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Apesar de irritada, Emily se conteve. Era normal alguém que estava preso a meses não conhecer o Batalhão Zero, mesmo que estivesse em Belai.

“Bem, eu…” Assim que estava prestes a continuar a falar, Emily foi interrompida.

Boom! Boom!

Grandes explosões soaram, fazendo todo o lugar tremer.

Nesse momento, mesmo Alfie Caiman e o velho doutor levantaram-se, confusos.

“O que está havendo?” Alfie perguntou-se.

Ouvindo isso, Emily sorriu.

“Eles estão aqui.”

“Eles? Eles quem?” O homem perguntou, sem entender.

“Meus companheiros.” Emily respondeu, com um sorriso orgulhoso.

Por mais que estivesse assustada e com medo, sabia que seus companheiros não iriam abandoná-la ali.

No entanto, o sorriso em seu rosto logo desapareceu. Mesmo que o Batalhão Zero tivesse chegado, sua situação não havia mudado, ela ainda era uma refém. Se a pegassem para usá-la contra Fernando e os outros…

Só de pensar nisso, Emily ficou irritada.

Olhando para suas mãos, que estavam presas, pulso no pulso, por uma algema negra, fez força para soltar-se. No entanto, por mais que se esforçasse, a algema não mostrava sinais de ceder.

“Eu já disse, é inútil fazer isso, são algemas de aço anão. Elas quebram o fluxo de mana, além disso, são resistentes até mesmo a força bruta. A menos que você tenha mais de dezoito pontos de Físico, não vai conseguir quebrá-las.” Alfie Caiman falou.

“Calado, quatro olhos!” Emily falou, sem desistir.

O homem não ficou irritado com o insulto, apenas sorriu calmamente.

“Caiman, Caiman. Onde está meu mingau?” O velho homem, chamado Wedsnagauer resmungou.

“Receio que vá demorar um pouco, doutor.”

“Oh, entendo…” Ouvindo isso, o velho sentou-se em silêncio.

“Ah!! Essa merda não quebra!” Emily gritou, frustrada por não conseguir se libertar das algemas.

“Hahaha, como eu disse mocinha, você nã-” Quando Alfie estava prestes a dizer algo, ele viu algo que o surpreendeu.

Tsss! Tssss!

Pequenas chamas estouraram das palmas da garota ruiva, seu rosto estava vermelho, como se estivesse fazendo muito esforço.

“Isso… Como é possivel…” O sujeito disse, perplexo.

Eram chamas fracas e pouco constantes, mas estavam acendendo e apagando na palma da garota. Apesar de parecer um esforço inútil, o ferro preso em seu punhos iluminou-se, indicando que estavam sendo aquecidos.

“AHHH!” Emily gritou de dor, mesmo que suas chamas não a queimassem por estarem atreladas ao seu mana, o mesmo não poderia ser dito do ferro que estava sendo aquecido em seus punhos.

“Ei, pare com isso! Você vai se ferir!” Alfie gritou, em pânico ao ver a pequena ruiva em agonia.

“Cala a porra da boca e não me atrapalha!” Emily retrucou, com raiva.

Apesar da dor insuportável, ela continuou acendendo e apagando a chama em suas palmas, fazendo as algemas ficarem mais e mais quentes.

Tsss!

Um leve chiado de carne queimada soou, assim como uma leve fumaça saiu a partir de seus braços, indicando que sua carne estava sendo queimada.

“AHHH!” Emily urrou de dor e agonia, ajoelhando-se no chão.

Resistir a dor nunca havia sido seu forte, mesmo assim ela não desistiu, pois sabia que precisava fugir dali antes que os guardas voltassem.

Boom! Boom!

Explosões continuavam soando do lado de fora, indicando que algo grande estava acontecendo.

“Ela realmente está forçando um fluxo de mana… Mesmo com ferro anão, como isso é possível?” Alfie perguntou-se, intrigado e confuso.

Nesse momento, o velho sujo que estava sentado num canto em silêncio, sorriu levemente. Então levantou-se, aproximando-se de Alfie.

“Está na hora, Caiman.”

“Doutor?” Alfie perguntou, em dúvida. Mas ao ver o rosto sério do velho homem, felicidade preencheu sua face. “Tudo bem.”

Após dizer isso, Alfie olhou para seus próprios punhos, que tambem estavam presos com as algemas de aço anão.

Crack!

Com um único movimento, as algemas em seus punhos quebraram-se como se fossem feitas de vidro. O velho fez o mesmo.

Emily, que viu a cena, ficou perplexa, ela estava fazendo o seu melhor, mas mesmo se ferindo não conseguia se libertar.

“Pare com isso. O ponto de fusão do aço anão é muito alto. Suas mãos vão cair antes de você conseguir quebrá-las.” O rapaz disse, com um sorriso. Então, segurou a grade que dividia ambas as celas.

Clack!

Com um puxão, entortou as duas grades, permitindo que entrasse na cela onde Emily estava.

“Como?” A pequena ruiva perguntou, com os olhos arregalados.

“Eu disse antes, não? Você precisa ter um Físico de dezoito pontos ou mais para se libertar.” Alfie respondeu, com um sorriso.

Ouvindo isso, Emily ficou perplexa. Isso não significava que ele tinha pelo menos a força de um Tenente? Como alguém assim havia sido presa aqui?

Alfie aproximou-se da pequena ruiva, agachando-se ao seu lado, tocou o par de algemas e as quebrou com facilidade.

O velho que estava na outra cela também entrou, levantando dois dedos, um brilho branco acendeu-se na ponta.

Logo, os punhos de Emily, que estavam em carne viva, começaram a curar-se.

“Quem caralhos são vocês?” Emily disse, sem entender.

“Ei mocinha, você não deveria agradecer primeiro?” Alfie falou, sorrindo. “E eu já disse, esse é o doutor Wedsnagauer e eu sou seu humilde assistente, Alfie Caiman.”

Olhando para o velho homem, cheio de sujeira em todo o corpo, Emily tinha um rosto cheio de dúvidas. Além disso, seu rosto, que antes continha sinais de confusão e loucura, agora parecia normal e calmo.

“Ei velho.” Emily falou, olhando para o doutor.

“Hm, o que foi?”

“Você tá fedendo.”

“…”

Os dois homens ficaram estupefatos com a petulância da pequena ruiva.

“Hahahaha!” O velho homem riu. “Caiman, essa senhorita é interessante.”

“De fato, doutor.” Alfie respondeu.

“E que tal você se mostrar, pequena?” Wedsnagauer falou, olhando para um canto vazio da prisão.

Depois de se levantar, Emily acompanhou o olhar do velho homem, mas não viu nada.

“Parece que você ainda está gagá, velho.”

Nesse momento, uma silhueta surgiu a partir da escuridão, surpreendendo a pequena ruiva.

“É bom saber que você ainda tá viva, afinal, o líder ficaria chateado caso você morresse, pirralha.” Uma voz calma e brincalhona soou, revelando quem era.

“Você…” Emilly disse, chocada. A pessoa que apareceu diante deles era Theodora.

Bang!

Nesse momento, a porta da prisão explodiu e uma figura entrou apressadamente.

“Kelly!” Ao ver a mulher, toda ensanguentada e com um rosto calmo, Emily ficou chocada.

“A rota de fuga está pronta.” Kelly falou com um rosto calmo em direção a Theodora. Então olhou para Emily, aproximando-se da cela e tocou-a.

Ziim!

Um longo chiado soou, fazendo todos taparem os ouvidos. Logo, as grades de metal se contorceram como se fossem feitas de gelatina, dobrando-se e criando uma abertura grande o suficiente para uma pessoa passar.

O velho, que viu isso, tinha um rosto surpreso.

“Magia sonora… Que raro!”

Kelly entrou na cela, aproximou-se de Emily, então tocou seus ombros.

“Você tá bem?” disse, com uma voz preocupada.

Mesmo que tivesse ficado um tanto quanto sombria nos últimos tempos, a preocupação de Kelly ainda era genuína, mostrando que no fundo ainda era a garota que todos conheciam.

“Eu to bem… Só vamos sair daqui, esse cheiro de merda tá me deixando irritada.” Emily falou, com um sorriso.

Ouvindo isso, Kelly sorriu também. Se a baixinha ruiva tivesse ânimo para brincar assim, significava que estava realmente bem.

“Antes disso, que tal nos apresentar aos seus novos amigos?” Theodora falou, tirando sua espada Céleres, com um sorriso no rosto.

“Ei, ei, nós ajudamos sua amiga, não somos inimigos…” Alfie falou, levantando ambas as mãos.

Suspirando, Emily andou, saindo da cela.

“Se você tava ai esse tempo todo, você viu eles quebrarem as algemas, então sabe que são mais fortes que nós. Não puxa briga com eles.” Emily falou. Então olhando para Theodora, com uma expressão irritada, continuou. “Você tava ai vendo eu me ferrar há quanto tempo? Sua vadia maluca.”

Ouvindo isso, Theodora sorriu.

“Eu cheguei quando você tava de joelhos, gritando feito uma porquinha.”

“Sua…!” Apesar de irritada, Emily se conteve.

“Então vocês são do Batalhão Zero também? Podem nos levar com vocês?” Alfie falou, com um sorriso gentil.

As três garotas olharam para o par, um velho e um sujeito de óculos. A primeira vista não representavam ameaça alguma, mas tanto Emily quanto Theodora sabiam que os dois eram mais do que aparentavam.

Do lado de fora, um feroz confronto havia se iniciado. As tropas da Guilda Fúria corriam aos montes, saindo da residência da guilda, que estava em chamas.

Boom! Boom!

Vários magos das tropas agressoras lançavam magias de fogo, fazendo toda a guilda tremer.

Os soldados da Guilda Fúria rapidamente entraram em contato com a primeira linha de ataque do inimigo, entrando num feroz combate corpo-a-corpo.

Nesse momento, um jovem vestido em uma armadura negra caminhava calmamente. Ao lado dele, várias pessoas aguardavam suas ordens. Esse jovem não era outro senão Fernando.

Com um rosto inexpressivo e uma voz calma ele falou:

“Destruam tudo, até o final do dia não existirá mais uma Guilda Fúria em Belai!!”

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