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Estreia  Parte V


Julieta sorriu quando Amélia estalou a língua ao ver a peruca vermelho-tijolo que havia sido colocada para seu disfarce.

“É feio, mas é um problema maior porque é mais confortável agora.”

No final da observação, as três mulheres saíram. Depois de passar pelo pequeno jardim em frente ao anexo, elas entraram na casa principal e atravessaram o corredor do primeiro andar. Ao chegar ao portão da frente, Julieta olhou para as duas e abraçou a grande Amélia e a pequena e compacta Sophie uma vez.

“Estou tão feliz por poder vê-las com mais frequência do que antes. Deve ser difícil para vocês saírem do lugar em que estão trabalhando, mas sinto muito por vocês duas porque acho que estou apenas causando mais problemas.”

As duas abraçaram Julieta de volta.

“Também estamos muito bem. Não gostamos muito da nova pessoa encarregada das roupas.”

“Isso mesmo, tudo tem sido diferente desde que a Sra. Megan se aposentou. Eu estava muito cansada porque se havia alguma diferença nos desenhos que ela desenhou, ela era tão irritante e rígida.”

Julieta abraçou as duas que pareciam tentar aliviar seus fardos e então abriu a porta e saiu para a rua. Ela correu para chegar até Gibson, que estava esperando por ela na loja de carruagens públicas na Rua Eloz, em vez da garagem de vagões da mansão, que ainda estava em reparos.

* * * * *

“Pare a carruagem.”

Killian estava voltando para o Castelo Imperial depois de percorrer as ruas de Eloz para abrir uma joalheria. Se ele pudesse encontrar uma, seria apropriado abrir uma loja, como Julieta havia dito uma vez.

Killian brevemente se lembrou de seus olhos brilhantes explicando sua loja dos sonhos e ordenou que parassem a carruagem com pressa quando viu uma mulher que passava casualmente. Ian, que havia sido promovido de servo de Sir Albert a servo particular do príncipe, rapidamente ordenou que parassem e abriu a janela do lado do motorista por ordem de Killian.

Quando a carruagem parou com pressa, Killian desceu correndo para a rua. Os aristocratas olharam para Killian, que caminhava apressadamente em busca do cabelo ruivo, ignorando sua escolta de cavaleiros e a surpresa de Ian.

“Vossa Alteza, quem você está procurando? Vou ajudar na busca.” Ian dissuadiu Killian, mas Killian nem mesmo fingiu estar ouvindo. Ele parou com raiva quando não conseguiu ver uma figura familiar com seu cabelo ruivo-tijolo duro como uma vassoura e óculos grandes, mesmo parecendo estar longe.

“Eu senti falta dela. Ela se foi em um piscar de olhos.”

Ian gemeu, consciente de seus arredores e ficando chateado. “Sua Alteza, vamos voltar para a carruagem. Chamamos a atenção das pessoas.”

Killian escovou seu cabelo preto brilhante que descia pela testa, olhando para a multidão que convergia para ele, se perguntando o que estava acontecendo. Queria agarrar e gritar com quem ousasse fazer dele um espetáculo, mas teve de se abster de fazer falsas acusações porque decidira tornar-se imperador. Suprimindo seus sentimentos, ele voltou para a carruagem que o seguia.

“Foi definitivamente Julieta.”

Ian ficou surpreso com a observação.

‘Como é que a mulher, de quem nem sequer conseguiram ver o cabelo quando revistaram Bertino, regressou a Dublin evitando os olhos do príncipe?’

Killian assentiu como se tivesse notado os pensamentos de Ian. “Que coisa estranha. Não é?”

“Sim sua Majestade.”

Enquanto Ian olhava para os ferozes olhos prateados, ele engoliu em seco sem perceber.

‘Quem no mundo roubou a mulher dos olhos do príncipe? Por que ele fez isso?’

Ian até queria orar pelo repouso de sua alma se descobrisse quem era. O idiota não morreria bem se fosse pego.

“O teatro Eileen fica por aqui?” Killian murmurou em voz baixa. Enquanto Ian hesitava em responder, Killian falou novamente: “Vamos para o Teatro Eileen.”

Depois de se encontrar com Lillian, ele colocou as pessoas no Teatro Eileen, mas não havia notícias específicas. Mas esse avistamento foi perto do teatro onde Julieta havia crescido. Ocorreu-lhe que ela tinha algum tipo de ligação com o teatro.

“Enquanto estou aqui, não há problema em assistir a uma apresentação. Chame Oswald e o Marquês de Rhodius. Vou vê-los no Teatro Eileen.”

Chamando aqueles dois, em vez do Conde Adam e Conde Valerian, que odiava ópera tanto quanto a amavam, Killian piscou os olhos como um lobo. Encontrar Julieta era importante, mas agora ele estava realmente começando a se perguntar quem estava disposto a fazer isso, ou sobre o que se tratava…

* * * * *

“Quem está aqui?” Maribel ficou surpresa com o que o gerente do teatro disse.

“O Príncipe Killian chegou. Ele apenas disse que iria esperar, embora eu tenha dito que ainda temos uma hora antes da apresentação da noite.”

“Ele fez reservas?”

“Ele não disse isso. Enquanto ele estava fora, era muito cedo para voltar ao Castelo Imperial. Ele vai assistir à ópera, então ele me disse para não me preocupar.”

Maribel estava perdida em pensamentos quando ela olhou para a mensagem de Raphael, que enviou em detalhes sobre o Duque de Kiellini ficar em Tília.

‘Quem acreditaria que o Príncipe Killian parou no teatro porque tinha tempo livre enquanto passava?’

Depois de se sentar silenciosamente por um longo tempo, Maribel trancou a escrivaninha depois de colocar a carta que ela estava segurando nela, e se levantou.

“Prepare o melhor vinho. E, como de costume, você não colocará ninguém em volta do camarote em que estarei.”

Depois de dar ao gerente suas ordens, Maribel deixou seus aposentos subterrâneos e subiu para o último andar reservado para a família real.

“Alteza, é uma honra você visitar o Teatro Eileen. Quando você veio antes, lamento que você tenha ido embora antes mesmo de eu dizer olá.”

Killian acenou com a cabeça em resignação quando a proprietária apareceu e cumprimentou-o, como esperado. “Oh, foi porque eu encontrei algo interessante naquele dia. Só voltei porque perdi o interesse na apresentação.”

Maribel riu das palavras de Killian. “Você vai encontrar algo interessante em nosso teatro hoje?”

“Eu estava me perguntando se poderia ser assim. O que você acha? Há algo aqui que me interessaria?”

Enfrentando os olhos prateados e frios de Killian, a mente de Maribel começou a funcionar rápidamente.

‘Ele encontrou algo interessante no teatro. O que era que este nobre Príncipe poderia estar interessado?’

Maribel estava ocupada executando sua mente e pensou em algo. Ela sorriu ao olhar para o príncipe ao pensar nisso.

“Você deve ter notado o que eu encontrei.”

Maribel certamente poderia jurar que ela nunca tinha estado tão surpresa como agora. Ela mal sorriu, escondendo as mãos trêmulas entre as dobras do vestido.

“Acabei de receber uma carta de Lillian. Vossa Alteza está procurando por Julieta.”

Lillian disse que o príncipe não parecia saber a verdadeira aparência de Julieta. Maribel continuou, apenas acalmando seu coração que estava vibrando sobre o que estava acontecendo tão abruptamente. “Infelizmente, Julieta não voltou ao teatro, Vossa Alteza.”

A aparência de Maribel era muito calma, o resultado de uma longa experiência. Killian sorriu enquanto olhava para a aparência dela com os olhos arregalados.

“Acabei de ver Julieta por aqui.”

O coração de Maribel afundou novamente.

“É verdade que ela não foi ao teatro. Não ouvi nada das pessoas que o têm monitorado.”

Com as palavras de Killian, o coração de Maribel afundou ainda mais. Felizmente, era óbvio que ele não reconheceu a aparência de Julieta quando ela estava disfarçada de Princesa Kiellini. Ela precisava de tempo para pensar, mas o príncipe continuou atacando, sem lhe dar uma chance.

“Eu sei que Julieta cresceu no teatro. Alguém era próximo a ela?”

Maribel queria se elogiar por tirar Amélia e Sophie do teatro assim que ela terminou de falar com Julieta. “Bem, não sei em detalhes, porque não presto atenção a cada criança que cresce no teatro.”

Killian perguntou, olhando para Maribel com uma carranca leve em sua testa, como se recordar. “Quem cuida das crianças quando elas vêm ao teatro?”

Maribel agarrou suas mãos tremendo novamente na pergunta afiada. “Aceitamos crianças que nos são confiadas como investimento, mas é muito caro contratar pessoas para cuidar de crianças que não podem fazer a sua parte. As crianças são cuidadas pela equipe após serem deixadas. Na verdade, eu não me importava porque não precisava saber como elas estavam.”


Tradução: Sa-chan

Revisão: Sa-chan

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