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Ao sair do portal o grupo nota o quão longe estavam da cidade. Se encontravam ao lado de uma placa verde, dizendo que a cidade, Orticid, estava a 5km. Podiam ver prédios altos ao longe, mas nada que parecesse o local que deveriam ir. Alf começa a escâner o local por onde vieram. Seguro.

Na beira da estrada, do lado esquerdo, havia uma lanchonete, e no direito um posto de gasolina, que possuía uma loja de conveniência.

— Estamos indo pra Raccoon City, só que não contaram para nós — Will escaneia a loja, um ponto vermelho — que não estávamos sozinhos.

Doug escaneava a lanchonete, dois pontos vermelhos. Will pensa um pouco. Podiam simplesmente ir embora mas não tinham mais dinheiro, então matar zumbi ia ajudar um pouco, caso não encontrassem itens para vender.

— Al e Doug cuidem da lanchonete, eu vou na lojinha. Cubram um ao outro. Não sejam imprudentes. São três somente, mas podem aparecer mais.

Posto de gasolina. Hora local 13:16

Sem esperar a resposta, Will caminha até a loja. Se vira, observando os amigos indo para lanchonete. Ele escaneia novamente o lugar. Ainda mostrava um inimigo. Mas um item dourado piscava ao fundo da loja agora. O jogador pega a pistola, abrindo cuidadosamente a porta. Dentro as luzes piscavam, prateleiras estavam derrubadas. A caixa registradora estava aberta, onde hologramas com o símbolo $$$ brilhavam, dando a entender que o jogador poderia “roubar” o dinheiro. Will examina a loja, nenhum inimigo a vista. O jogador vai a caixa registradora, passando a luva sobre o holograma, 125,35 Guibolds são acrescidos a sua conta. Ele nota uma porta lateral ao lado de uma das prateleiras. Com um pequeno esforço, move a prateleira, abrindo a porta. Ele se depara com um pequeno corredor mal iluminado, que possuía uma curva à direita no final. Então o jogador, ativa sua lanterna e adentra com cuidado. Escuta passos ao fundo. Ao chegar na curva, percebe que o outro corredor que se seguia era mais escuro ainda, já que não tinha mais a luz da loja para ajudar a iluminar. Will não via ninguém. Com cuidado, aumenta o brilho da lanterna. Uma porta metálica dupla é iluminada. Manchas de sangue seguiam por debaixo dela. Um mecanismo para fazer a porta se abrir se encontrava arrancado.

— É claro que está quebrado — Will guarda a arma, se agachando para conseguir levantar a porta — e aposto que eu vou levantar essa merda e o zumbi vai me atacar…

O jogador levanta a porta. Ninguém o ataca. Dentro parecia um deposito frigorífico, as carnes penduradas dificultavam a locomoção. Will pega novamente a arma ao escutar uma respiração pesada. No escuro, atrás das carnes penduradas, um zumbi. Tinha suas roupas rasgadas, babava um líquido verde e as mãos estavam cobertas de vermelho. A criatura, ao notar a outra presença na sala, avança. O jogador se afasta rapidamente, atira duas vezes nas pernas da criatura, a derrubando. Mais um tiro na cabeça e seu crânio é explodido. Uma morte é acrescentada no contador. Will escaneia o local. O item dourado deveria estar perto. Esbarrando nas carnes, ele procura. Encontra uma alavanca que ao ser levantada liga a luz do frigorífico. Uma porta para fora é notada por Will, assim como um cofre na parede. O rapaz se aproxima do objeto.

— Fechado, é claro. — Will constata uma pequena abertura ao lado, desliza os dedos por ela. — Acesso por cartão…

O jogador examina o morto com cuidado. Achando o bendito cartão, ele era preto com um símbolo prateado em forma de corvo. Will passa o cartão no cofre, esse faz barulho de processado, e se abre. O item estranhamente é guardado em seu inventario. Dentro do cofre, uma moeda. Will a examina, era dourada com uma estrela de cinco pontas amarelada em um dos lados. Do outro, tinha uma silhueta de dragão azulada. O jogador tenta guardar o item, mas esse não parecia cooperar, então simplesmente a coloca no bolso traseiro da calça.

— Voltando para casa, eu falo com Ton sobre isso.

Saindo pela porta, Will avista mais dois inimigos distraídos. Dispara duas vezes contra os inimigos. Um cai. O outro se vira indo ao encontro do jogador. Will dispara mais duas vezes. O zumbi cai. O jogador recarrega. Dando a volta na loja, voltando ao posto. Procura ver se os amigos já fizeram a limpa na lanchonete. Um jipe roxo, que aparentemente não estava ali, era notado estacionado na lanchonete.

Lanchonete. Hora local 13:17

Doug entra primeiro, averiguando o local. Com um gesto Alf o segue. O lugar era bem iluminado. O escâner não mostrava inimigos, nem tão pouco tesouro, o que era estranho. Várias mesinhas, algumas com cadeiras, outras com bancos. No fundo, um jukebox, tocando uma agradável melodia. Alf decide vistoriar a cozinha, enquanto Doug, olha melhor o salão.

A porta da cozinha estava emperrada, mas nada demais. Um odor de carne podre molhada quase faz o jogador vomitar. Alf averigua o local com rapidez. Nada de útil. Só moscas e carne podre.

Doug pega o dinheiro da caixa registradora. Fazendo a divisão com Alf. Caminhando entre as mesas, ele procura mais dinheiro. Mas nada encontra. Observa a jukebox, notando que a parte de moedas mostrava o ícone de $$$. Passa a luva, recolhendo o dinheiro e o dividindo. Tinham faturado 57,50 cada. O lugar parecia limpo. Quando a música para. O jogador gira o corpo sacando a arma. Quatro zumbis. Um com roupas de cozinheiro, outra carecia garçonete. Os outros dois, tinham roupa social, parecendo empresários. Alf gesticula que cuidaria de metade escolhendo os vestidos socialmente. Doug aceita.

Da arma de Alf uma rajada de balas fuzila um dos inimigos pelas costas. Alertando o grupo de sua presença. Doug aproveita e dispara contra o cozinheiro. Dois tiros na cabeça, fazendo a criatura cair. O segundo empresário ia de encontro de Alf, esse atira sua granada e corre para cozinha. Ela acerta o peito da criatura, explodindo em labaredas. A criatura é envolta pelas chamas, tenta reagir, mas apenas cai queimando. Doug atira na garçonete. Um tiro passa de raspão, o fazendo disparar duas vezes seguidas. O inimigo cai. Alf volta da cozinha com as mãos tampando o nariz. Escaneiam novamente o local. Três pequenos pontos de interesse aparecem. Um perto da porta e dois nos zumbis. Doug examina um dos executivos, encontrando um cartão preto com um símbolo de águia em bronze, que é guardado em seu inventario. Alf acha um extintor e apaga o fogo. Examina o outro executivo, achando mais um cartão preto, seu símbolo era dourado, na forma de harpia que assim como o de Doug, é guardado após ser examinado. Eles procuram o outro ponto de interesse. Perto da porta, uma chave de carro estava jogada. Eles tinham certeza de que não estava lá. Doug a pega, e examina junto de Alf. Ela possuía três botões. Um em forma de buzina, um na forma de cadeado fechado, outro na de cadeado aberto. O jogador aperta o de cadeado aberto e do estacionamento da lanchonete, um bip de alarme ecoa. Saindo da lanchonete, avistam Will.

— Isso já estava aqui? — Questiona Will aos outros— acho que notaria um Jipe, ainda mais roxo.

— Olha cara, tenho certeza que não — Alf se aproximava do veículo — mas tendo em vista que é um “jogo”, devemos ter feito algo que liberou ele.

Doug mostra a chave ao amigo.

— Eu dirijo então — Doug caminha para porta do motorista

— Nada disso, eu sou o líder, eu dirijo — Will vai de encontro ao amigo.

Alf revira os olhos, entrando numa das portas de trás. Ele nota um pequeno tremor. Bem como uma grande criatura que se aproximava.

— O dois cabeças de bagre — Alf ponta para o grande zumbi— briguem depois.

Doug dispara no zumbi gordo, mas escuta o clic vazio de sua arma.

Will joga uma granada de luz, atordoando o inimigo.

— Não queira dirigir, então liga essa birosca — Will saca a arma e aponta ao zumbi — que tirinhos de pistolas não vão matar o gordão ali não.

Doug entra no carro, se atrapalhando com as mãos, quase deixando a chave cair. A segurando com firmeza. Procurando o local para colocá-la. Não achando. Só achando um botão.

— Vai demorar muito princesa? — Will atirava na criatura, que parecia nem sentir os tiros

Alf coloca o corpo para fora, e dispara outra rajada de tiros. Parando para recarregar.

— Não tem lugar pra por a chave— Doug saia do carro, já tinha recarregado a arma — como faz?

— Passa uma granada sua aqui — Will pede ao amigo — pisa no freio e aperta o botão. Nunca pegou um com partida eletrônica?

—Não.

— É a mesma bosta. Vai lá e faz o que falei. Eu seguro o amigão mais um pouquinho.

Will atira a granada de Doug aos pés do zumbi, que perde o equilíbrio e cai de costas. Ainda “vivo”, com uma grande parte do corpo destruída pela explosão.

Doug consegue ligar o carro. Will nota a aproximação de vários inimigos e adentra o carro.

— Vamos piloto, que os bicho tão vindo — Will coloca o sinto de segurança.

Alf escaneia a localidade. Uma imensidão de pontos vermelhos.

— Bora Doug — Will abaixa o freio de mão.

Doug engata a ré, batendo no gordo zumbi, que já estava quase em pé. Pelo retrovisor, o jogador via o mar de mortos vivos que vinham. Saindo do estacionamento da lanchonete, nota que alguns zumbis começam a correr. Ele pisa no acelerador. O zumbi gordo se encabeçava os perseguidores.

— Como algo tão grande, consegue se mover tão rápido — Will pegava uma granada de Al emprestado — queima bicho feio.

A granada incendiaria acerta a perna do gordo. As labaredas queimam com velocidade, acertando quase todos os perseguidores. O zumbi gordo cai vagarosamente. Alguns zumbis continuam a correr por alguns metros, mas desistem.

— Foi perto — Alf respirava aliviado.

— Nada disso Al, nosso piloto tinha a situação sobre controle — Will zombava do amigo

— Vá se foder— Doug gargalhava— na próxima tu dirige então, já que é tão bonzão.

— Pode apostar que vou — Will observava a grande bola de fogo que tinha tentado os derrotar — tem que recarregar a arma. Trovão negro vivia brigando contigo por cauda disso.

— Foi só dessa vez…

— EU espero que sim, nossos rabos dependem de você…

— Sem D.R os dois — Alf apaziguava as coisas — briguem quando tiverem só os dois, sou obrigado a escutar isso não.

Eles ficam em silencio por parte do caminho. Will se desculpa por ter jogado a culpa no amigo. Doug se desculpa pelo vacilo.

— Aquele zumbi gordo parecia o Bolacha — Will ria enquanto lembrava do antigo amigo de escola.

— Mas o bolacha nunca ia correr daquele jeito —Doug ria junto do amigo.

— Era mais fácil ele ter caído enquanto perseguia agente—Alf entrava no bullying contra o zumbi— e o zumbi nem era tão feio.

O clima no carro volta a ficar agradável, enquanto o trio gargalhava.

Eles passam por outra placa, uma grande e vermelha, mas destruída demais para ler. Outra placa dizia que ainda faltavam 2kms para a cidade.

Já era possível ver alguns prédios, todos altos. Com espelhos quebrados, partes faltando, buracos de explosão, marcas de incêndio.

— Só coisa boa a nossa espera — ironiza Will.

Doug para abruptamente. A ponte que deveria dar acesso a cidade, estava destruída. Os jogadores se aproximam para ver melhor.

Uma cratera os separava da cidade. Um rio passava por debaixo de ponte, com a correnteza bem forte.

Will abre o mapa 3D. Projetando o terreno, procurando um modo de passarem.

Alf aproveita o tempo para se alongar e verificar as baterias. Ainda cheias, era o que mostrava o visor.

Doug ia até o final da ponte para ver se de alguma forma poderiam saltar. Voltando frustrado.

— Acho que nem se pegássemos uma boa velocidade com o carro seria possível saltar.

— Daremos um jeito — Will confortava o amigo.

Alf escaneia o veículo. Um ponto de interesse surge para ele. O jogador vasculha o porta luva, só achando papel. Procura embaixo dos banco, e nada. Abre o porta-malas. Uma maleta de arma se encontrava devidamente amarrada. Ele a puxa, notando o peso.

— E se fossemos pelo rio? — Doug olha o mapa junto de Will — usamos os sapatos para não sermos levados pela correnteza…

— É uma possibilidade, mas não sabemos quão fundo ele é… eu sou grandinho, tu e Al, são medianos para baixo, não quero correr riscos…

Alf chama os amigos para mostrar a descoberta.

— Eu tentei abrir, mas nem tchum… acho que não é pra mim.

Doug tenta, observando que a maleta possuía um estranho emblema de corvo em um dos lados. Desistindo passa a mala a Will

Esse examina, tocando de leve no corvo. A maleta faz um clic e se abre. Dentro, uma escopeta calibre 20, cano duplo. Era linda, toda polida e bem conservada. Tinha partes de madeira, em um tom de chocolate. A parte de metal era preta. Tinha na empunhadura um pequeno compartimento fechado, que não abria de maneira nenhuma. Na maleta ainda tinha uma caixa de munição e uma bandoleira. Will guarda a munição no inventário. O ícone de cheio aparecia em seu relógio. O jogador coloca a bandoleira na arma, a prendendo ao corpo.

— Bela arma Tio Phill — Al dá um tapinhas nas costas do amigo.

— Mas sabe usar? — Doug o questiona — vai perder um olho com isso ai…

Will sorri, abrindo a arma para conferir a munição. Ainda cheia.

— Hakiryo me fez treinar com uma dessa. Não gosto muito pelo limite de dois tiros. Mas gosto de poder escolher dar um tiro duplo não.

Will mostra os dois gatilhos na arma.

— Meu mestre me fez repetir não sei quantas vezes o disparo simples e o duplo… então estou calejado. Não vou perder o olho.

Will coloca a arma nas costas. Testando o recurso de giro rápido, enquanto todos examinavam o mapa. Aparentemente teriam que ir pela água. O que desagrada muito Alf e Will.

Com dificuldade eles descem a lateral da ponte parando na margem do rio. Não era possível ver a profundidade, mas a correnteza parecia ter dado uma trégua. Will dobra a barra de sua calça, deixando os joelhos de fora. Ele iria primeiro. Ativa seu calçado magnético.

— Água tá bem fria, se preparem — com dificuldades Will passava pelo rio.

Na metade da travessia, um declive no rio. A água chegava quase a barriga do jogador. Ele se vira e manda os amigos guardarem as armas no inventário. Enquanto tirava o cinto colocando nos ombros.

—Tá quase na minha barriga — Will continua caminhando — com certeza vai passar em vocês, e não queremos armas e granadas molhadas.

Os jogadores na margem fazem como Will sugere.

Ele chega no outro lado. Manda o próximo vir e tomar cuida no meio.

Alf dobrava a barra da calça então Doug segue na sua frente.

Com mais dificuldade ele atravessa, ficando molhado até quase o umbigo. Tremendo ele chega no outro lado. Will retirava a roupa molhada, as colocando em pedras iluminadas pelo sol. Doug faz o mesmo.

— Ainda bem que guardei o cinto no inventário — Dizia ele tremendo — granada molhada não parece bom.

— Nem faca ou arma —Will completa.

O líder do grupo manda Al ter cuidado no meio.

— Pode deixa Tio Phill, já guardei tudo que poderia fazer perder o equilíbrio.

— Mas vem com cuidado.

Al começa devagar a travessia. A água gelada sobre a pele frágil de suas pernas era duas vezes mais desagradável, mas ele vai. No seu ritmo.

Doug nota uma grande sombra vindo do outro lado. Não conseguia ver direito. Cutuca Will. Enquanto pede que deligue sua comunicação.

— Não quero alarmar, mas acho que é um zumbi gordo novamente — Doug tentava escanear, mas a figura estava longe demais.

O que quer que fosse, entrava na água, muito lentamente, ia de encontro a Alf.

Will se preparava para entrar na água e ajudar o amigo, mas Doug o impede, dizendo que isso só assustaria Alf, e que não ajudaria na travessia.

— O que sugere então? —Will tinha claros sinais de ansiedade — que espere a porra do inimigo pegar ele e depois agir? Ou quem sabe é só um zumbi querendo tomar banho…

— Não precisa se babaca, mas deixar Alf receoso não ajuda. Ele é o menor de nos três, se ficar com medo, é quase certo que caia ou prenda o pé. Deixa-o se aproximar mais. E precisa ter certeza de que é um inimigo…

— Tá tudo bem aí gente? — Alf quase chegava à metade — a comunicação caiu aqui pra mim.

Will restabelece a comunicação, dizendo que desligou para olha melhor se não tinha molhado o comunicador.

— Como está a travessia pequeno? — Will tentava passar calma na voz — toma cuidado no meio.

— Eu sei Tio Phill, relaxa que sei nadar.

A estranha criatura estava visível. Doug escaneia. Inimigo. O jogador pega sua arma do inventário. Will colocava o sapato, deixando a calça, cinto e meias secando, com a escopeta em mão entra na água.

— Não quero te alamar Al, mas tem um inimigo na sua cola, e é dos grandes, então aperta o passo, eu e Doug damos cobertura.

Alf ia se virar para olhar quem o perseguia, mas Will grita para ela não o fazer, para se concentrar em atravessar.

Com água nos ombros, Alf fazia o melhor que podia.

A criatura não parecia ser “humana”. Possuía uma pelugem preta nos locais visíveis. Com certeza era grande. Estava consideravelmente próxima do jogador, quando um disparo a atinge, fazendo soltar um urro de dor e fúria. O mostro fica ereto, se revelando para o grupo.

— UM FODENDO URSO — Doug gritava — tomar no cú.

— Al, corre que o bicho tá puto— Will dispara outra vez.

Alf estava próximo de Will, mas não o suficiente. Sentia a presença do Urso. Will usa o gatilho duplo, fazendo a criatura parar e urrar novamente. O pequeno jogador chega finamente ao amigo, esse o segura pela mão, o puxando, enquanto corria para margem. Doug disparava, dando cobertura. Arfando eles chegam à margem.

— Qual o plano? — Alf tentava recuperar o fôlego.

—Tira a roupa molhada, pega as armas e volta pra tentar matar aquilo antes que chegue aqui.

Alf demora alguns segundos, mas faz o que é pedido.

— Nunca pensei que ia enfrentar um urso na primeira missão — Doug atira uma granada, que por pouco não acerta o alvo, mas causa leve dano — ainda mais de cuequinha.

— Acho que ninguém esperava — Will recarregava, pegando a pistola — mas pelo menos ela tá limpa.

Alf chega disparando. Incrivelmente acertando todos os tiros. Mas o urso continuava vindo. Devia ter pouco mais de 1,70, e com certeza mais de 120 quilos.

—Tamos desperdiçando munição. — Doug constata— as armas leves não fazem nem cocegas naquilo.

— Eu percebi — Will volta novamente para escopeta — mas não tenho munição infinita dessa.

O urso chegava a margem, vários buracos de bala pelo corpo, deles, um fluido amarelo escorria. Encarando os jogadores, a criatura se move na direção de Alf. Outro disparo duplo faz a criatura mudar o alvo.

— Você roubou o mel do Balu aí? — Will recarregava — o bicho parece estar muito puto só com você.

Usando uma das garras, o urso ataca Will, que se defende usando a escopeta. Com a mão livre o jogador pega a faca, a cravando no olho da criatura, que com ódio usa todo peso para tentar derrubar o jogador.

— Com certeza tu é mais pesado, mas eu ainda sou maior — Will firma as perna, dificultando o trabalho do urso — vão esperar o zé colmeia me comer pra fazer algo?

Doug pegava sua faca, e de um salto a crava no ombro do bicho. Que para de investir contra Will, se vira com dor e dá uma bofetada em Doug, que vai parar no meio das pedras.

Aproveitando-se da distração Will atira a queima roupa na perna do urso. Derrubando a criatura. Mas essa continuava tentando lutar e consegue arranhar o peito do jogador, abrindo um ferimento considerável. Cambaleando Will se afasta. Alf se aproxima atirando no bicho, chamando sua atenção. Quando esse se vira, o pequeno jogador lança sua granada goela abaixo do inimigo.

Uma cena grotesca ocorre. De dentro para fora o urso parecia derreter. Soltando labaredas ardentes. Os pontos de perfuração soltavam fumaça. A criatura não entra em combustão, mas fica imóvel no lugar dando a entender que perdia a luta.

Com a mão sobre o ferimento, Will se aproximava do amigo.

—Termina com ele — Will entrega a escopeta — temos que ter certeza.

Doug se aproximava do grupo. Sua testa estava coberta de sangue, mas ele dizia não ser nada grave, que já tinha usado o kit médico, e mandava Will fazer o mesmo. Alf dispara explodindo parte do crânio do urso, deixando o cérebro exposto, após isso, se abaixa e pega as facas dos amigos, indo as lavar na água.

Com ajuda de Doug Will chega até as pedras onde estavam as roupas. Com calma se senta, abrindo o inventario e pegando o kit médico. Dele retira uma das seringas mágicas do jogo. Doug faz a aplicação no amigo que guardava novamente o kit. Em instantes o ferimento sumia. Como se nunca estivesse ali. Will então se deita, usando uma pedra como travesseiro.

— Quando a roupa seca, subiremos- o jogador sabia que não deveriam dar bobeira, mas precisavam de um pequeno descanso.

Alf voltava do rio, trazia as facas limpa e uma caixa de madeira nas mãos.

—Tenho certeza que não achou isso no rio — Doug guardava a faca e se move na direção do rio para lavar o rosto.

— Não, eu voltei para ver o urso, ele tinha sumido, deixando isso no lugar.

O jogador espera o amigo voltar para então abrir a caixa. Nela caixas de munição para todas as armas, três barras douradas com $$$, duas granadas explosivas, uma de luz. No fundo dela, em um compartimento forrado, um grande ovo carmesim. Will tenta passar a luva sobre o item, mas nada acontece, assim como quando Doug tenta. Passando sua luva, o ovo emite uma estranha luz avermelhada e some. Aparecendo ser guardado no inventario de tesouros.

— Ganhou um ovo de Páscoa Al— Will verificava o estado das roupas.

— Há, há, há — Alf sentava-se próximo ao amigo, apreciando o solzinho.

Pouco mais de 40 minutos depois, as roupas estavam incrivelmente secas. Eles se vestem novamente e sobem o paredão. A subida foi mais tranquila que a descida do outro lado. Will é o primeiro a chegar ao topo, ajudando os amigos quando chegam também. Eles olham para os prédios a sua frente. Ainda não sabiam onde era o observatório, mas pelo menos chegaram à cidade.

Olá, eu sou o Hakiryo!

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