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Nota do autor: Olá a todos. Este é o sétimo capítulo da publicação diária referente aos capítulos do sorteio.

Bom capítulo a todos.

Com a situação do grupo regularizada, Alexander foi até a filial da Lua Negra, que felizmente estava relativamente vazia quando eles chegaram, o que fez com que fossem atendidos rapidamente.

— Boa tarde, em que posso ajudá-los hoje? — perguntou a recepcionista.

— Eu gostaria de falar com a senhorita Cristina — informou Alexander. — Ela sempre fica encarregada dos meus pedidos.

— Sinto muito, senhor, mas ela não está… Ela foi chamada de volta a matriz por alguns assuntos internos — respondeu a recepcionista. — Mas ela deixou certas instruções para o caso de um “alguém” vir procurá-la. Posso saber se o senhor veio em nome dessa pessoa?

— Não. Só vim pagá-la — disse Alexander. — Mas parece que estou sem sorte.

— !!! — Recepcionista. — Poderia me mostrar a sua identificação, por favor?

Não sentindo nenhuma hostilidade ou razão para negar aquele pedido, Alexander mostrou a sua identificação, o que pareceu confirmar as suspeitas da recepcionista, que explicou: — A pessoa para quem ela deixou o recado é justamente o senhor… Ela nos pediu para informá-lo de que o senhor não precisa se preocupar em pagar. Este serviço foi apenas um pequeno símbolo de boa vontade para com o senhor1.

— … — Alexander.

— … — Ariel.

— !!! — Diana.

— … — Helena.

— Sendo assim, eu aceito — disse Alexander após pensar um pouco e colocar 1 pequena moeda de platina no balcão. — Mas me faça um favor e transmita uma mensagem minha para ela junto com a notícia de que recebi a mensagem dela.

— Diga a ela que eu entendo o conceito de que não há muitas refeições gratuitas nesta vida — “pediu” ele. — Ela pode me procurar se precisar de alguma coisa. Mas adianto logo que estarei em movimento, então será mais fácil para ela me localizar usando as filias da Lua Negra pelas quais eu passar.

— Tudo bem, eu vou mandar alguém avisá-la — disse a recepcionista, guardando a moeda. — E obrigada pela sua preferência e generosidade.

Aproveitando que estavam ali para comprar mais algumas coisas para a viagem, o grupo se reabasteceu e foi embora, mas Diana parecia pensativa e preocupada.

— Tente não pensar muito nisso. Garanto-lhe que não aconteceu nada — tentou amenizar Alexander. — Ela deve apenas querer que eu lhe devolva o favor. Não é uma prática incomum que vendedores tentem fazer parceria com aventureiros.

— Eu entendo que a maioria das pessoas mais poderosas acaba tendo mais de um parceiro — disse Diana. — Mesmo que não seja essa, pode muito bem ser outra, e isso me assusta…

— Eu também sei que você sempre fala das minhas qualidades, mas como posso me comparar em status a uma mulher que dá ordens na Lua Negra? — perguntou ela com a voz trêmula.

Como ele não conhecia muito sobre a cultura social daquele mundo, Alexander não conseguia entender totalmente o problema que ela estava enfrentando. Mas até ele entendia que tais aspectos sociais não deveriam ser desconsiderados só porque ele via dessa forma, já que esses aspectos são muito importantes para qualquer indivíduo inserido neles.

— Eu sei que dizer para você não se preocupar com isso porque não ligo para status é burrice, e também sei que fazer mais promessas do que o número de estrelas no céu não é solução. Mas posso te dar uma certeza: independente de qualquer coisa, estamos conectados — disse Alexander enquanto fazia a conexão deles pulsar e ressoar dentro dela.

— Estamos conectados — concordou Diana ao abrir um sorriso.

— … — Ariel.

— … — Helena.

Com Diana mais calma e sem nenhum outro objetivo na cidade, Alexander pensou um pouco e consultou o grupo: — Já que não temos mais nada para fazer aqui, quero ir para a Cidade Martelo de Ferro imediatamente. Mas isso significa viajar durante a noite.

— Eu não vejo problema — concordou Diana. — Acho que nenhum de nós terá problema se for só por uma noite.

— Por mim, tudo bem — também concordou Helena.

— Eu também pensei nisso — disse Ariel. — Esta cidade não é das mais seguras.

— Já que todos concordam, partiremos imediatamente — informou Alexander.

Com todos de acordo, a curta estadia do grupo na Cidade da Fênix chegou ao fim. Mas, mesmo com pressa, Alexander não se esqueceu de dar 1 grande moeda de ouro ao guarda, o que deveria ser suficiente pelo transtorno que seu grupo causou.

Aproveitando a tranquilidade de voar sozinho para produzir fios de seda, Alexander decidiu testar os limites de como poderia modelar a sua seda ao produzi-la, pois já tinha uma grande quantidade guardada.

Para a agradável surpresa dele, ele descobriu que poderia produzir fios de cores diferentes em certas circunstâncias: se infundir, não energizar, a seda com a essência da sua energia, o fio é produzido na cor marrom claro; se infundir a seda com mana da água, o fio sairia azul claro; se infundir a seda com mana da luz, o fio produzido é de um branco bem alvo; até se ele infundir a seda com o aprimoramento (Coração da Água Congelada), o fio muda de cor para branco azulado.

O mais surpreendente foi que cada tipo/cor de fio apresentava alguns benefícios adicionais, como maior condução da energia utilizada para criá-los, além de leves efeitos de contato característicos do elemento utilizado, como o aconchego da luz, ou a refrescância da água e do gelo. Mas também vale ressaltar que ele conseguiu variar as proporções que os fios podiam tomar.

Com um pouco de esforço e prática, Alexander conseguiu tornar seus fios menores, mais finos, mais grossos, mais pegajosos, mais transparentes e etc. Obviamente, qualquer uma dessas variações tem um impacto direto na quantidade necessária de fluido para produzir a seda e na resistência dela, para mais ou para menos.

As únicas coisas que Alexander não conseguiu fazer foi aumentar as propriedades e o diâmetro do fio devido às limitações naturais do seu corpo e às impostas pelo tamanho dos canais pelos quais a seda passa dentro de seu corpo…

Como o grupo continuou sua jornada mesmo depois que começou a escurecer, a viagem deles, que levaria quase meio dia, terminou naquela noite… Eles chegaram à Cidade Martelo de Ferro tão cedo que o portão tinha acabado de abrir, o que foi bom, pois assim eles teriam mais tempo para cuidar de seus assuntos.

Com vários assuntos para resolver, o grupo optou por ir primeiro até a guilda dos aventureiros para ter um lugar para deixar seus familiares. Mas acabou não sendo possível colocá-los em quartos devido ao tamanho de Ocean e Pequeno Preto.

Felizmente para Alexander e Diana, eles não eram os únicos a terem familiares de grande porte, então a Guilda tinha um espaço reservado para familiares. O único problema era que os deles eram relativamente fortes, e a mera presença deles deixava os outros familiares desconfortáveis, o que fez o valor cobrado disparar.

Como se não bastasse ter que pagar uma taxa extra para a Guilda, Alexander também foi extorquido por Pequeno Preto para triplicar as refeições diárias dele para que o mesmo pudesse se comportar sem Diana por perto.

— Você conseguiu aumentar a quantidade de comida que vai receber, então se comporte, garoto — disse Diana a Pequeno Preto ao acariciá-lo. — E lembre-se de não assustar a pessoa que trouxer a comida.

— Ruff — respondeu Pequeno Preto, assentindo para Diana.

Pequeno Preto podia ter muitas falhas, mas ele parecia ser verdadeiramente leal a Diana. Após ele se tornar o familiar dela, o relacionamento deles se estreitou bem rápido, a ponto dele ser o primeiro a retaliar quando ela foi atacada sem nem se importar com as possíveis consequências.

Com a situação dos familiares resolvida, Alexander sabia o local exato onde iria encontrar ao menos uma das duas pessoas de que precisava. E como ainda era cedo, a chance dele encontrar os dois em casa era alta.

Quando o grupo chegou na casa de John, ele já estava se preparando para sair, provavelmente indo até sua associação para cuidar das suas tarefas. Mas mesmo estando de saída, ele deu um pouco do seu tempo a eles quando viu Alexander.

— Entrem — disse John ao grupo. — Preciso ver o que você fez com a nossa obra de arte para que ela precise de ajustes e reparos em tão pouco tempo.

Como Jayce, ao que parecia, não tinha as mesmas responsabilidades do irmão para com a associação dos ferreiros, ele podia se dar ao luxo de viver como um espírito livre, tanto que não se importou em gritar para que Alexander ouvisse, mesmo não estando na mesma sala: — O quê? Aquele desgraçado que danificou nossa obra de arte resolveu aparecer a essa hora? Eu vou acabar com ele! Como se não bastasse ter danificado um conjunto tão bom, ele ainda tem a audácia de me acordar.

Ao ouvir tal comoção, Ariel virou-se para Alexander e sorriu um sorriso que não era bem um sorriso. — Parece que você é mesmo muito querido, né?

— … — Alexander.

Pouco depois da sua reclamação ser ouvida, Jayce apareceu bufando de raiva na sala. Mas ele logo notou por que Alexander precisava ajustar seu conjunto quando viu o aumento dos chifres na cabeça dele.

— Como pode ver, eu não o danifiquei. Só preciso de alguns ajustes — explicou Alexander. — Mas agradeço se vocês também fizerem a manutenção do conjunto.

— Bom para você — resmungou Jayce. — Ou teríamos que brigar aqui e agora por você fazer o desfavor de me acordar.

— Ainda bem, porque eu não teria a menor chance contra você — ironizou Alexander. — Mas vamos mudar de assunto… Prefiro saber sobre meus pedidos.

— Eles estão quase prontos. Só nos resta fazer ajustes no usuário — assegurou Jayce. — E se bem me lembro, as peças devem ser dessa bela demi.

— Exatamente — confirmou Alexander. — Mas recomendo fortemente que você não tente qualquer graça ao fazer os ajustes. Não terminaria bem para ninguém.

— Quem você pensa que nós somos, garoto? — zombou Jayce. — Mesmo não sendo um especialista em armaduras, eu posso fazer os ajustes só de olhar para ela, quanto mais para John.

— Não é pessoal — disse Alexander. — Só tenho a tendência de exagerar um pouco com todo mundo quando se trata dela.

— Tudo bem, garoto — disse Jayce. — Você tem seus defeitos, mas pelo menos é tão sincero quanto um anão… 

— Os livros que você pediu também estão prontos — lembrou John — Nós até escrevemos algumas dicas como agradecimento pela bebida da última vez.

— Muito obrigado por esse favor — agradeceu Alexander. — Se eu não estivesse com pressa, os convidaria para uma noite de bebedeira até um de nós cair. Mas infelizmente estou com um pouco de pressa no momento.

— Entendo… Mas acho que você não terá dinheiro para isso depois de pagar por esses livros, pois eles são bem caros — brincou John. — E isso porque consegui um desconto por fazer parte da associação de ferreiros.

— O valor da coleção que consegui para você era mais de 4 grandes moedas de diamante negro, e ficou por 4 moedas com todos os descontos, mas eu garanto a qualidade dos livros — explicou John. — Tem coisas nela que eu mesmo não conheço bem porque não envolvem a minha área.

— Obrigado por ter me feito esse favor — disse Alexander. — Mas não precisa se preocupar com o custo deles, porque mesmo que sejam um pouco caros, eu ainda pagarei o preço integral por eles.

Depois de fingir retirar o seu conjunto e algumas moedas do seu segundo item espacial, Alexander colocou o conjunto em uma bancada e entregou 5 grandes moedas de diamante negro a John para pagar pela coleção e a manutenção.

Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: http://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

  1. Nota de rodapé divertida do autor sobre os pensamentos de Alexander naquele momento: Você quer me quebrar, mulher? Não tá vendo que a minha 01 está bem aqui do lado? ↩︎
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