Nota do autor: Olá a todos. Este é o décimo capítulo da publicação diária referente aos capítulos do sorteio.
Bom capítulo a todos.
Mesmo que eles estivessem em uma cidade e o bordel estivesse cheio de pessoas cuidando dos seus negócios, a responsável não duvidou, nem por um segundo, que Alexander realmente mataria aquele Demi assim que tivesse a menor oportunidade.
Com todos ali assistindo ao possível embate, o clima esfriou e ficou pesado. Tudo caiu em um silêncio mortal enquanto todos paravam o que estavam fazendo para esperar a situação se desenrolar.
— Tem mesmo que ser assim? — indagou a Demi responsável. — Isso só vai lhe trazer problemas sem fim.
— Se ele tivesse falado de mim, isso seria fácil de ignorar… Eu provavelmente teria sido desdenhoso até para sequer respondê-lo — garantiu Alexander. — Mas ela é meu tudo e não deixarei ninguém ofendê-la facilmente… Posso não matá-lo aqui por respeito a você que nos recebeu em seu estabelecimento, mas no momento em que ele colocar os pés na rua, eu o matarei, quer você o proteja ou não.
— Você o quê?! — exclamou o Demi. — Eu gostaria de ver você tentar-.
Sem que Alexander precisasse fazer nada, o Demi saiu voando até colidir com uma viga muito grossa na parede e cair inconsciente. A responsável pelo bordel o fez calar a boca com um soco no estômago antes que outra pessoa o fizesse.
— Poderia relevar? — pediu a responsável. — Considere-o meu parente.
— … — Alexander.
— Eu sei que ele é mimado e está sendo um completo e impulsivo idiota porque virou um aventureiro de nível ouro, mas eu te asseguro que ele não é uma causa perdida… — argumentou a Demi responsável ao se virar par Diana. — Você me faria um favor e pararia seu homem para mim, docinho?… Eu ficaria lhe devendo essa.
— Você pode parar? — pediu Diana a Alexander. — Por mim…
— Agradeço muito a sua compreensão e paciência em nos receber, mas se você realmente quer que esse idiota sobreviva, mantenha-o trancado em algum buraco escuro por uma semana, já que esse é o período mais longo que pretendo ficar nesta cidade… — disse Alexander. — Pois mesmo que eu não o mate hoje, posso não responder por mim mesmo se o vir na rua sem ela por perto. E então não sobrará uma única gota do sangue dele como rastro para contar a história.
— … — Responsável pelo bordel.
— Já que cheguei a esse ponto, tudo o que posso fazer é ir embora e não retornar ao seu estabelecimento, mas deixe-me lhe dar um último conselho antes de ir — disse Alexander. — Ensine a esse idiota o mais rápido possível que há céus além do céu que ele olha do fundo do poço em que vive.
— Há curativos que parecem bem recentes no corpo dele e apenas em pontos não vitais — apontou Alexander. — Se eu estiver certo, ele também é o mesmo idiota que foi causar problemas na guilda dos aventureiros… A Guilda tem regras que restringem isso, e você o salvou de mim pedindo para minha mulher me dissuadir, mas a sorte dele não vai durar muito se ele continuar assim.
Como a Demi responsável provavelmente já havia estimado muito da sua natureza, Alexander decidiu voar assim que eles pisaram na rua. Mas não antes de jogar para ela 2 grandes moedas de platina seguidas da frase: — Bebidas por minha conta para compensar o inconveniente causado a todos esta noite.
Como aquele final foi bastante anticlimático em relação ao belo dia que tiveram, ele decidiu levar Diana para um passeio pelo céu noturno para levantar o ânimo deles antes de voltarem para seu quarto no dormitório da guilda.
O céu noturno realmente proporcionou a eles algum conforto. Quando voltaram para o quarto deles, eles dormiram mais abraçados do que nunca, porque não precisavam mais se preocupar em dormir com pouco contato aquela noite para não serem dominados pela luxúria.
Dormir naquele aconchego foi tão bom que eles perderam completamente a noção do tempo. Quando finalmente se levantaram, o sol indicava que já fazia muito tempo que havia amanhecido.
Alexander poderia ter usado um feitiço para limpá-los rapidamente, mas mesmo já estando um pouco atrasado, ele não estava com vontade de correr. Então ele criou um chuveiro para que eles pudessem se beijar no banho antes de sair.
Quando o casal chegou à taverna da Guilda, eles encontraram Ariel e Helena já os esperando. E embora, provavelmente, já estivessem esperando há algum tempo, elas não pareciam zangadas.
— Bom dia — cumprimentou Diana.
— Desculpe o atraso — disse Alexander — vocês duas dormiram bem?
— Obrigada pela preocupação — respondeu Helena. — Nós dormimos bem.
— Mas pelo que vejo, vocês dormiram ainda melhor — acrescentou Ariel.
— … — Diana.
— Verdade. Dormimos muito bem — concordou Alexander. — Mas vamos deixar isso de lado por enquanto, pois já nos atrasei demais.
— Vocês estão prontas? — perguntou ele ao passar os olhos pela dupla. — Vamos fazer uma pequena parada na casa de John, mas de lá nós vamos seguir direto para nossa primeira masmorra avançada.
— Estamos prontas — garantiu Helena. — Só estávamos esperando por vocês.
— Então tudo o que falta fazemos é procurar por missões relacionadas à masmorra em que nós vamos e ir buscar os nossos familiares para começar nosso dia de exploração — disse Alexander.
Assim que eles pegaram seus familiares, Pequeno Preto fez questão de deixar claro seu descontentamento. Ele recebeu muito mais comida do que o normal, mas a qualidade da comida estava abaixo do que ele normalmente comia.
Felizmente Pequeno Preto não fez nada louco devido à influência de Diana, mas ele não queria ter o menor contato visual com Alexander, pois se sentiu enganado.
Não era como se a culpa fosse de alguma das partes. Como o grande predador que era, Pequeno Preto estava acostumado a comer pelo menos criaturas de 2ª evolução, já a Guilda, por outro lado, oferece uma comida mais acessível.
Como não tinham mais tanto tempo, Diana só pôde dar a ele parte da refeição que ela sempre reservava e lhe prometer algo melhor na sua próxima refeição. E com o humor bem melhor depois de comer, Pequeno Preto ficou ainda mais animado ao saber que eles iriam finalmente lutar.
Quando o grupo passou na casa do John para ver o andamento dos seus pedidos, descobriram que John havia reservado uma sala na guilda dos ferreiros para terminar os projetos. Felizmente, ele enviou os itens de Alexander e os moldes.
— Aqui está o modelo de teste que você pediu, garoto — disse Jayce ao passar o grande arco recurvo para Alexander.
A forma do arco ainda era simples, mas era assustadoramente bem balanceado para um arco tão grande que foi construído em apenas um dia para atender um modelo que Jayce nunca tinha visto ou trabalhado.
— Você é bom no que faz, Jayce — elogiou Alexander. — Em tão pouco tempo, você fez um modelo muito melhor do que eu esperava.
— Pare com isso, garoto — disse Jayce, fazendo descaso. — Este arco ainda está longe de ser perfeito. Sem mencionar que seu sistema métrico também me ajudou a equilibrá-lo muito mais rápido.
— Eu sei que ainda precisa de algumas melhorias, mas você também deveria se permitir receber mais crédito — argumentou Alexander. — Mas vamos deixar de besteira e testá-lo… Diana vai primeiro, depois Helena e eu vou por último.
Surpresa e confusa por ele ter lhe pedido para testar o arco, Diana lhe olhou por um momento, mas ainda assim testou o arco, conseguindo puxar a corda, mas não o suficiente para conseguir armar o arco.
Helena, por sua vez, se saiu um pouco melhor, conseguindo puxar a corda até a distância mínima para efetuar um disparo. Mas isso lhe custou tanta energia que num momento de fraqueza ela quase se machucou com a corda.
Assim que elas terminaram os testes, Alexander devolveu o arco para Jayce, que passou a replicar a puxada delas, para avaliar qual nível de força seria mais adequado para elas, antes de voltar o arco para as mãos de Alexander.
— Ainda precisa que elas testem algo, ou já posso me soltar? — perguntou Alexander quando recebeu o arco novamente.
— Já tenho uma estimativa — disse Jayce. — Pode fazer seu teste.
— Nesse caso, é melhor vocês se afastaram — avisou Alexander.
— Por quê? — perguntou Jayce. — Você pode puxá-lo sem qualquer dificuldade.
— Meu teste não é para ver se tenho força suficiente para puxá-lo, é para ver se o arco vai suportar toda minha força sem quebrar — explicou Alexander. — E se ele quebrar, partes dele podem voar e atingir um de vocês.
— … — Ariel.
— … — Diana.
— … — Helena.
— … — Jayce.
A intenção de Alexander não era se exibir destruindo o arco com força bruta, só não fazia sentido para ele ter um arco que pudesse quebrar com a sua força atual, especialmente considerando que sua força estava constantemente crescendo. Isso apenas limitaria o seu potencial e o forçaria a sempre segurar uma grande parte de sua força para evitar quebrar o arco.
Assim como Alexander esperava do teste de resistência, o arco quebrou em vários pedaços antes que ele pudesse sequer puxar a corda com toda a sua força. Mas ao contrário do que seria de se esperar, Jayce não ficou decepcionado, pois a excitação com esse novo desafio brilhava em seus olhos.
— Não se preocupe, garoto — disse Jayce após lembrar e estimar a força física de Alexander. — Eu não vou sair por aí falando da sua força… A não ser que eu esteja muito bêbado, rsrs.
— … — Alexander.
Ignorando aquela brincadeira, Alexander pediu emprestado uma das áreas da casa para que ele e Diana pudessem equipar seus itens antes de partirem para a masmorra avançada… Eles até pareciam bem normais quando entraram na sala, mas quando saíram estavam totalmente equipados e começaram a parecer uma verdadeira dupla de aventureiros imponentes.
A armadura azul de Alexander contrastava fortemente com suas escamas e cabelos vermelhos, mas ao mesmo tempo ela também emanava uma aura dracônica que parecia combinar perfeitamente com ele.
O caso de Diana era um pouco menos imponente, mas muito mais charmoso. Ela estava usando uma armadura protetora leve e um manto mágico. E como seu manto era feito de fios de seda que tinham sido imbuídos de mana de luz, eles responderam bem à afinidade dela, liberando um leve brilho.
— … — Ariel.
— … — Helena.
— Parece que a armadura realmente faz um ser — comentou Alexander. — O que você acha, Diana? Estou bem assim? Porque você é e está linda.
— Você está incrível — respondeu Diana. — Até parece o herói do livro que eu li quando criança.
— Infelizmente, não estou destinado a ser um herói como o do seu livro — disse Alexander. — Mas posso ser um ladrão muito habilidoso… Deixe-me demonstrar.
Sem esperar por uma resposta, ele roubou um beijo da boca dela. E como ela não sabia se respondia ou se afastava, o “ladrão” fugiu com o beijo.
— Você é tão mau, “Sr. Ladrão” — “reclamou” Diana. — Indo e vindo como bem entende por apenas um beijo.
— Poderiam parar com isso? — pediu Ariel. — Nós já não estávamos atrasados?
— … — Alexander.
— … — Diana.
Diana ficou furiosamente vermelha ao ter sido repreendida. Mas como não havia mais tempo, o grupo foi para a masmorra mesmo com aquele clima estranho.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.