Mas a essa altura, a maior parte da comida já havia acabado, o que ele não se importou, pois estava mais do que satisfeito que seu grupo tinha comido bem.
Verdade seja dita, não era como se Alexander precisasse comer, muito menos comer bem, em todas as refeições, pois seu corpo tinha bem mais energia do que precisava. Ele apenas comia na mesma frequência de uma pessoa normal por conveniência social e porque gostava do sabor da comida.
O único que parecia um pouco descontente com a situação era Storm, pois ele foi o único que não comeu do ensopado, pois sua comida era outra.
Comovido com o seu novo familiar, Alexander, mesmo sabendo que não era o ideal, não resistiu ao olhar triste de Storm e acabou lhe dando um pouco do seu ensopado.
Mesmo tendo recebido apenas uma pequena quantidade, Storm ficou muito feliz e animado. Mas, por outro lado, Alexander notou que estava certo em ter cuidado, porque devido à diferença de níveis e à quantidade de energia contida na comida, Storm acabou subindo de nível duas vezes.
*Ding! *
[Seu familiar (Storm) subiu de nível.]
*Ding! *
[Seu familiar (Storm) subiu de nível.]
— Eu realmente tenho que chegar à cidade logo… — suspirou Alexander.
— Não foi culpa delas — disse Diana ao ouvi-lo. — Eu que fiz pouco.
— Hmm?… Sobre o que você está falando, Diana? — perguntou Alexander.
— A comida — esclareceu ela. — Não foi culpa delas.
— Você confundiu as coisas — esclareceu Alexander, sorrindo. — Não quero me livrar delas por causa da comida, é que Storm está subindo de nível num ritmo muito rápido e pode acabar evoluindo mais cedo do que eu planejava.
— Normalmente, ele evoluir seria algo bom, mas preciso chegar na cidade antes para obter algumas coisas que farão a evolução dele ser a melhor possível — explicou Alexander. — Eu sei que você lembra, mas vale mencionar, ele não pode comer a mesma comida que nós… Eu dei apenas um pouquinho da carne do pássaro para ele e isso já o fez subir de nível.
— Você mesmo não disse que ele não deveria comer nada de criaturas acima da 2ª evolução? — indagou Diana. — Então por que lhe deu carne de 4ª evolução?
— Ele parecia triste por ser o único que não comeu — explicou Alexander sem jeito.
— … — Diana.
— … — Ariel.
— … — Helena.
Mesmo sem ter o objetivo, Diana ajudou Alexander a sondar suas “convidadas”, pois nenhuma das duas demonstrou muita reação ao sabor da comida, ou ao saber que a comida continha carne de alguma criatura de 4ª evolução.
A única reação que ele notou foi que a elfa começou a reavaliá-lo assim que recebeu aquela informação. Mas, ao contrário do que ele esperava, ela não aumentou a sua guarda, parecendo relaxar, como se não precisasse se preocupar com nada, já que fugir dele não parecia mais ser uma opção.
— Elas não são pessoas comuns, principalmente a elfa — concluiu Alexander.
Por mais lógica que a decisão da elfa de desistir de um confronto parecesse, ela não era fácil de ser tomada. Controlar o instinto de lutar ou fugir e o medo a esse nível para preservar suas forças não é algo que uma pessoa normal possa fazer.
— É mesmo Alexander, Ariel disse que é uma ladina — apontou Diana.
Agradavelmente surpreso com esta informação, Alexander pediu confirmação a dela. Porque se fosse, aquela seria uma boa notícia.
— Posso não ser uma das melhores, mas sei algumas coisas — confirmou Ariel.
— Você consegue detectar armadilhas em masmorras? — perguntou ele.
— Eu consigo detectar a maioria delas. Mas como essa não é minha especialidade, não posso garantir que irei detectar todas — explicou Ariel.
— Gosto de como você aborda as coisas — disse Alexander. — Simples e direta.
— Quando chegarmos à cidade Martelo de Ferro, você me ajudaria a detectar as armadilhas nas masmorras por um tempo? — perguntou Alexander. — Nós podemos combinar um valor ou uma parcela dos lucros. O que você achar melhor.
— Helena também pode participar? — sondou Ariel.
— Você pode protegê-la por alguns segundos em uma masmorra avançada caso seja preciso? — indagou Alexander, para deixar claro que até ele poderia ter atrasos de alguns segundos para protegê-la.
— Não é impossível — garantiu Ariel. — Mas não irei conseguir lutar muito bem.
— Você não precisará atacar, apenas defender e encontrar armadilhas — garantiu ele. — Graças às minhas escamas, eu lido bem com a vanguarda sozinho.
— Mas isso também levanta uma questão que você pode se sentir livre para não responder — apontou Alexander. — Por que a protegeu daquele ataque?
— … — Ariel.
A pergunta de Alexander era genuína e sem maldade, mas assim que ela foi feita, o clima ficou estranho e Helena começou a chorar enquanto a respondia: — Minhas escamas não são tão resistentes quanto as suas… É por isso que Ariel sempre acaba se machucando para me proteger.
Com um clima obviamente delicado estabelecido, Alexander não soube bem o que fazer, até porque as escamas dela não lhe pareciam decorações como ela parecia pensar. Elas pareciam pulsar e ressoar com mana segundo os seus sentidos.
— Me desculpe, eu não deveria ter tocado no assunto — disse Alexander.
— Está tudo bem, eu cresci ouvindo isso — respondeu Helena. — Meus irmãos têm escamas escuras e resistentes. Só as minhas são claras e quebradiças.
— Eu vi um dragonewt com escamas verdes e ele não me pareceu muito diferente de um lagarto alado — comentou Alexander. — Já as suas escamas são claras e brilham com o mana que flui através delas… Você não concorda, Diana?
— Sim, elas são lindas — concordou Diana. — Mas ainda estão em segundo lugar. Para mim, o vermelho ganha do verde
Pego de surpresa pelo final da resposta dela, Alexander demorou meio segundo para entendê-la. — Hmm? Ah, obrigado.
— … — Ariel.
— … — Helena.
— Mas voltando ao assunto — disse Alexander para desviar os olhares de Diana, pois eles estavam a deixando desconfortável. — Você não precisa se sentir mal com isso. As suas escamas não são inferiores, elas são apenas diferentes.
— Para ser honesto, elas parecem bem especiais — disse ele. — Posso sentir daqui que elas são altamente condutoras de mana, ainda mais do que a maioria das minhas. E eu lhe garanto que isso não é pouca coisa.
— Você consegue sentir até isso? — perguntou Helena surpresa.
— Pode não parecer, mas os meus instintos são bem aguçados e eu sou sensível à mana — explicou Alexander.
— Você tem razão, elas têm mesmo essa capacidade — disse Helena — Mas como não sou boa em controlar a mana, eu só consigo usar feitiços básicos.
Extremamente surpreso e curioso com aquela afirmação incoerente, Alexander pensou um pouco e concluiu que tentar ajudá-la não lhe faria mal. — Não sou especialista, mas você se importa se eu verificar algumas coisas em você?…
— Mas pense bem — avisou ele. — A verificação pode ser um pouco… invasiva.
— Por mim, tudo bem — concordou Helena. Mas Ariel prontamente assumiu a palavra e indagou: — Isso vai machucá-la?
— Pode ser desconfortável, mas não vai machucá-la se ela não resistir muito à minha energia — explicou Alexander.
— Isso pode ajudá-la? — Ariel.
— Não — respondeu Alexander com sinceridade. — Mas pode lhes dar algumas pistas sobre como ajudá-la.
— … — Ariel. — Tudo bem então.
Com Ariel “consentindo” sua ação e saindo do caminho, Alexander tirou os seus calçados e explicou para Helena: — Tire os calçados, coloque os seus pés sobre os meus e não resista à minha energia mesmo que sinta vergonha. Eu prometo que não farei nada de estranho com você.
— … — Diana.
— !!! — Ariel.
— Tudo bem — concordou Helena.
Como todos pareciam de acordo, Alexander colocou a mão na cabeça de Helena e começou a injetar sua energia pela barriga dela com a outra mão.
O método dele só poderia ser descrito como ineficiente, mas como ele não era um especialista ou muito íntimo do alvo para ter uma “conexão” maior, o processo teve que ser lento, principalmente porque ele também tinha que evitar as áreas sensíveis dela ao invés de simplesmente preenchê-la com sua energia.
— Assim já deve estar bom… — ponderou Alexander ao conseguir ter acesso à maior parte do corpo de Helena com sua energia. — Comece a liberar o máximo de mana que puder, Helena… Não precisa controlá-la, só faça ela fluir.
Com a extensa colaboração dela, ele não precisou de muito tempo para encontrar o principal problema que a afetava. A grande questão era que o problema dela era relativamente simples de entender, mas bem difícil de resolver para aqueles que não eram uma grande potência.
— Pode parar — avisou Alexander. — Mas não se afaste antes que eu termine de retirar a minha energia, ou ela pode causar danos ao seu corpo se não estiver sob o meu controle.
Assim que ele terminou de retirar sua energia para que eles pudessem conversar adequadamente, Helena perdeu as forças e começou a cair, mas Ariel e Diana rapidamente a pegaram, impedindo-a de cair no chão.
— Desculpe por isso. Minha energia deve ter restringido muito a dela — explicou Alexander. — Mas ela deve se recuperar logo, já que tirei toda minha energia.
Ao olhar em volta, Alexander notou que as mulheres não pareciam muito felizes com o que ele havia feito, Ariel até voltou a franzir a testa para ele. Mas mesmo estando chateada, ela ainda parecia estar esperando o resultado.
— Honestamente, ela tem vários pequenos problemas que são frutos de outro, um bem maior — disse Alexander. — Mas acho melhor esperarmos ela se recuperar antes de podermos falar sobre isso.
— Por enquanto, vamos continuar indo para a cidade — apontou ele. — Helena pode ir com Diana em Pequeno Preto, e você pode vir comigo, Ariel… Mas se você não quiser ir comigo, você pode ir com Diana. Eu também posso ajudar Helena a se recuperar, embora eu ache que, por algum motivo, você não quer isso.
— … — Ariel.
— … — Diana.
— Tudo bem, eu vou com você — concordou Ariel.
Enquanto o grupo seguia para a Cidade Martelo de Ferro em Ocean e Pequeno Preto, Diana ajudava Helena a se recuperar. Mas aparentemente a supressão sobre ela foi muito forte, felizmente não chegou ao ponto de machucá-la.
— O aprimoramento (Existência Superior) é mesmo uma coisa e tanto sob criaturas de linhagens semelhantes — pensou Alexander ao ver os efeitos passivos dele em Helena. — Embora eu não tenha o usado ativamente, ele a afetou passivamente em algum nível… Esse aprimoramento é realmente complicado de controlar.
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.