Nota do autor: Olá a todos. Eu realmente aprecio isso e sempre tentarei lançar 2 capítulos extras quando apenas uma pessoa estiver apoiando a meta de capítulo extra, mas a ideia geral é que seja algo mais coletivo para que não acabe sendo puxado demais para ninguém.
Dito isso, este capítulo extra também é referente ao valioso apoio de um dos nossos leitores. Se puderem, eu ficaria muito grato se vocês deixassem um grande salve para KiraKunf/(F.F.F.C) nos comentários.
Bom capítulo a todos.
Assim que Alexander sentiu o outro grupo se aproximando e percebeu que eles não teriam tempo para fazer aquilo mais uma vez sem acabar em uma situação que Diana não iria gostar, eles se separaram, tomaram banho, vestiram roupas novas e começaram a preparar a comida em uma área próxima ao lago.
Verdade seja dita, aquela minúscula ação de autocontrole foi bem difícil para eles. Naquele ponto das suas vidas, e durante muito tempo depois, Alexander e Diana eram como uma savana seca durante a estação das tempestades de verão, ou seja, se deixados por conta própria, eles iriam se consumir num “fogo voraz” capaz de incendiar tudo.
Quando ambos já estavam mais calmos e a comida começou a perfumar o ar, o resto do grupo finalmente chegou. O engraçado foi a surpresa de Helena ao ver o lago, pois ela parecia querer muito entrar para tomar banho.
— Vou dar uma volta e ver se encontro algumas ervas, pois assim elas deverão se sentir mais à vontade… — disse Alexander a Diana. — Me chame quando elas terminarem ou se acontecer alguma coisa. Eu não estarei longe.
— Tudo bem — assentiu Diana.
Ao passar algum tempo procurando ervas e seus afins, Alexander percebeu duas coisas. A primeira foi que ele se tornou muito bom em encontrar as ervas que já conhecia, e a segunda foi que a quantidade delas se tornou muito mais escassa, o que significava que seu grupo já estava em áreas exploradas.
Quando ele foi chamado de volta ao grupo, tudo parecia estar em ordem e havia uma refeição realmente farta pronta, muito provavelmente pelo que aconteceu na última refeição.
Após o grupo terminar de comer, eles acabaram em um pequeno impasse, pois ainda era cedo para dormir, mas também estava começando a escurecer e talvez eles não encontrassem lugar melhor do que aquele para passar a noite.
Alexander não tinha motivos para ter medo de se mover à noite naquela parte da floresta, dado às criaturas que deveriam habitar ali. Mas como o grupo não era só ele e não havia bons motivos para ele correr apenas para ganhar algumas horas, ele ouviu Diana e o grupo montou acampamento ali mesmo.
Assim que o grupo montou a estrutura do acampamento, não havia muito mais o que fazer além de descobrir o que fazer para aproveitar o tempo que tinham antes de dormir. E ao ver essa disponibilidade, Helena foi conversar com Alexander.
— Me desculpe por incomodá-lo, mas você poderia me ajudar? — perguntou ela. — Já pensei em muitas armas diferentes, mas ainda não sei qual usar.
— Não há porque se desculpar — disse Alexander. — Eu mesmo disse que você poderia perguntar…
— Na minha opinião, a forma mais fácil de se escolher é sempre por eliminação usando os pontos mais importantes, por exemplo: se você tem talento para uma determinada arma, se tem um objetivo específico em mente ou apenas com base no seu corpo e constituição física — sugeriu ele.
— … — Helena.
— Tome-me como exemplo — sugeriu Alexander ao ver que Helena parecia bem confusa. — Você viu que a arma que eu uso é a lança, mas não creio que tenho um talento inato para utilizá-la, e ela também não é a arma mais adequada para o meu porte físico… Eu a escolhi porque tinha um objetivo específico em mente.
— Não tenho talento para nenhuma arma e também não tenho outro objetivo em mente a não ser ficar mais forte — disse Helena. — Eu… eu.
— Não se preocupe tanto com isso. Não existe uma arma melhor que todas as outras em todos os cenários. Até porque se tal arma existisse, não existiriam tantos tipos de armas — disse Alexander. — A sua situação nem é a das piores. Para falar a verdade, ela pode até te favorecer a longo prazo se você se esforçar.
— Como não está limitada por um objetivo ou vocação específica, já que não as possui, você pode simplesmente usar uma arma que seja adequada para seu corpo e porte físico. — apontou ele.
— Sério? — alegrou-se Helena. — E que arma você acha que eu devo usar?
— A sua situação é muito específica e por isso é complicado ter certeza — disse Alexander. — Mas se eu fosse você, tentaria usar duas armas em vez de uma. Tendo o arco como arma principal, e adagas, ou lâminas curtas, como secundárias.
Ariel, que até então estava só ouvindo a conversa, pareceu interessada na escolha e resolveu participar: — Interessante, eu estava pensando algo parecido. Mas por que você sugeriu usar adagas em conjunto com o arco?
— Hmm… É um pouco complicado explicar sem exemplo, então vamos criar um — disse Alexander. — Ataque-me o mais forte que puder.
Sem pensar duas vezes, Ariel sacou uma das suas adagas e imediatamente o atacou. Ela queria ver o quão forte ele era.
Sob os parâmetros técnicos, o ataque dela foi bom, mas Alexander ainda era bem superior. Assim que ela se moveu, ele avançou, abafado-a, e a repeliu com a asa.
— Já foi o suficiente para eu explicar — disse Alexander. — Obrigado pela ajuda.
Completamente surpresa com a forma como Alexander usou o corpo dele e com a mão ainda tremendo com o impacto, Ariel olhou para a asa de Alexander e viu que ela não parecia minimamente danificada.
— Voltando à explicação, a minha escolha visa maximizar os pontos fortes dela enquanto tenta cobrir ao máximo seus defeitos — explicou Alexander como se o pequeno embate não tivesse sido nada. — Numa luta de curta distância, eu sou resistente o suficiente para aguentar os golpes enquanto você é ágil o suficiente para desviar deles. Mas não creio que possamos dizer o mesmo de Helena.
— Você tem razão — admitiu Ariel, ainda reavaliando Alexander. — Ela tem uma boa destreza, mas não acho que seja adequada para esse tipo de combate. Seu próprio corpo a limitaria, já que ela tem mais membros, como asas e cauda.
— Exatamente — concordou Alexander. — Eu mesmo só posso usar toda minha velocidade e agilidade contra os meus oponentes porque não preciso ter medo deles me acertarem na cauda ou nas asas, como demonstrei a pouco.
— Por isso recomendei que ela usasse o arco — explicou ele. — Com tal arma ela poderá utilizar as principais qualidades do seu corpo de forma relativamente segura. Pois ela pode não ter a resistência de um {Dragonewt}, mas pode treinar para obter os outros atributos de um, como a força.
— As adagas, ou lâminas curtas, são para quando ela não conseguir abrir ou manter a distância e o inimigo se aproximar dela — acrescentou. — Pode-se dizer que é uma falha da pessoa como arqueira se isso acontece, mas acho melhor ter outra opção além da morte nesse caso.
— Essa escolha realmente cobre bem a maioria dos pontos fracos dela enquanto potencializa muito as suas vantagens naturais — admitiu Ariel. — Eu estava certa em dizer a ela para te perguntar… Obrigado.
— Não precisa agradecer — disse Alexander. — Eu disse que tentaria ajudá-la quando verifiquei o corpo dela. E eu tento não voltar atrás em uma promessa.
— … — Ariel.
— Não me olhe assim. A lógica é simples: se eu prometo algo é porque é viável e estou disposto a fazê-lo — explicou Alexander. — O contrário também se aplica: se não for viável ou eu não estiver disposto a cumprir, não vou prometer.
— Entendo… — assentiu Ariel. — Eu posso fazer só mais uma pergunta?
— Claro — disse Alexander.
— Que proteção foi aquela que amortizou o meu ataque? — perguntou Ariel.
— É uma barreira — explicou Alexander. — Ela me protege passivamente.
— Nunca ouvi falar de uma barreira assim que não fosse mágica — comentou ela.
— É mesmo, eu não contei a vocês — lembrou-se Alexander. — Como você deve imaginar, meu estilo de combate é híbrido. Mas ao contrário do que você parece pensar, não sou um {Guerreiro} que usa mana, eu sou um {Mago} que usa arma.
— … — Ariel.
— … — Helena.
— Parando para pensar um pouco, acho que Helena deve conseguir aprender a usar essa barreira mágica — ponderou Alexander. — E a barreira dela deve vir a ser, proporcionalmente, mais forte que a da maioria, graças às suas escamas.
— |Barreira de Mana| não é uma habilidade que requer um grande controle sobre a mana. Ela é apenas uma habilidade passiva que sincroniza sua mana com a do ambiente. — explicou ele para Helena. — E graças às suas escamas, você sempre tem muita, mais muita mana na parte mais externa do seu corpo, o que deve ajudar e aumentar a sincronização da sua mana com a do ambiente.
Agradavelmente surpresa a ponto de ter que segurar as lágrimas, Helena olhou e acariciou carinhosamente as escamas do seu braço. Aquilo que ela pensava ser seu fardo, sua maldição, na verdade provou-se ser uma grande vantagem dela, se usada e tratada da maneira correta.
— Lhe disse, suas escamas têm valor — a lembrou Alexander. — O importante é não focar nos seus pontos fracos, mas sim trabalhar nos seus pontos fortes.
Após dar algum tempo a Helena para ela se recuperar e se recompor, Alexander continuou: — Que bom que você começou a ver sua situação com outros olhos, mas ainda temos alguns problemas… Eu não tenho um arco para você aprender, e também não sou o mais indicado para lhe ensinar |Barreira de Mana|, então você terá que perguntar a Diana se ela está interessada em lhe ensinar.
— Tudo bem, eu vou falar com ela — assentiu Helena.
— Quanto às adagas, você já tem uma professora — provocou ele antes de se virar para Ariel. — Mas deixe-me alertá-la sobre uma coisa, Ariel: tente ensiná-la a usar adagas e não o seu estilo de combate. Como ela não pode lutar da mesma forma que você, ela deve aprender o próprio estilo de luta.
— Eu vou manter isso em mente — respondeu Ariel.
Assim que a conversa entre eles terminou, Helena foi conversar com Diana enquanto Ariel começou a pensar em como ensiná-la. E com a situação resolvida, Alexander voltou a fazer o que vinha tentando desde que estava com Drayygon.
Com Storm bem empoleirado em seu ombro, Alexander, como fazia sempre que ia tentar criar seu novo feitiço, acendeu os 10 dedos das suas mãos com feitiços básicos dos elementos água, terra, fogo, ar e raio.
Ele já tinha um esboço de como deveriam ser os feitiços para os brasões mágicos dele e de Diana. Mas como ainda não tinha o que era necessário para criar o feitiço que queria para o seu brasão, ele começou pelo que seria do brasão de Diana, o qual, na opinião dele, exigiria muito controle elemental.
Aquecido e novamente bem familiarizado com as peculiaridades das afinidades elementais que havia escolhido, Alexander mandou Storm ir para uma distância segura e alertou as demais antes de começar: — Não importa o que aconteça, vocês não devem se aproximar de mim, pois pode ser um pouco perigoso para vocês… Mas não preocupem comigo, eu ficarei bem.
Ao receber a confirmação, bem como a atenção das mulheres, Alexander lançou seus 10 feitiços básicos dos elementos que havia escolhido, um após o outro, e os fez dançar ao seu redor para confirmar se realmente conseguiria mantê-los ativos mesmo com alguma instabilidade.
Surpresas, fascinadas e assustadas com as habilidades mágicas dele, Ariel e Helena não puderam deixar de se virar para Diana e ver nela se aquilo era realmente normal. Mas para a surpresa delas, Diana parecia bem calma, mantendo apenas um leve sorriso de satisfação no rosto.
— Essa nem é a plena capacidade dele — surpreendentemente, gabou-se Diana, pois ela realmente gostava quando ele era reconhecido. — Em seu máximo, não duvido que ele consiga fazer o mesmo com feitiços no pico do Tier II.
Após confirmar novamente a capacidade de manter a estabilidade de tantas magias, e assim a viabilidade do feitiço que ele queria criar, Alexander dissipou as outras magias e se concentrou em apenas 2 em cada mão.
Utilizando a grande estabilidade mental de |Asura| para atividades multitarefas, bem como a fortalecendo com |Impulsionar Capacidade Cerebral|, Alexander começou a sua verdadeira empreitada: combinar feitiços.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.